terça-feira, 4 de março de 2008

"Agent Provocateur"

Gordon Brown contratou uma consultora americana para o seu gabinete, que já foi directora de uma empresa de lingerie erótica, a “Agent provocateur”.
Se é engraçada esta ligação, a argúcia desta consultora para assuntos sociais é revelada na justificação: «há muito que Gordon depende de homens chatos de fato e gravata para tomar as suas decisões».
É o problema dos políticos viverem, muitas vezes, em circuito fechado, tal como os jornalistas. A crescente disfunção entre perspectiva e realidade aproxima cada vez mais jornalistas e políticos.
Por isso é bom aparecerem uns “agents provocateurs”.

Este país não é para velhos

Foi a melhor notícia para a campanha de John McCain.
Numa semana marcada pelo pseudo caso de alcova e pela ligação a lobis que mitigam a sua imagem de independente, veio algo de bom.
Ralph Nader avança outra vez para a Casa Branca, e já tudo se escreveu sobre isso. Ninguém esqueceu a sua contribuição para a derrota de Gore e vitória de Bush, o que alegraria os republicanos.
Mas o melhor mesmo é que McCain deixou de ser o candidato mais velho em campanha. Nader ultrapassa a sua idade e assim já não há o confronto entre o “velho” e o “novo”.
McCain é o intermédio.
Não esquecer que o grande vencedor dos Óscares foi “Este país não é para velhos”, dos manos Coehn, mas fruto da prosa genial de Cormac McCarthy.
Hoje, para os estrategas de McCain, este título já não afecta subliminarmente a campanha. Eles agradecem a Nader.