Desafio aceite, entrevista feita na data combinada – 12 de Março, ontem – e publicação agora no blog do fundo da Comunicação. Salvador da Cunha, novo presidente da APECOM - Associação Portuguesa das Empresas de Conselho em Comunicação e Relações Públicas, explica em discurso directo o estado do sector, os objectivos da associação e as acções em marcha para a revitalizar.
João Duarte (JD): Qual o estado da comunicação em Portugal?
Salvador da Cunha (SC): O estado da comunicação em Portugal é muito melhor hoje do que era há cinco, seis anos atrás. Houve uma evolução, diria dramática, na forma como as empresas olham hoje para a Comunicação e Relações Públicas. Claramente ganhámos peso em relação a outras formas de comunicação, nomeadamente em relação à publicidade. Portanto, tenho ideia de que o sector está muito melhor e muito mais pujante do que já esteve alguma vez, não só no crescimento que as empresas portuguesas têm tido - as tradicionais - como também no número de novas empresas que têm entrado para o mercado, e que tem sido galopante. O mercado está muito bom. De resto, saiu hoje um estudo no Reino Unido que diz que é para continuar. Cerca de 82% das empresas que foram contactadas para este estudo afirmaram que vão manter ou aumentar o budget de Relações Públicas em 2008.
JD: E porquê? Porque partimos muito baixo?
SC: Não. Acho que já não estamos assim tão baixo quanto isso. O mercado já não é de base muito baixa. Acho que o mercado tem uma base já significativamente alta comparada com as mesmas bases em mercados evoluídos como Espanha, Inglaterra, Bélgica. Agora, temos ainda espaço para crescer. Temos muito espaço para crescer. Ainda estamos com percentagens reduzidas dos budgets de marketing das empresas.
JD: Isso contraria uma das tuas afirmações. Numa das entrevistas disseste que o mercado já estava maduro. Estas taxas de crescimento contrariam essa maturidade…
SC: Disse que estava maduro do ponto de vista do knowledge que nós temos em Portugal. Em Portugal, temos um knowledge muito bom comparado com outros países. Não ficamos a dever nada em termos de know-how de comunicação, a país europeu nenhum. Em termos de crescimento, ainda temos muito para crescer e toda a Europa também. Não tenho dados concretos mas tenho a percepção de que nos Estados Unidos a componente de comunicação ainda é muito superior à da Europa.
JD: Sim, tenho a mesma percepção.
SC: E, portanto, a maturidade tem mais a ver com a maturidade de knowledge e não com maturidade de crescimento.
JD: Quando falas em knowledge, estás a referi-te a knowledge mais tradicional, não? Há o advento de muitas ferramentas novas da Web 2.0 que de alguma forma vão ser integradas nas Relações Públicas, na Publicidade, na Comunicação em geral. Para onde é que caminhamos? Como será o consultor do futuro?
SC: O consultor do futuro é o consultor que se preocupa com todos os canais de divulgação. E, claramente, com os canais de divulgação Web. É evidente que é uma área que estamos todos a aprender no mundo inteiro. Não é uma questão em que Portugal está isolado, toda a gente está a aprender nessa área. Têm sido feitas coisas absolutamente fantásticas.
JD: Mas em Portugal ainda se faz pouco…
SC: Faz-se pouco. Como tudo o que é comunicação digital…ainda se faz pouco. A comunicação digital dentro da comunicação tem um espaço para crescer bastante maior, até porque todos os canais de divulgação estão a crescer.
JD: Públicos mais difusos... temos de utilizar mais ferramentas para chegarmos aos mesmos públicos de antigamente?
SC: Sim. Há uma parte tecnológica que nos ajuda muito aí. Pesquisar na Web é bastante mais fácil que pesquisar fora dela, por exemplo.
João Duarte (JD): Qual o estado da comunicação em Portugal?
Salvador da Cunha (SC): O estado da comunicação em Portugal é muito melhor hoje do que era há cinco, seis anos atrás. Houve uma evolução, diria dramática, na forma como as empresas olham hoje para a Comunicação e Relações Públicas. Claramente ganhámos peso em relação a outras formas de comunicação, nomeadamente em relação à publicidade. Portanto, tenho ideia de que o sector está muito melhor e muito mais pujante do que já esteve alguma vez, não só no crescimento que as empresas portuguesas têm tido - as tradicionais - como também no número de novas empresas que têm entrado para o mercado, e que tem sido galopante. O mercado está muito bom. De resto, saiu hoje um estudo no Reino Unido que diz que é para continuar. Cerca de 82% das empresas que foram contactadas para este estudo afirmaram que vão manter ou aumentar o budget de Relações Públicas em 2008.
JD: E porquê? Porque partimos muito baixo?
SC: Não. Acho que já não estamos assim tão baixo quanto isso. O mercado já não é de base muito baixa. Acho que o mercado tem uma base já significativamente alta comparada com as mesmas bases em mercados evoluídos como Espanha, Inglaterra, Bélgica. Agora, temos ainda espaço para crescer. Temos muito espaço para crescer. Ainda estamos com percentagens reduzidas dos budgets de marketing das empresas.
JD: Isso contraria uma das tuas afirmações. Numa das entrevistas disseste que o mercado já estava maduro. Estas taxas de crescimento contrariam essa maturidade…
SC: Disse que estava maduro do ponto de vista do knowledge que nós temos em Portugal. Em Portugal, temos um knowledge muito bom comparado com outros países. Não ficamos a dever nada em termos de know-how de comunicação, a país europeu nenhum. Em termos de crescimento, ainda temos muito para crescer e toda a Europa também. Não tenho dados concretos mas tenho a percepção de que nos Estados Unidos a componente de comunicação ainda é muito superior à da Europa.
JD: Sim, tenho a mesma percepção.
SC: E, portanto, a maturidade tem mais a ver com a maturidade de knowledge e não com maturidade de crescimento.
JD: Quando falas em knowledge, estás a referi-te a knowledge mais tradicional, não? Há o advento de muitas ferramentas novas da Web 2.0 que de alguma forma vão ser integradas nas Relações Públicas, na Publicidade, na Comunicação em geral. Para onde é que caminhamos? Como será o consultor do futuro?
SC: O consultor do futuro é o consultor que se preocupa com todos os canais de divulgação. E, claramente, com os canais de divulgação Web. É evidente que é uma área que estamos todos a aprender no mundo inteiro. Não é uma questão em que Portugal está isolado, toda a gente está a aprender nessa área. Têm sido feitas coisas absolutamente fantásticas.
JD: Mas em Portugal ainda se faz pouco…
SC: Faz-se pouco. Como tudo o que é comunicação digital…ainda se faz pouco. A comunicação digital dentro da comunicação tem um espaço para crescer bastante maior, até porque todos os canais de divulgação estão a crescer.
JD: Públicos mais difusos... temos de utilizar mais ferramentas para chegarmos aos mesmos públicos de antigamente?
SC: Sim. Há uma parte tecnológica que nos ajuda muito aí. Pesquisar na Web é bastante mais fácil que pesquisar fora dela, por exemplo.
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