segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Matemática é coisa de chinês (ii)

Há gente assim. Quando é para criar uma trica entre conhecidos vai a correr bichanar aos ouvidos dos outros, numa lufa-lufa, em busca do seu minuto de fama.

O texto anterior chamava apenas a atenção para uma incongruência dos números no texto do Expresso. Na verdade, os números de Espanha não consolidam, daí a facturação da Cunha Vaz e Associados ser 5,2 milhões de euros em 2008. Corrigindo este valor já os outros batem certo.

À parte desse pormenor, é uma notícia positiva para o sector a entrada da Cunha Vaz e Associados em Moçambique, como é importante o sucesso internacional de outras consultoras, em primeiro lugar, para as próprias, e em segundo, como efeito colateral, porque ajuda ao posicionamento futuro de outras concorrentes lusas.

Parabéns ao António Cunha Vaz e boa sorte.

PS: Aos recadeiros, cujo talento falta onde a sabujice sobra, sorte também.

Quem é o chefe?

Sai mais uma micro tendência, por Mark Penn. Li há algum tempo o Microtrends: The Small Forces Behind Tomorrow's Big Changes, bíblia essencial para marketing político (e não só), assinada por este spin doctor de Bill Clinton, que subleva os dados, a estatística e a ciência contra o empirismo dos curiosos que grassam nesta disciplina.

É preciso filtrar as distâncias do mercado americano face a outros países, mas tiram-se muitos ensinamentos dos estudos de Penn.

Leitura recomendada do Wall Street Journal de hoje, sobre a micro-tendência (que o autor define como uma tendência com mais de dois milhões de seguidores) de haver hoje mais "bosses" nos Estados Unidos, fazendo depois, como habitual, algumas inferências sobre quais as consequências directas e indirectas deste novo facto.

Matemática é coisa de chinês

De português não é certamente. Leio no Expresso que a Cunha Vaz e Associados estima que dentro de um ano, os negócios internacionais irão representar mais de 30% das receitas totais, porque ainda estão numa fase de investimento, e actualmente "o peso é relativamente pequeno".

O que a verificar-se será um decréscimo face a 2008, onde o Grupo facturou sete milhões de euros, quatro deles em Portugal, e os outros três fora do país, o que pelas contas do Excel dá um peso relativo do exterior de 42,86%, arrendondado às centésimas, nas contas totais da Cunha Vaz e Associados.

Ou seja, já em 2008, o peso do exterior é muito superior a 30%. Concretamente é superior em 12,86 pontos percentuais.

Seja engano da Anabela, jornalista experiente, de que gosto muito (curiosa a coincidência de nos termos encontrado por acaso ao almoço, a meio da passada semana), seja do António, seja alguma comunicação que não tenha ficado tão clara, a notícia que se lê não bate certo.

Faltei

Não pude estar presente na festa, mas gostava de ter participado. Ler no blog Invisible Red a entrega dos Croquettes Award, em diferido.