Há pouco tempo atrás, o João Duarte fez um post sobre religião.
Por extraordinário que pareça, esta semana a “Economist” (sempre indispensável), fazia capa com “the new wars of religion”.
Hoje, uma das maiores religiões, a muçulmana “has a bloody divide” (desta vez são os Sunitas e Xiitas, já foram os católicos e protestantes). Os católicos têm um Papa que quer reforçar as defesas do bastião do cristianismo, no seu pensamento, a Europa.
Porque, como sabemos, o Velho Continente não é mais do que cultura grega, leis romanas e religião cristã.
Mas é curioso de reparar como a política externa do Vaticano tem como objectivo prioritário a China: que pode ser o maior país católico do mundo, mas também pode ser o maior país muçulmano do mundo. É um tabuleiro onde se vai jogar o futuro.
A “Economist” cita a carta aberta de Ahmadinejad, presidente do Irão, a Bush: «whether we like it or not, the world is gravitating towards faith in the Almighty». Vindo de quem vem, desta vez tem de se reconhecer alguma credibilidade.
PS: Há uns tempos atrás, no OJE, onde escrevo às sextas-feiras, fiz um artigo que tinha como título «A tentação de Gore». Onde falava da derradeira oportunidade de Al Gore avançar para a corrida à Casa Branca. Duas semanas depois, a capa da “Time” era «The last temptation of Gore». O que quero dizer com isto é que este blog, que ainda é recente, para lá de se estar a tornar uma referência em termos profissionais é feito por pessoas atentas e que não estão apenas enredadas na mesquinhez dos assuntos de agenda. Os mais atentos dificilmente são medíocres. Os blogs atentos, assim, nunca são medíocres.
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
É a religião, estúpido!
Publicada por Rui Calafate à(s) 16:41:00 0 comentários
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Como se engana um país
Uma das coisas que mais confusão me faz, é ver como um País é enganado por uma pessoa. Argentina era Péron, hoje é Kirchner.
Cristina Kirchner fez o que quis, o que me deixa muito má imagem da sociedade civil argentina, da sua força e capacidade de reivindicação.
Cristina não foi a um debate, não deu uma entrevista, ideias só por sinais de fumo e apenas espalhou por todo o País outdoors inócuos: “Sabemos quais são os problemas. Sabemos o que fazer”. Segura pelas sondagens.
Acho que os argentinos a pouco e pouco vão ver os problemas e vão perceber, tristemente, que os Kirchner não vão saber o que fazer
Publicada por Rui Calafate à(s) 12:31:00 1 comentários
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