segunda-feira, 31 de março de 2008

De como os media influenciam

1.Na sexta-feira antes da famosa manifestação de milhares de professores, Teixeira dos Santos soltava que haveria folga para uma possível baixa de impostos.
Na segunda-feira, Sócrates desmentia-o e dizia que Portugal ainda não tinha condições para o que os portugueses mais anseiam.
Na semana passada, o Governo anuncia descida do IVA e Sócrates abre a porta a descida de impostos no próximo ano. Não esquecer, ano de eleições.
Pergunta: algum jornal lembrou esta cronologia?

2.O PSD apresentou um novo logótipo. Como vários jornais demonstraram, o símbolo não mudou, evoluiu.
Tal como o do PS já tinha “serenado” quando o punho cedeu espaço à rosa, a seta e o laranja do PPD/PSD entram num mar azul.
É normal os media ouvirem referências do passado dos partidos. Tal como o PS tem um poeta, o PSD tem um advogado que se acha poeta e “sai de casa com um poema no bolso” (como contava o DN há uma semana), mas não é poeta.
Eu quando vejo o não-poeta também me lembro logo de algumas coisas, mas não digo até porque lhe reconheço ser um homem culto. Mas no afã de desprezar Menezes, aliás como tem feito com a maior parte dos últimos líderes do PSD, Miguel Veiga disse que o símbolo lhe lembrava uma “gasolineira”. E com isto se faz ruído.
Pergunta: alguém se lembrou de perguntar a uma das grandes referências do PSD – Eurico de Melo (não esquecer, apoiante de Menezes) – bem mais importante para as bases do que o não-poeta, o que ele achava do novo símbolo?

sexta-feira, 28 de março de 2008

Mulheres

Gosto.
É um dado importante que são fundamentais também na política. Aquele aforismo muitas vezes repetido e que todos conhecem ilustra-o bem.
Não sou grande apologista da exploração da companheira na acção política, por muito bonita que ela seja como era a Bárbara Guimarães.
Mas têm um papel importante na dulcificação da imagem mais severa do homem que decide, toma decisões e tem de ser duro.
Cavaco, antes de ser candidato presidencial, já estava a viver uma fase “lulinha paz e amor” (como Duda Mendonça criou para Lula).
E a capa do Expresso com os “netinhos” foi a coroa de glória, e uma magnífica manobra de quem a concebeu.
Agora, Maria – minha professora de português na Católica e que baseou esse ano em três grandes escritores de língua portuguesa: Machado de Assis, Fernando Pessoa e Agustina –brilhou como muito poucas primeiras-damas brilharam no estrangeiro.
Com capa em todos os jornais, sem esquecer para as classes C/D os gratuitos, Maria deu a Aníbal uma das mais belas lembranças de que este casal – goste-se ou não – guardará na sua memória.
Kanimanbo*.

*Obrigado, em Changane

quinta-feira, 27 de março de 2008

TV PSD (mais)

Ontem recebi vários telefonemas sobre a informação que corre em bastidores políticos, e eu reproduzi, de que o PSD estava a pensar em ter uma televisão. A citação no Jornal de Negócios ajudou a ampliar o efeito do post.
O mais notável telefonema que recebi foi de um jornalista, com quem nunca tinha falado, de um jornal nacional.
Fez-me duas perguntas notáveis: uma é se a ideia de Luís Filipe Menezes era a de avançar para o 5º Canal e a segunda quem seriam os empresários que poderiam estar por trás do projecto.
Fiquei com a certeza de uma coisa: este jornalista não leu o meu post neste blog (logo aqui em baixo), apenas ouviu por alto e nem percebeu o que se pretendia.
Repito:
1º - “Corre em bastidores” – logo é um rumor que tem de ser confirmado, não é uma notícia
2º - “uma televisão como outros partidos europeus têm”. Logo, não é o 5º canal nem um canal por cabo. É “web cam” que acompanha a acção política do líder e do PSD. Espreitem para os partidos espanhóis…
3º - “é uma ideia positiva” – eu aplaudo e aconselharia esta medida. O PSD tem meios para o fazer e profissionais qualificados no seu gabinete de comunicação e imagem, como o Vítor António.
Agora, não me liguem mais sobre isto, por favor, que tenho outras coisas para fazer.

Newsletter da Briefing lançadíssima

As newsletters da Briefing e da Meios & Publicidade chegam a muita gente (Carla Borges Ferreira da Meios avançou à Presspectives o número de 15 mil leitores diários). E além de chegarem a muita gente, um sinal ainda mais forte, toda a gente as lê.

Tanto uma como outra cumprem o objectivo de colocarem os leitores a par da agenda do mercado, investindo pouco mais de cinco minutos diários na leitura. Excelente.

Neste blog muitas vezes têm sido citadas e pelos melhores motivos. Hoje, sai uma crítica dirigida à Briefing, e que também se estende à própria YoungNetwork, tal é o número de vezes que repetimos os mesmos verbos nos títulos dos comunicados.

Na newsletter de hoje da Briefing o verbo lançar é utilizado sete (!!!) vezes, dividindo-se em seis "lança" e um "lançado". A saber:

- Metro lança...
- Aeiou lança...
- Superbock lança...
- Mega FM lança...
- Sapo lança...
- Exchange lança...

e

- Concurso para o quinto canal lançado...

Feita a crítica, fundamental para se ter credibilidade na hora de elogiar, espero que jornalistas da Briefing e consultores da Youngnetwork nos consigam surpreender nos próximos títulos.

PS: A Meios só nos oferece dois "lança" hoje.

Três dias de Algarve

Estive em Vale do Lobo no Algarve nestes últimos dias, no Ria Park, hotel que aconselho vivamente, mas de preferência sem a equipa do Sporting lá também!!!

Gosto de sair de Lisboa, gosto de mudanças. Venho sempre cheia de novas ideias quando volto. E como um consultor de comunicação é-o sempre, mesmo em momentos de lazer a consultoria invade-nos. Ela está no meio de nós.

E por mais que irrite quem esteja comigo, e acreditem que irrita, não consigo ficar caladinha com os exemplos de boa e má comunicação todos à minha volta a chamar por mim!

Partilho dois:

- “Buying and selling we don’t talk about it we do it!” – slogan de empresa imobiliária inglesa. Fortíssimo. Mas de facto a língua inglesa ajuda… Em português ficava mesmo brega.

- Nelitos – dos melhores restaurantes onde fui nesta zona de Almancil/ Quinta do Lago/ Vale do Lobo. Serviço cinco estrelas (é verdade no Algarve, serviço fantástico!), comida óptima, espaço engraçadíssimo, carta de vinhos fora de série… mas NELITOS… vou para a Quinta do Lago há imensos anos, o restaurante está mesmo ali e nunca lá tinha ido porque… NELITOS…

PS – Mas aguentei-me caladinha o jantar todo! Ou quase…

quarta-feira, 26 de março de 2008

Haxixe


A comunicação reveste-se de muitas formas, e sermos especialistas numa dessas determinadas formas não nos pode tolher a visão dos desafios que enfrentamos.

Vem isto a propósito do lançamento de Haxe, escrito por Manuel Arouca. O livro, baseado em factos reais, surge sobre “instigação” de Manuel Pinto Coelho, conhecido médico e presidente da Associação para um Portugal Livre de Drogas.

O livro lê-se bem, escrita light, em formato de quase guião – a pensar no filme que Catherine Le Roux irá realizar. Numa primeira análise diria que o importante do livro é a mensagem que passa – aliás a razão do próprio livro. A mensagem está colada às informações e às posições que Manuel Pinto Coelho tem sobre as drogas, e está bem sustentada e sumarenta nas páginas onde Elsa, a psicóloga, se embrenha a fundo na pesquisa sobre o haxixe dos nossos dias. Aí é Manuel Pinto Coelho transvertido de Elsa que está a falar. Numa segunda análise corrigiria e diria que é a mensagem aliada à forma. O livro está escrito para endereçar pais e jovens, tentando abranger uma alargada franja de leitores. E é este um instrumento mais eficaz – assim como será o filme – para atingir os objectivos de informar a população sobre os perigos do consumo de drogas leves. Mais eficaz do que estudos, entrevistas, notícias em jornais, que muito deste público não leria.

Parabéns ao Manuel Pinto Coelho, que teve a ideia, Manuel Arouca, que escreveu, e à Primebooks, que editou e promoveu.

Armandino Geraldes esclarece

Ao final da tarde de sexta-feira, dia 14 de Março, recebo uma chamada do Armandino da BAN por causa deste texto. Na verdade, o comunicado lançado pela agência tem um sentido ligeiramente diferente da notícia da Briefing, embora a frase não seja de interpretação fácil.

O Armandino queixou-se que o meu texto é a antítese do seu percurso profissional, marcado pela credibilidade e pela discrição.

A minha crítica foi para Diogo Simão, e só como consequência para a BAN. Fiz questão de ressalvar a opinião que tenho do Armandino no próprio texto.

O post corre o risco de ser injusto porque analisa uma notícia que tem uma ligeira nuance de escrita que altera a interpretação (mas como disse, a frase do comunicado não é de fácil interpretação) e porque a mensagem “não enganamos jornalistas” é genérica para um modo de actuação correcto das fontes profissionais e não específica para a BAN.

Já antes existiram outras manobras onde este pensamento se aplicaria com maior rigor.

Assim, reformulo para todos os profissionais de comunicação.

Repeat after me. “Nós não enganamos jornalistas”.

terça-feira, 25 de março de 2008

TV PSD

Corre nos bastidores que Luís Filipe Menezes está a pensar criar uma televisão do PSD, como existe em outros partidos europeus.
Não se sabe quem a vai gerir nem criar, porque há muitos cães a um osso.
Mas fora as quezílias de bastidores do costume, é uma boa ideia de uma instituição que se deve adaptar à modernidade. E só deve ser aplaudida por isso.
Prevejo que os que gostavam de ter poder e não têm vão dizer que é a televisão de uma “gasolineira” e outros disparates do costume…

O "Último Hurrah" (tão actual)

Uma vez em conversa com amigos, um deles disse-me que era cinéfilo. Perguntei: já viste algum filme do John Ford? Não, respondeu-me.
Então, não és cinéfilo, apenas gostas de ir ao cinema, sentenciei.
Quem nunca viu “How green was my valley”, “My darling clementine”, “O homem que matou Liberty Valance”, “A Desaparecida/The Searchers”, “Young Mr Lincoln” ou o “Último Hurrah” nunca vai perceber porque o cinema é uma arte indispensável à compreensão da vida e do mundo.
No “Último Hurrah”, Ford conta a história de Frank Skeffington (FS), um político “old school”, desempenhado pelo prodigioso Spencer Tracy, na sua última campanha – que perde.
Enfrenta um mentecapto, apoiado pelo dinheiro dos banqueiros e por um jornal, que pela primeira vez usa as técnicas modernas de televisão.
Perfis de herói da guerra e brilhante estudante e uma reportagem “pessoal” (hoje tão comentadas) com a mulher (a ler um cartão atrás da câmara), filhos e um cão (devidamente alugado pelo spin doctor da altura) para criar a família perfeita. FS, mantinha-se no contacto pessoal e nas paradas mobilizadoras. Apaixonava os seus, mas a aragem de um “candidato perfeito” transmitida pelos media, derrota-o inapelavelmente.
FS pergunta ao sobrinho: «qual é o desporto com mais audiência?». Resposta: «o basquetebol é o que tem mais pagantes…». «É a política. Sabem todos os nomes e números de todos os jogadores», comenta a velha raposa.
Depois, num plano mais à frente FS explica o que faz um político: «o truque é saber o que as pessoas querem e depois aquilo com que se conformam. Podemos prometer sempre a primeira parte, mas só temos de cumprir a segunda».
«Mas e se as pessoas quiserem coisas diferentes, como é que lhes agrada?», pergunta a sobrinha.
«Aí dependo do melhor amigo do homem: o meio-termo».
Juntamente com o “All the king`s men” (Corrupção do poder, em português, do Robert Rossen), o “Último Hurrah” é indispensável para quem acha que anda no mercado da comunicação política.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Presspectives: DE e JN, Carla Borges Ferreira e tatuagens

Este mês na Presspectives não perca o duelo Diário Económico vs Jornal de Negócios na luta pelo BCP. Carla Borges Ferreira conta-nos notícias do Meios & Publicidade. Tempo ainda para escrever sobre generais romanos. Leia aqui.

terça-feira, 18 de março de 2008

Política/Internet: um espaço conflitual

Nas últimas eleições espanholas, apenas 15 por cento dos candidatos tinham um espaço pessoal na net. Mas os dois grandes partidos, PSOE e PP, apostaram forte nos novos meios de comunicação.
O problema é que, como provam estes números do El Pais, os políticos ainda duvidam – ou desconhecem – as potencialidades da net. Mas, hipocritamente, usam-na para (tentar) ganhar novos públicos que, ao mesmo tempo, desconfiam dos políticos.
O habitual “navegador” na net não liga a política e também desconfia do sistema que a envolve.
Os políticos têm de encarar as novas plataformas mediáticas como arena das suas disputas. Hoje, não sei se vale mais uma foto no “Público” ou um vídeo no “You Tube”, mas inclinar-me-ia para o segundo.
O estudo referia que 58 por cento dos internautas espanhóis têm menos de 35 anos, e os que têm entre 16 e 24 anos dedicam mais 22 por cento do seu tempo à net do que à televisão.
Números interessantes que nos EUA são utilizados à séria. Repare-se que a net trouxe uma capacidade de mobilização e arrecadação de fundos de que o grande triunfador é Obama.
Todos os candidatos americanos recorreram às novas ferramentas, os mais amadores pagaram por isso. É conhecido o caso de Denis Kucinich que ao montar o seu Face Book deparou, por falta de controlo, com um transsexual que se projectou através dele e proporcionou um dos momentos mais hilariantes de campanha.
A política deve usar e abusar da Internet. Ainda faz soundbyte, entra em território virgem e pode cativar o eleitorado mais jovem, o mais desapegado das lutas pelo poder. De conflitual a pacífico, será esse o sentido desta relação no futuro.

O, mas O, soundbyte

«O trabalho da imprensa consiste em separar o trigo do joio…e publicar o joio».

Adlai Stevenson, candidato Democrata derrotado em 1952 e 1956 por Dwight Eisennhower. E impedido de se candidatar pela terceira vez, porque os Democratas apostaram na chapa JFK/Johnson

segunda-feira, 17 de março de 2008

Passatempo “Por onde é que eles passam”



Como não queremos perder as nossas bicicletas preferidas de vista, pedimos ao Jorge e ao Carlos para pegarem na digital e dispararem umas fotos dos sítios por onde passam. Com elas vamos criar um passatempo cruzado do fundo da Comunicação e Até onde vais com 1000 euros

Todas as semanas vamos postar aqui fotos tiradas pelos nossos cicloturistas, para vocês adivinharem o local onde foi tirada.

Para participar é necessário responder na caixa de comentários do nosso blog – identificando-se - e juntar uma frase original sobre o que faziam com os nossos mil euros.

O vencedor será aquele que cumpra estes dois pontos:

1. Acertar no local das fotografias
2. Escrever a frase mais original. A frase será escolhida por um júri composto por toda o Grupo YoungNetwork (cerca de 45 pessoas)

O vencedor desta semana ganha prémios da Salomon!

Sarko, o falso...

Depois do terramoto provocado pela esquerda francesa, que só deixou Marselha, nas grandes cidades, para a UMP, leio o seguinte comentário de um conselheiro de Sarkozy, reproduzido hoje por Teresa de Sousa no Público: «os franceses querem vê-lo menos jet-set e mais presidencial. Será agora mais discreto e mais distante».
Quanto maior é o poder, maior a solidão. E Sarko, hoje, não se sente só, apenas porque está apaixonado.
Aprendi, rapidamente, uma coisa na política: simular ser genuíno é um tiro no pé.
Criar falsas máscaras, primeira tábua para um caixão.
Sarko «discreto e distante» é para rir. Se vai mudar, ainda se afunda mais, ou então este conselheiro é daqueles que faz parte do batalhão, mas ninguém ouve.

...Sarko, o verdadeiro

Deixo também às nossas colegas bloggers do Protocolo.com. pt, que costumo visitar, a possibilidade de um comentário a este post, como fiz com D. João VI.
Sarkozy criou um incidente diplomático na África do Sul, porque no momento de se brindar com o chefe de Estado africano, virou costas e só brindou com Carla Bruni, sorridente e apaixonado.
Em termos de protocolo, internacionalmente, foi trucidado. Mas qual será o remédio para um Presidente apaixonado, que se está marimbando para tudo menos para o seu umbigo e para a sua ex-top model?
Como actuaria um eficaz protocolo para evitar a má comunicação e a má imagem de um líder que acha a sua sombra mais importante que os seus congéneres?
Este é o verdadeiro Sarkozy. Impossível de mudar. Há políticos para quem, por muito que se insista – e às vezes insiste-se muito – os consultores de comunicação não contam.

Ao telefone com Soares Franco

O Sporting há muito que em termos de publicidade está à frente da concorrência.
Não foram só as promoções dos lugares cativos, envolvendo técnicos e jogadores, mas também os sms e os telefonemas de Paulo Bento a convocar todos os adeptos.
Este domingo, eu que sou o associado 7113, toca-me o telefone no início da tarde. Olhei, vi um número estranhíssimo, atendi.
«Olá! É Filipe Soares Franco…».
Objectivo: chamar a atenção para o novo cartão de sócio.
Há quem possa levar a mal pelo incómodo, mas que a estratégia de marketing é atrevida e criativa é uma verdade. Já os resultados obtidos, tanto dentro como fora do campo…

sexta-feira, 14 de março de 2008

Repeat after me

Repeat after me. Não vou enganar jornalistas. Não vou enganar jornalistas. Não vou enganar jornalistas. Não vou enganar jornalistas. Não vou enganar jornalistas.

As fontes profissionais, sejam agências, consultores, assessores ou outras, enganarem jornalistas é hara-kiri. Se não é, devia ser.

Vem isto a propósito de uma notícia de ontem na Briefing. Diogo Simão reforça direcção da BAN. Às linhas tantas lê-se no seu curriculum vitae que foi "um dos responsáveis pela transformação daquela publicação (Jornal de Negócios) de semanal em diária". Estranhei. E como estas dúvidas estão à distância de um telefonema ou de um email, fácil foi falar com alguém da cúpula do Jornal de Negócios para o confirmar.

E confirmou o que eu pensava. Não se pode dizer que seja uma mentira descarada, é apenas um exagero descarado. Mais do que um exagero descarado.

Tenho o Armandino em boa consideração - até lhe perguntei há umas semanas se estaria disponível para trabalharmos juntos numa área específica onde tem mais know-how que o nosso Grupo. Mas é esta a credibilidade que a agência quer passar para os seus clientes? Como irão os jornalistas reagir a novas informações da BAN?

Provavelmente, esta é uma questão que até passou ao lado do Armandino. Se fosse na YoungNetwork o novo director seria agora chamado à razão.

Repeat after me. Não vou enganar jornalistas. Não vou enganar jornalistas. Não vou enganar jornalistas. Não vou enganar jornalistas. Não vou enganar jornalistas.

quinta-feira, 13 de março de 2008

“No dia a seguir à eleição apeteceu-me bater com a porta”

Salvador da Cunha considera que os timings escolhidos para criticar a associação, em vésperas de eleições, foram “timings para matar a associação". Ouvir o podcast aqui.

“Ninguém gosta de dizer que tem de comprar influência”

João Duarte (JD): Uma das críticas que também se faz tem a ver com “em casa de ferreiro, espeto de pau”, ou seja, a APECOM devia tratar melhor a sua imagem para se afirmar. Qual o papel da Associação?

Salvador da Cunha (SC): Este sector move influências junto de outro sector que é muito sensível, que é o sector da comunicação social que, apesar de trabalhar muito bem operacionalmente com as agências não gosta que haja a percepção de que é influenciado. O que eu diria é que há um conjunto de analistas/jornalistas que gostam muito de dizer “eu não trabalho com agências de comunicação” quando na prática trabalham.

JD: Um contra-senso: quem supostamente trabalha para “fazer” uma boa imprensa ter má imprensa. Porquê?

SC: Comes with the job. Tento racionalizar isto desta forma: ninguém gosta de dizer que não tem influência e que precisa de a comprar. Do ponto de vista dos clientes esta é claramente a questão. E eles compram a influência que as agências têm. Mas esta influência é construtiva, é enquadradora, é positiva.

APECOM procura parceria para prémios

A APECOM quer institucionalizar os prémios de relações públicas em Portugal. Para tal, procura um parceiro, seja Media ou não, que pegue no negócio. O papel da associação será o de patrocinadora da iniciativa. Salvador da Cunha diz que “precisamos dos prémios em Portugal para afirmar o sector".

“Vamos convidar todas as agências para entrar”


João Duarte (JD): Quantos mais associados queres ter até ao final do teu mandato?

Salvador da Cunha: No final do mandato não sei, não é fácil de quantificar. Neste momento temos apontadas sete/oito empresas para entrar, e diria que se até ao fim do ano entrarem dez no total não seria mau.

JD: Passar para 34?

SC: Sim. Teríamos aqui um crescimento de, sensivelmente, 30%, o que não era nada mau. O mercado também não tem muito mais empresas com dimensão para entrar. Estamos a falar de um levantamento que foi feito recentemente. Falamos de cerca de 55 empresas com alguma dimensão crítica para poder cumprir os critérios de admissão.

JD: Qual é o universo de agências em Portugal?

SC: Não há dados concretos porque este é um mercado não regulado e qualquer pessoa pode abrir uma agência de um dia para o outro. Eu diria que existem à volta de 100 a 120, mas isto é uma percepção, nunca as contei, ou melhor, quando comecei a contar cheguei às 85, 90. Admito que hajam bastante mais do que as que eu contei. O levantamento foi feito pela minha equipa e diria que desse levantamento 55 a 60 têm dimensão para poder entrar. O nosso universo acaba aqui. Quanto me perguntas quantas gostaria de ter. Gostaria de ter as 55. Se vou ter? Espero que sim, não sei. Mas não é por causa disso que as coisas podem correr melhor ou pior porque apesar da APECOM ir convidar essas agências para participarem, algumas podem não aceitar.

JD: Será fácil?

SC: Convidar é fácil. Isto é como pedir namoro. Convidar é sempre fácil. O não já cá está. Vamos partir desse princípio. Vamos convidar toda a gente, vamos mostrar claramente quais são as vantagens de estar associado e a partir daí vamos tentar convencê-las a aderir ao projecto.

JD: E quantos profissionais de Relações Públicas/Comunicação institucional haverá em Portugal?

SC: Não é fácil estimar esse número.

JD: Estou a falar tanto nas agências como fora das agências.

SC: Então, é muito mais difícil. Talvez à volta de 500/600 dentro das agências mas fora delas haverá outros tantos. António Barreto falava em três mil fontes profissionais. Acho que é um bocado exagerado, mas se houverem 1500, partindo do princípio que somos todos profissionais e que é esse o grosso do nosso trabalho, temos aí um número que é interessante.

“APECOM tem de encontrar novas formas de financiamento”

A direcção vai rever o sistema de quotização, escalonando o preço de acordo com a dimensão das agências. Ouvir o podcast aqui.

Estudos da APECOM revelarão fees médios, ordenados por função e tendências


João Duarte (JD): Que tipo de estudos sectoriais vai a associação fazer? E podemos esperá-los para quando?


Salvador da Cunha (SC): A APECOM fez durante muitos anos os inquéritos de opinião de Primavera e de Outono. Vamos retomar tanto para associados como para não associados. No fundo, sentir o pulso ao sector. O primeiro papel do secretário-geral vai ser pôr de pé os inquéritos sectoriais. O que os inquéritos nos vão dar é uma percepção se o mercado vai crescer ou decrescer, se há mais ou menos clientes. São dados que não são quantificáveis mas são dados qualitativos, porque nos vão dar a opinião dos directores-gerais das agências de comunicação. Mas mais do que classificar essa opinião, nós vamos fazer verdadeiros estudos de benchmark. E estes estudos têm um potencial brutal de recolha de informação que vai permitir às associadas gerirem melhor os seus negócios. O que o benchmark vai dizer é: “Atenção, o que o mercado está a fazer em termos médios é isto. Temos aqui os fees médios, os ordenados médios, os ordenados dos gestores, dos directores de comunicação, dos account managers.”

JD: Servirão como indicações, como faróis do mercado, portanto.

SC: Servirão como benchmarks do mercado que são essenciais e que não temos neste momento. Mais. Isto é muito importante do ponto de vista internacional para afirmar este sector português fora de Portugal. Actualmente não há dados nenhuns que possamos dar internacionalmente e a APECOM tem como obrigação dar dados à ICCO, que sejam relevantes.

JD: Quando sairá o primeiro?

SC: Neste momento, o que vamos tentar fazer é contratar uma empresa de auditoria para fazer os estudos de benchmark com as nossas orientações, porque a sensibilidade dos dados das empresas obriga-nos a recorrer a uma entidade externa e credível. Tem de haver um auditor de renome a fazer este trabalho porque de outra forma os associados não vão dar dados. Isso tem sido a nossa grande luta. Os associados, à excepção de dois ou três que enviam os dados todos os anos, não dão dados à Associação porque sentem que estão a dar dados à concorrência. Temos de transpor isso para uma entidade independente. Estamos neste momento a seleccionar de, entre três candidatas, aquela que vai ficar com esse trabalho.

João Duarte: O primeiro estudo será ainda este ano?

SC: O primeiro estudo tem de ser este ano. Tenho de pôr a minha cabeça no cepo em relação a isso.

João Duarte: Outras acções de que falaste foram mais informação no site, calculo que também seja relacionado com estes estudos, actividades de formação, workshops.


SC: Tem de ser. Actividades de formação para clientes, não tanto para a indústria. Pois uma das coisas que a anterior direcção fez foi um programa vastíssimo de formação com a opinião de todos os associados, mas que depois não teve repercussões, apesar dos associados nos inquéritos que foram feitos terem dito que queriam aquelas acções de formação. Mas depois não apareceram, não aderiram. A nossa ideia neste momento é lançar a formação para directores de comunicação das empresas, para CEO’s, no fundo para quem aparece como cara das empresas para fora.

João Duarte: Quem serão os formadores dessas acções?

SC: Procuraremos encontrar formadores dentro do núcleo de associados. Temos muito bons formadores e vamos tentar encontrar também nas escolas, fazendo protocolos com as escolas que têm cursos de comunicação, como o INP, o ISCEM, a ESCS. Essa é a nossa ideia. Temos agora a chegada do Secretário-geral para dar o pontapé de saída nestas coisas todas mas é uma das áreas em que gostaria de apostar este ano.

O que o consultor Salvador da Cunha propõe para promover a APECOM

A APECOM vai convidar associados e não associados para um brainstorm global sobre o que fazer pelo sector. Ouvir o podcast aqui.

“Uma empresa que surgiu ontem não pode ter o crivo da APECOM”


João Duarte (JD): Em relação à nova direcção da APECOM e ao programa, quais são os objectivos? Sei que já falaste publicamente do tema mas para enquadrar gostava de reformulá-los.

Salvador da Cunha (SC): Há três ou quatro objectivos centrais que a Associação tem de prosseguir. A dignificação deste sector é absolutamente essencial. Vamos tentar contribuir para que a dignificação seja uma realidade. E a dignificação não está no umbigo das empresas que trabalham neste sector, está em todos os clientes que nos utilizam, e que utilizam as Relações Públicas. Por outro lado, temos de promover o sector, a utilização da comunicação das Relações Públicas como instrumento de marketing e também objectivamente dar representatividade à Associação. De facto, a Associação tem perdido representatividade, não que tenha perdido associados. Está até com mais associados, tem 24 e nunca teve tantos. Mas é pouco, porque o mercado cresceu muito. E neste ponto de vista a Associação esteve muito reactiva e muito pouco pró-activa. Temos de mudar o paradigma.

JD: Surpreende-me um bocado que o anterior Presidente da Associação, o Alexandre Cordeiro, tenha dito que procurar proactivamente associados não é uma missão de quem está à frente de uma Associação.

SC:
Foi essa a postura do Alexandre. Não vai ser essa a minha postura. Gosto muito do Alexandre, admiro-o muito. Ele fez por este sector mais do que muitas outras pessoas fizeram. Mas, de facto, essa não vai ser a minha postura. Acho que Associação tem que ser representativa. Há aqui duas correntes de opinião muito distintas, uma que defende claramente a representatividade e outra que defende que na Associação só devem estar as, eventualmente, melhores e maiores empresas. Não defendo isso. Acho que não é um espaço de vaidade, é um espaço para promover o sector.

JD: Mas as condições de entrada condicionam isso. Três anos de existência…

SC: Os três anos de existência é para quem parte do zero. Porque imagina que o João Duarte, neste momento, sai da YoungNetwork e funda uma nova agência de comunicação. Nesse caso pode imediatamente entrar na APECOM, como aconteceu por exemplo com a Frontpage que entrou directo pela experiência que os órgãos de gestão da empresa tinham. Desse ponto de vista as regras são relativamente flexíveis para pessoas que tenham experiência demonstrada. Claramente não podem entrar todas as empresas que de repente surjam no mercado e queiram aderir à APECOM, porque há um conjunto de regras de percepção de qualidade que é preciso salvaguardar. Enfim, nós estamos numa economia liberal, eu sou muito liberal nestas questões. Acho que é um espaço para discussão e que podemos estar abertos a essa discussão. Contudo, não vejo que uma empresa que tenha surgido ontem com meia dúzia de pessoas que não têm experiência nesta área, possa automaticamente ter o crivo da APECOM.

João Duarte: Estavas no segundo objectivo, quando te interrompi.

SC: O terceiro objectivo é dinamizar as actividades da própria associação, ou seja, promover também a Associação. Promover o sector mas através de uma Associação mais dinâmica do que tem sido até agora. E isso tem sido o nosso cavalo de batalha, porque há uma percepção de pouco dinamismo – que não deixa de ser verdadeira no passado – mas não há um dinamismo nulo. Isto é, a Associação executa um conjunto de serviços, forneceu durante estes últimos anos um conjunto de serviços às associadas, que no conjunto valem mais que a quota que os associados pagam. Nos últimos anos, do ponto de vista económico, ser associado da APECOM era um benefício, pois os descontos que a APECOM dava com os suplementos e, mesmo a parte de induzir o trabalho editorial dos suplementos que foram feitos, foram muito importantes. Nessa perspectiva, os associados nunca pagaram mais do que o serviço que tiveram. Mas é claro que os associados merecem que a Associação faça muito mais do que tem feito.

JD: Salvador, mas tu fizeste parte das anteriores direcções, acho que esse é um handicap teu porque a associação não foi tão dinâmica como deveria ter sido, e tu fazias parte dos órgãos sociais.

SC: É verdade. Mas não querendo resgatar a minha responsabilidade, a Direcção é muito o Presidente, é ele que faz andar a Associação. Obviamente que um Vice-Presidente, um Secretário, tem o seu papel na forma como aconselha o Presidente mas não são motores, não têm sido motores. A minha opinião sempre foi a de ter secretário-geral.

APECOM vai ter secretário-geral até ao final do mês

A APECOM já contratou o secretário-geral, que estará na associação em part-time, para ser o braço operacional da direcção. O novo quadro entrará no próximo dia 31 de Março. “É uma pessoa com muita experiência na área da comunicação, não especificamente na área das Relações Públicas, mas na área global da comunicação”. O enfoque do secretário-geral será fundamentalmente dinamizar, operacionalizar tudo o que a Direcção definir como orientações estratégicas.

“Sector das Relações Públicas tem muito espaço para crescer”

Desafio aceite, entrevista feita na data combinada – 12 de Março, ontem – e publicação agora no blog do fundo da Comunicação. Salvador da Cunha, novo presidente da APECOM - Associação Portuguesa das Empresas de Conselho em Comunicação e Relações Públicas, explica em discurso directo o estado do sector, os objectivos da associação e as acções em marcha para a revitalizar.

João Duarte (JD): Qual o estado da comunicação em Portugal?

Salvador da Cunha (SC): O estado da comunicação em Portugal é muito melhor hoje do que era há cinco, seis anos atrás. Houve uma evolução, diria dramática, na forma como as empresas olham hoje para a Comunicação e Relações Públicas. Claramente ganhámos peso em relação a outras formas de comunicação, nomeadamente em relação à publicidade. Portanto, tenho ideia de que o sector está muito melhor e muito mais pujante do que já esteve alguma vez, não só no crescimento que as empresas portuguesas têm tido - as tradicionais - como também no número de novas empresas que têm entrado para o mercado, e que tem sido galopante. O mercado está muito bom. De resto, saiu hoje um estudo no Reino Unido que diz que é para continuar. Cerca de 82% das empresas que foram contactadas para este estudo afirmaram que vão manter ou aumentar o budget de Relações Públicas em 2008.

JD: E porquê? Porque partimos muito baixo?

SC: Não. Acho que já não estamos assim tão baixo quanto isso. O mercado já não é de base muito baixa. Acho que o mercado tem uma base já significativamente alta comparada com as mesmas bases em mercados evoluídos como Espanha, Inglaterra, Bélgica. Agora, temos ainda espaço para crescer. Temos muito espaço para crescer. Ainda estamos com percentagens reduzidas dos budgets de marketing das empresas.

JD: Isso contraria uma das tuas afirmações. Numa das entrevistas disseste que o mercado já estava maduro. Estas taxas de crescimento contrariam essa maturidade…

SC: Disse que estava maduro do ponto de vista do knowledge que nós temos em Portugal. Em Portugal, temos um knowledge muito bom comparado com outros países. Não ficamos a dever nada em termos de know-how de comunicação, a país europeu nenhum. Em termos de crescimento, ainda temos muito para crescer e toda a Europa também. Não tenho dados concretos mas tenho a percepção de que nos Estados Unidos a componente de comunicação ainda é muito superior à da Europa.

JD: Sim, tenho a mesma percepção.

SC: E, portanto, a maturidade tem mais a ver com a maturidade de knowledge e não com maturidade de crescimento.

JD: Quando falas em knowledge, estás a referi-te a knowledge mais tradicional, não? Há o advento de muitas ferramentas novas da Web 2.0 que de alguma forma vão ser integradas nas Relações Públicas, na Publicidade, na Comunicação em geral. Para onde é que caminhamos? Como será o consultor do futuro?


SC: O consultor do futuro é o consultor que se preocupa com todos os canais de divulgação. E, claramente, com os canais de divulgação Web. É evidente que é uma área que estamos todos a aprender no mundo inteiro. Não é uma questão em que Portugal está isolado, toda a gente está a aprender nessa área. Têm sido feitas coisas absolutamente fantásticas.

JD: Mas em Portugal ainda se faz pouco…

SC: Faz-se pouco. Como tudo o que é comunicação digital…ainda se faz pouco. A comunicação digital dentro da comunicação tem um espaço para crescer bastante maior, até porque todos os canais de divulgação estão a crescer.

JD: Públicos mais difusos... temos de utilizar mais ferramentas para chegarmos aos mesmos públicos de antigamente?

SC: Sim. Há uma parte tecnológica que nos ajuda muito aí. Pesquisar na Web é bastante mais fácil que pesquisar fora dela, por exemplo.

Com vista para o Tejo


Chego um bocado antes da hora combinada, já lá está o fotógrafo. Falo com o Sérgio e acerto os últimos detalhes dos planos que quero. Peço-lhe que seja rápido, dez, 15 minutos, não mais. Não quero incomodar os outros clientes do restaurante. Já me sinto em casa no Faz Figura, e por isso, lembro-me que me esqueci de falar com o Nuno para lhe perguntar se posso tirar lá as fotos. Vou até à sua mesa ver se não há problema, e o Nuno anui com simpatia. Retomo a conversa com o fotógrafo. Onde é que íamos…ok, já sei. Quero planos ao baixo, funciona melhor para o que quero, e preciso de fotos dos dois – Salvador e eu – sentados frente a frente, e também individuais de cada um. E precisamos de dinâmica, fotos com “movimentos” de braços e expressivas.

Antes do Salvador chegar, tempo ainda para testar a nova máquina áudio que estreamos hoje. Um profissional Edirol R-09. Testo para verificar se o ruído de fundo não impedirá a utilização do som em podcast no blog, como já antes, de manhã, tinha experimentado, com o André, vários “sets” low e high, off e on, deste R-09.

O Salvador junta-se a nós. Trocamos algumas palavras, dirigimo-nos para a mesa e convido-o a ficar no lugar virado para a melhor vista sobre o Tejo – concedo sempre este privilégio ao meu convidado. Já o restaurante tinha sido escolha minha. O Faz Figura é cliente da YoungNetwork e mudei para lá muitos dos meus almoços de trabalho.

Já sentados combinamos fazer a entrevista após o almoço, já depois da garoupa grelhada do Salvador e do meu arroz de garoupa com línguas de bacalhau. A acompanhar água para os dois, e o reforço habitual de Cola Zero para mim. Ao almoço falámos de YoungNetwork, Lift e outros temas de mercado.

Big Brother na bola

Há pouco tempo falei de como o Barcelona está a ser criativo na obtenção de mais receitas em “merchandising”.
Hoje, avanço uma ideia de clubes brasileiros, inspirada nas mega audiências de programas de “voyeurismo”. O BBB (Big Brother Brasil) já vai na 8ª edição.
Os clubes, através da Internet, criaram canais próprios de televisão. Por exemplo, a TV Timão (nome popular do Corinthians) no primeiro dia teve 1,1 milhões de acessos e espera alcançar 30 mil assinantes fixos nos próximos meses.
No Rio, a Fla TV (do Flamengo), obteve 1,2 milhões de visitas e esperam 500 mil assinantes até ao final do ano.
Em Minas Gerais, a TV Galo (do Atlético Mineiro) e a Grémio TV (no Rio Grande do Sul) também pretendem o mesmo: mais receitas.
Em todos os casos, 10% serão para distribuir entre jogadores e staff técnico.
Agora, falta revelar quais os serviços em que apostam: interiores dos quartos, as superstições de cada jogador, as viagens entre os estádios, os banhos de imersão depois do treino, conversas despudoradas durante o estágio enquanto se joga bilhar, imagens dos técnicos na discussão da construção da equipa.
Claro que deste espectáculo todas as torcidas gostam. Será sucesso absoluto. E não é de espantar que por cá, até a televisão vimanarense seria um espectáculo com o “Special One” Cajuda e a TV Pasteis de Belém fenomenal para analisar o trabalho técnico-táctico de Jorge Jesus.
Mas os nossos clubes dormem na modernidade. Se calhar, preferem o Second Life que já morreu há um ano.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Recompensa-se quem achar o sentido de humor (perdido)…

Mais uma notícia, hoje na Briefing, sobre a nova campanha de publicidade do BES e as queixas que estes anúncios têm levantado.

Confesso que não sou particularmente fã das campanhas BES. Não adoro o estilo e não me identifico com o tom das campanhas na maioria das vezes. Todos temos as nossas embirrações…

Mas neste caso – campanha “Vendedores” - em que se promove o crédito automóvel do Banco através de imitações engraçadíssimas de vendedores de automóveis… está muito bom!!

Parabéns à BBDO por mais uma ideia fora de série.

PS – e se a moda pega é ver as donas de casa, os senhores alentejanos, os miúdos, os animais, os velhotes, tudo em grandes manifs contra os anúncios! Olha aquele em que a dona de casa aparece impecável, giríssima e cheia de estilo após um dia de limpezas… ou o outro em que o senhor velho está sempre pronto para a acção… ou ainda aquele em que o senhor feito de chocolate vai sendo comido pelas miúdas todas giraças. Eu se fosse a Nestlé já teria processado a Axe por atentado a whatever... Vamo-nos transformar nos EUA mas só nisto dos processos engraçados, pleaseeee!!!!!!!!!!!

Ganhar o centro

É tradição: quando o PSD se sente mais apertado, joga tudo no laranja forte. É a maneira mais segura de amarrar os mais fanáticos.
Isto sobre a nova imagem do PSD.
O laranja continua forte, ao contrário do que alvitrava Capucho, que tem reduzida importância na sociedade portuguesa, ao contrário do que diz Manuela Ferreira Leite.
O azul é que aligeira o peso institucional, entra em mares de outros eleitorados e pode criar um conflito visual com o CDS. Mas modera a imagem do partido, acalma-a, num tempo em que o líder quase que não tem tempo para respirar.
Em 2005, num momento particularmente difícil, o PSD apostou no laranja. O PS foi pelo amarelo e o verde (nomeadamente o brilho falso nos olhos “verdes” do candidato a PM).
Era natural que Sócrates, em 2009, mudasse as tonalidades, o PSD antecipa-se, roubando-lhe o azul.
Não é brilhante, dizem. Concordo.
O lado positivo é que tem as cores da YoungNetwork. Enquanto consultores de comunicação agradecemos a homenagem.

A marca Sarkozy

Desde que Nicolas Sarkozy se decidiu deleitar com uma ex-top model, hoje primeira dama de França, que a sua popularidade caiu. Isto são factos.
Mais factos: a possível derrapagem da UMP e perda de alguns bastiões da direita, nas municipais que só têm fim com a segunda volta da próxima semana.
Outro facto: ninguém daria nada, há poucos meses atrás, por uma vitória da esquerda nestas municipais, sobretudo quando ela própria estava toda partida, tendo mesmo como ícone dessa situação a separação do próprio casal/poder Ségoléne Royal-François Hollande.
Mais factos: desde que Sarko chegou ao Eliseu todos os semanários cresceram e o “L`Express” bateu o seu record de vendas com a entrevista a Carla Bruni, mais de 600 mil exemplares.
Popularidade em baixa, mas influência global que levou o próprio Obama a dizer que gostava de o conhecer. E uma marca que vende. O carisma está lá, o controlo da agenda e da situação vai voltar em breve.

terça-feira, 11 de março de 2008

O novo herói dos media

Soube há algumas horas que o PSD queria ouvir Rui Rio, pelas suas declarações sobre “lavagem de dinheiro” após o Conselho Nacional do PSD.
As declarações de Rio são excessivas e de pouco gosto, sobretudo no momento em que na rua se vive a maior contestação ao Governo jamais vista nestes três anos.
Parece que todo o mundo se uniu para tramar Menezes, sobretudo no momento em que ele poderia respirar melhor.
Mas chamar Rio, ou falar em processos, como se falarão já hoje nos telejornais e amanhã na imprensa é um erro.
Lembram-se de como toda a imprensa se uniu a apoiar Marcelo no tempo do ministro Rui Gomes da Silva. Agora será o mesmo.
Os media estarão com Rio e até se vão esquecer que este regulamento é semelhante ao que ele aprovou no tempo de Marcelo. O PS agradece.
Cria-se um herói que está contra a “lavagem de dinheiro”, uma espécie de Sá Fernandes de direita, e mitiga-se Menezes.
A oposição interna saliva de felicidade.

Nova publicação de saúde e bem-estar nas ruas

É já no próximo sábado que estreia a nova revista de saúde e bem-estar. A revista estará encartada com um jornal de grande tiragem uma vez por mês, estando depois desse período disponível em banca.

Numa primeira fase, o encarte será apenas na Grande Lisboa.

Cuidado com o "Love Detector"

Foi no dia 14 de Fevereiro, dia de S. Valentim, que uma empresa sul coreana criou um dos mais problemáticos “inventos” dos últimos anos.
É o “Love Detector” e ameaça, porventura, algumas relações, quando se universalizar.
O programa instalado dentro do telemóvel analisa os padrões de voz durante a conversa e os envia a uma central. Assim que acaba a mesma, essa central envia um sms indicando se o interlocutor alterou a entoação da sua voz. Isso permitirá analisar o afecto, honestidade, surpresa e concentração numa conversa telefónica.
A central, segundo garante a marca, não ouve as conversas, apenas trabalha o padrão da voz.
Por isso, mentiras nem por telemóvel…
Os primeiros resultados são promissores para a KTF, uma vez que o serviço foi adquirido por 10 milhões de clientes.
E serviços destes generalizados na política?

Pica-Pau Amarelo

Não vou falar de Menezes, que visitou o bairro do Pica-Pau Amarelo, em Almada, na semana passada.
Falo de Monteiro Lobato, escritor brasileiro que imaginou personagens e histórias juvenis com o Sítio do Pica-Pau Amarelo.
Agora, a “Isto É” descobre com a reedição de um livro lançado em 1926, “O Presidente Negro”, que Lobato terá sido um Nostradamus brasileiro.
Tudo porque nessa obra ele imaginou o combate presidencial americano entre um homem negro e uma mulher feminista branca.
Só faltou mesmo adivinhar é que os dois eram Democratas contra um Republicano de 71 anos.
Nostradamus, à força, só no Brasil.

segunda-feira, 10 de março de 2008

YoungNetwork na TSF

A YoungNetwork foi convidada para falar para a TSF, programa Negócios Sem Fronteiras, este Sábado. Na entrevista, explicamos porque fizémos a aquisição na Croácia e quais os objectivos a que nos propomos. Aqui fica o podcast.

Nenhum canal público de tv

Acabava-se de vez com o dilema da publicidade.

Porque:

1. Estado só regulador

A questão central respeita à exploração directa, pelo Estado, de canais de televisão. O Estado não tem que ter canais de televisão, tal como não tem que ter rádios ou companhias de aviação. Deve ser regulador e não actor.

2. Estado mau gestor

O Estado não é um bom gestor do dinheiro público. Então porque é que o continua a gerir?

3. Estado não compensa falhas de mercado

A televisão do Estado, em especial a RTP 1, não está a servir para colmatar as falhas de mercado mas sim para oferecer o que o mercado já proporciona. Para quê o serviço público de televisão? Ela oferece algo que os serviços privados ou canais Cabo não ofereçam já?

O Tarzan da Caldeirada de Neutrões completa a análise aqui.

Nota: Esta opinião é retirada dos comentários enviados pelos leitores do blog do fundo da Comunicação e não vincula a opinião dos autores do blog.

Metas da RTP

Paulo Marcos, professor universitário, autor do livro Marketing Inovador e quadro superior do BES, define as metas da RTP (e não apenas as da RTP1). Por ordem decrescente de importância enumera-as.

1) Assegurar a coesão nacional, divulgando e promovendo a língua, os hábitos, costumes, cultura e modos de vida portugueses (o que implica um reforço da programação nacional);

2) Servir de promotor da imagem de Portugal nos países e mercados de língua portuguesa (incluindo as comunidades de emigrantes);

3) Auxiliar na promoção da imagem de Portugal juntos dos principais mercados emissores de turistas e parceiros comerciais de Portugal.

Para atingir estes desideratos, a publicidade também pode representar uma certa imagem de Portugal e de suas empresas, influentes para atingir as metas 2 e 3.

Por outro lado, para atingir a meta 1), a mais importante, a publicidade tem também um papel, conquanto secundário, mas importante.

Comentário completo aqui.

Nota: Esta opinião é retirada dos comentários enviados pelos leitores do blog do fundo da Comunicação e não vincula a opinião dos autores do blog.

Regras da publicidade na RTP

A pergunta “Deve a RTP ter publicidade ou não?” deu origem a muito mais considerações sobre o canal público, para além do óbvio sim ou não.

Os assuntos mais comentados foram as regras da publicidade na RTP, o Estado como proprietário de um canal de televisão, a definição de serviço público e a influência dos Governos na linha editorial da estação.

A maioria dos leitores defende que a publicidade na RTP tem de ter quotas definidas, e que actualmente o tempo de anúncios é exagerado, não devendo passar os quatro a cinco minutos por hora (recordo que o actual limite é de seis minutos por hora). Por outro lado, a capacidade de atrair publicidade é também uma medida da popularidade dos conteúdos e dos programas emitidos.

Alexandre Santos Carvalho resume:

- Não colocar conteúdos muito longos sem intervalos.
- Não colocar intervalos muito longos entre conteúdos.
- Não colocar conteúdos muito curtos entre intervalos.
- Não colocar intervalos muito curtos entre conteúdos.

Nota: Esta opinião é retirada dos comentários enviados pelos leitores do blog do fundo da Comunicação e não vincula a opinião dos autores do blog.

O amanhã em Espanha

Angel Acebes, o secretário-geral do PP fez o possível. Disse que o PP cresceu e teve mais deputados, e nunca nenhum partido na oposição teve um resultado assim. Fantástico!
Mas o PP continua oposição.
Esse é que é o problema de uma máquina partidária. Quando séquitos sedentos de poder vêem mais quatro anos de míngua no horizonte, temos a certeza que algo vai acontecer.
Nenhuma pessoa minimamente esclarecida pensou que alguma vez Rajoy era um vencedor. Não é. E está na cara que não é.
Os comentários sobre Rajoy fizeram-me lembrar Jesualdo Ferreira. Depois da eliminação com Schalke 04 disse: «fomos uma equipa séria». De Rajoy disseram: «fez uma campanha séria».
Apesar do crescimento, fica a dúvida se com o mago do milagre económico espanhol – ilusão que o PP utilizou em marketing – Rodrigo Rato, se com a espontaneidade de Esperanza Aguirre ou com o carisma do melhor político espanhol, Alberto Ruiz-Gallardon as coisas não teriam sido diferentes.
O massacre do PSOE em Madrid é prova disso.
Rajoy disse que Zapatero não era «confiável», Felipe González apelidou de «idiota» Rajoy numa campanha dura, com regras duras e pouco maleável. Aqui, em Espanha, terra de touradas e sensações fortes que encantaram muitos estrangeiros, o plástico do marketing há muito se sobrepôs às emoções.
O “brand” ZP derrotou o “brand” PP que se apresentou mais uma vez em perda por não ter um líder forte.
Aqui esta vitória estava escrita nas estrelas há muito tempo.
No PP começa o amanhã, infelizmente com Gallardon em pior posição por não ser deputado.

Publicidade na RTP: os autores

Na quarta-feira, 27 de Fevereiro, comecei a escrever um post sobre se a RTP deve ou não ter publicidade, mas enquanto escrevia lembrei-me de trocar a publicação da minha opinião pelo desafio de passar a responsabilidade para o lado dos leitores deste blog. O resultado foram 18 comentários colocados no do fundo da Comunicação ou enviados para o meu email, e cerca de mais alguns posts e comentários noutros blogs.

Contribuíram para esta opinião José Pedro Nascimento, Cristiani Oliveira, Victor Gonçalves, Joana Mil Homens, Alexandre Santos Carvalho, Filipa Caldeira, Sandra Gandum, Paulo Marcos, Bruno Cardoso, Koan, Tarzan, Pedro Froes, Martins Alfaro, Duarte Afonso, Flavia Paluello, Bernardo Alegra, Cristina Marques Fernandes, Sof e ainda deu origem no O Insurgente a um conjunto de nove ou dez comentários (embora agora não os consiga encontrar).

Durante a tarde de hoje publicarei em vários posts as opiniões e os argumentos contra e a favor.

João Duarte entrevista Salvador da Cunha

do fundo da Comunicação vai entrevistar Salvador da Cunha, presidente recém-eleito da APECOM (e também managing director da Lift Consulting). A entrevista será conduzida por mim e terá lugar na próxima quarta-feira, dia 12, no Faz Figura.

Este trabalho tem algumas especificidades. Eu (já) não sou jornalista e sou parte interessada no tema, pelo que o entrevistado parte, neste aspecto, com alguma desvantagem.

Mas fica bem ao Salvador aceitar o meu desafio, pela coragem e pela abertura. Será mais uma oportunidade para apresentar e explicar o seu plano para promover e dinamizar o sector.

A acção será 100% profissional, pelo que não há qualquer acordo para restringir temas ou mexer na linha editorial que eu decidir imprimir.

Assim, regras da entrevista:

- Responsabilidade editorial será inteiramente minha
- Enviarei ainda hoje os 4/5 tópicos da entrevista
- Entrevista será oral e será gravada

O que me motiva nesta entrevista é a promoção do sector. São conhecidas as minhas divergências com direcções anteriores. Em relação à recém-eleita direcção pode-se ao dia de hoje comentar apenas o seu programa e as primeiras intervenções públicas do novo presidente, nomeadamente nos Media. Concordo com algumas das ideias apresentadas e a serem executadas já será uma diferença de dinâmica muito grande face ao passado recente. Em relação às duas intervenções nos Media, gostei da segunda, na Briefing, marcada pelas ideias, e menos da primeira, na Meios & Publicidade.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Manobras

Nada melhor que no dia anterior a uma manifestação forte o Governo tente domá-la.
A manifestação dos professores incomodava por isso aí está Teixeira dos Santos a admitir baixar os impostos, para estimular o consumo.
Pode ser que algum professor desmobilize.
Mas o problema de Sócrates é que esta manifestação não é contra ele nem o Governo. É contra a ministra.
Que, depois de uma capa no Expresso – o último ministro a aparecer lá saiu três dias depois, foi Correia de Campos - e uma foto de capa da Visão que é um “hara-kiri político de autismo declarado vai ter muitas dificuldades.
Nem uma “baixazita” nos impostos ajuda neste sector.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Impossível não gostar…

“Somos viciados em crescimento”, confessa Carlos Martins, Presidente Executivo da Martifer ao Jornal de Negócios de hoje, a propósito do prémio de empreendedorismo que acaba de receber.

“Lido mal com a estupidez. Tenho falta de paciência”, referia Almerindo Marques, à Sábado há umas semanas atrás.

“They tried to make me go to rehab but I said no, no, no!” Amy Winehouse in Rehab.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Peço desculpa

Peço desculpa aos leitores e bloggers do do fundo da Comunicação. Ainda não escrevi o post sobre se a RTP deve ou não ter publicidade. Para o post contribuiram cerca de 20 pessoas, e a maioria com respostas muito estruturadas, pelo que vou investir mais tempo na redacção do artigo do que o inicialmente previsto. Se perdemos na demora, ganhamos na qualidade dos contributos. Será bem mais completo do que se tivesse sido escrito só por mim.

terça-feira, 4 de março de 2008

"Agent Provocateur"

Gordon Brown contratou uma consultora americana para o seu gabinete, que já foi directora de uma empresa de lingerie erótica, a “Agent provocateur”.
Se é engraçada esta ligação, a argúcia desta consultora para assuntos sociais é revelada na justificação: «há muito que Gordon depende de homens chatos de fato e gravata para tomar as suas decisões».
É o problema dos políticos viverem, muitas vezes, em circuito fechado, tal como os jornalistas. A crescente disfunção entre perspectiva e realidade aproxima cada vez mais jornalistas e políticos.
Por isso é bom aparecerem uns “agents provocateurs”.

Este país não é para velhos

Foi a melhor notícia para a campanha de John McCain.
Numa semana marcada pelo pseudo caso de alcova e pela ligação a lobis que mitigam a sua imagem de independente, veio algo de bom.
Ralph Nader avança outra vez para a Casa Branca, e já tudo se escreveu sobre isso. Ninguém esqueceu a sua contribuição para a derrota de Gore e vitória de Bush, o que alegraria os republicanos.
Mas o melhor mesmo é que McCain deixou de ser o candidato mais velho em campanha. Nader ultrapassa a sua idade e assim já não há o confronto entre o “velho” e o “novo”.
McCain é o intermédio.
Não esquecer que o grande vencedor dos Óscares foi “Este país não é para velhos”, dos manos Coehn, mas fruto da prosa genial de Cormac McCarthy.
Hoje, para os estrategas de McCain, este título já não afecta subliminarmente a campanha. Eles agradecem a Nader.

segunda-feira, 3 de março de 2008

...Jack Nicholson está contra nós

Resposta de Hillary.

Se Will I Am está por nós...

Mais uma obra de Will I Am para Obama.




O outro videoclip pode ser visto aqui.

Para Rio explorar

Um grupo de estudantes de uma das mais belas cidades da Europa, Nápoles, decidiu fazer um mapa dos locais onde a máfia napolitana, a Camorra, cometeu todos os seus crimes e ajustas de contas desde Janeiro de 2007.
E, com isso, torná-lo um ponto de interesse turístico como manobra de pressão para o clima de insegurança e de nojo que grassa na cidade com vista para o Vesúvio.
Uma bela manobra de comunicação, uma bela manobra de lobi e uma bela manobra para captar mais atenção dos turistas.
E se Rui Rio mandasse também elaborar um mapa dos crimes dos gangs do Porto?
Talvez fosse boa ideia. A revista de domingo do “Público” dedicou oito (8!) páginas a Fernando Madureira, que tem um “rap” intitulado “macaco líder” e é bajulado pela reportagem com um título fenomenal: «qualquer coisa de rock star».
Com uma estrela como esta e um continuado clima de terror na noite do Porto, marcado pelos assassinatos de diversos “seguranças” e “empresários” seria magnífico um mapa turístico manchado a sangue.

PS: só uma nota. Como aprendi quando estive em Nápoles, a cúpula da Camorra saiu da cidade e instalou-se ali perto, em Caserta. Terra com um palácio réplica de Versalhes que pouca gente conhece e vale a pena visitar.

O, mas O, soundbyte

«A relva inglesa é melhor que todas por isto: é igual às outras mas tem mais 300 anos. A democracia americana é igual às outras. Tem a mais é uma fé única na energia individual»

Ferreira Fernandes (provavelmente o melhor cronista português), in DN

domingo, 2 de março de 2008

LPM "puxa-nos" para cima

Do nosso colega de blogosfera Luís Paixão Martins chega-nos mais um incentivo. Obrigado. Se com esta operação ajudamos o sector, tanto melhor.

Apesar de uma aquisição ser sempre algo que galvaniza uma empresa, sabemos que estamos apenas na partida. Há muito trabalho, com algum risco à mistura, para provar que fizemos uma aposta certa.

Temos leitora!

Todos os leitores são bem-vindos ao espaço do fundo da Comunicação. Cheguem, vejam, comentem e divulguem. Vocês são os nosso influenciadores por excelência. Mas depois deste naco de prosa, a FlaviaPM arrisca-se a ser a nossa leitora preferida.