terça-feira, 10 de março de 2009

Querida, encolhi a facturação

Também só para os que se interessam pelo mercado das agências de comunicação.

Agora, há outra batalha para vencer, a da consistência. Porque será que os que apresentaram no passado os resultados de forma estruturada e mais transparente, logo no início do ano, ainda não apresentaram este ano?

Estamos atentos por aqui, e a estranhar a demora. Será a contabilidade que está mais atrasada ou é legítimo pensar que a facturação encolheu? Bonito comunicar crescimentos de dois digitos em 2007, mas chato recuar em 2008? Às vezes, existe facturação extraordinária que não se repete...

Lá vai a consistência às malvas. Resultados só quando se cresce? Se houver crescimento em 2009 faremos o favor de tirar o resultado de 2008, por cálculo da quarta classe, na altura.

Tento na língua

Só para quem se interessa pelo mercado das agências de comunicação.

Já repararam que desde que começámos aqui, neste blog, a fazer contas aos crescimentos alheios e a apontar a inconsistência das facturações fantasiosas, apenas com base em informação dada pela própria concorrência ao mercado, que começou a haver maior tento na língua por parte dos players?

Batalha da transparência vencida. Esta demos de borla ao sector.

Contadores de histórias

Contadores de histórias é o que nós temos de ser. Histórias verdadeiras, que respeitem o ADN dos clientes, bem contadas, que façam as audiências terem vontade de espalhar a mensagem. E histórias que resistam ao efeito do tempo, ou seja, que sejam consistentes. No futuro a acção tem de concretizar a promessa. É preciso entregar a promessa.

Blogografia:

- Post de Seth Godin

- All Marketers are liars, Seth Godin

Toastmaster

Vou ter um jantar de Toastmaster na próxima quinta-feira. Algum dos leitores já experimentou? Quer partilhar a experiência connosco?

Ler mais aqui.

PS: Infelizmente vou chegar atrasado ao jantar. Espero não perder a experiência.

António Costa vs. Governo

Já começaram a sair notícias sobre uma clivagem entre António Costa e o Governo. Se há alguém que acredite, muito bem, como a maior parte dos leitores não é anjinho é natural que se ria deste pseudo-afastamento de Costa.
Aliás, nada melhor que dizer uma frase muito aplicável ao actual Presidente da Câmara de Lisboa e que se mantém intacta desde 2005: António Costa saiu do Governo, mas o Governo nunca saiu dele.
Como os lisboetas cedo perceberam, a opinião pública que vota e não a opinião publicada, António Costa é um ministro e nunca será um Presidente de Câmara.

Novidades do futebol

É raro escrever sobre futebol, que é das coisas que mais motiva paixões, mas de vez em quando gosto de partilhar os bastidores.

.Benfica vai ter uma lista de oposição a Luis Filipe Vieira, Bagão Félix recusou e será Humberto Coelho a dar a cara. Esta lista tem convidado diversos políticos benfiquistas para aderirem.

.Segundo fontes bem informadas, Paulo Bento já assinou pelo Porto (excelente notícia para os simpatizantes do Sporting) e Jorge Jesus está em Alvalade na próxima temporada (uma grande notícia para os simpatizantes do Sporting)

.Para a Presidência do Sporting, a candidatura institucional será de Miguel Ribeiro Teles, na oposição Sérgio Abrantes Mendes vai a votos.

Deadwood e The Wire

Esta semana Pacheco Pereira fez uma magnífica prosa sobre séries no “Público”.
Concordo com quase tudo que mencionou, “Deadwood” – principalmente a primeira temporada – é fenomenal e “The Wire” é uma das melhores séries dos últimos anos e ainda há pouco tempo falei dela.
Teve apenas um lapso: já existe edição portuguesa das duas primeiras temporadas de “Deadwood” (eu tenho) e aliás aproveito para contar que ela foi cancelada ao fim da terceira temporada (que eu já vi também e é fraca) quando o plano inicial eram quatro anos. Ainda houve um movimento para se fazer um telefilme a explicar o fim, mas as fracas audiências não motivaram os produtores.
Quanto a “The Wire” estão por cá à venda as três primeiras temporadas e até agora não há um ano fraco.

Three is enough

Sem conhecer em profundidade o documento, já que ainda não o li, o príncipio é bom. Três a quatro agências é suficiente para escolher uma proposta, o processo torna-se um win-win para agências e cliente envolvidos. Também aplicável para os concursos de Relações Públicas.

Revisite Charles Darwin

Por Sílvia Morgado*

200 anos depois do seu nascimento, o conceituado naturalista britânico, Charles Darwin, volta a dar que falar!

Pela positiva: na exposição «Evolução de Darwin» patente na Fundação Gulbenkian até ao dia 24 de Maio, uma viagem pela vida e obra do autor d'A Origem das Espécies, onde poderá ver uma réplica do famoso Beagle feita nas oficinas do nosso Museu da Marinha. Destaque também para a colaboração original com o Jardim Zoológico, que deu origem à galeria especialmente construída para o efeito, onde pode ver algumas das espécies observadas por Darwin: iguanas, tartarugas ou papagaios.

Num tom mais crítico: no simpósio internacional sobre o tema "O erro de Darwin e o que estamos a fazer para o corrigir", Ilha Terceira, Açores, de 19 e 22 de Setembro. O simpósio organizado por cientistas açorianos pretende contrapor a polémica frase proferida por Darwin aquando da sua visita à Ilha Terceira (inserida na célebre viagem de circum-navegação de cinco anos a bordo do Beagle): "Gostei imenso da visita, mas não encontrei nada digno de registo" e provar que os Açores são um verdadeiro laboratório que sustenta a tão contraditória e polémica “Teoria da Evolução.

Polémico, é verdade! Capacidade de abalar consciências ainda mais ou não tivesse Geoge W. Bush afirmado que a teoria criacionista devia ser ministrada nas escolas em paralelo com o evolucionismo. Não deixe de ler ou reler A Origem das Espécies.

*Directora de Consultoria, YoungNetwork
Colunista Convidada

Relações Públicas contribuem para 1/4 do valor das marcas

Ler notícia da PR Week aqui.

Oportunidades e Armadilhas


Por João Silva*

Enquanto os analistas procuram explicações para este momento dramático da economia mundial – onde empresas sucumbem, postos de trabalho são extintos e famílias vêem dia após dia as suas dívidas a avolumarem-se – ficamos meio perdidos diante de uma avassaladora tempestade de informação negativista que assolou os meios de comunicação e que tarda a dissipar-se. Não quero aqui dar explicações técnicas para a crise, mas acredito que grande parte desta crise financeira se constrói e destrói diariamente nos Media.

Prefiro fazer uma breve reflexão sobre as oportunidades que daqui poderão resultar. Na nossa vida pessoal, as crises são cíclicas, como as que ocorrem na adolescência, no casamento, na meia-idade e na velhice. São momentos de intensa transformação, cujas mudanças alteram para a sempre as nossas vidas. Quem nunca parou alguns instantes para reflectir nesses angustiantes momentos de crise? Não sei o que cada um pensou, mas sei que quem fez uma reflexão séria conseguiu sair muito mais fortalecido após esses períodos e encontrou grandes oportunidades para crescer.

Pensando bem, crise não é a palavra adequada; transformação ou mudança encaixam-se melhor no que quero dizer. Assim são as empresas: nascem, crescem, passam por transformações (muitas vezes traumáticas) e, as fracas, acabam por sucumbir. Somente sobrevivem as que têm coragem para resistir à mudança, as que têm fé na sua visão, as que têm paixão pela sua actividade, as que se empenham em defender os seus valores e as que tomam a iniciativa de procurar a felicidade, simplesmente, porque sim. Simplesmente porque, se vencerem, serão felizes.

Há oportunidades na nossa vida que são únicas, assim como perigosas armadilhas que podem comprometer irremediavelmente o futuro. Aprender a identificá-las é uma arte para poucos, mas quem tiver capacidade de prever, de antecipar e de aproveitar (bem) as oportunidades, vai estar certamente preparado para as armadilhas que surgirão no caminho.

Recorrendo à já aqui citada máxima de Karl Rove: «Prever muito, improvisar pouco». Saia do problema, enfrente a realidade e procure oportunidades – muitas vezes estão debaixo do nosso nariz.

* Responsável de New Business, YoungNetwork
Colunista Convidado