segunda-feira, 10 de março de 2008

YoungNetwork na TSF

A YoungNetwork foi convidada para falar para a TSF, programa Negócios Sem Fronteiras, este Sábado. Na entrevista, explicamos porque fizémos a aquisição na Croácia e quais os objectivos a que nos propomos. Aqui fica o podcast.

Nenhum canal público de tv

Acabava-se de vez com o dilema da publicidade.

Porque:

1. Estado só regulador

A questão central respeita à exploração directa, pelo Estado, de canais de televisão. O Estado não tem que ter canais de televisão, tal como não tem que ter rádios ou companhias de aviação. Deve ser regulador e não actor.

2. Estado mau gestor

O Estado não é um bom gestor do dinheiro público. Então porque é que o continua a gerir?

3. Estado não compensa falhas de mercado

A televisão do Estado, em especial a RTP 1, não está a servir para colmatar as falhas de mercado mas sim para oferecer o que o mercado já proporciona. Para quê o serviço público de televisão? Ela oferece algo que os serviços privados ou canais Cabo não ofereçam já?

O Tarzan da Caldeirada de Neutrões completa a análise aqui.

Nota: Esta opinião é retirada dos comentários enviados pelos leitores do blog do fundo da Comunicação e não vincula a opinião dos autores do blog.

Metas da RTP

Paulo Marcos, professor universitário, autor do livro Marketing Inovador e quadro superior do BES, define as metas da RTP (e não apenas as da RTP1). Por ordem decrescente de importância enumera-as.

1) Assegurar a coesão nacional, divulgando e promovendo a língua, os hábitos, costumes, cultura e modos de vida portugueses (o que implica um reforço da programação nacional);

2) Servir de promotor da imagem de Portugal nos países e mercados de língua portuguesa (incluindo as comunidades de emigrantes);

3) Auxiliar na promoção da imagem de Portugal juntos dos principais mercados emissores de turistas e parceiros comerciais de Portugal.

Para atingir estes desideratos, a publicidade também pode representar uma certa imagem de Portugal e de suas empresas, influentes para atingir as metas 2 e 3.

Por outro lado, para atingir a meta 1), a mais importante, a publicidade tem também um papel, conquanto secundário, mas importante.

Comentário completo aqui.

Nota: Esta opinião é retirada dos comentários enviados pelos leitores do blog do fundo da Comunicação e não vincula a opinião dos autores do blog.

Regras da publicidade na RTP

A pergunta “Deve a RTP ter publicidade ou não?” deu origem a muito mais considerações sobre o canal público, para além do óbvio sim ou não.

Os assuntos mais comentados foram as regras da publicidade na RTP, o Estado como proprietário de um canal de televisão, a definição de serviço público e a influência dos Governos na linha editorial da estação.

A maioria dos leitores defende que a publicidade na RTP tem de ter quotas definidas, e que actualmente o tempo de anúncios é exagerado, não devendo passar os quatro a cinco minutos por hora (recordo que o actual limite é de seis minutos por hora). Por outro lado, a capacidade de atrair publicidade é também uma medida da popularidade dos conteúdos e dos programas emitidos.

Alexandre Santos Carvalho resume:

- Não colocar conteúdos muito longos sem intervalos.
- Não colocar intervalos muito longos entre conteúdos.
- Não colocar conteúdos muito curtos entre intervalos.
- Não colocar intervalos muito curtos entre conteúdos.

Nota: Esta opinião é retirada dos comentários enviados pelos leitores do blog do fundo da Comunicação e não vincula a opinião dos autores do blog.

O amanhã em Espanha

Angel Acebes, o secretário-geral do PP fez o possível. Disse que o PP cresceu e teve mais deputados, e nunca nenhum partido na oposição teve um resultado assim. Fantástico!
Mas o PP continua oposição.
Esse é que é o problema de uma máquina partidária. Quando séquitos sedentos de poder vêem mais quatro anos de míngua no horizonte, temos a certeza que algo vai acontecer.
Nenhuma pessoa minimamente esclarecida pensou que alguma vez Rajoy era um vencedor. Não é. E está na cara que não é.
Os comentários sobre Rajoy fizeram-me lembrar Jesualdo Ferreira. Depois da eliminação com Schalke 04 disse: «fomos uma equipa séria». De Rajoy disseram: «fez uma campanha séria».
Apesar do crescimento, fica a dúvida se com o mago do milagre económico espanhol – ilusão que o PP utilizou em marketing – Rodrigo Rato, se com a espontaneidade de Esperanza Aguirre ou com o carisma do melhor político espanhol, Alberto Ruiz-Gallardon as coisas não teriam sido diferentes.
O massacre do PSOE em Madrid é prova disso.
Rajoy disse que Zapatero não era «confiável», Felipe González apelidou de «idiota» Rajoy numa campanha dura, com regras duras e pouco maleável. Aqui, em Espanha, terra de touradas e sensações fortes que encantaram muitos estrangeiros, o plástico do marketing há muito se sobrepôs às emoções.
O “brand” ZP derrotou o “brand” PP que se apresentou mais uma vez em perda por não ter um líder forte.
Aqui esta vitória estava escrita nas estrelas há muito tempo.
No PP começa o amanhã, infelizmente com Gallardon em pior posição por não ser deputado.

Publicidade na RTP: os autores

Na quarta-feira, 27 de Fevereiro, comecei a escrever um post sobre se a RTP deve ou não ter publicidade, mas enquanto escrevia lembrei-me de trocar a publicação da minha opinião pelo desafio de passar a responsabilidade para o lado dos leitores deste blog. O resultado foram 18 comentários colocados no do fundo da Comunicação ou enviados para o meu email, e cerca de mais alguns posts e comentários noutros blogs.

Contribuíram para esta opinião José Pedro Nascimento, Cristiani Oliveira, Victor Gonçalves, Joana Mil Homens, Alexandre Santos Carvalho, Filipa Caldeira, Sandra Gandum, Paulo Marcos, Bruno Cardoso, Koan, Tarzan, Pedro Froes, Martins Alfaro, Duarte Afonso, Flavia Paluello, Bernardo Alegra, Cristina Marques Fernandes, Sof e ainda deu origem no O Insurgente a um conjunto de nove ou dez comentários (embora agora não os consiga encontrar).

Durante a tarde de hoje publicarei em vários posts as opiniões e os argumentos contra e a favor.

João Duarte entrevista Salvador da Cunha

do fundo da Comunicação vai entrevistar Salvador da Cunha, presidente recém-eleito da APECOM (e também managing director da Lift Consulting). A entrevista será conduzida por mim e terá lugar na próxima quarta-feira, dia 12, no Faz Figura.

Este trabalho tem algumas especificidades. Eu (já) não sou jornalista e sou parte interessada no tema, pelo que o entrevistado parte, neste aspecto, com alguma desvantagem.

Mas fica bem ao Salvador aceitar o meu desafio, pela coragem e pela abertura. Será mais uma oportunidade para apresentar e explicar o seu plano para promover e dinamizar o sector.

A acção será 100% profissional, pelo que não há qualquer acordo para restringir temas ou mexer na linha editorial que eu decidir imprimir.

Assim, regras da entrevista:

- Responsabilidade editorial será inteiramente minha
- Enviarei ainda hoje os 4/5 tópicos da entrevista
- Entrevista será oral e será gravada

O que me motiva nesta entrevista é a promoção do sector. São conhecidas as minhas divergências com direcções anteriores. Em relação à recém-eleita direcção pode-se ao dia de hoje comentar apenas o seu programa e as primeiras intervenções públicas do novo presidente, nomeadamente nos Media. Concordo com algumas das ideias apresentadas e a serem executadas já será uma diferença de dinâmica muito grande face ao passado recente. Em relação às duas intervenções nos Media, gostei da segunda, na Briefing, marcada pelas ideias, e menos da primeira, na Meios & Publicidade.