Às vezes, ao ouvir este incentivo de um personal trainer numa aula de RPM, pergunto-me quantos dos colegas na arte de tentar suar o máximo já sabem que o Governo se preocupa com eles.
Pois é, o Governo, bem, aposta na prática física para melhorar a qualidade de vida dos portugueses. Para isso, decidiu legislar a redução do IVA dos “health clubs” de 21 para 5 por cento.
O problema é que os frequentadores de ginásios – no meu caso a cadeia “Holmes Place” - já receberam uma cartinha a anunciar os ”acertos anuais” nas mensalidades.
Assim, perguntei a uma recepcionista o que queria dizer esse acerto. Respondeu que seria o habitual aumento de todos os anos. Mas a o IVA baixou 16%, disse eu.
Aqui, o erro de marketing é dos ginásios, que se anunciassem uma pequena redução continuariam a ganhar milhões e não ficariam sujeitos a processos. Coisa que o Estado devia desencadear contra os violadores da sua lei.
De contrário, continuaremos a «dar tudo» sem mensalidade mais baixa, ao contrário do que o Governo pretende. E sem mais «gente» nas aulas, porque os preços aumentam pela cartelização do sector. Digam lá que estes cavalheiros não precisam mesmo de um processozinho por fraude fiscal?
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
«Vamos dar tudo, gente»
Publicada por Rui Calafate à(s) 12:03:00 0 comentários
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Vai um cigarrinho?
Não posso deixar de questionar a total falta de questionamento acerca da nova lei do tabaco que entra em vigor dia 1 de Janeiro.
“Cadê” as manifs na rua? A ode à liberdade dos fumadores nos Media? O debate na TV? A discussão pública e privada?
O que justifica o avançar desta lei fundamentalista (e digo fundamentalista sem qualquer tom depreciativo) de forma tão pacífica?
A sua comunicação. Ou neste caso, a falta dela.
Têm sido recorrentes as medidas governamentais tomadas nesta e noutras áreas, que se fazem de mansinho, sem levantar grandes ondas e comunicando o mínimo dos mínimos, a ver se passa despercebido…
Como profissional de comunicação e colocando-me do lado do Governo, percebo esta estratégia. É mais simples, mais rápido, mais eficaz. Mas também somente possível porque o país está numa espécie de entorpecimento mental que há-de ser diagnosticado e tratado. No entanto a médio prazo, e esperando que acordemos todos deste estado (quase) vegetativo, não comunicar, de forma recorrente, em democracia, nunca foi opção. Ou será que é?
Entretanto e para queimar literalmente os últimos cartuchos, vai um cigarrinho?
Publicada por Rita Branco à(s) 09:41:00 2 comentários
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