quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

EAS 2008 – Douglas Pinkham – Pres. Public Affairs Coucil (5)

Foi o único a falar com papéis e sem qualquer suporte gráfico de apoio. Ficou de mandar a apresentação, para quem desse cartões, por e-mail. Já me mandou, por isso, se algum leitor quiser eu poderei reencaminhar esta intervenção.
A maioria dos americanos tem a percepção que os lobbistas «pagam aos políticos». Os americanos continuam a «entender que não é necessário o Governo, ao contrário dos europeus».
Disse uma das frases mais engraçadas sobre o posicionamento dos consultores: tem que se estar «at the table», se não estás, provavelmente, estás «in the menu».
E chamava a atenção para um pormenor muito importante. A maior parte dos CEO`s americanos (entrando também no “Grassroots activism”) faz lobby ou está em “boards” de associações.
E este número é que é assustador: 300 milhões de e-mails e cartões foram recebidos pelos congressistas e senadores. No nosso Parlamento, ainda muitos deputados nem sabem mexer no e-mail, e muitos deles nunca responderam a nenhum eleitor.
São muitas diferenças.

EAS 2008 – Chris Cooper, Partner, MHSC Partners (4)

Este “key note speaker” substituiu um dos que estava no programa inicial e que mais interesse tinha em ver que era o director de Public Affairs da Daimler.
Começou com um humor idiota e passados 15 minutos, numa intervenção falhada, mais de um terço da sala começou a sair (só me lembro de uma coisa assim nos congressos partidários quando abandonam o palco as principais figuras), entre os quais, eu.
Como a seguir se seguiam 90 minutos de jovens a falar do futuro da Europa, aproveitei para ir ver o museu do Tintin e dos criadores de banda desenhada, nomeadamente a última mesa de trabalho do Edgar P. Jacobs, criador de Blake e Mortimer, que adoro. Um museu simples, mas muito engraçado que recomendo aos amantes da BD, pois tem lá tudo.
É um ponto de atracção numa cidade que, para lá da Grand Place, sempre achei horrível e sem alma.

EAS 2008 – Jere Sullivan, Edelman Bruxelas (3)

Outra expressão ainda pouco utilizada por cá: Grassroots campaigning. Tem a ver com lobby e sobretudo com esta interrogação:
«How can i engage people?».
Pela sua experiência europeia, o que o conferencista explicava era que na «Europa, depois de elegerem os seus representantes, as pessoas deixam de fazer lobby. Nos EUA há lobby sempre, aliás, por lá existe a máxima: «if you need something, write to your congressman».
Mostrou com diversos exemplos a crescente ligação dos grupos por «issues» e não por grupos geográficos. A identificação temática de «a person like yourself».
Daí a importância do – tal - «microtargeting».
Na parte final, questionei-o como explicava que um dos gurus das «microtendências», Mark Penn, estratega de Hillary Clinton, não tenha detectado melhor do que a candidatura de Obama os caminhos a trilhar. A resposta foi que o Mark Penn tinha feito um magnífico trabalho.
Repliquei: até pode ter sido feito um bom trabalho, mas não foi magnífico…PERDEU.
Mas foi uma das melhores apresentações com bastantes exemplos práticos.