segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Marcha-à-ré nas irregularidades graves

Aqui falei das nossas dúvidas sobre dois concursos públicos. Num deles, depois de intentada providência cautelar de suspensão da eficácia do acto de adjudicação por parte do Grupo YoungNetwork, a adjudicante verificou que "a regulamentação do mesmo não expressa nem traduz a verdadeira vontade da adjudicante".

Assim, o acto de adjudicação foi revogado e as empresas participantes serão novamente convidadas a apresentar proposta, porque a diferença entra a vontade da adjudicante e o que está escrito na letra do regulamento "pode ter tido reflexos nas propostas apresentadas".

Espero que sirva de exemplo a que outros sigam o caminho. Não andamos aqui a brincar aos concursos públicos. E não andamos aqui a brincar às empresas.

Abel

Acabei de ler hoje à noite no avião o novo livro de José Saramago. A contenda consequente à edição do livro deveu-se sobretudo às palavras do autor, e que inclui o soundbite "a bíblia é um manual de maus costumes", assim mesmo, os escritos sagrados com letra pequena tal como senhor, deus ou qualquer filho ou enteado de ambos (!?), escritos pelo punho do prémio Nobel.

O livro não faria de Saramago vencedor do galardão sueco na categoria dos escribas, mas está, claro está, muito bem escrito e, ainda, cheio de piada. O diálogo entre Abraão e Caim é dos momentos mais divertidos do livro.

Caim é um romance que glosa e contesta os vários episódios mais mediáticos da Bíblia. Da montanha de Moisés a Sodoma, Noé, Isaac, ou Abel.

A ler. Até à Consoada.