terça-feira, 31 de março de 2009

Campanhas (2)

A YoungNetwork tem sido convidada para fazer algumas campanhas.
Com a mesma coerência desde Março de 2007, mantemos a discrição e o silêncio. Não precisamos de nos colocar em bicos de pés.
Já trabalhámos com quatro partidos desde então (e mais um em África que obteve a maior vitória de sempre).
Tenho tido conhecimento que algumas pessoas têm feito correr que o mercado da política não é rentável. Tenho a certeza que não é rentável para quem não lá está.
E tenho também outra certeza: nós não fabricamos – até porque não somos nenhuma fábrica de chouriços, somos consultores de comunicação profissionais – candidatos (e também não pomos a circular que os fabricamos), nós ajudamos candidatos e políticos.

Campanhas (1)

Em boa hora a Cunha Vaz & Associados trouxe David Plouffe a Portugal. São habitualmente boas organizações e já tive o prazer de ser convidado pelo António para assistir a Colin Powell e a Tony Blair.
O director de campanha de Obama, depois de ter passado pelo Azerbaijão (ele, e bem, também já descobriu o filão das conferências) veio explicar – pelo que li nos jornais – que é muito difícil replicar uma campanha como aquela na Europa.
Concordo absolutamente e já tinha dado o exemplo do que se passou em Itália. O PD de Walter Veltroni copiou tudo de Obama e até o slogan: «Si, puo fare» não podia ser mais igual». Perdeu copiosamente e até o controlo da cidade de Roma perdeu.
As campanhas dependem do seu universo de eleitores, da cultura e civilização dos seus países e, sobretudo, do candidato.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Hereges *

PIB mundial a contrair pela primeira vez em 50 anos, desemprego a crescer, empresas e pessoas em dificuldades. Combustíveis mais baratos e encargos com habitação muito mais baixos.

Crise. A crise. A crise que entra nas nossas vidas. A crise que os outros querem que entre na nossa vida. Os políticos, os profetas, os Media e todos os outros. A pequenez, a desinformação, a cobardia, o ónus de que tudo depende dos outros, dos tais, dos que decidem sobre a nossa a vida.

Basta! A nossa vida depende mais de nós próprios do que de Barack Obama. Centremo-nos no que cada um pode fazer por si, e em consequência por todos nós. Temos que trazer a mentalidade de volta para a-nossa-vida-depende-de-nós.

Não podemos desperdiçar um momento como este para dar a volta por cima. Temos que adoptar a postura do herege. A postura do que quer desafiar as regras, mudar o status quo, inovar e empreender. A postura do que sabe que a vida está na sua mão.

Acabem-se as desculpas para não agir. Mesmo que seja agir para falhar, ir abaixo, amachucar o ego, e logo, logo levantar-se, recomeçar, tentar de novo, e conseguir.

Os portugueses e Portugal têm um potencial imenso, e talvez tenha chegado a hora de dar o murro na mesa, de crescer, deixar de ser a eterna criança que ao Estado e aos outros pede tudo, mas que não tem a coragem de tomar conta do seu destino.

É tudo uma questão de atitude perante a vida. O ónus tem de estar em cada um de nós, não em factores externos a nós. A palavra até é do Presidente da República, mas ainda não a interiorizámos. As oportunidades que existem, e são muitas, não vão esperar para ser agarradas. Não nos resignemos. O tempo é de acção.


* Texto de opinião publicado por João Duarte na edição de Domingo, 29/03/09, do Jornal de Notícias. Pdf do artigo aqui.

Principal dificuldade do mercado de comunicação

. Nenhuma dificuldade será um obstáculo para vencer o desafio.

Principal desafio do mercado de comunicação

. Tornar a YoungNetwork o melhor e o maior grupo de comunicação português.

Tony lidera nos pagantes

Tony Carreira, o homem que, imune à crise, continua a platinar todos os seus discos. Segmentou os seus ouvintes e conquistou uma legião de fãs, com a grande vantagem destes não saberem o que é um mp3, nem descarregarem músicas da Internet. Tony lidera o segmento dos não-piratas.

Inventar a procura

Em Portugal, os números do investimento em publicidade caíram entre 35 e 40% nos primeiros dois meses do ano. A indústria da comunicação (inclui Media, publicidade, RP, etc.) tem de se re-inventar para responder à diminuição da procura tradicional. A solução é inventar uma nova procura, porque só com esta pode não interessar viver.

domingo, 29 de março de 2009

Freud não suporta redes sociais

"Facebook, hi5, Twitter, MySpace: o que diria Freud destas novas redes sociais?

Não as suportaria. Se tirarem capacidade reflexiva às pessoas, se forem acompanhadas de um neo-narcisismo, se significarem um vazio relacional, se corresponderem a uma dificuldade de verdadeiro contacto emocional com o outro, são más. Mas tudo depende sempre do seu utilizador."

Carlos Amaral Dias, conhecido psicanalista português, na última página do Jornal de Notícias de hoje.

Ghost twittering

O ghost twittering está a tornar-se popular entre as celebridades, o que fura o conceito de Social Media, o da aproximação e interacção entre emissor e receptor. Ao contrário de outras plataformas 2.0, como o MySpace, o Facebook ou os blogs, no caso do Twitter, que é ainda mais fácil e rápido de utilizar, não faz sentido as celebridades delegarem. Bem que os 140 caracteres podem ser escritos pelos próprios, o que é especialmente importante quando se entra em conversação, e não tanto na utilização do Twitter como ferramenta de RSS.

Em relação às marcas empresariais já é de esperar que a voz no Twitter funcione como fonte oficial da empresa, não retirando força à mensagem, nem se podendo falar neste caso em ghost twittering.

Sugiro também a leitura do artigo do Read Write Web.

sábado, 28 de março de 2009

Bola de cristal

Nestes tempos de forte recessão, prevejo um futuro risonho para as boas consultoras e pouco futuro para as más consultoras.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Aquisição nos Media

Acabo de saber que um dos grupos de Media nacionais, de pequena dimensão, mas de qualidade, acaba de trocar de mãos. Os novos donos são homens do Norte e vão explorar sinergias com uma actividade onde estão fortes.

O negócio foi estudado durante o último ano e consumou-se no início da semana passada. A equipa directiva mantém-se.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Vaga de fundo

Cansa só de ver. Estafado não, estafadíssimo, mas ainda a fazer furor. O quê? O argumento da vaga de fundo, com sacrifício pessoal e muita pressão para avançar. Sucede em 90% das eleições de clubes.

Ler aqui.

Regra de contratação

Nunca contratar ninguém que twitte todo o dia.

O trade-off entre networking/partilha de know-how e time consuming não compensa.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Dois amigos

Este fim-de-semana gostei de ver duas coisas nos jornais sobre dois bons amigos.
No primeiro caso, no “Sol”, ver como um grande quadro e actual assessor do Presidente da República vai liderar o Ambiente na ONU. O Jorge Moreira da Silva, que conheço há 13 anos, por concurso internacional – que não envolveu participação diplomática – vai ter um enorme desafio pela frente, mas tenho a certeza que com ponderação e grande rigor profissional vai levar esta tarefa a bom porto.
Um outro grande amigo, o João Leitão, director da Betafence * - multinacional e líder de mercado de perímetros de segurança - para a Península Ibérica foi colunista do “Jornal de Notícias” no domingo. Um grande quadro também e um grande artigo de que saliento este parágrafo: «Sendo gestor, preocupa-me a crise e os números, mas nunca me esqueço, e muito menos os responsáveis políticos podem esquecer, que a minha preocupação são as pessoas. É caso para parafrasear Bill Clinton e dizer: «It`s the people stupids».

* Betafence é cliente da YoungNetwork

segunda-feira, 23 de março de 2009

A semana *

Sexy

Segunda 16 No rescaldo da Moda Lisboa, registo a frase de Ricardo Preto. O estilista português resumiu a tendência actual da moda: sexy, mas sem ser ostensivo. O que vestimos é uma já antiga, mas actual, forma de comunicação. Em ano difícil, as empresas deverão “beber” do mesmo conselho para falar com os seus públicos. Sóbrias, mas sedutoras.

Não desperdiçar uma boa crise

Terça 17 Contracção do PIB mundial certa para 2009, uma novidade para a maioria dos vivos. Mas não esquecer a grande evolução dos níveis de bem-estar no mundo inteiro nos últimos 50 anos. Fundamental para manter a cabeça no lugar. E perceber a oportunidade única que estamos a viver: agora que todos enfiam a cabeça na areia, é mais fácil empreender, inovar e passar a mensagem. “Quando todos forem gananciosos tenha medo. Quando todos tiverem medo seja ganancioso”, manda Warren Buffet.

Obama sem graça

Quarta 18 O recém-eleito presidente dos Estados Unidos já tinha avisado que a economia americana “ia ficar pior antes de ficar melhor”. O que não contava é que a sua brilhante retórica, que ajudou a colocá-lo na Casa Branca, não esteja a ajudar. Apesar do discurso pastoral que tão bem nos soa, não se distinguem quais as suas prioridades, tal a densidade da agenda. Com o Dow a cair mais de 1.500 pontos desde que foi eleito, resulta claro que o clima de desconfiança permanece. Obama terá de simplificar, e direccionar a mensagem para um ou dois grandes temas. Emprego e Banca são a chave.

Nossos

Quinta 19 Durão Barroso recolhe apoios. Gordon Brown já aprovou, Merkl é amiga e já só falta Sarkozy para fazer a tripla. Para um país que não lembra a ninguém, porque ninguém se lembra dele, é importante manter um dos nossos debaixo dos holofotes. O presidente da Comissão Europeia foi notícia de capa do Financial Times, apelando aos Governos para novas medidas caso ainda tenham margem, nomeadamente no emprego e na requalificação das pessoas.

Gran Torino

Sexta 20 Excelente fita realizada pelo último dos clássicos. Um retrato da América, conservadora, apesar de construída por tantos diferentes povos. Eastwood não gosta de truques nem precisa de sofisticação na produção. Dêem-lhe a câmara que ele conta a história, tal como ela é. Em Gran Torino, lemos o último capítulo de Dirty Harry. E que brilhante final para um herói americano.

* Análise da semana, publicada dia 21 de Março, no semanário Sol (pdf da notícia aqui).

Paródia (ii)

Outro ponto importante na estratégia de comunicação de Barack Obama: não se percebe porque é que continua em campanha eleitorial. Continua a falar como se estivesse na corrida para as presidenciais. O lugar já é dele, pelo que pode sacrificar o sorriso, manter a determinação, mas direccioná-la para um discurso duro, claro e simples. Manter ou subir os seus níveis de popularidade é um objectivo do qual pode, por ora, abrir mão.

Paródia

Obama visitou Jay Leno, o que lhe garantiu contacto com cinco milhões de americanos, para passar a mensagem. Contudo a audiência é o princípio de tudo, mas não é tudo. O enquadramento da mensagem também conta, mais ainda, neste caso, em que chegar à audiência é tão fácil, pela posição do emissor.



Apesar de incluir no discurso as dificuldades que o momento económico traz, e a receita para ultrapassar a crise (embora a receita ande a ser mal explicada, com os mercados a não reagirem positivamente ao discurso e ao plano de Obama para revitalizar a economia), o que fica é o humor e a boa disposição do jovem presidente. Aliás, outra coisa não seria de esperar quando o cenário é o programa de Jay Leno.

Em momentos críticos, não queremos ver o nosso general a rir ao mesmo tempo que nos diz que são tempos difíceis os que vivemos, tampouco ser persuadidos a reagir, entre duas situações engraçadas vividas na Casa Branca. É preciso firmeza numa mensagem clara, e maior formalidade na escolha do local.

A entrevista com Leno ficaria melhor lá mais para a frente, mais perto das próximas eleições. Assim, serve o sinal de Obama para dizer que tudo continua na mesma no "american way of life".

sexta-feira, 20 de março de 2009

Durão e o Papa *

Só falta a França para que Durão Barroso recolha o apoio dos três grandes, na recandidatura à presidência da Comissão Europeia.
A sua recondução é importante para Portugal, não só por factores de nacionalidade mas porque é ali que se tomam as decisões verdadeiramente importantes. E ter ao lado de Sarkozy, Brown e Merkel, Durão Barroso, é sempre melhor do que ter Prodi ou outro qualquer.
Durão é um político sólido, de grande racionalidade, mas frio e por vezes pouco versátil. Não deixou grandes recordações em Portugal e dificilmente os portugueses lhe perdoarão a fuga, tal como a Guterres. Por isso, é na esfera internacional que Durão Barroso poderá seguir o seu caminho, honrando, com isso, também Portugal.
A fazer o seu caminho está Bento XVI. Em África, mais exactamente nos Camarões, manteve-se coerente com o seu discurso condenando o uso indiscriminado do preservativo.
Foi trucidado internacionalmente, mas ele não podia fazer outra coisa para quem defende a abstinência e a fidelidade como as melhores práticas.
Aquele continente precisa de uma “encíclica” só para si. Democratas, torcionários, “diamantes de sangue”, narcotráfico, oleodutos de dinheiro oriundos do petróleo, riquezas naturais, mercenários, todo o tipo de epidemias, guerras de etnias, convulsões religiosas. O continente mais desprotegido precisava da presença do Papa. Da sua calma e também de um pouco da sua ortodoxia. É uma viagem no tempo certo.

*Publicado hoje no OJE

segunda-feira, 16 de março de 2009

Guiné-Bissau

Um diário generalista publicou este fim-de-semana que o actual Primeiro-Ministro - e recente vencedor das legislativas na Guiné-Bissau com 67 por cento - Carlos Gomes Júnior seria o candidato do PAIGC à Presidência da República.
Sem pôr em causa as fontes do jornal, a mim parece-me que o candidato do PAIGC será Henrique Rosa.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Originalidade

No Grupo YoungNetwork somos originais: Quando não ganhamos um cliente é porque alguém foi melhor do que nós. Quando não estamos fortes nalgum sector é porque ainda não merecemos estar.

Gostamos de viver com este ónus em cima.

Vamos ser notícia

Ver hoje às 23 na MTV. Obrigado FV.

Satisfazer a necessidade

Uma campanha de relações públicas bem sucedida impacta os públicos-alvo. O único caminho para criar impacto é satisfazer uma necessidade da audiência. No caso dos Media, os jornalistas estão interessados que lhes contem boas histórias, informações privilegiadas e únicas, que os coloquem em vantagem face aos pares, e que satisfaçam, por sua vez, as necessidades dos seus leitores.

Faço o que digo

A reputação é construída 24 horas por dia, sete dias por semana, 365 dias por ano pelo que dizemos (promessa), mas mais importante ainda é construída pelo que fazemos (cumprir a promessa).

Preocupado com o que os outros pensam

Se existe audiência, então as marcas têm reputação (positiva, negativa ou neutra). Não é uma escolha das marcas, sejam elas pessoas, empresas ou produtos, terem ou não reputação. É uma característica intrínseca à própria marca.

Gerir a reputação de uma marca tem tudo a ver com a audiência, com as pessoas, eleitores ou consumidores que queremos impactar.

A reputação de um marca existe na mente dos receptores na forma como eles a percebem, pensam e sentem. Para os profissionais do nosso sector é crítico ter sempre presente que a reputação das suas marcas não é o que eles ou os clientes pensam que elas são, mas sim o que os outros pensam que elas são.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Dois pensamentos simples

1- A Internet tem coisas fantásticas e coisas péssimas.
A Internet dá informação e não dá conhecimento, logo, um burro por ler a wikipédia e “sites” de citações (ou fazendo citações de pessoas que nem sabem quem são) não passa a figura de relevo.
Os blogues que são legítimos e interessantes e trouxeram novos talentos, têm a vertente de trazerem também comentários de idiotas e de medíocres que devem dormir mal todos os dias.
2- Não gosto de gente sem currículo que aparece a “botar discurso”. «Deus nos livre de quem esconde ou não tem passado», como dizia Paulo Portas a Alexandra Lencastre este domingo.

Crise 1 Louçã 0

O que Francisco Louçã prega muito, mas não consegue, a crise dá. De acordo com a Forbes, no espaço de um ano, a riqueza acumulada dos bilionários em todo o mundo recuou de 4,4 biliões para 2,4 biliões de dólares e perdemos 332 bilionários, tendo agora no planeta apenas 793.

Daqui resulta que a queda dos activos desta "milena" de homens e mulheres é muito maior do que qualquer imposto sobre grandes fortunas algum dia iria conseguir aplicar e que a simples contracção das fortunas dos bilionários faz milagres nos índices de desigualdade. Temos hoje uma sociedade mais justa do que há um ano, com os pobres mais próximos dos ricos.

Em economia, pela mão do professor João César das Neves, aprendi que um bolo melhor dividido é um bolo mais pequeno. Neste ambiente de crise, é caso para dizer que um bolo mais pequeno é um bolo melhor dividido.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Semiologia em Comunicação

Por Sofia Lima*

Qualquer pessoa que trabalhe em comunicação deve ter presente o seguinte: por cada indivíduo, existe uma realidade.
Se um grupo de pessoas analisar em conjunto o famoso quadro Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, percebemos que são tantas as interpretações do seu sorriso e da sua postura quantas as pessoas presentes. Da mesma forma, o ideal no dia-a-dia profissional (e, por vezes, pessoal) deve ser de absoluta imparcialidade e objectividade, para que a informação trabalhada não seja ambígua. Assim, alargando a visão acerca das diferentes perspectivas que um determinado assunto pode ter, o comunicador deve ser o mais exacto possível na informação que transmite, reduzindo ao mínimo a possibilidade de interpretações erradas e ineficazes.
Semantic does matter.

*Consultora Senior, PressDirecto e YoungLab
Colunista Convidada

terça-feira, 10 de março de 2009

Querida, encolhi a facturação

Também só para os que se interessam pelo mercado das agências de comunicação.

Agora, há outra batalha para vencer, a da consistência. Porque será que os que apresentaram no passado os resultados de forma estruturada e mais transparente, logo no início do ano, ainda não apresentaram este ano?

Estamos atentos por aqui, e a estranhar a demora. Será a contabilidade que está mais atrasada ou é legítimo pensar que a facturação encolheu? Bonito comunicar crescimentos de dois digitos em 2007, mas chato recuar em 2008? Às vezes, existe facturação extraordinária que não se repete...

Lá vai a consistência às malvas. Resultados só quando se cresce? Se houver crescimento em 2009 faremos o favor de tirar o resultado de 2008, por cálculo da quarta classe, na altura.

Tento na língua

Só para quem se interessa pelo mercado das agências de comunicação.

Já repararam que desde que começámos aqui, neste blog, a fazer contas aos crescimentos alheios e a apontar a inconsistência das facturações fantasiosas, apenas com base em informação dada pela própria concorrência ao mercado, que começou a haver maior tento na língua por parte dos players?

Batalha da transparência vencida. Esta demos de borla ao sector.

Contadores de histórias

Contadores de histórias é o que nós temos de ser. Histórias verdadeiras, que respeitem o ADN dos clientes, bem contadas, que façam as audiências terem vontade de espalhar a mensagem. E histórias que resistam ao efeito do tempo, ou seja, que sejam consistentes. No futuro a acção tem de concretizar a promessa. É preciso entregar a promessa.

Blogografia:

- Post de Seth Godin

- All Marketers are liars, Seth Godin

Toastmaster

Vou ter um jantar de Toastmaster na próxima quinta-feira. Algum dos leitores já experimentou? Quer partilhar a experiência connosco?

Ler mais aqui.

PS: Infelizmente vou chegar atrasado ao jantar. Espero não perder a experiência.

António Costa vs. Governo

Já começaram a sair notícias sobre uma clivagem entre António Costa e o Governo. Se há alguém que acredite, muito bem, como a maior parte dos leitores não é anjinho é natural que se ria deste pseudo-afastamento de Costa.
Aliás, nada melhor que dizer uma frase muito aplicável ao actual Presidente da Câmara de Lisboa e que se mantém intacta desde 2005: António Costa saiu do Governo, mas o Governo nunca saiu dele.
Como os lisboetas cedo perceberam, a opinião pública que vota e não a opinião publicada, António Costa é um ministro e nunca será um Presidente de Câmara.

Novidades do futebol

É raro escrever sobre futebol, que é das coisas que mais motiva paixões, mas de vez em quando gosto de partilhar os bastidores.

.Benfica vai ter uma lista de oposição a Luis Filipe Vieira, Bagão Félix recusou e será Humberto Coelho a dar a cara. Esta lista tem convidado diversos políticos benfiquistas para aderirem.

.Segundo fontes bem informadas, Paulo Bento já assinou pelo Porto (excelente notícia para os simpatizantes do Sporting) e Jorge Jesus está em Alvalade na próxima temporada (uma grande notícia para os simpatizantes do Sporting)

.Para a Presidência do Sporting, a candidatura institucional será de Miguel Ribeiro Teles, na oposição Sérgio Abrantes Mendes vai a votos.

Deadwood e The Wire

Esta semana Pacheco Pereira fez uma magnífica prosa sobre séries no “Público”.
Concordo com quase tudo que mencionou, “Deadwood” – principalmente a primeira temporada – é fenomenal e “The Wire” é uma das melhores séries dos últimos anos e ainda há pouco tempo falei dela.
Teve apenas um lapso: já existe edição portuguesa das duas primeiras temporadas de “Deadwood” (eu tenho) e aliás aproveito para contar que ela foi cancelada ao fim da terceira temporada (que eu já vi também e é fraca) quando o plano inicial eram quatro anos. Ainda houve um movimento para se fazer um telefilme a explicar o fim, mas as fracas audiências não motivaram os produtores.
Quanto a “The Wire” estão por cá à venda as três primeiras temporadas e até agora não há um ano fraco.

Three is enough

Sem conhecer em profundidade o documento, já que ainda não o li, o príncipio é bom. Três a quatro agências é suficiente para escolher uma proposta, o processo torna-se um win-win para agências e cliente envolvidos. Também aplicável para os concursos de Relações Públicas.

Revisite Charles Darwin

Por Sílvia Morgado*

200 anos depois do seu nascimento, o conceituado naturalista britânico, Charles Darwin, volta a dar que falar!

Pela positiva: na exposição «Evolução de Darwin» patente na Fundação Gulbenkian até ao dia 24 de Maio, uma viagem pela vida e obra do autor d'A Origem das Espécies, onde poderá ver uma réplica do famoso Beagle feita nas oficinas do nosso Museu da Marinha. Destaque também para a colaboração original com o Jardim Zoológico, que deu origem à galeria especialmente construída para o efeito, onde pode ver algumas das espécies observadas por Darwin: iguanas, tartarugas ou papagaios.

Num tom mais crítico: no simpósio internacional sobre o tema "O erro de Darwin e o que estamos a fazer para o corrigir", Ilha Terceira, Açores, de 19 e 22 de Setembro. O simpósio organizado por cientistas açorianos pretende contrapor a polémica frase proferida por Darwin aquando da sua visita à Ilha Terceira (inserida na célebre viagem de circum-navegação de cinco anos a bordo do Beagle): "Gostei imenso da visita, mas não encontrei nada digno de registo" e provar que os Açores são um verdadeiro laboratório que sustenta a tão contraditória e polémica “Teoria da Evolução.

Polémico, é verdade! Capacidade de abalar consciências ainda mais ou não tivesse Geoge W. Bush afirmado que a teoria criacionista devia ser ministrada nas escolas em paralelo com o evolucionismo. Não deixe de ler ou reler A Origem das Espécies.

*Directora de Consultoria, YoungNetwork
Colunista Convidada

Relações Públicas contribuem para 1/4 do valor das marcas

Ler notícia da PR Week aqui.

Oportunidades e Armadilhas


Por João Silva*

Enquanto os analistas procuram explicações para este momento dramático da economia mundial – onde empresas sucumbem, postos de trabalho são extintos e famílias vêem dia após dia as suas dívidas a avolumarem-se – ficamos meio perdidos diante de uma avassaladora tempestade de informação negativista que assolou os meios de comunicação e que tarda a dissipar-se. Não quero aqui dar explicações técnicas para a crise, mas acredito que grande parte desta crise financeira se constrói e destrói diariamente nos Media.

Prefiro fazer uma breve reflexão sobre as oportunidades que daqui poderão resultar. Na nossa vida pessoal, as crises são cíclicas, como as que ocorrem na adolescência, no casamento, na meia-idade e na velhice. São momentos de intensa transformação, cujas mudanças alteram para a sempre as nossas vidas. Quem nunca parou alguns instantes para reflectir nesses angustiantes momentos de crise? Não sei o que cada um pensou, mas sei que quem fez uma reflexão séria conseguiu sair muito mais fortalecido após esses períodos e encontrou grandes oportunidades para crescer.

Pensando bem, crise não é a palavra adequada; transformação ou mudança encaixam-se melhor no que quero dizer. Assim são as empresas: nascem, crescem, passam por transformações (muitas vezes traumáticas) e, as fracas, acabam por sucumbir. Somente sobrevivem as que têm coragem para resistir à mudança, as que têm fé na sua visão, as que têm paixão pela sua actividade, as que se empenham em defender os seus valores e as que tomam a iniciativa de procurar a felicidade, simplesmente, porque sim. Simplesmente porque, se vencerem, serão felizes.

Há oportunidades na nossa vida que são únicas, assim como perigosas armadilhas que podem comprometer irremediavelmente o futuro. Aprender a identificá-las é uma arte para poucos, mas quem tiver capacidade de prever, de antecipar e de aproveitar (bem) as oportunidades, vai estar certamente preparado para as armadilhas que surgirão no caminho.

Recorrendo à já aqui citada máxima de Karl Rove: «Prever muito, improvisar pouco». Saia do problema, enfrente a realidade e procure oportunidades – muitas vezes estão debaixo do nosso nariz.

* Responsável de New Business, YoungNetwork
Colunista Convidado

sábado, 7 de março de 2009

Expectativas em alta para o "i"

Consta-me que o "i" tem tudo para ser um grande jornal. Um grupo sólido, com experiência em Media, projecto nascido em ambiente integrado Web-rádio-imprensa escrita-tv-media sociais, bons jornalistas, bom líder. As minhas expectativas estão em alta.

sexta-feira, 6 de março de 2009

O estilo José Mourinho *

Quem gosta, ama. Quem não gosta, odeia. Mas, semana a semana, José Mourinho prova porque é o melhor treinador do mundo.
Provavelmente, não é o que tem mais títulos, mas é o “special one” do espectáculo.
Atira, mata, arrasa sem piedade numa série de alvos. Enquanto se dedica a ser o treinador cujas entrevistas são as mais aguardadas, com isso vai preservando o grupo de trabalho.
Ele gosta de brilhar, de ser uma estrela, mas gosta de um bom balneário onde os jogadores são seus filhos.
Quem dá tudo por ele, ele agradece, recompensa, nunca esquece e protege. Quem lhe falha, ele não perdoa, rejeita sem complexos e arrasa pela mediocridade.
Não é muito humilde mediaticamente, mas “a humildade é a pior forma de presunção” como dizia La Rochefoucauld. Mourinho é bom, é ganhador e não tem medo de o dizer.
Será que ser bom é pecado? Julgo que não. Portugal é um país medíocre, de mentes medíocres e de cultura risível. E ainda por cima, não gosta muito dos que ganham. Olham-no de lado pior que a uma Maria Madalena ou a um traidor como Judas. Infelizmente, Portugal tem um José Mourinho, mas não gosta de José(s) Mourinhos.
Em termos comunicacionais, o mago de Setúbal é um génio, como treinador brilhante como pessoa – não sei – mas pelo que me contam até é bem pacato.
Assume apenas uma “máscara de comando”, como no livro de John Keegan que recomendo. É uma personagem fantástica, inesquecível. Esta semana até teve uma derrota copiosa, porém o espectáculo vai continuar.

PS: Esta semana, uma petição e um site a pedir Marcelo para encabeçar a lista do PSD ao Parlamento Europeu. Pacheco Pereira comentou bem, no seu estilo habitual. Eu, apenas pelo que li, diria, com simpatia pelo professor, que a Marcelo fica bem de vez em quando beber do seu próprio veneno.

* Publicado hoje no OJE

quarta-feira, 4 de março de 2009

A lei de La Rochefoucauld

«A humildade é a pior forma de presunção».

Marcelo quer ser mais executivo

Dois posts abaixo, falei da hipótese lançada por alguns de Marcelo ser candidato ao Parlamento Europeu.
Lancei foi em primeira mão que ia haver petição e site. Eis aqui a confirmação.
Mas como, então, dissera, o professor tem outras pretensões que já todos conhecem. Gosta de «cargos mais executivos», afirma agora.

terça-feira, 3 de março de 2009

A lei de Jacques Séguéla

«Vota-se numa ideia, não numa ideologia; vota-se no homem e não no partido; vota-se para o futuro e não para o passado» Jacques Séguéla

segunda-feira, 2 de março de 2009

E Marcelo nas Europeias?

O Vasco Campilho faz no 31 da Armada uma análise muito interessante.
Marcelo queima nomes (Passos, Pacheco, Mendes) e vai ficando o seu. Seria uma disputa muito interessante com Vital Moreira, apesar do professor preferir Belém a Bruxelas. Por isso, é um cenário difícil.
Consta-me, no entanto, que vai haver petição e site de apoio ao nome de Marcelo para as Europeias.

As lições da Galiza

Não é da Galiza, mas é uma lei da política: não é a oposição que ganha eleições é quem governa que as perde.
O PSOE teve quatro anos de poder, apenas, depois de 15 anos de uma liderança forte e carismática (1990-2005) de D. Manuel Fraga Iribarne.
Segunda lição, o desgaste de Zapatero com a crise enorme que grassa em Espanha ajudou a derrotar Emílio Peres Touriño que também foi fraco. O que prova que as eleições regionais, autárquicas ou municipais penalizam habitualmente quem está no poder a nível nacional.
Cito o “Público”: «a vitória da lista popular é a prova de que uma direita com novos rostos pode regressar ao poder». Esta é uma terceira e grande lição.