Não sou especialista em economia, logo, aqueles canais que debitam informação financeira durante todo o dia são candidatos a que nunca os veja.
A CNBC, no nosso Cabo, é praticamente economia diariamente, com excepção daqueles programas humorísticos do Jay Leno e do Conan O`Brien.
A única coisa que dali espreitava era ao domingo. O “Meet the press”, de Tim Russert, um grande programa de informação, debate e entrevistas políticas, um dos melhores vindos dos Estados Unidos.
Ontem, o “El Pais” surpreendeu-me com um obituário – bem feito como sempre – de Tim Russert. Uma figura carismática e respeitada, considerado um dos melhores jornalistas da sua geração, e figura de referência da Roma contemporânea.
Presidente, ex-Presidentes e actuais candidatos renderam-lhe homenagens. E a bandeira americana está a meia haste.
Morreu com um enfarte em plena redacção da NBC, onde estava entusiasmado com a onda de mudança que pode varrer Washington.
Fica na lembrança o seu sorriso omnipresente e a certeza que da CNBC só voltarei para os torneios de póquer nas noites de insónia.
Uma nota importante, apesar de ser um dos jornalistas mais respeitados, passou também pela comunicação política onde foi assessor de dois grandes políticos democratas: Patrick Moynihan e Mário Cuomo (ex-governador de Nova Iorque).