terça-feira, 30 de setembro de 2008

Peneiras

Na comunicação, tal como em qualquer sector, os recursos são finitos, entre os quais os humanos. Por esta altura, não existem, no mercado, consultores experientes em quantidade e qualidade suficientes. É preciso formar mais, a começar por quem sai da faculdade.

Aqui, as consultoras líderes de mercado, e eventualmente todas as outras, podem ter um papel muito importante na formação de recursos. Também a APECOM deverá servir de plataforma conjunta – mais cooperação? – para os associados suprirem as falhas dos currículos académicos. A este propósito farei uma exposição, primeiro em sede própria, na associação do sector, e mais tarde, neste blog.

Esta formação de recém-licenciados que as consultoras podem puxar para si apresenta várias vantagens.

- Aumenta o número de consultores experientes com qualidade no mercado. Leva o seu tempo, e nem todos servirão. Os desafios colocados em cada função e a cada momento servirão de malha para peneirar os melhores. Mas no final com um enfoque contínuo na formação dos recém-licenciados, teremos melhores consultores com experiência no futuro. Da quantidade organizada descobre-se a qualidade.

- Potencial. Permite por esta via de recrutamento, descobrir pessoas de elevado potencial. Juntamente com formação, interna e externa, poderemos ter desde cedo, aqueles que serão os mais capazes do mercado, na nossa empresa.

- Aculturação. Dou muito valor a este factor. A pessoa estar integrada num ambiente que lhe é familiar, onde se sente bem, permite-lhe explorar melhor o seu potencial. Ora, a virgindade de quem sai da faculdade é um facilitador deste processo.

- Moldar o mercado. Formando e aculturando pessoas, algumas das quais seguirão carreira na empresa, outras procurarão oportunidades na concorrência ou no cliente, espalhará o nosso know-how e o how-to-do pelo mercado. Aí chegados - os consultores -, homogeneizará e aproximará os métodos dos clientes aos das empresas de consultoria.

- Potenciais clientes. Muitos dos que passarem por cada uma das agências ficarão umbilicalmente ligados à primeira experiência de trabalho. Quando no cliente, terão no top-of-mind o nome dessa consultora para eventual contratação.

Dada a escassez de recursos e as vantagens associadas ao recrutamento de recém-licenciados, o nosso Grupo seguirá recebendo e formando mais candidatos. O nosso maior sucesso será o de conseguir que alguns se tornem directores do Grupo.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Desafio 1.0: A batota

Lançámos há uma semanas este desafio, o que acabou por se traduzir numa proposta em condições de ser apresentada ao cliente. A proposta está óptima, e apresentá-la-emos no início de Outubro. Queríamos já ter tratado disso, mas como entretanto estivémos a negociar novo contrato com esse cliente, já que o nosso âmbito de actuação vai crescer, só agora pudémos avançar para a apresentação desta acção de social media para uma das suas marcas. Estarei empenhado pessoalmente para que se concretize num momento de comunicação que potencie a marca do cliente.

Neste desafio estamos a fazer uma batota (não sei se chega a ser batota, mas diria que não era o espírito inicial da acção, pelo menos não pensámos nisso na altura). A proposta que estamos a apresentar é de uma empresa e não de um blogger ou de uma pessoa individual.

Acontece que a pessoa que nos contactou é um blogger que trabalha numa empresa que actua nesta área.

Coopetição

Sou um apaixonado pelo mercado, pela livre concorrência, pela inovação, pela iniciativa, pelo jogo balizado por lei e ética. Sou contra imposições, contra preços tabelados, amarras que distorçam as nossas decisões.

Estarmos em concurso e alguém apresenta proposta pro-bono? Acho bem.

Avenças abaixo do valor médio do mercado? Não tem problema.

Estágios não remunerados? Nada contra.

Pacotes de comunicação? Be my guest.

Cada qual que use a estratégia e a táctica que sirvam melhor os seus interesses. A cada momento que se disponham peões, cavalos, bispos, torres e rainhas para alcançar o cheque-mate final, aquele que verga o rei, que faz dobrar o tabuleiro. Amanhã, outro jogo começa, e depois mais um, numa outra sala, com um outro cliente, contra outros concorrentes. É competição.

Não obstante a disputa por clientes, existem outras variáveis, onde alguns players ganham se estiverem alinhados. E nos recursos humanos estamos interessados em estar alinhados com alguns concorrentes. Será cooperação.

A falácia da composição faz-me saber que se eu estiver num estádio e me levantar, ficarei com uma melhor perspectiva da partida que se joga lá em baixo. Mas se todos os que estiverem sentados me imitarem ficaremos seguramente todos piores.

Na disputa por consultores acontece o mesmo. Se contratar alguém a um concorrente próximo ficaremos melhor, mas se o mesmo concorrente nos contratar um consultor para colmatar a saída do outro, ficaremos provavelmente os dois pior. Assumo aqui, neste exemplo, que os consultores se equivalem, e mesmo não se equivalendo terá de se pesar o que é ter um consultor adaptado versus alguém que precisa de tempo para ser aculturado e estar em condições de desenvolver o seu potencial.

Quero com isto dizer que pretendemos concorrer por clientes, em inovação, em lobby, em know-how, em serviço com todos, mas existem três concorrentes – a saber: Lift, LPM e CV&A – com os quais não espoletaremos uma luta por consultores. Não por altruísmo, mas porque sabemos que ficaremos pior na troca-por-troca. Todos ficarão.

Reprimam a acusação de cartelização que possam querer me endereçar. É estratégia. Nada mais. Além de a tornar pública, não farei um só contacto para persuadir algum dos três concorrentes.

Esta guerra por consultores não nos interessa. Não seremos nós a começá-la. Mas estamos preparados para ela.

Nota: A alteração da nossa estratégia quando e se acontecer será aqui relatada.

domingo, 28 de setembro de 2008

...e experimenta populismo

A acusação à opulência do comício do PS em Guimarães é demagogia. Não que endereçar a comunicação à multidão seja por si só perniciosa, mas atenção aos alicerces da imagem do líder. Se estamos a trabalhar sobre confiança, descrição, credibilidade e gestão de silêncios, os rasgos de populismo têm de ser controlados.

...seduz PME's...

IVA só deve ser liquidado quando recebido, e não quando facturado (ideia apresentada no Parlamento esta semana). Não sei as implicações da medida no equilíbrio orçamental, já que ela atrasa os recebimentos do Estado. Mas é da mais elementar justiça, as empresas deixarem de pagar ao Estado impostos que ainda não receberam.

Manuela Ferreira Leite surpreende nos soundbytes...

Dois bons tiros no Conselho Nacional dos Trabalhadores Social-Democratas (TSD).

- "(Governo) chegou ao extremo de anunciar que vai anunciar"
- "Governo tem a originilidade de fazer oposição à oposição"

sábado, 27 de setembro de 2008

Franco corrobora do fundo da Comunicação

Como previmos aqui a 21 de Agosto, o que nasce torto dificilmente se endireita. Filipe Soares Franco corrobora agora as nossas palavras.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Querido procura o Wally

Onde está o Wally? Não o viram, não o viram? Paulo Querido procura-o aqui.

Dling dlong

Cavaco Silva preside hoje à abertura da Bolsa de Nova Iorque (NYSE). Difícil imaginar momento mais oportuno para fazer o ring da bell...

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Mais poderes para Mourinho

João Marcelino acumulará a direcção do DN com a responsabilidade geral de todas as publicações do grupo Controlinveste.
Resultados tem. Foi assim no Record e no Correio da Manhã e tem sido assim com o DN.
As linhas editoriais podem ser discutíveis, mas os resultados estão aí. Daí ser considerado o “Mourinho” da imprensa.
Joaquim Oliveira acertou quando optou por uma pessoa de sua confiança pessoal. Vai ser assim também no novo canal televisivo e será José Eduardo Moniz. O Mourinho da televisão.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Números que ficam no ouvido

Voltando ao tema dos soundbytes...

O soundbyte perdura mais tempo na cabeça dos receptores, daí a sua importância vital na comunicação. Muitas vezes, o soundbyte descodifica conceitos para o receptor. A grandeza dos números é disso exemplo. A partir do milhão, ou melhor, dos milhões a cabeça do cidadão comum não está preparada para processar e reter de forma clara, por falta de hábito, a informação. São valores que não fazem parte do nosso quotidiano.

Uma das formas de os clarificar é partindo por parcelas, por métricas mais pequenas, que tragam a ordem de grandeza para valores próximos dos preços de todos os dias. Por outro lado, a técnica do comparativo com valores quotidianos também melhora a percepção e faz perdurar a mensagem na cabeça dos públicos.

Reparem no seguinte exemplo:

- Em média, cada CEO das 500 empresas do índice da Standard & Poor’s (da bolsa de Nova Iorque), recebeu 14,6 milhões de dólares de salário e de prémios em 2007.

Ok, ficamos a saber que é muito dinheiro, mas quanto são 14,6 milhões de dólares?

- Outra coisa é ler que cada um destes CEO’s ganhou 4.000 dólares por hora trabalhada no ano passado.

Este valor já dá para fazer a tal aproximação aos valores do dia-a-dia.

- Outra coisa ainda é tomar nota que 3 horas é o tempo que estes CEO’s têm de trabalhar para ganhar o mesmo que um trabalhador de salário mínimo no ano inteiro

Façamos os três títulos:

- CEO do S&P500 recebe 14,6 milhões em 2007
- CEO do S&P500 faz 4.000 por hora
- Três horas de CEO valem um ano de salário mínimo
(para não alongar o título, situaria no lead que se tratavam de CEO’s do S&P500)

Qual vos ficaria no ouvido?

Ainda mais Única

Porque somos sempre tendenciosos nas primeiras impressões, lutei contra a minha impulsividade. Desta forma só agora, após lançamento da segunda edição da renovada Revista Única, seguem alguns comentários:

Em primeiro lugar é de louvar a iniciativa.

Num contexto favorável ao Expresso – que segundo os últimos dados da APCT, mantém a liderança de mais do dobro de circulação paga face ao seu concorrente mais directo, SOL – este semanário resolve arriscar e mudar.

A Revista está diferente, diferente do seu passado mais longínquo e do seu passado mais recente em que se encontrava tão ‘à Tabu’.

Está mais densa, mais interessante e menos social. Está definitivamente diferente, foge das normas e do habitual. Está académica qb mas sem cair em arrogância e em despropósitos. Está menos ‘leve’ mas lê-se bem – factor fundamental para grande % dos leitores de fim-de-semana. Não cai no facilitismo (neste caso, não volta à fórmula que adoptou aquando do lançamento da Tabu) mas mantém-se comercial.

Tudo indica que a máxima: “Em equipa/ fórmula vencedora não se mexe” não entra no Expresso. Mas entra o mea culpa, que apesar de não assumido se vislumbra neste regresso às origens da Revista Única, diga-se o que se disser.

É bastante mais arriscada esta nova fórmula da revista. Apresentada em edições mais temáticas, vamos ver se se consegue renovar em todas as edições não se tornando mais do mesmo.

Mafalda Anjos, editora da revista, numa das entrevistas que deu sobre esta nova Única, resume, de forma elucidativa, o que pretende com esta aposta: “Eu adorava que o leitor do Expresso, quando estivesse a beber o café no Sábado de manhã, aquilo não lhe soubesse tão bem se não tivesse a revista debaixo do braço.”

E Mafalda, missão cumprida comigo! A torrada com a meia de leite foi (bem) acompanhada pela Única nestes dois últimos fins-de-semana. Vamos esperar pelos próximos.

Consolidação

A propalada consolidação continua...

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Tall Ship Race foi um sucesso, e este ano?

Em 2006 colaborei com a Addmore, do João Oliveira Costa, enquanto responsável de comunicação da regata Tall Ship Races, os maiores barcos do mundo em Lisboa.
Foi um sucesso de organização, de criatividade, de comunicação, de gestão de patrocínios e de público (mais de 500 mil pessoas nas margens do Tejo), deixou saudades e amizades. A organização internacional não estava habituada a ter cobertura nacional nos países por onde passava, com media partners como SIC, Correio da Manhã e Rádio Renascença e, sobretudo com os três jornais televisivos da noite a fecharem a sua edição com imagens da regata.
Foi tal o sucesso que o João e o António (que me convidaram também para ir) foram à Polónia falar deste evento como “case study” à organização internacional.
Tem passado ao lado, mas este ano a Tall Ship Races passa outra vez por Portugal em dois locais, mas nada se fala sobre a mesma.
No Funchal será um sucesso, pois está englobado na comemoração dos 500 anos da fundação da cidade, mas também vai passar em Ílhavo.
Aqui, tenho grandes dúvidas. Não têm qualquer experiência em grandes eventos, comunicação não é o forte e não me parece que compreendam a importância da comunicação para a promoção desta terra simpática.
Por isso – poderei retirar a minha opinião – mas por Ílhavo será a primeira e única vez que a regata passará.
Aliás, se a regata já aconteceu é prova do que digo.

Parabéns ao Nuno Carneiro

O meu amigo Armando Nuno Carneiro, proprietário e director da Frontline e da Unforgettable, ganhou o “Friends of Thailand Award”,
Este galardão é atribuído pela Autoridade de Turismo da Tailândia aos profissionais que divulguem com qualidade aquele país oriental.
É um prémio muito simpático para quem tem muitos anos de carreira de edição no mercado de revistas. Merece.

domingo, 21 de setembro de 2008

Síndrome do email


Mamãs em rede

"O que faço acordada às cinco da manhã? Adivinhem? É a única hora do dia onde consigo fazer as coisas". Twittermoms, a nova forma das mamãs de todo o mundo partilharem experiências. Vida pessoal e profissional numa comunidade com os mesmos interesses. Aqui, no Twitter, para seguir a fundadora. Ali, o site de apoio, onde dá para ser membro.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Sugestões zero, dúvida uma

Não sou muito dado a comentar a estratégia dos concorrentes, menos ainda a dar sugestões. Faço-o e fi-lo muito excepcionalmente aqui no do fundo da Comunicação. No essencial, é um factor exógeno. Tomo-o como um dado adquirido, que embora possa ser consequência de movimentos nossos e de outra concorrência, depende sobretudo da vontade da própria empresa, que escolhe a cada momento o seu caminho.

Acompanho o mercado, mas de forma silenciosa. E da informação que me chega, tento seguir todos os concorrentes. Dou tanta importância ao lançamento da Mediática como ao kit para PME's da Guess What.

Desta forma, e apesar de gostar de desafios, "um desafio? gosto disso", diria o Faísca, das aventuras do Noddy, livros que leio recorrentemente aos meus filhos, não tenho qualquer sugestão a dar a Luís Paixão Martins.

Mas assalta-me uma dúvida sobre o posicionamento de outras marcas da LPM. Qual o posicionamento da Inforfi? E da LPMJervis (ex-Over & Jervis MCW )? E da LPMnck (ex-Nickles & Pickles)?

Posso ser eu a querer saber demais, mas não custa atirar o barro à parede.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Nova Pública

Uma das coisas que mais prazer me vai dar de ler serão as entrevistas da Anabela Mota Ribeiro na revista de domingo renovada do Público.
Aliás, hoje, foi a primeira pessoa que vi logo de manhã, porque somos vizinhos.
Ela vai acumular as entrevistas também no Jornal de Negócios, no suplemento Weekend. E parece que a estreia na Pública é com o número 1 da televisão. Vão ser, como sempre, grandes entrevistas. Tenho a certeza.

Angola



Ainda não tinha escrito sobre as eleições angolanas e muito já foi dito.
Opto por apenas assinalar o que a revista semanal, francófona, “Jeune Afrique” pensa sobre um dos nossos países-irmãos.

Capa: José Eduardo dos Santos, na foto que também fez capa do Público e do OJE.

Dossier: um dossier de 16 páginas com o título «A passo de gigante».
Eleições: O tom geral do artigo principal sobre as eleições é de que «foi o élã democrático que triunfou» (aliás é assim que começa) e depois chama atenção de que os observadores internacionais qualificaram as eleições como «imparciais e credíveis».
Após estas ideias, uma página sobre as querelas e a vida da UNITA. Logo, MPLA surge como um referencial de confiança e de estabilidade. Terminando o artigo de entrada com o que Luanda tem de melhorar: «as condições de vida, que ainda têm indicadores fracos na esperança de vida, educação e distribuição de riqueza».

O Presidente: «Um animal político», no título.
Que lançou uma operação de charme junto dos mais jovens e das mulheres, mais de 60% do eleitorado angolano.
«Eu sou um jogador de uma equipa que ganha», citam José Eduardo dos Santos. Falam de uma personagem como um jogador de poker, «que cedo aprendeu a dissimular as emoções».
E da sua educação soviética, em Baku, que reforçou as suas qualidades de homem de «rigor e organização, sangue frio e discrição».

Ambições Diplomáticas: Angola tornar-se uma potência regional.
E lembrando o apoio a Laurent Desiré Kabila (que destronou Mobutu, no Zaire, um tradicional aliado do “Galo Negro”, a UNITA) e a Dennis Sassou Nguesso que derrubou Pascal Lissouba (também um amigo de Jonas Savimbi).

A Nova cara de Angola: «Campeão mundial do crescimento», Luanda tornou-se este ano a cidade mais cara do mundo, ultrapassando Tóquio. Com uma classe média que não se priva de consumir. «Moda, glamour, decoração, design, equipamentos high-tech, bares e noites brancas».

Crescimento como motor: os petrodólares como mola de um país em reconstrução. Os empresários portugueses na linha da frente, diversas empresas citadas, mas hoje com a forte concorrência do Brasil e de outras potências europeias. Sem esquecer a China que «nas infra-estruturas leva parte de leão».

Habitualmente os dossiers da Jeune Afrique tentam ser o mais independentes possíveis. Angola sai-se bem desta prova, ainda há uns meses atrás os Camarões, e o seu presidente, Paul Byia, não saíram tão bem. Gosto de ter estas perspectivas sem influência dos jornais portugueses.

O circo de Berlusconi

O Primeiro Ministro italiano anunciou a sua ida ao célebre “Porta-a-Porta” da RAI. Falava-se que iria anunciar as negociações para a salvação da Alitalia e dos seus 20 mil postos de trabalho.
Porém, ao seu lado não estava ninguém relacionado com o sector da aviação (directamente), mas sim a nova Miss Itália, Miriam Leone (não sei se seria algum trocadilho com aviões).
Foi a Miss quem começou a defender a reforma educativa de Berlusconi, e como golpe surpresa do apresentador Bruno Vespa ainda apareceu a medalhada em Pequim, em esgrima, Valentina Vezzali.
Ao PM deu um florete e desafiou-o para um combate. Berlusconi, misto cavalheiro, misto D. Juan respondeu: «não a poderia tocar nem sequer com uma flor».
Ela retorquiu: «Presidente, eu deixaria tocar-me por si».
Com isto a sua popularidade subiu para 60 por cento.
Esqueci-me de dizer que Berlusconi não falou nada sobre a Alitalia nem sobre a Itália.
O circo em Itália compensa.

Pequeno contributo para combater a crise

Fica aqui expresso o modesto contributo do nosso Grupo para ajudar ao combate da crise financeira mundial.

Não nos assusta a queda do Lehman. Nem o regaste da AIG. Tampouco a queda do PIB. Não deixaremos de inovar. Continuaremos a assumir riscos. Reforçaremos os investimentos. Seguiremos com o pé no acelerador.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Hope

No dia 11, fiz treze anos a trabalhar na área da comunicação e com experiências diversas e enriquecedoras.
Em Agosto, havia dúvidas da data do lançamento de determinada marca em Portugal, algo em que os responsáveis pediram sugestão aos profissionais de comunicação.
A equipa que sabia que havia mão minha na entrada da marca na YoungNetwork decidiu aconselhar-se comigo.
Depois de estudarmos outros eventos já marcados, eu (elas não me deixam mentir), disse dia 11. Motivo principal: «porque sim, por uma questão de sorte».
Não sou muito de eventos sociais, mas pela amizade com a Daiana e o Manuel Pinto Coelho lá fui. Foi, como dizia o Correio da Manhã, um arraso.
De beleza (Helena Coelho irresistível), de classe, de qualidade da marca Hope a que se augura sucesso. Comentei no Ritz para o Paulo Baldaia e Ana Carreteiro que foi um lançamento de “jet set” e não de “jet quatro” que muitas vezes aparece a cirandar em muitas festas.
Hoje, penso que o dia em que entrei no jornalismo foi um dia de sorte. Sou um privilegiado por fazer aquilo que gosto. Do jornalismo, à comunicação política, à estratégia (o que hoje faço mais). Trabalhar numa agência de comunicação é um desafio diário e agradável que me fez regressar aos meus 25 anos. Pela motivação, ambição e espírito de conquista diária (hoje foi mais uma. Mas a discrição, não o silêncio, nesta área – política e public affairs – é a melhor conselheira).

Blog Action Day 2008

We are in

Grande negócio

Não estalam foguetes no ar, não há algazarra no bairro, gritos estridentes de vitória. Apenas o regozijo, o pequeno "yes" do punho cerrado. Clientes felizes, "que grande negócio estou eu a fazer".

Os líderes segundo Lee Iacocca

Lee Iacocca foi CEO da Chrysler e salvou-a da falência no início dos anos 90. No seu último livro editado pela Actual Editora, “Onde estão os bons líderes?” explica quais são os 9 C`s mais importantes para a liderança, e a sua justificação.

Curiosidade
Tem de ouvir aqueles que não se incluem no seu círculo dos “yes man”. Tem de ler vorazmente.

Criativo
Aventurar-se, mostrar vontade de fazer algo de diferente.

Comunicar
Enfrentar a realidade e dizer a verdade.

Carácter
Isso significa saber a diferença entre o que está certo e errado e ter coragem para tomar a atitude correcta. Lincoln disse «se quer testar o carácter de um homem, dê-lhe poder».

Coragem
A coragem no século XXI não significa pose e falsa bravura. Coragem é o compromisso de se sentar à mesa de negociações e conversar.

Convicção
Tem de ter paixão. Tem de querer realmente que algo seja feito. Fogo nas entranhas.

Carisma
É a qualidade que faz com que os outros o queiram seguir. É a capacidade para inspirar. Seguimos um líder porque confiamos nele.

Competente
Tem de saber aquilo que está a fazer. Mais importante do que isso, tem de se fazer rodear de quem sabe o que está a fazer.

“Common sense”
A última característica também fundamental.

Learning by Walking


Acção de team building da PressDirecto e da YoungNetwork na última sexta. Chamou-se Learning by Walking, teve lugar no Jardim do Museu do Traje e foi organizada pela MyChange (Maria João Martins, Teresa Fialho e Pedro Norton Matos).

terça-feira, 16 de setembro de 2008

É o que dá seguir o Barack no Twitter

"Hi, João Duarte.

Barack Obama (BarackObama) is now following your updates on Twitter.

Check out Barack Obama's profile here:

http://twitter.com/BarackObama

Best,
Twitter"

Novidade IV

As primeiras três partes deste post foram escritas aqui. A quarta novidade é o lançamento do blog de Salvador da Cunha, baptizado de Food for Thought.

Há uns meses Salvador disse que não tinha blog porque não tinha tempo para isso. A agenda está agora mais folgada. Ainda bem, é boa companhia.

E a foto que "joga" com o comentário no Twitter sobre o bebé

Comentário de Richard Branson no Twitter, aqui.

Mais fotos


Richard Branson no Twitter

Durante esta manhã farei no Twitter pequenos comentários, durante a viagem de comboio para baixo, sobre Richard Branson e a conferência de hoje de manhã. Podem ler as mensagens no meu Twitter aqui.

Richard Branson esteve cá


Hoje, no Porto, conferência foi às oito, na Virgin Active. Aqui ficam algumas imagens de Sir Richard Branson a promover a sua rede de wellness e healthclubs no nosso país.

Post editado a partir da Virgin Active.


domingo, 14 de setembro de 2008

Resultados ao intervalo

A entrevista do DN tem uma pequena negligência que embacia a percepção.

Na entrada do artigo, lemos que Leonor Beleza foi "a ministra da Saúde que os médicos odiavam e que foi acusada de dolo na infecção de hemofílicos com HIV...".

Ora isto é escrever verdade, sem dizer toda a verdade. A ex-ministra não só foi acusada, como foi ilibada. É como escrever parangonas com os resultados ao intervalo no jornal de amanhã. A exactidão dessa informação não nos deve desviar do essencial: o resultado do fim do jogo.

Diálise da asneira

Vale a pena ler a entrevista de Leonor Beleza no DN de hoje. Às linhas tantas nas respostas da ex-ministra da Saúde a Fernanda Câncio, uma importante constatação sobre comunicação, política versus outras disciplinas. Respondendo ao processo de diálise aplicado pelos Media aos governantes, cujo viés distingue a asneira em prejuízo da obra acertada:

"(...) Ser ministro é estar num lugar de oposição. De oposição a não sei quantas coisas. Quando é presidente da Fundação não está contra ninguém. Ou pelo menos não a olham assim. A Fundação é vista como sendo de todos e a pessoa é vista como estando a fazer um benefício em nome de todos. Claro que teoricamente também deviam olhar para os ministros assim (...)"

Obama e McCain nas nuvens

Muito curiosa a ideia do Bruno Ribeiro, do Dissonância Cognitiva, de usar o Wordle para analisar os discursos de John McCain e Barack Obama.

A par desse post, destaco os habituais links do dia do blog, que são na sua maioria boas leituras.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

A “spin doctor” do Governo

Manuela escolheu(?) o silêncio. Logo, as expectativas quando é anunciada uma sua intervenção são enormes.
O país está envolvido numa onda de crimes e de maus indicadores económicos, o que põe enormes dificuldades ao Governo.
Vive-se também, neste momento, um clima de tensão entre Belém e S. Bento.
E de que é que Manuela fala?
Do voto dos emigrantes.
Um “spin doctor” do Governo não faria melhor. Ao lançar um novo tema, consegue desviar a atenção dos principais assuntos que afectam os portugueses.
O Governo agradece esta intervenção.

Kagemusha de Kim Jong Il

Todos os meios têm falado do mistério que envolve o “Querido Líder” da Coreia do Norte.
Para mim, não passa de um louco com uma colecção de mais de 2000 mil filmes porno, com um regime anacrónico e com pouco futuro.
Tem-se falado dos sósias de Kim Jong Il, por ele não ter aparecido num desfile militar e porque observadores internacionais dizem que está morto desde 2003.
Em Portugal, chamou-se a “A Sombra do Guerreiro”, “Kagemusha (a sombra) no original japonês, um filme genial de Akira Kurosawa.
Nessa fita, só o neto descobre a farsa quando vai brincar com o avô, deixando toda a corte atónita. O camareiro disfarça começando a rir e prolongando esse gesto por todos os que estavam na sala.
Recomendo a edição especial, com Coppola e Lucas a contarem como apoiaram o projecto, mas sobretudo por algo que nunca vi tão perfeito.
Durante o tempo em que aguardou pelo financiamento, Kurosawa fez aguarelas do “storyboard” que ia dando aos seus mecenas e que recriavam o que ele queria ao pormenor para o filme que tem uma fotografia fenomenal. Num extra estão encadeadas as aguarelas de Kurosawa, deliciem-se.
Enquanto os norte-coreanos tentam sobreviver aos caprichos e loucuras do “Querido Líder”. São as vantagens da democracia.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Pequeno Mundo


Venho sempre com um conjunto de missões no bornal quando viajo para Zagreb. Entre as várias desta semana, incluía-se reunir-me com pelo menos um cliente, numa reunião de trabalho, não de charme, onde pudesse fazer consultoria.

Calhou em sorte - o aleatório é aqui mal empregue, porque houve escolha entre opções e ela obedeceu a critérios - visitar a Microsoft. A reunião tinha por finalidade analisar a intervenção de Venesa Schütz na conferência de Imprensa da última semana. O vídeo da sua apresentação deu suporte à reunião.

Acabada de tomar posse, a nova directora-geral da subsidiária de Gates na Croácia "dava" oficialmente a cara pela empresa, na semana passada. Cocktail com parceiros na segunda e conferência de Imprensa "à pinha" no dia seguinte.

Por estratégia conjunta cliente/consultora o discurso foi dividido em duas partes: a primeira emocional para garantir boas primeiras impressões e ligação à audiência directa - Media - (aqui aproveitou-se o facto da nova directora-geral ter nascido na Croácia, mas ter saído muito cedo para viver com os pais na Alemanha, voltando agora ao seu país) e a segunda marcada pelas grandes linhas de orientação da Microsoft para os próximos tempos.

Na reunião, os dois consultores da Meritor Media analisaram o discurso e, numa reunião falada em inglês mas dominada pelo croata, coube-me a mim examinar, por exclusão de partes (e por razões óbvias, já que na conferência a língua materna foi rainha), a linguagem corporal e a entoação que marcou ou deve marcar o discurso.

Nos momentos de comunicação onde nos demos a conhecer mutuamente, uma coincidência a fazer jus ao mundo pequeno em que vivemos. A Venesa fez parte da equipa do Rodrigo Costa, da Zon, quando ele estava na Microsoft EMEA. Também coincidênca, durante muitos anos não tivémos contacto e reencontrei-o antes de ir de férias no Sheraton, num evento organizado pelo nosso parceiro Lisbon International Club.

A picareta falante do silêncio

Para a sua estratégia(?) do silêncio, Manuela Ferreira Leite já encontrou a sua picareta falante: António Borges.
Fala por tudo e por nada, desdobra-se em declarações e já colocou a líder em cheque por dizer o seu contrário, como na privatização da Caixa Geral de Depósitos.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

PR vs. Media nas eleições americanas

O Nuno Gouveia tem sido louvado pelo seu trabalho sobre as eleições americanas aqui.
Ontem, depois de ele ter comentado um post meu sobre os estrategas dos dois candidatos, propus-lhe – sem violar o seu “contrato” com a LPM que lhe proporcionou a ida à Convenção Republicana – que discorresse num post sobre um tema que com certeza interessará ao seu patrocinador, a mim e a outros que visitam blogs de comunicação.
Como é que ele sentiu ao vivo a relação entre os media e os múltiplos profissionais – com diversas competências – de PR ao serviço de uma campanha que dura quase ano e meio.
Aqui revelei que dos 200 (duzentos!) principais assessores de Obama, 100 eram de Chicago.
E isso é um assunto a que sobretudo os media portugueses vão ter de se habituar.
Eu tenho a minha ideia, que será por certo a do Nuno.
Depois comentarei, uma vez que ele já prometeu que postava sobre o assunto.

Soundbyte de Comunicação

Grande soundbyte do Telmo C, no Sem Filtro, que eu teria puxado para título do seu post: "Existe mas não é minimamente conhecido? Então, não existe..."

Se tirarmos o minimamente, a expressão ainda ganharia maior força.

Existe mas não é conhecido? Então... não existe!

Voltarei ao tema dos soundbytes em breve.

Nota: Comento neste post o soundbyte em si, e não o contexto.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Sir Richard Branson


É já na próxima semana que Sir Richard Branson estará em Portugal. A YoungNetwork fará a comunicação da visita do criador da Virgin ao nosso país. Um enorme privilégio. Foi uma luta fratricida dentro do Grupo para ver quem seria a equipa escolhida para o projecto.

Cardápio de um consultor sedutor (II)

Para construir a mensagem que envolve os elementos do cardápio informativo, o consultor deve garantir a resposta a seis questões:

. O quê (facto)
. Quem (sujeito)
. Quando (momento)
. Onde (lugar)
. Como (modo)
. Porquê (motivo)

Bons consultores fornecem informação que interesse aos leitores dos Media. O jornalista é o narrador, proporcionando ao emissor uma credibilidade que só o third part effect dá.

Nota: A primeira parte deste post foi escrita no blog Piar, respondendo a este desafio.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Duelo de estrategas nos EUA

Gosto destes duelos, quando os estrategas máximos das grandes campanhas se picam. Neste caso, sobre a palavra mudança.
Steve Schmidt, estratega de McCain, diz: «para Obama a mudança é uma palavra bonita, uma táctica de campanha, é uma estupidez».
David Axelrod, de Obama, diz: «o problema de McCain é que utiliza muito a palavra mudança, mas na prática as suas políticas resultam demasiado familiares. Isso não é mudança, é mais do mesmo».
Ambos os estrategas – estrategas à séria e que sabem mesmo o que é estratégia -, Schmidt mais tarde, já descobriram a palavra-chave destas eleições americanas.
Porque quem percebe de estratégia, rapidamente define e consegue arranjar um conceito, como antes expliquei aqui.
Agora, é matarem-se para mostrar quem é o melhor vendedor de mudança.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Boa comunicação é...

...evitar amplificar mensagens negativas que outros escrevem.

Ainda o silêncio

Agora, que tudo aguarda a intervenção e o prazer de ouvir a voz de Manuela Ferreira Leite, confesso que me dei ao trabalho de ir ver alguns aforismos sobre o silêncio.

Os que não se aplicam a Manuela:
«Se nos mantivermos calados, pensarão que somos filósofos» Sydney Smith
«O silêncio é a virtude dos imbecis» Francis Bacon
«Cada gota de silêncio é a chance para que um fruto venha a amadurecer» Paul Valery

Os que se aplicam a Manuela
«O silêncio é um dos argumentos mais difíceis de refutar» Josh Billings
«Fique calado e em segurança, o silêncio nunca o trairá» O`Reilly
«Abençoados os que nada têm a dizer e não se deixam persuadir a dizer» James Russell Lowell

Hoje, numa forma sábia, o líder da JSD, Pedro Rodrigues, em entrevista ao Semanário, diz tudo numa síntese fenomenal, cito-o: «O silêncio é bom conselheiro, mas nem sempre é de ouro».

Antevejo, para segunda-feira, artigos a elogiar o discurso de Manuela de domingo no Público, Diário Económico e Correio da Manhã e depois colunistas como Vasco Graça Moura, Pacheco Pereira – os amigos do costume – e Vasco Pulido Valente que está com Manuela como também esteve com Marques Mendes.
Mas com a comunidade blogger a disparar. Vamos ver…

Boa comunicação é...

...ter um doce no bolso para oferecer em momento aziago.

Quem tem medo do jornalista mau?

Por Vera Toucinho*

No nosso dia-a-dia de consultores, os jornalistas são uma peça fundamental. Mas como todos, uns são mais afáveis, outros mais duros, uns são mais directos, outros mais astutos. Também têm dias bons e outros péssimos. Mas independentemente da postura de cada jornalista, o que muitos consultores (e clientes) ainda não perceberam – e têm que perceber rapidamente – é que o ponto de partida para esta relação bilateral começa com uma boa história, com uma informação relevante. É aqui que começamos a falar a sua língua e a ser, no sentido inverso, uma peça importante também para eles.

Um consultor tem que ser um facilitador. Tem de ser o caminho e não um fim ou um mero recurso. É isto que dita, ou não, uma cooperação duradoura. Abordar um jornalista com informação irrelevante é fazê-lo perder o seu tempo. Abordar o jornalista várias vezes com informação irrelevante é maçá-lo. Insistir é irritá-lo.

Antes de abordar um jornalista, o consultor deve fazer um exercício e ultrapassar dois problemas habituais:

1) Memória Curta (por não se lembrar das regras básicas que aprendeu nos primórdios da universidade)

2) Capacidade de argumentação (explicar ao cliente o que faz ou não sentido, o que interessa ao jornalista e aos leitores de um jornal/revista)

A informação que temos para passar a um jornalista tem que ter, pelo menos, uma destas características:

- Valor noticioso
- Pertinência e/ou Actualidade
- Abrangência / Relevância para o leitor / impacto para o país
- Abordagem certa para o tipo de meio
- (E o mais importante) Consciência de tudo isto

Portanto, da próxima vez que pegar no telefone, pense bem no que tem a dizer ou oiça-o do outro lado: “hoje não te posso atender”.

* Senior Consultant YoungNetwork

Colunista convidada

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Porque uma agência de comunicação – e o seu líder – nunca terão boa imprensa


1 O obscuro, a imagem de Darth Vader vende mais.

Se perguntarem à maior parte dos fãs de Star Wars quem é a personagem chave, a resposta é simples: Darth Vader.

2 A imprensa não quer volatilizar e fragilizar o seu papel de gatekeeper.
Quanto maior a força de uma agência maior é o temor nas redacções, que permanecem anquilosadas, na influência das mesmas.

3 Os media portugueses acham que o lobista é sinónimo de putrefacção e corrupção, logo têm má reputação.
Enquanto os media não perceberem que o lobi regulado é um sinal de transparência, os media continuarão a contribuir para a opacidade do sistema político e de poderes variados.

4 Jornalistas continuam a achar que as agências são seus inimigos.
Como já expliquei internamente, o lado pedagógico dos consultores de comunicação é tentar promover a cooperação. As agências são parceiras e ajudam o trabalho dos jornalistas. Têm uma relação de confiança com a fonte (pela relação com os clientes) que muitos jornalistas não conseguem. Logo, estão para ajudar e não para dificultar.

5 O poder traz a solidão e cada vez mais inimigos
Quanto maior for a força de uma estrutura maior é a probabilidade de se criar invejas. Então em Portugal!

Assim, tanto ao Luís Paixão Martins como ao António Cunha Vaz, não era difícil de prever que as peças sobre eles não fossem brilhantes.
São dois dos mais importantes players do sector, portanto, o seu peso – e de todas as outras agências de comunicação sérias – e a sua acção ainda são encarados de forma muito duvidosa.
É um trabalho que os profissionais de comunicação deste sector têm de ter em conta mesmo no dia-a-dia do seu trabalho.
Também tenho a certeza que se recorressem a outros “especialistas” a aconselhar consultores – uma nova fórmula que desconhecia, mas pretendo acompanhar – não teriam melhores resultados.
A imprensa (ainda) não gosta das agências de comunicação.

Tandem Paixão Martins-Cunha Vaz

Escrevo esta nota, e logo alguém liga a dizer-me que o António Cunha Vaz tem sido visto nos comícios do MPLA. Será que temos tandem Paixão Martins-Cunha Vaz em Angola?

Quem se mete com a Sábado leva*

Já António Cunha Vaz tinha sido brindado com dois perfis na Sábado (referiam-se ao homem que assessorava Luís Filipe Vieira, primeiro, e Luís Filipe Menezes, depois), chegou a vez de Luís Paixão Martins. E, na linha das anteriores, a Sábado chama o lado negro para actor principal.

Uma diferença nisto de representações. A Sábado gosta mais (ou menos?) de António Cunha Vaz, já que o puxou para chamada de capa na altura - "o homem que fabricou Luís Filipe Menezes", recordo numa citação livre. Desta vez Paixão Martins perde o espaço para a interessante vida poligâmica, para o abc de Rebelde Way e para o assaltante de bancos comum.

Algumas notas sobre a peça:

- O nosso sector tem destas coisas: Cada perfil que sai, embora de pessoas diferentes, é sempre do homem mais poderoso, ou do mais influente ou da agência mais poderosa.

- A simbologia do lobby para os Media portugueses: Sombrio, muito sombrio. As fotos da Sábado repetem a fórmula das do Público a Cunha Vaz. Entradas escuras carregadas de negro.

- Confirmo que a boa conversa vale dinheiro.

- A Sábado não perde uma contradição: LPM vota nos seus candidatos, "ou seja quem lhe paga assessoria", mas esclarece "é preciso que eu queira". Deixa a Sábado nas entrelinhas: portanto, quer sempre, desde que seja seu candidato. Fait-divers da revista.

- "Lobista puro que vive do que faz e cobra": se lobista é termo nada grato para a opinião pública, para a área onde LPM se move não é negativo, até traz mais clientes.

- "Confirmo que sou a agência do regime..": apesar de Luís Paixão Martins dizer com condescendência esta frase, segundo a Sábado, fico sem saber qual o verdadeiro significado. Espero que não seja o de dizer de outra forma que é bom estar com o partido do Governo para ter as portas abertas para ter acesso directo e, eventualmente, sem concurso aos grandes projectos do Governo, administração pública e empresas públicas.

- Fico também a saber uma alcovitice, que não me aquece nem arrefece. Existe mais do que uma situação de conflito laboral no Tribunal de Trabalho entre LPM e colaboradores.

- Uma nota final, pessoal, para a foto da última página: não gosto da posição das mãos em baixo nas fotos, e raramente funcionam. Um lado mais angelical para contrastar com as da entrada?

Para acabar. Quando li esta nota de LPM já se previa que o nosso colega de blogosfera antecipava que o que vinha aí não era coisa boa.

* O título é uma plágio à Sábado, que plagiou Jorge Coelho, e neste caso nem se aplica porque se há coisa em que um bom comunicador, que LPM é sem margem de discussão, não se mete é ele próprio em entrevistas de perfil na Sábado.

Então o António é que está em Luanda?

Chega-me ao móvel um SMS de fonte jornalística: "em véspera de eleições angolanas o Cunha Vaz é que está em Angola?"

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Até onde vais com 1000 euros são benchmark

Os nossos patrocinados do "até onde vais com 1000 euros" já servem de benchmark. A BBDO produziu para a Zon a nova campanha "até onde podes ir com 14,99 euros" (ver peça na Agência Financeira).

Como os dois cicloturistas que foram até Dakar apareceram, e várias vezes, em todas as tv's, toda a Imprensa escrita, na Net e na rádio não é descabido pensar que a boa comunicação tem seguidores.

5º Canal a três

Começa a ser quase definitivo o acordo tripartido para o 5º canal generalista de televisão.
A aposta do Governo sempre foi a de compromisso, politicamente correcta, agradando a gregos e troianos.
E assim o Governo quer envolvidos na aliança a Cofina (pela liquidez), a Global/Olivedesportos (pela experiência) e a Zon (pela infra-estrutura).
É um cenário angelical – que Balsemão e a Prisa estão a acompanhar com atenção.
Aqui, para mim, há um problema grave. A gestão de personalidades de Paulo Fernandes e Joaquim Oliveira. Completamente incompatíveis.
As construções de cenários às vezes pecam por um pormenor. É que esquecem o factor humano. E tudo no mundo depende deste factor. (ver mais aqui)

Nike e as vitórias de Alexandre, o Grande

Não vou falar de uma marca conhecida, apenas contar uma história relacionada com o seu nome.
Nike é inspirado numa deusa grega que significava vitória, Nikê, o que sendo assim nos leva a compreender o seu sentido.
Não há tropas motivadas sem generais motivados e com crença na vitória. Tal como não conheço em parte nenhuma um batalhão que tenha ido para a guerra sem general e sem liderança.
Alexandre, o Grande, antes das suas batalhas tinha o hábito de mandar esventrar um animal para conhecer os auspícios do que aí vinha. Mas com uma condicionante já “preparada”.
Quando punha as mãos dentro do animal saía de lá com elas, exibindo-as aos seus homens, de uma delas com NI e na outra com KE, o que os tornava imbatíveis, porque se os deuses auguravam a vitória quem eram os homens para dizer o contrário.
Por vezes, a psicologia e o factor liderança sobrepõem-se à realidade, apenas porque em tudo na vida o mais importante é o factor humano e o controlo das suas emoções.

PS: um destes dias conto a história da corça branca de Sertório e a sua influência na gestão na hora do combate. E porque é que os romanos preferiam raptar a corça, a defrontar Sertório.

Bolinho! Bolinho! Bolinho!

Na semana passada o Times publicava A NOTÍCIA: uma fatia do bolo de casamento do Príncipe Carlos e Diana seria leiloada e esperava-se que a venda do bolinho chegasse às 2000 libras.

E é verdade, estes 23 cm de bolo acabam de ser leiloados, pela módica quantia de 1500 euros.

A fatia, com 27 anos de idade e com o brasão real desenhado, foi inicialmente oferecida a Moyra Smith, membro da corte da rainha Isabel II, que a preservou dentro de uma caixa de metal até há pouco tempo, altura em que o marido a entregou à casa de leilões Dominic Witer Auctions.
O novo dono da fatia de bolo, é desconhecido mas, de acordo com um dos membros da casa de leilões, “este é o preço mais alto que alguém pagou por uma fatia de bolo”.

Hmmm bolinho!!!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Braga e Vitória de Guimarães com comunicação (II)

O Sporting Clube de Braga quer crescer. Está com liquidez, bem gerido, escolheu um grande treinador e um plantel de luxo.
Ontem, reparei numa coisa que não sabia. Ao lado de Jesus, na sala de imprensa, estava Ricardo Lemos, provavelmente será o director de comunicação no Braga (mas deixo a oportunidade de me corrigirem a quem me quiser informar). Ele era jornalista com cargo de chefia no Jogo.
Na semana passada, ao lado de Manuel Cajuda, depois do «roubo de igreja» de Basileia, lá estava próximo do árbitro José Marinho.
A maior baixa da Sport Tv (desde o ano passado em que foi director de comunicação do União de Leiria) para quem acompanha a Liga Inglesa. Porque os seus comentários eram puro deleite pela criatividade e a verborreia “soundbytica” de Marinho.
Um dado interessante de que clubes que querem ser grandes não podem esquecer a comunicação.

PS: Deixo mais uma informação no Braga. O meu ex-colega de Católica e amigo, Paulo Menezes, bom jornalista desportivo que acompanhava o Sporting – primeiro no Jogo, depois n`A Bola – deixou o jornalismo. Disse-me na semana passada que estava no departamento de prospecção do clube a trabalhar directamente com Carlos Freitas. Director Desportivo que foi antigo jornalista.. Boa sorte nesta interessante aventura.

Braga e Vitória de Guimarães com comunicação (I)


Há dois anos, Cajuda entrou no Afonso Henriques vestido como o pai da Pátria, acompanhado pelos seus soldados.
Este ano, ao som da música de Nino Rota, criador da banda sonora do Padrinho, toda a equipa entra de fato preto de giz e o treinador, Manuel Cajuda, no interior de uma limousine de chapéu e charuto. Ele era o líder da Família.
Este ano, também o Braga aderiu ao mesmo marketing. Na sala de imprensa, César Peixoto – mais famoso pelos seus romances -, Jorginho, etc, vestidos à gladiadores encarnando ferozes guerreiros.
Por sinal, a claque do Braga tem uma mega bandeira de um gladiador com um leão aos ombros.
Imagens fortes, de combate, que geram união e empatia com massas associativas sedentas de troféus.
Interessante gestão de expectativas com os suportes indispensáveis de profissionais de comunicação e de marketing. Também a acompanhar.

Consolidação

Segue a consolidação do mercado.

Eu é que estou distraído

Afinal, depois de termos dado a notícia no dia 25 de Agosto, o Jornal de Negócios também a publicou a 28 de Agosto, e com nova informação. Obrigado ao leitor que nos chamou a atenção.

Godin e Querido cheios de razão

Texto de Paulo Querido, no Mas Certamente que sim!, sobre o anonimato, a vaidade e a fraca qualidade dos comentários. A ler e a reter.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Anda tudo distraído?

Será que os jornalistas ainda estão de férias? Ou deixaram de nos ler? Ou a nossa "cacha" não se confirma? Vou repetir: Workmedia compra Computerworld. É que já lá vai uma semana desde que anunciámos...

Histórica Business Week


A última edição da Business Week faz história. Pela primeira vez um dos temas da revista foi escrito em colaboração com os leitores (o artigo faz capa inclusive). Nos estudos e nos blogs do seu site, nas respostas no Linkedin e numa poll levada a cabo por prestigiadas empresas de estudos de mercado, perto de 4.000 leitores identificaram as suas preocupações no trabalho e discutiram a fundo como é que se podem ultrapassar os problemas. Quatro foram os meses a trabalhar neste artigo até ser publicado.