quarta-feira, 22 de abril de 2009

Formação (2)

Quando o JD me falou do seu projecto para os jovens universitários achei muito positivo.
Como é óbvio, também assim é a acção da Lift, reproduzida pelo Salvador, e a da GCI, contada pelo Rodrigo. Como outras que possam existir.
E, como lhe disse, vou dizer aquilo que acho mesmo.
O problema das nossas universidades com cursos de comunicação social – pelo menos era no meu tempo e acho que ainda é – é que estão “vocacionadas” (entre aspas, reforço) para criar jornalistas.
Isso, para mim, neste momento, está completamente errado. É brincar com as expectativas dos estudantes e entrar nas carteiras de quem paga os cursos. Claro que depois há mestrados e pós-graduações.
Mas a verdade é que o mercado do jornalismo será cada vez mais exíguo, enquanto as agências e as assessorias especializadas em comunicação terão de ser mais profissionais e esse é o mercado do futuro.
Muitos professores nem sabem o que é uma agência de comunicação e alguns julgam saber o que é uma redacção.
Todo o esforço para colocar no «top of mind» dos alunos as Relações Públicas e as Agências de Comunicação será agradecido no futuro por eles e por quem lhes paga os cursos.

Formação (1)

Sobre o novo projecto do JD e da Youngnetwork que pretende unir todo o sector falo a seguir. Mas o que conto vem primeiro.
Uma empresa chamada NPF – Pesquisa e Formação Conferências pediu para se reunir comigo por causa de um projecto de conferências chamado «Preparar Estratégias de Comunicação Política Atractivas».
Ajudei e dei várias sugestões à senhora que aqui esteve comigo. Quando avançou para o projecto convidou-me para ser um dos oradores. Eu fiz duas questões que me parecem pertinentes:

.Quem eram os meus colegas oradores?
.Se pagavam pelo meu tempo dispendido?

Quando vi os convidados, teria todo o gosto em estar ao lado do Tiago Franco, do Francisco Almeida Leite e do João Tocha (que não conheço pessoalmente, mas é um profissional com currículo).
Mas os restantes oito – com a excepção de André Freire – não conheço, são juniores ou não têm currículo.
Sendo assim, não seria prestigiante para mim e quanto a cachet «não costumamos pagar aos convidados», disse a senhora.
Vi, para terminar, que o custo para quem quer assistir a estas conferências é de 1399 euros + IVA. Ou seja, 300 contos para quem quiser assistir. Não faço comentários.

PS: Uma nota. A pessoa, que não conheço, que vai falar de «assessoria de imagem – os pontos mais importantes da construção de uma imagem positiva», intitula-se, antes do nome por «Dom».
Deixo-lhe um conselho: as pessoas gostam do novo, não gostam do excêntrico. É um conselho grátis, os mais novos escusam de pagar 1500 euros.

Boa jogada de Carlos Coelho

Sabia, mas não tive tempo de colocar aqui no blog antes do DN.
Carlos Coelho convidou uma série de conhecidos bloggers para irem ao Parlamento Europeu.
Não me esqueço que, esta semana, Pacheco Pereira escrevia na “Sábado” que, hoje, ter boa imprensa é ter bons posts no blog. Carlos Coelho – e o Duarte Marques também – estão muito atentos. Gostei de saber que o meu amigo Nuno Gouveia foi e tenho pena que o Paulo Gorjão não tivesse podido ir.
Conto uma confidência de um conhecido pivot de televisão sobre a acção de Carlos Coelho na Europa.
Dizia-me a mim, e ao Carlos Coelho, que «quando precisa de saber alguma coisa sobre a Europa», costumava ir ao site pessoal dele. É bom reconhecer que é justo que Carlos Coelho tenha um papel de destaque na lista do PSD.