Anos 60, Estados Unidos, emancipação da mulher, soutiens lançados na fogueira*, indústria de lingerie a “arder”.
O movimento feminista de há quatro décadas encontrou no acto simbólico da queima dos soutiens a sua âncora. A libertação da mulher à custa desta peça de vestuário teve consequências graves nas marcas de lingerie. Na linha da frente das activistas tivemos jornalistas, psicólogas, secretárias, actrizes, nas quais se incluía a emblemática Jane Fonda.
Inventado em 1914 e popularizado na década de 50, o soutien teria o seu downturn depois de 60. Sem plano Paulson para salvar a indústria, foi então gizada uma estratégia de relações públicas para estancar a queda e relançar as vendas.
A estratégia assentou em vários pilares, dos quais destaco:
- Tornar o soutien a estrela da lingerie feminina
- Descredibilizar as activistas
- Destacar as vantagens do uso
- Conseguir que uma importante líder do movimento mudasse de lado
A táctica que respondeu à estratégia:
- Desenhos mais atractivos e atrevidos por um lado, modelos de classe e bom gosto por outro
- Endereçou-se as mães da classe média para convencerem as suas filhas da maturidade e feminilidade associadas ao seu uso
- Detectives privados atrás das principais activistas para se descobrir as tendências sexuais de cada uma. Leu-se na Imprensa mais tarde que algumas das activistas eram lésbicas
- Opinião de especialistas alertando para as vantagens estéticas e práticas do uso do soutien
(e a cereja em cima do bolo)
- Jane Fonda viria a mudar de lado. Com sentido de humor a actriz afirmou mais tarde: “reconheci a utilidade do soutien quando os meus seios começaram a perder firmeza”
A estratégia da mudança de lado da barricada é uma das boas armas para trazer a opinião pública para o nosso lado. Se a Jane mudou…
* Não é certo que em 1968 o movimento tenha começado pela queima de soutiens, mas os Media deram-na como certo e amplificaram-na. Assim, o que se passou a seguir foi como se a queima tivesse efectivamente acontecido. Podemos entendê-la como uma simbologia da libertação da mulher.
Bibliografia
- National Organization for Women
- Yahoo answers
- Estratégias e Protocolo para Comunicação Corporativa, Fernando Ramos, Media XXI
- Wikipedia
O movimento feminista de há quatro décadas encontrou no acto simbólico da queima dos soutiens a sua âncora. A libertação da mulher à custa desta peça de vestuário teve consequências graves nas marcas de lingerie. Na linha da frente das activistas tivemos jornalistas, psicólogas, secretárias, actrizes, nas quais se incluía a emblemática Jane Fonda.
Inventado em 1914 e popularizado na década de 50, o soutien teria o seu downturn depois de 60. Sem plano Paulson para salvar a indústria, foi então gizada uma estratégia de relações públicas para estancar a queda e relançar as vendas.
A estratégia assentou em vários pilares, dos quais destaco:
- Tornar o soutien a estrela da lingerie feminina
- Descredibilizar as activistas
- Destacar as vantagens do uso
- Conseguir que uma importante líder do movimento mudasse de lado
A táctica que respondeu à estratégia:
- Desenhos mais atractivos e atrevidos por um lado, modelos de classe e bom gosto por outro
- Endereçou-se as mães da classe média para convencerem as suas filhas da maturidade e feminilidade associadas ao seu uso
- Detectives privados atrás das principais activistas para se descobrir as tendências sexuais de cada uma. Leu-se na Imprensa mais tarde que algumas das activistas eram lésbicas
- Opinião de especialistas alertando para as vantagens estéticas e práticas do uso do soutien
(e a cereja em cima do bolo)
- Jane Fonda viria a mudar de lado. Com sentido de humor a actriz afirmou mais tarde: “reconheci a utilidade do soutien quando os meus seios começaram a perder firmeza”
A estratégia da mudança de lado da barricada é uma das boas armas para trazer a opinião pública para o nosso lado. Se a Jane mudou…
* Não é certo que em 1968 o movimento tenha começado pela queima de soutiens, mas os Media deram-na como certo e amplificaram-na. Assim, o que se passou a seguir foi como se a queima tivesse efectivamente acontecido. Podemos entendê-la como uma simbologia da libertação da mulher.
Bibliografia
- National Organization for Women
- Yahoo answers
- Estratégias e Protocolo para Comunicação Corporativa, Fernando Ramos, Media XXI
- Wikipedia