quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Não há vergonha na cara

Aeroporto em Alcochete. Está decidido.

Há poucos meses atrás, numa tv perto de si:

A máquina do Governo gripou

O dia seguinte de Sócrates está a ser pior do que ele imaginava.
Parece que tudo deixou de ser porreiro, pá!
Sócrates brilhou internacionalmente, mas está a acordar mal da ressaca da ribalta dos encontros com os “grandes” do mundo.
Na questão do referendo, o que fica visível é que ele perdeu o controlo, ficando a decisão de não haver referendo nas mãos de Sarkozy, Merkel, Brown e, principalmente, de Cavaco, como Alegre maliciosamente comentou.
Depois, viveu o primeiro debate parlamentar em que se viu em dificuldades face à oposição e ficou a saber, pelo “Público” que a propriedade da prisão de Setúbal foi vendida pelo Estado a um ex-sócio de Alberto Costa, negócio lesivo para o estado em 600 mil euros.
E o amigo, e ex-colega de faculdade, Armando Vara teve o despudor de pedir uma licença sem vencimento à Caixa – onde se notabilizou como empregado de balcão em Bragança – preparando-se para ir para a administração do BCP. Uma vergonha só possível num país de terceiro mundo.
E para aquecer, o PM anunciou Alcochete como novo aeroporto, naturalmente escudando-se na decisão do LNEC e em muitos estudos milionários como gosta. Dúvida: e Mário Lino fica? E irá alguma vez visitar o “deserto” onde pousarão os aviões?
A máquina de comunicação – se alguma vez a houve – gripou. E Sócrates, mesmo que remodele, já vai num momento de fragilidade. Devia ter “mexido” na semana a seguir ao Natal.
E para concluir, ainda ouviu cara a cara, de António José Seguro: «a última vez que falei na comissão política foi em 2004 e o PS era um partido livre». O que juntando a todos os colunistas que falam em fascismo do Governo não traz nada de bom.
E, ainda por cima, Sócrates está a perder por completo a paciência para qualquer laivo de contestação.