quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Acção de rua (III)

Esqueci-me de dizer. A autoria dos cartazes foi da YoungAd.

Acção de rua (II)

A pedido de um leitor aqui ficam algumas fotos. Esta acção Até onde vais com 1000 euros / do fundo da Comunicação decorreu no dia 17 de Julho. As polaroids em formato grande foram colocadas nas ruas do Bairro Alto. As fotografias nas polaroids são da autoria dos dois aventureiros que chegaram a Dakar.


Cerimónia Perfeita?

Por Bernardo Alegra*

Na passada sexta-feira o mundo assistiu boquiaberto a uma das mais fantásticas cerimónias de abertura de Jogos Olímpicos, que resultou num espectáculo televisivo de inegável beleza.
Os chineses, carentes da aprovação mundial e da afirmação em directo do seu actual poderio, apresentaram um espectáculo de cor, fantasia e tecnologia, genialmente dirigido por um mestre do cinema, o ex-proscrito Zhang Yimou, autor de filmes de uma beleza única como Hero.

Foi igualmente uma oportunidade bem aproveitada de reconciliar o povo chinês com a sua história milenar depois do ostracismo a que foi vetada pelo regime chinês.

O mundo dificilmente esquecerá a sequência inicial com os 2008 tambores de bronze (tambores Fu), o fogo de artificio sobre o estádio, os bailarinos no globo a representar o planeta terra ou a original corrida na cobertura do Ninho de Pássaro para acender a tocha olímpica.

Mais uma vez fica provado que com imaginação e criatividade tudo é possível. E que nada disto seria possível sem anos de planeamento, ensaios, disciplina e claro talento.
Mas não há bela sem senão. Esta semana já saem notícias, curiosamente veiculadas pelos próprios, que o fogo de artifício em Pequim afinal era uma imagem em computador que demorou 13 meses a criar e que a jovem cantora cantou em playback porque a cantora original tinha os dentes tortos e a organização queria passar uma imagem de perfeição.

Pensam com certeza os organizadores que a perfeição das partes faz a perfeição do todo. Mas os espectadores preferem um espectáculo real e há pormenores sem importância que se perdem na beleza do todo. Sem a encenação computorizada do fogo e o truque à Milli Vanilli o espectáculo não perdia nada. Agora perdeu.

* Director, YoungAd

Colunista convidado

Fugir do controlo remoto

Por Joana Mil-Homens*

A invenção do controlo remoto criou o problema. O TiVo agravou-o. A Era em que a publicidade chegava a todos e da qual ninguém conseguia fugir acabou. O espectador (o possível consumidor) tem agora (literalmente) na mão a possibilidade de fugir aos blocos publicitários. Que espaço então para as marcas?

Product placement parece ser a solução. O product placement mais não é que o integrar produtos em quotidianos ficcionais, nas séries, nas novelas, nos filmes. Se pensarmos bem há quanto tempo vemos o Boticário ser o presente “preferido” em todas as novelas brasileiras?

A ABC (canal americano que transmite, entre outras, a popular série “Grey’s Anatomy”) já percebeu que o futuro das marcas passa por esta ferramenta. Os custos de product placement nas séries de prime time deste canal, chegam a ser mais caros que a publicidade nos intervalos. Mas claro, porquê arriscar num espaço em que o espectador muda de canal (ou, caso tenha TiVo, simplesmente anda para frente) quando pode investir num momento em que os olhos do hipotético consumidor estão colados ao ecrã?

Por cá, começamos a ver o poder dos programas de ficção para vender produtos. Quantos pais conseguiram fugir aos produtos da Floribella? Mais do que o merchandising – em que são postos à venda produtos com o carimbo de um programa – a Floribella permitiu que os jovens fãs se pudessem vestir como a sua heroína, importando para a vida real um estilo de vida ficcional. Que criança consegue fugir à tentação de viver da mesma forma que os seus heróis? Que mais-valia não tem para uma marca entrar no estilo de vida de uma personagem de uma novela que mobiliza 30% do share? Veja-se a forma como os adolescentes correm para as marcas que têm espaço nos “Morangos com Açúcar”.

Acredito que em breve as produções nacionais vão seguir a tendência. Quem fica a perder são os apaixonados pela boa publicidade.

* Senior Consultant, YoungNetwork

Colunista convidada