O Oje faz bem agenda, Álvaro Mendonça é uma boa escolha para director, o modelo de distribuição favorece os resultados operacionais porque diminui a intermediação, a exploração de espaços publicitários tem sido feita com imaginação, os colunistas são bons - à cabeça de todos a escrita de Jorge Fiel. Mas é preciso ser mais forte na Net - há espaço para criar concorrência ao Negocios.pt, embora ninguém o tenha conseguido até agora -, é fundamental mais publicidade - mas quem não precisa? -, e mais notoriedade. Pelo caminho editorial que escolheu, acho que a força do produto não se fará pelas notícias próprias.
O jornal prepara-se agora para explorar novas plataformas como televisão pela Net e, possivelmente, novos conteúdos. Vamos ver de que forma: se em parceria, ou se tomando ou cruzando participações com outras empresas.
Dois dados importantes a ter em conta neste projecto: a estrutura accionista é dominada por um fundo de capital de risco, que por definição é volátil, e o administrador Tiago Cortez, ligado a vários projectos editoriais inovadores - sobretudo o lançamento do Oje e do Negocios.pt, este com José Diogo Madeira - e com bons retornos para os accionistas (venda do Jornal de Negócios/Negocios.pt à Cofina e venda da sua parte da Prémio a António Cunha Vaz).