sexta-feira, 31 de julho de 2009

Pés na terra...

...cabeça nas estrelas.

Os Nossos estão mais vocacionados para esta filosofia.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Mais conselhos para o Twitter

O Rodrigo Saraiva chama a atenção para estes no Piar.

De pernas para o ar

Texto engraçado e bem escrito, da Ana Martins.

Croquette: quantos aguentam até ao Terreiro do Paço?


Os Croquette Awards (reparem que ter dois "t's" dá pedigree ao concurso) são amanhã anunciados. A festa vai ter lugar no 15, sim, no eléctrico, naquele que sai do Campo das Cebolas, visita Algés e volta à casa da partida passadas duas horas. Já há uma bolsa de apostas na Unibet (sorry é nosso novo cliente, e tive que o meter neste texto, a martelo) sobre quantas paragens aguentam os convivas. As apostas indiciam que 50% saem na primeira paragem.

Mais informações aqui e ali.

Emoção no discurso

terça-feira, 28 de julho de 2009

Costa vs Santana

Debate hoje, na tv, entre António Costa e Pedro Santana Lopes. O que mais preocupa os assessores: Vale câmaras a gravar após o debate ou não?

Media Training intensivo para o pós-debate. Simular apertos de mão, sorrisos e abraços.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

O que fazer para ser director na Young?

Primeiro, fazer parte da equipa dos Nossos. Sem a cultura e os valores da casa nunca se chegará lá. Daí que os directores virão de dentro da empresa, excepto em casos em que seja manifestamente impossível (exemplo: se o director financeiro se fosse embora amanhã, teríamos de contratar fora outro recurso para essa função específica).

Segundo, ser consultor senior. Ou coordenador. Os próximos directores da Young já cá estão dentro e são actualmente consultores seniores numa das várias empresas do Grupo.

Terceiro, ser um líder. O Grupo continua a investir e a expandir-se, precisando de encontrar novos líderes, preparados para os desafios que não se adivinham, estão ao virar da esquina.

Quarto, ter potencial. É preciso ter o talento...

Quinto, ter ambição. ...E ambição para lá chegar.

Sexto, receber formação. A cultura e os valores - Paixão, Fé, Empenho, Iniciativa, Coragem, Mudança, Felicidade - são essenciais, mas se seguirmos a lição de Peter sabemos que promoções sucessivas de recursos que venham de baixo fazem, a dada altura, sobressair a incompetência. A formação terá de ser diária on job e reforçada por programas de especialização.

Quem já é dos Nossos está melhor colocado para tomar conta do destino do Grupo.

Popularidade

Concursos de popularidade nunca foram um objectivo meu. Não me preocupei em ser popular quando era jornalista, não me preocupo agora enquanto gestor. A Ana e a Raquel são testemunhas disso há mais de oito anos. "Quando toda a gente está a gostar de mim, desconfio. É sinal que não estou a tomar decisões em número suficiente", disse-lhes vezes sem conta.

Decidir, optar por A em detrimento de B, avançar seguindo um rumo, deixando, se necessário, outros pelo caminho tem esse trade-off, de não agradarmos a todos.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Guess What? PR entrevistou-me

Os podcasters mais influentes da comunicação entrevistaram-me. Não foi uma entrevista, foi mais participar na discussão sobre os temas que marcaram a semana de comunicação. Ouvir aqui, no blog da Guess What? PR.

Os temas comentados foram a crise da cegueira no Santa Maria, a redução dos ordenados no Público, o projecto do jornal I, a situação das consultoras de comunicação na conjuntura actual, as redes sociais, e o projecto da YoungNetwork em Angola.

Nota extra: Gosto da musiquinha de fundo.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

José Eduardo Bettencourt adere ao Twitter

O presidente do Sporting está a tentar diminuir rapidamente a distância que existe entre Clube e sócios. Iniciativas como esta - entrada no Twitter - são mobilizadoras.

Go Boyle!

Susan "rouba" palco a Obama. Ler aqui.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Ainda há heróis

Título com assinatura de Natália Faria, na Pública do último 19. O artigo da jornalista é obrigatório para uma análise ao estado em que nos encontramos em Portugal. Alguns excertos para ler:

“Os emigrantes da década de 60 do século XX demonstraram a mesma coragem e a mesma ousadia que os exploradores dos Descobrimentos”, Rui Ramos.

“Milhares e milhares de portugueses demonstraram nessa altura um enormíssimo espírito de aventura. Saíram da aldeia que conheciam para arriscar viagens de semanas no mar, ou, ainda mais arriscado, para atravessar fronteiras a salto e na clandestinidade, muitas vezes para viver em condições precárias em países de que desconheciam a língua”, Rui Ramos.

“Os portugueses demonstraram nessa década de 60 um pioneirismo na alteração das suas condições de vida que poucos europeus conseguiram demonstrar à mesma escala. Isto aceitando como pioneirismo uma geração inteira de imigrantes que rompem fisicamente com os seus espaços, a sua aldeia, o seu subúrbio de cidade, a sua classe social de origem e o destino social a que estavam predestinados”, Manuel Loff.

É tremendamente injusto a nação não prestar a vénia devida aos emigrantes portugueses que povoam os quatro cantos do Mundo.

Mais. Esquecendo o justo ou o injusto fica a irreparável sangria de talento, de efeitos muito mais nefastos e duradouros. Nos fluxos migratórios perdem-se os novos, os aventureiros, os pioneiros, os que poderiam revolucionar a mentalidade. Sobram-nos as elites, os resignados e os párias. É-me pessoalmente confortável falar das universidades que formam as elites. Formei-me numa – Universidade Católica de Lisboa - e sou, destas instituições, crítico por prepararem pessoas em série para tomarem os bons lugares da economia. Os meus colegas que não me levem a mal, mas quem está na zona de conforto, quem se prepara para continuar na zona de conforto nunca fará a revolução.

Urge a Portugal – e Portugal somos nós sociedade civil, não é o Estado (por cá, por exemplo, o Estado assegura sozinho o investimento em 80% da investigação, enquanto nos Estados Unidos a percentagem ronda os 30) – criar condições para seduzir os portugueses de fora, instigando a uma nova vaga de retornados. Desta vez, acolhendo-os como os outros, os de 1975, mereciam ter sido, em honras e condições que nunca tiveram, olhados de soslaio pela sociedade do continente, com uma mão à frente e outra atrás. Os retornados que das cinzas integraram-se de novo na sociedade sufocante criada por décadas de ditadura e refizeram com sucesso as suas vidas, na maioria dos casos.

Outro assunto em que sinto especial desprendimento porque não tenho nenhuma situação próxima de familiares que estiveram nessa situação. Se eu tivesse mais do que dois heróis – o meu avô e a minha avó – seriam eles. Merecem-me a maior das admirações.

domingo, 19 de julho de 2009

Ás de trunfo

Há políticos hábeis assim. Como Pedro Santana Lopes.

E como António Costa. O acordo eleitoral com Helena Roseta, no timing certo, sem nada o fazer prever, mostra o político que há no actual presidente da Câmara de Lisboa.

Durante os seus curtos dois anos já tinha metido no bolso José Sá Fernandes, e agora resgata Helena Roseta para a Câmara...e para o PS. Com o partido a puxá-lo para baixo nas sondagens, Costa puxou do ás de trunfo para cima da mesa, reunindo a esquerda e esvaziando o Bloco.

Roseta fica com os lugares a "preços" de 2007 e será a próxima presidente da Câmara de Lisboa. Um custo justo para garantir que o PS continua a mandar na capital e que Costa mantenha a aura de vencedor, fundamental para agarrar o partido em 2013 (ou 2011, ou mesmo já no final deste ano).

É o momento da verdade para Santana Lopes. Apesar de este ser um golpe de difícil aparo para a sua aspiração, o político das sete vidas não pode perder a razão. A reacção foi um mau sinal. A emoção é a fraqueza do candidato nesta campanha.

Santana Lopes recuou várias casas com a adição de Roseta a Costa e Sá Fernandes (não vou elogiar a estratégia de manterem o Zé que não faz falta calado, porque qualquer aluno de comunicação de primeiro ano aconselharia o mesmo) e terá muita dificuldade em recuperar. Mas só a manutenção do rumo que tem seguido até aqui lhe permite alimentar o sonho.

sábado, 18 de julho de 2009

O amor é lindo

Segundo o jornal Expansão, a turbulência económica internacional fez diminuir os divórcios nos últimos dois anos. Os custos da separação como procedimentos legais, preço das casas e pensões de alimentos estão a trabalhar bem pela instituição família.

Entrevistas do além

Mesmo à distância tento acompanhar as entrevistas de especialistas de comunicação.

Pessoas da política não são as melhores do país

“ (…) as pessoas da política não são as melhores do país e que nas ONG, nas universidades, nas empresas, a média de pessoas qualificadas, capazes, empenhadas, é superior. A relação com a imprensa é quase sempre dificílima, há demasiada especulação. Para além disso, o exercício da política é muito mais conjuntural e circunstancial do que de defesa de causas.”

Alexandre Relvas, in jornal I

Ler entrevista aqui.

Quantos são? (actualização)

Ah ok, são 14. Comecei a contar e quando ia no 21 parei…

Ler notícia aqui.

Depois de escrito o comentário, o Público já trocou 14 por 25.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O melhor pão quente do bairro

Por João Duarte*
CEO do Grupo YoungNetwork

Durante anos, habituei-me a comprar o pão na loja do senhor que vendia “o melhor pão quente do bairro”. A frase é do próprio e assina a tabuleta à entrada da loja. Era do outro lado da rua, até eu mudar de casa, fará no final do ano quatro anos. O senhor Carlos não estudou marketing mas pareceu-lhe correcta a apropriação do conceito do “melhor pão quente do bairro”, e foi aceite comummente pelos vizinhos clientes. Ninguém se certificou que era o melhor ou se era o único, por um lado, e ninguém levou particularmente a sério essa conotação com a mercearia Pão Quente, por outro. O conceito estava lá, mas era como se não estivesse.

No último século assistimos ao marketing dos campeões. Dos números um, dos primeiros, dos pioneiros e dos mais e melhores. Até hoje, não bastou ser útil e satisfazer necessidades dos consumidores, estejam elas em que patamar de Maslow estiverem, foi preciso convencer o cliente que está com o melhor ou o maior. Ora, ponha o relógio a zeros e marque cinco anos até este conceito de comunicação morrer. O novo consumidor não quer saber mais de si, só quer saber dele, quer saber o que pode fazer por ele. E quem o queira conquistar terá de estar concentrado e comprometido com o próprio. Além disso, o consumidor também quer conversar e fazer parte da comunidade. Qual a paciência para o amigo que está constantemente a dizer bem de si próprio ou a relatar as suas grandes façanhas? Gera repulsa não é? A mesma que as marcas que se vangloriam a toda a hora gera no novo paradigma de comunicação. Acabaram-se os monólogos entediantes das empresas. Agora todos participam na conversa e esta dinâmica transforma e posiciona as marcas.

No meio deste novo paradigma, dentro da Web ou fora dela, ganham força dois conceitos, que não são novos: efeito terceira parte e comunicação por indução. Ao invés de utilizar a técnica intrusiva de explicar a cada momento que os consumidores devem comprar para estar com o melhor, a comunicação exige de agora em diante, mais aderência à realidade. Preparem-se para ter mais trabalho. A reputação e a relação empresa-marca-cliente tem mais contribuidores e é por isso mais complexa. Dizer que se é o melhor não serve. O consumidor terá de concluir que o pão quente do senhor Carlos é mesmo o melhor, e concluir por indução. Ou seja, ser levado a pensar por associação de ideias e por observação. Os consumidores (ou eleitores, noutros casos) são muito mais fiéis a conclusões indirectas como esta e muito mais propensos a defendê-las e a falar sobre elas com outras pessoas.

O segundo conceito é o efeito terceira parte (também utilizada a expressão anglófona “third part effect”). Mais do que eu dizer bem de mim próprio, preciso de alguém a fazê-lo por mim. O grau de persuasão é incomparavelmente maior se o meu vizinho me disser que devo comprar o pão no senhor Carlos do que se for o próprio do vendedor a fazê-lo. Este conceito não é confundível com o “word-of-mouth”, embora este seja um veículo para o passar. Assim como os Media, tradicionais e sociais, que têm muita importância para concretizar o efeito terceira parte. Quando temos alguém a escrever ou falar sobre as marcas temos à partida garantido que uma fonte isenta, sem ser parte interessada, trará por lógica informação isenta e que estamos dispostos a absorver.

As empresas que o entenderem já estarão a içar a vela para, quando o vento soprar mais forte, aproveitarem a oportunidade.

Conversem, induzam as mensagens e utilizem canais que falem por vós. Não dêem ouvidos ao senhor Carlos.


* Artigo publicado na revista Marketeer de Julho. Versão pdf aqui.

Mudança

Luanda tem uma dinâmica muito grande. Observam-se melhorias de cada vez que se cá vem. Ontem à noite fiquei surpreendido pelo novo terminal provisório do aeroporto, que tem óptimas condições e é mais um degrau acima, da nova Luanda que está a nascer.

Barómetro: Varanda do Ritz


Na Varanda do Ritz, trocava, na passada semana, algumas notas com um administrador de um banco português. Dizia-me ele que até no Ritz se sentia a crise. Com efeito, ao pequeno-almoço, estavam agora muito menos comensais do que no passado. Ele próprio, em tempos de contenção exemplares, tinha reduzido as três visitas semanais para algumas idas esporádicas.

Estes barómetros a olho nú são bem elucidativos sobre a actual situação económica e sobre a confiança que paira no espírito dos agentes.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

YoungNetwork Angola muito desejada

Com a notícia da entrada em Angola, através da YoungNetwork Angola, têm sido muitos os quadros que nos têm contactado para fazer parte do projecto. Pessoas que já estão em Luanda, outras que vivem e trabalham em Lisboa.

Numa primeira fase, estaremos em Luanda com dois talentos que façam já parte da equipa dos Nossos, mas haverá (previsivelmente) oportunidades para recrutamentos externos. Estaremos também muito atentos aos quadros angolanos e com um espírito de missão na sua integração e na sua formação. Não por altruísmo mas por interesse próprio.

PS: Para os interessados, a pessoa chave a contactar no Grupo YoungNetwork para processos de recrutamento é a Ana Leal, directora de recursos humanos. Ver contactos no site www.youngnetwork.pt.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Director-Geral na YoungNetwork Angola

O director-geral da YoungNetwork Angola será inicialmente português, e é alguém com vários anos de casa e alinhado com a cultura do Grupo, regra sine qua non para se crescer e ter sucesso por estas bandas. O seu nome será apresentado em Setembro, aquando da abertura do escritório de Luanda.

Nos próximos meses, a YoungNetwork Angola irá proceder ao recrutamento de vários quadros angolanos e formá-los para que estejam preparados na hora da empresa crescer.

YoungNetwork Angola abre escritório em Setembro

Depois do soft launch, a decorrer durante este mês na Filda, a YoungNetwork abrirá o seu escritório (já alugado) em Luanda no decorrer do mês de Setembro.

Inicialmente, o escritório terá um director-geral e um consultor, com a perpectiva de fazermos crescer a equipa até 5 a 7 pessoas ao fim de um ano. A YoungNetwork Angola estará posicionada na consultoria de comunicação, na assessoria de Imprensa, no design e na organização de eventos.

Apesar da dificuldade de fazer projecções, num mercado cujo principal conselho que recebi para vencer é ter Tempo e Dinheiro, acreditamos que faremos o break-even do projecto até 2012 (cerca de três). No nosso caso, o grande investimento será o inicial para por a máquina a funcionar e o consumo de cash em opex durante os primeiros anos.

YoungNetwork entra em Angola

O Grupo YoungNetwork decidiu avançar para Angola. O nosso objectivo é ser um player de referência no mercado angolano de comunicação, tal como o somos em Portugal.

Para entrar em Angola, precisávamos, além da forte capacidade de investimento (excelente trabalho do Bruno Cardoso, director financeiro do Grupo), de pelo menos uma de duas coisas:

- Parceiros âncora
- Clientes âncora

Temos vindo a trabalhar neste projecto há cerca de seis meses e conseguimos iniciar a operação tanto com parceiros como clientes âncora. O investimento, o mais importante desde a fundação do Grupo, rondará as várias centenas de milhares de euros.

A consultora de comunicação foi baptizada de YoungNetwork Angola e será apresentada já na próxima semana em Luanda, no decorrer da Filda, naquele que consideramos ser o soft launch.

Quem apostou aqui acertou


segunda-feira, 6 de julho de 2009

Pistas (ii)

O director-geral será um director que já está no Grupo, e que transita para a nova consultora.

Pistas

Algumas pistas sobre o novo destino:

1. Foi estudado durante o primeiro semestre deste ano.

2. Como seria de esperar vai ser na área de comunicação.

3. O investimento é elevado (é sempre relativo, mas é elevado para empresas do mercado nacional de relações públicas).

4. Será o maior investimento de sempre do Grupo.

E o próximo destino é...

...revelado também aqui amanhã.

domingo, 5 de julho de 2009

Lição de Comunicação - Guy Kawasaki

As respostas a Guy Kawasaki nesta entrevista são uma lição de como se usa o Twitter, e, mais importante ainda, uma lição de comunicação.

Alguns conselhos:

- I repeat a handful of my tweets because I don’t assume that all my followers are reading me 24 x 7 x 365.

- Asking me this (how long do you spend on Twitter every day) is like asking Tiger Woods how much time he spends playing golf: “It’s what I do.” If I’m on the computer, I’m on Twitter, and I’m on the computer eight hours per day.

- I’ve never hidden this fact (ghostwriters). As soon as I started it, I disclosed it (way back in January, 2009). My attitude is: “As long as the tweets are good, why does it matter who posted them?”

- Twitter is a broadcast marketing tool for me. This is why I put so much time, energy, and money (my ghosts don’t work for free) into it. The Alltop “advertising” justifies and pays for my tweeting—you can think of my tweets as PBS content and the accompanying Alltop promotion as the fundraising telethon.

O farrapo de uma desculpa

Declaração de interesses primeiro:

- A YoungNetwork é responsável pela consultoria de comunicação e assessoria de Imprensa do Grupo de empresas de Luís Filipe Vieira.
- Sou sócio do Sporting Clube de Portugal vai para mais de 17 anos, com lugar cativo no Alvalade XXI.

Agora o texto:

Quando não se é nada mais do que uma amálgama de interesses, sem projecto, com o único objectivo de tomar o poder, sem se saber objectivamente para quê, dá nisto que deu nas eleições do Sport Lisboa e Benfica: é-se sovado nas urnas num caso e fica-se em casa noutro.

Do resultado vale a pena fixar para memória futura o número de votantes - uns impressionantes 20.672 sócios - que legitima o programa do presidente reeleito em toda a linha, mais ainda que os 91,64% de votos arrecadados, percentagem que é commumente observada em votações clubísticas.

Do mediatismo da campanha vale a pena destacar dois factos:

1. A maioria dos opinion makers na Imprensa estava contra Luís Filipe Vieira, procurando explorar os resultados desportivos dos últimos mandatos e a forma como as eleições foram marcadas/antecipadas;

2. A ausência de alternativa credível ao presidente demissionário. O argumento à exaustão foi a marcação das eleições, classificada, pela generalidade da Imprensa, de "anti-democrática". Isto é argumento? É credível? Três meses fazem diferença? Não é de esperar que para gerir um clube da dimensão do Sport Lisboa e Benfica o projecto alternativo esteja estruturado com maior antecedência? Falta de tempo? O que andaram a fazer nos últimos três anos? Vivem apenas de coelhos descobertos na cartola, como o convite a José Eduardo Moniz?

Daqui resulta, que o Sport Lisboa e Benfica ficou entregue não só ao melhor candidato, como ao melhor entre os putativos candidatos.

PS: Dentro de três anos, teremos José Eduardo Moniz na corrida, ele que também foi um vencedor destas eleições, aproveitando a ingenuidade de José Veiga para se lançar para 2012. E quando avançar a catrefa de Veiga não estará a bordo.

Estatística e probabilidades; não cálculo

Excelente vídeo. No TED - ideas worth spreading costuma ser assim. Este é sobre matemática, com o orador (Arthur Benjamin) a explicar-nos que muito mais importante que cálculo é a estatística, que suporta as probabilidades, que por sua vez devia estar mais presente na tomada de decisão, do dia-a-dia.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Análise ao mercado de comunicação (iii)

Sobre a actual situação de mercado não farei aqui nem publicamente noutro lugar (inclui falar em off com jornalistas) qualquer comentário negativo sobre o que se passa em casa de outro concorrente.

O enquadramento não é fácil. Temos consultoras a contratar, a crescer, isso é factual, mas poucas andorinhas não nos trazem a Primavera. O todo encolhe por estes dias.

Chifres


Bem resolvida a crise dos chifres por José Sócrates. E resolvida em dois actos:

1. Demissão do ministro e consequente pedido de desculpas.

2. Substituição por Teixeira dos Santos, que era a melhor solução possível.

O primeiro-ministro "matou" o assunto. Seguem-se mais alguns dias de entretenimento, para o assunto repousar.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Análise ao mercado de comunicação (ii)

Preocupa-me mais as questões de fundo, do que a actual conjuntura. A actual conjuntura irá prolongar-se por mais 18 meses. Acredito que este ano e meio que se segue será o período mais difícil dos próximos quatro ou cinco anos. Apesar dos sinais positivos dos mercados bolsistas e das previsões para 2010, os agentes económicos não reagem instantaneamente, desfasando as suas decisões entre seis a 12 meses depois das boas (ou más) notícias, dos bons (ou maus) acontecimentos. Assim, não é de esperar que mesmo que a economia esteja flat ou a crescer meio por cento em 2010, as empresas corram a fazer investimentos.

Mas o que importa é reinventar o sector, tanto da publicidade como da comunicação. Porque o tempo não vai voltar atrás, os investimentos em televisão não serão os mesmos de 2003, o comunicado de Imprensa ou a conferência de Imprensa não terão (nem têm já) a eficácia do final do milénio e os leitores não estarão no papel.

Por outro lado, é uma boa altura para estar no mercado e participar nesta mudança, assim como é a época ideal para investir caso as empresas tenham estofo para o fazer.

Investir onde?

- Novos serviços - expandir o actual mercado
- Novos sectores - atacar indústrias mal exploradas
- Novas empresas - adquirir ou fundir empresas complementares
- Novos países - entrar em países com maior potencial

É difícil estar a jogar nestes quatro tabuleiros, mas deveremos estar atentos e explorar alguma ou algumas destas possibilidades. Sempre em análise e sempre em aberto.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Alex Garbini em entrevista

Lembra-se da acção que apresentámos na semana passada? Aqui tem o vídeo:

Carrapatoso contraria Lobo Xavier

"Os custos de uma carreira política são muito elevados."

António Carrapatoso, presidente-executivo da Vodafone Portugal.

António Lobo Xavier teve a coragem de dizer que a política o tinha ajudado. António Carrapatoso diz agora que existem custos associados a essa actividade. Foi o Luís Silva que nos chamou a atenção para isso, neste comentário.

Olhando para a situação de um e de outro, têm ambos razão. Lobo Xavier esteve muito bem a assumir isso sem complexos.

Análise ao mercado de comunicação (i)

Este ano, o mercado de comunicação está mais difícil. Embora não seja visível pelo que se lê, com as consultoras a omitirem a evidência (bom trabalho de comunicação?) e a apresentarem alguns novos clientes, a verdade é que a situação é hoje pior do que há um ano.

O enquadramento económico explica parte do que se está a passar. É expectável que num ambiente de queda do PIB de 4,5% em 2009, o nosso sector sofra também. Se as receitas das empresas diminuem transversalmente, se as portas fecham, se o cinto aperta dois ou três furos, é inevitável que os parceiros externos sofram consequências. E apesar das relações públicas estarem a fazer, estruturalmente, o caminho inverso da publicidade (tendência de crescimento), este factor só por si não é suficiente para anular o efeito da actual conjuntura.

A outra parte tem a ver com a necessidade que as agências têm de evoluir para novas formas de comunicação, que cumpram melhor os objectivos dos clientes. A diminuição do número de Media tradicionais, do número de páginas editadas e do número de jornalistas fazem descer as oportunidades. A resposta está noutros ramos das relações públicas: digital e comunicação interna, à cabeça.

Para sustentar a tese de um mercado pior, baseio-me em:

- Muito menos notícias de clientes ganhos pelas consultoras nos Media
- Inexistência de contratações nos Media (a YoungNetwork não comunica contratações por opção, mas existem outras consultoras que habitualmente o fazem, e não o estão a fazer)
- Número de colaboradores das cinco maiores agências: o total agregado de colaboradores é hoje menor do que era em Dezembro de 2008
- Há um dado que parece contrariar o encolhimento do sector da comunicação, que são os anúncios de novas consultoras, mas é ilusório. Os projectos que vimos anunciar nos últimos meses são projectos de auto-emprego (excepto a M Public Relations)
- Conversas com concorrência, onde se discute a necessidade de sobreviver
- Maior dificuldade em manter clientes
- Maior dificuldade em ganhar clientes
- Pressão no preço da consultoria