segunda-feira, 16 de junho de 2008

Profissão blogger

O blogger (tal como o jornalista deste início de século) tem que dominar conteúdos, actualidade e Web; escrita, imagem, audio e vídeo. Em baixo, ver a minha fase experimentalista com a câmara de telemóvel. A técnica de fotografia, ainda que não se possa considerar de somenos importância, é ofuscada pela acutilância da imagem, neste caso. Concordam? Ou será excitação pela minha deriva para o fotojornalismo?



Foto: Basileia, 15/06/2008

Uma história de Sócrates

Para se reflectir sobre três possíveis filtros de comunicação, aqui fica uma história do mestre Sócrates, o grego.
Conta-se que um dia, um conhecido do mestre lhe disse que tinha sabido algo sobre um dos seus discípulos
«Antes gostaria que passasses a prova do triplo filtro», afirmou Sócrates. «O primeiro é o da Verdade. Estás seguro que de que o que me vais dizer é certo?»
- «Acabo de o saber e…», disse o conhecido.
- «…queres dizer, que não sabes que é certo. O segundo filtro é o da “Bondade”. Queres contar-me algo de bom sobre o meu discípulo?».
- «Pelo contrário», refere o conhecido.
- «Então queres contar-me algo de mau sobre ele e sem saber que é certo? Ainda poderias passar por um terceiro filtro, o da Utilidade. Vai-me ser útil?», pergunta Sócrates
- «Não muito»
- «Se não é certo, nem bom, nem útil, para quê contar-me?», concluiu Sócrates.

Tim Russert

Não sou especialista em economia, logo, aqueles canais que debitam informação financeira durante todo o dia são candidatos a que nunca os veja.
A CNBC, no nosso Cabo, é praticamente economia diariamente, com excepção daqueles programas humorísticos do Jay Leno e do Conan O`Brien.
A única coisa que dali espreitava era ao domingo. O “Meet the press”, de Tim Russert, um grande programa de informação, debate e entrevistas políticas, um dos melhores vindos dos Estados Unidos.
Ontem, o “El Pais” surpreendeu-me com um obituário – bem feito como sempre – de Tim Russert. Uma figura carismática e respeitada, considerado um dos melhores jornalistas da sua geração, e figura de referência da Roma contemporânea.
Presidente, ex-Presidentes e actuais candidatos renderam-lhe homenagens. E a bandeira americana está a meia haste.
Morreu com um enfarte em plena redacção da NBC, onde estava entusiasmado com a onda de mudança que pode varrer Washington.
Fica na lembrança o seu sorriso omnipresente e a certeza que da CNBC só voltarei para os torneios de póquer nas noites de insónia.
Uma nota importante, apesar de ser um dos jornalistas mais respeitados, passou também pela comunicação política onde foi assessor de dois grandes políticos democratas: Patrick Moynihan e Mário Cuomo (ex-governador de Nova Iorque).