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sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Doutrina americana

Quando Luís Paixão Martins decide ser doutrinário... sai-lhe muito bem.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

A vitória da Marca América

Essa é a principal conclusão de ontem. O valor do “brand USA” revigorou-se e voltou a ser confiável. O mundo queria e suspirava por isso. Obama é esse sinal de confiança, até importante para a recuperação dos mercados e a criação de novos negócios.

Aqui ficam algumas das coisas que registei da longa noite da CNN.

.Obama um grande candidato: um “natural”, como se diz no desporto, referido por Bill Bennett.

.Uma das melhores campanhas de sempre, estratégia de David Axelrod e a mais gastadora de sempre 1600 milhões de dólares.

.Vitória (quatro anos depois) do “chairman” do Partido Democrata, Howard Dean, arrasado por Kerry em 2004. Uma vez que os seus métodos de arrecadação via Internet e de mobilização através das redes sociais esteve na vanguarda do que Obama ontem conseguiu.

.O primeiro holograma na televisão, na CNN, de um jornalista em directo, no caso, Chicago. Jessica Yellin sentia-se como a «princesa Leya».

.David Castellanos, consultor republicano, notava que «a maioria silenciosa de Nixon, mais tarde redescoberta por Reagan, foi ultrapassada pelas minorias silenciosas».

.«Republican Brand» está nas ruas de amargura com Bush, como nunca esteve, assinalava James Carville.

.Factor raça não contou nem o factor idade. Votou-se em Obama «porque sim», comentava Bill Schneider.

.Ohio mais uma vez decisivo. Foi a partir daqui que a vitória estava consumada, depois ainda caíram Florida, Virgínia, Carolina do Norte.

A tentação de Obama no futuro

Obama continua a ser um tiro no escuro, mas tem uma equipa com o melhor que a América tem.
É uma espécie de nova “Camelot” dos tempos de Kennedy. Tanto em política externa como nos gurus da economia que tem consigo,
Creio que Obama, face à crise que o mundo atravessa, terá a tentação de recuar a Franklin Delano Roosevelt. Pondo o Estado como força motriz da recuperação económica, um novo New Deal, com um vasto programa de obras públicas e de optimismo.
Tal como disse ontem que esta foi a «vossa vitória», ele vai dizer que este é o «vosso» país, uma espécie de recuperação do discurso de JFK em Berlim. O que podem vocês fazer pela América.
Obama, acredito, vai tentar ter traços de Roosevelt, pinceladas de carisma de JFK (já o conseguiu) e a surpresa é que será um duro como um grande Presidente chamado Harry Truman.
Eu aposto assim.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Sarah Palin

Só vou reproduzir o “post-scriptum” do artigo do escritor mexicano, Carlos Fuentes, este domingo no “El Pais”: Sarah Palin, Indira Gandhi, Margaret Thatcher, Golda Meir, Ângela Merkel. Sarah Palin?».

O pior de sempre

Na segunda temporada de “Weeds” (Erva), o filho de Mary Louise Parker é obrigado a defender na escola a opção pelo voto popular directo nas eleições presidenciais americanas.
Quando o miúdo se levanta, a sua defesa não podia ser mais sintética, apenas diz: “George W. Bush”.
É o que todo o mundo pensa depois da tragédia do voto na Florida em 2000.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

PR vs. Media nas eleições americanas

O Nuno Gouveia tem sido louvado pelo seu trabalho sobre as eleições americanas aqui.
Ontem, depois de ele ter comentado um post meu sobre os estrategas dos dois candidatos, propus-lhe – sem violar o seu “contrato” com a LPM que lhe proporcionou a ida à Convenção Republicana – que discorresse num post sobre um tema que com certeza interessará ao seu patrocinador, a mim e a outros que visitam blogs de comunicação.
Como é que ele sentiu ao vivo a relação entre os media e os múltiplos profissionais – com diversas competências – de PR ao serviço de uma campanha que dura quase ano e meio.
Aqui revelei que dos 200 (duzentos!) principais assessores de Obama, 100 eram de Chicago.
E isso é um assunto a que sobretudo os media portugueses vão ter de se habituar.
Eu tenho a minha ideia, que será por certo a do Nuno.
Depois comentarei, uma vez que ele já prometeu que postava sobre o assunto.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Duelo de estrategas nos EUA

Gosto destes duelos, quando os estrategas máximos das grandes campanhas se picam. Neste caso, sobre a palavra mudança.
Steve Schmidt, estratega de McCain, diz: «para Obama a mudança é uma palavra bonita, uma táctica de campanha, é uma estupidez».
David Axelrod, de Obama, diz: «o problema de McCain é que utiliza muito a palavra mudança, mas na prática as suas políticas resultam demasiado familiares. Isso não é mudança, é mais do mesmo».
Ambos os estrategas – estrategas à séria e que sabem mesmo o que é estratégia -, Schmidt mais tarde, já descobriram a palavra-chave destas eleições americanas.
Porque quem percebe de estratégia, rapidamente define e consegue arranjar um conceito, como antes expliquei aqui.
Agora, é matarem-se para mostrar quem é o melhor vendedor de mudança.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

…e o Vice de Obama

Em poucos anos a população hispânica, asiática e afro-americana será mais de 55 por centos dos EUA. Porém, não me parece que Obama arrisque mais minorias (ou mulheres) na sua chapa.
Assim, o muito promovido hispânico Bill Richardson, governador do Novo México, fica de fora. Kathleen Sebelius, governadora do Kansas e filha do ex-governador do Ohio, John Gilligan também não é opção, pelo atrás referido.
A escolha para Vice será um branco. A dúvida existencial de Obama é se vai escolher alguém próximo dos eleitores que optaram por Hillary ou um homem experiente em Defesa e Política Internacional – o seu maior calcanhar de Aquiles.
Obama vai dar espaço na Convenção Democrata para Hillary falar e conta com isso agregar o seu eleitorado.
John Edwards é um novo proscrito da política americana, tal como foi Gary Hart, depois de reconhecer que tinha uma amante.
Joe Biden é perito em questões externas, mas a memória tem de nos ajudar a recordar que não aceitou ser escolhido por John Kerry para seu vice em 2004. E porquê?
Porque aconselhou a Kerry a escolha de….John McCain para derrotar W. Bush. Logo, agora não é a melhor altura, parece-me…
Evan Bayh é ex-governador do Indiana e Tim Kane é o governador da Virgínia, um estado tradicionalmente “vermelho” (republicano). Na sua divisa está “Leading the law” e seria um candidato mais duro à esquerda (este seria a minha segunda hipótese).
Logo, a minha primeira aposta vai para a área internacional, um homem já próximo de Obama, respeitável e credível e com idade mais madura: Sam Nunn.

O Vice de McCain…

Acho que a primeira tentação do senador do Arizona foi Charlie Crist, o governador da Florida, juntamente com o Ohio um dos estados que se tem de ganhar.
Mc Cain vai anunciar a sua escolha ali, onde ganhou a Mike Huckabee que deixou a corrida livre para a sua nomeação fácil.
Crist é um grande e popular governador, mas ainda não casou aos 50 anos…Não sei se McCain arrisca o seu nome, mas ao mesmo tempo conta com o seu apoio que foi providencial para a sua vitória nas primárias, no estado em que Giuliani jogou tudo.
Huckabee foi um fenómeno oriundo do Arkansas, quase um furacão. Representa a América mais conservadora e religiosa, mas tê-lo como Vice é igual a ter de conviver diariamente com um Russ Limbaugh, o porta-aviões dos comunicadores tele-evangelistas republicanos, uma chatice diária.
A minha aposta, e baseio-me explicitamente na opinião de Karl Rove, na SIC Notícias, que sabe muito mais disto do que os milhões de escribas que escrevem sobre eleições americanas em todo o mundo é Mitt Romney.
Unir o partido, trazer a sua capacidade de gestão, a força na arrecadação de fundos, as muitas vitórias que teve nas primárias e a experiência de governador do Massachusets um estado democrata e berço da família Kennedy.
Tem um senão: é mórmon, mas até os mórmons têm tido boa imprensa com a notável prestação de Bill Paxton na série genial “Big Love”, onde vive com três mulheres.

Clooney ensina Obama…

George Clooney é o novo assessor de imagem do político de que todos falam.
O actor e activista próximo dos Democratas vai ajudar Obama quanto ao guarda-roupa e a ter uma boa linguagem corporal.
Muitos apoiantes não estão a gostar desta exposição de intenções. Porque já é excessivo o cuidado com a imagem de Obama, de quem os americanos dizem estar a ouvir falar «demasiado».
Muitos comentadores começam a referir que da obamania se está a passar para uma obamafadiga.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Número assustador (?)

Um número que fica para reflexão de quem tem complexos sobre os “staffs” dos políticos portugueses.
Cem dos 200 principais assessores de Obama são de Chicago.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Tim Russert

Não sou especialista em economia, logo, aqueles canais que debitam informação financeira durante todo o dia são candidatos a que nunca os veja.
A CNBC, no nosso Cabo, é praticamente economia diariamente, com excepção daqueles programas humorísticos do Jay Leno e do Conan O`Brien.
A única coisa que dali espreitava era ao domingo. O “Meet the press”, de Tim Russert, um grande programa de informação, debate e entrevistas políticas, um dos melhores vindos dos Estados Unidos.
Ontem, o “El Pais” surpreendeu-me com um obituário – bem feito como sempre – de Tim Russert. Uma figura carismática e respeitada, considerado um dos melhores jornalistas da sua geração, e figura de referência da Roma contemporânea.
Presidente, ex-Presidentes e actuais candidatos renderam-lhe homenagens. E a bandeira americana está a meia haste.
Morreu com um enfarte em plena redacção da NBC, onde estava entusiasmado com a onda de mudança que pode varrer Washington.
Fica na lembrança o seu sorriso omnipresente e a certeza que da CNBC só voltarei para os torneios de póquer nas noites de insónia.
Uma nota importante, apesar de ser um dos jornalistas mais respeitados, passou também pela comunicação política onde foi assessor de dois grandes políticos democratas: Patrick Moynihan e Mário Cuomo (ex-governador de Nova Iorque).

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Obama é o candidato

quinta-feira, 29 de maio de 2008

McCainpedia

É bom ler jornais espanhóis, porque são bons e quanto maior a informação consumida e conhecida maior é o poder de qualquer profissional.
O “El Pais” de domingo (mas só hoje tive tempo de escrever, mas não vi em nenhum jornal luso) trazia uma notícia que pode ser uma ferramenta fantástica para a comunicação política.
O Partido Democrata lançou uma McCainpedia, uma enciclopédia on-line, com tudo em que esteve envolvido o candidato republicano.
Não se trata de nada sujo, apenas o “refrescamento” da memória de toda a legislação em que esteve envolvido, de todas as declarações, etc.
O objectivo de Howard Dean, primeiro candidato a explorar fortemente a web, em 2004 – presidente do Partido Democrata – diz que o objectivo é «desmontar os mitos» do senador do Arizona.
Uma arma fortíssima também em Portugal.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Hillary 2012

Mário Vargas Llosa é um dos meus escritores preferidos.
Com crónicas magníficas, também, aos domingos no “El Pais”, que fazem pensar o que o Peru perdeu ao ter escolhido Alberto Fujimori para Presidente, em vez dele.
Neste domingo, numa prosa sublime, foi até hoje o que melhor explicou a motivação de Hillary Clinton, em se manter numa corrida Democrata que todos acham que Obama já ganhou.
Continua com ataques racistas e duros, desgastando-o e beneficiando Mc Cain, e muitos não percebem porquê.
Hillary quer ser (re)candidata em 2012, mas se o inquilino da casa Branca for Democrata tem poucas hipóteses. Por seu lado, se for um republicano – e ainda por cima com 76 anos na altura – as suas chances crescem.
Aqui se prova porque ela é um «animal político, frio, tenaz, inteligente e sem escrúpulos».
Como escrevi há uns meses atrás, a «Lady Macbeth» dos tempos modernos.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

"Almost there"

Era este o título da capa da “Economist” desta semana.
Paradoxalmente, Obama tem perdido magia, mas tem conquistado os super-delegados e manteve a liderança entre os Democratas,
Agora fala-se num “ticket” Obama/Hillary, que eu não acredito. Os estrategas do senador só deixaram cair esta hipótese para que a campanha seja mais branda.
Obama derrotou uma poderosa campanha, com muitos meios, de Hillary. Mas ainda falta superar a prova de fogo: uma campanha violenta republicana, se tudo continuar como o dizem as sondagens “too close to call”.
Mantenho que nunca votaria nela, mas Hillary era a melhor candidata, a mais bem preparada, a com mais coragem para romper e fazer reformas. Mas isso não basta. A máxima de Kissinger mantém-se actual.

domingo, 11 de maio de 2008

Foi-se a presidência. Viva a vice-presidência!

Hillary está fora. Estuda agora como comunicar a derrota para que sirva de trampolim na sua "candidatura" à vice-presidência de Barack Obama. Ver aqui na CNN.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

As duas melhores máximas sobre Hillary

Eu escolheria duas frases para explicar tudo o que aconteceu em um ano a Hillary Clinton, justificando a sua incapacidade inata de despertar afectos.

«Ela é o melhor homem para o lugar de “comander-in-chief”» Jack Nicholson, que é seu apoiante

«Se Hillary fosse um estado, seria o Ohio. Longe de qualquer extravagância, carente de todo o glamour», análise de editorial americano

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Hillary sem Penn

Por causa de um problema da sua vida empresarial, incompatível com as ideias da candidata que aconselhava, Mark Penn deixou o comando da campanha de Hillary Clinton.
Os maus diriam que seria o regresso da velha máxima de que os ratos…
Não vejo dessa maneira, mas reconheço que Penn teve um estranho papel numa candidata com tudo para ganhar a nomeação democrata. Nomeadamente, em algo em que ele é especialista.
Mark Penn é um caçador de microtendências. Observa a paisagem social, com a perspectiva de encontrar antes dos outros algo que seja um “tsunami social”.
Como explicava há pouco tempo o “La Vanguardia”, «todo o acontecimento que hoje está a modelar o nosso mundo, começou em algum pátio traseiro, quem sabe mesmo à frente dos nossos narizes».
Penn não descortinou as microtendências que empurraram Obama para um movimento social que há décadas não se via nos EUA.
Um especialista em crise. Também acontece.

terça-feira, 11 de março de 2008

Pica-Pau Amarelo

Não vou falar de Menezes, que visitou o bairro do Pica-Pau Amarelo, em Almada, na semana passada.
Falo de Monteiro Lobato, escritor brasileiro que imaginou personagens e histórias juvenis com o Sítio do Pica-Pau Amarelo.
Agora, a “Isto É” descobre com a reedição de um livro lançado em 1926, “O Presidente Negro”, que Lobato terá sido um Nostradamus brasileiro.
Tudo porque nessa obra ele imaginou o combate presidencial americano entre um homem negro e uma mulher feminista branca.
Só faltou mesmo adivinhar é que os dois eram Democratas contra um Republicano de 71 anos.
Nostradamus, à força, só no Brasil.