quinta-feira, 31 de julho de 2008

do fundo da Comunicação sem coragem

Será que a comunicação de hoje de Cavaco Silva é o que suspeitamos há dois meses, mas que por pudor e bom gosto optámos por não publicar aqui?

Blogosfera ao rubro com Magalhães

Caldeirada e outros blogs fazem as perguntas que os Media não fizeram?

Regras da blogosfera

Às vezes a blogosfera para mim é como um brainstorming, em que, por regra, não há ideias más nem inválidas.
Isto é, todos têm direito à opinião, desde que respeitando os outros.
Há blogues de crianças e de mais velhos, pessoais e corporativos, culturais e desportivos, etc. Todos têm espaço.
Mas há uma regra fundamental fora da blogosfera que também deve ser dela: amadores e pessoas sem currículo não fazem doutrina.
Opinião sempre. Querer ser guru a martelo torna a opinião ridícula e nunca doutrinária.

Os erros dos especialistas

Mão amiga fez-me chegar um artigo, de um jornal económico português do ano passado, onde a maioria das casas de investimento a nível mundial previa o preço do petróleo para 2008.
Assim, a maioria dizia que o barril ia oscilar entre 67 e 80 dólares. Apenas a Goldman Sachs antevia o preço a 105 dólares no final de 2008.
A Morgan Stanley apostava nos 80, a Société Generale nos 67,50. Face ao disparo que aconteceu, resta concluir que até os maiores analistas se enganam.

terça-feira, 29 de julho de 2008

O assessor de imagem de Manuela

Não vou fazer nenhuma avaliação das ideias da líder do PSD, na entrevista que concedeu ao Expresso. Apenas chamar a atenção para um pormenor que tem passado despercebido.
Ângela ou Nicolau perguntam-lhe: «vai ter assessor de imagem?».
Resposta: «Não vou, com certeza».
Agora vou ler a entrada da entrevista: «Manuela recebeu o Expresso com a frontalidade que lhe faz a imagem de marca: “nem pensem em tirar-me fotografias a rir e de perna traçada como fizeram à ministra da Educação”».
Portanto, Manuela já tem assessor. Ela própria.
E no final quando lhe perguntam se vai ter férias, responde: «Farei algumas férias, mas vou estar muito por casa. Não irei à praia – imagine o que seria os fotógrafos à espreita a ouvirem as conversas. Não me meterei na boca do lobo».
Este pânico com a comunicação augura que Manuela não será muito boa assessora de si própria.
Por isso é que, na campanha para a liderança, para a ajudar, teve de contratar um homem com currículo na imprensa portuguesa, Francisco Azevedo e Silva.
E que, com o Zeca Mendonça, esteve a trabalhar em pleno congresso como vi pela televisão.
Portanto, Manuela é a sua própria assessora de imagem e tem mais dois assessores de imprensa para a ajudar a melhorar a imagem.

Mega Negócio

O grupo indiano TATA é o principal candidato à compra dos activos eólicos da Babcock and Brown na Europa.
Os jornalistas portugueses que vejam as implicações disso em Portugal e é uma fatia de leão do negócio.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Estou feliz porque estou contente

- "Jorge Cadete, como se sente?"
- "Estou feliz porque estou contente", respondeu o internacional português aquando da sua substituição, corria a década de noventa.

O futebol português é pródigo em imortalizar expressões como estas que ajudam a caricaturar o jogador, o comentador, o dirigente e o clube da bola indígena. A dada altura este dicionário chegou a ser conhecido como gabrielário, em honra do mítico comentador desportivo Gabriel Alves.

Conjuntos de palavras como "remate rasteiro...por cima", "só vejo uma cor à frente: o azul e o branco", "perdeu o tempo de remate...golo", "a vantagem de ter duas pernas", "ambos os três" ou "lá vai Veloso no seu estílo inconfundível...(passam 10 segundos)...espera...é Paneira" estão imortalizados no imaginário do futebol português.

Hoje é mais difícil produzirem-se tiradas destas a bom ritmo. O jogador está mais evoluído, é mais acompanhado, as SAD's trouxeram muita profissionalização e tiraram Gabriel Alves do ar. No caso de Gabriel, com a clara desvantagem de maior monotonia nos jogos pela tv.

Mas felizmente pode sempre haver algum revival. E desta vez, até vem do clube que melhor comunica. Sábado de manhã, lia-se no Expresso online a reacção do Futebol Clube do Porto ao parecer de Freitas do Amaral, sobre o que se tinha passado na reunião do Conselho de Justiça. E a SAD do Futebol Clube do Porto não foi de modas, classificando a posição do jurista como "excessivamente parcial, nalguns pontos até tendenciosa". Tive que ir confirmar ao site do clube para me certificar que o jornalista não se tinha enganado.

Não se enganou. Foi mesmo golo. À Jorge Cadete.

Sem opções

Se a decisão for a de excluir a Emirec do concurso, a ERC ficará descalça. Como a base de escolha é pequena, menos uma faz diferença.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Dossier de Comunicação

Publicámos hoje um dossier sobre comunicação. Para lhe facilitar a leitura, fizemos este post como índice.

- YoungNetwork responde a Briefing no seu blog

- do fundo da Comunicação estreia pub tradicional

- RP’s: Fazer o bem e ter crédito por isso

- 10 Regras de assessoria de Imprensa

- Aprenda a fazer networking

- 5 passos para escolher uma agência de comunicação – I e II

- Ranking das agências de comunicação

- Como captar a geração Google

- Estratégia não é tudo, é a única coisa

- “Há agências que vendem serviços que na verdade não prestam”, Opinião de Pedro Santos Guerreiro

- “Agência é facilitador”, Opinião de Álvaro de Mendonça

- “Agência tem de perceber o meio com que comunica”, Opinião de Álvaro de Mendonça

- Dossier de Comunicação completo e organizado em formato blog

Ranking das agências

Por João Duarte

Não é conhecido nenhum ranking de agências de comunicação em Portugal. Queremos, com este nosso post, fazer uma aproximação a uma possível lista das maiores agências em Portugal.

Para elaborar o ranking utilizámos os seguintes critérios:

- Fees de consultoria
- Facturação
- Número de consultores
- Tipo de Clientes
- Número de clientes

Para chegarmos aos fees de consultoria pegámos em informação de mercado disponível, tanto recolhida em concursos em que participámos, como de conhecimento que temos de vários contratos. No caso da facturação, a informação pública (registo público das contas), disponível para qualquer pessoa, é uma fonte fiável. O número de consultores foi recolhido em notícias, e também por conversas informais com os concorrentes, ao longo dos últimos tempos. Por fim, tipo de clientes e número de clientes foram verificados nos sites e nos artigos publicados nos Media. Também nos anuários da Briefing e da Meios & Publicidade procurámos congruências entre fontes e dados.

Com esta informação não ficamos com certezas absolutas, mas também sabemos que o nosso ranking está longe de ser elaborado a partir de um dedo molhado no ar, que sente para onde sopra o vento.

Falta dizer, que de entre os critérios, o mais importante é o volume de fees de consultoria, que está relacionado intimamente com o tipo e o número de clientes, e também com o número de consultores.

Segundo os critérios acima referidos, os cinco maiores grupos de comunicação institucional em Portugal são, a ordem é arbitrária, a Lift, a LPM Comunicação, a YoungNetwork, a Cunha Vaz Associados e o Grupo GCI. O número de consultores, o número de clientes, o tipo de clientes (LPM Comunicação e Cunha Vaz Associados fortes em cotadas e entidades/empresas públicas, Lift e YoungNetwork com domínio nas multinacionais, e Grupo GCI bem posicionado em produto) levam obrigatoriamente ao volume de facturação em fees de consultoria.

Fecham o top ten, Imago, Parceiros de Comunicação, Weber Shandwick, Porter Novelli e Hill & Knowlton.

Seguem-se ainda com expressão, C&C, Emirec, Ipsis, Unimagem e, talvez, BAN.

Deixamos de propósito a JLM de fora, porque não temos informação suficiente para nos pronunciarmos.

Quanto à facturação, é critério também levado em linha de conta, mas que nunca poderá ser o principal. Revelo aqui, neste momento, em primeira-mão, que estivemos interessados na compra da Económica, tendo só desistido quando vimos Nuno Vasconcellos da Ongoing a levantar o caderno de encargos, e percebemos que assim não teríamos quaisquer hipóteses. Não que seja muito recomendável uma agência comprar um grupo de Media, nem que estivéssemos muito interessados no negócio em si, mas queríamos aparecer “bonito” no ranking da facturação das agências de comunicação.

“Agência tem de perceber o meio com que comunica”

Director do OJE sugere mais atenção à segmentação da informação. Agências têm de aprender a ler os meios e a saber que tipo de informação cabe em cada um. Oiça o podcast com a opinião de Álvaro de Mendonça aqui.

“Agência é facilitador”

Álvaro de Mendonça fala nas agências como parceiros de negócio, de uma relação biunívoca, como facilitadoras de acesso a fontes de informação organizadas. Podcast do director do OJE aqui.

“Há agências que vendem serviços que na verdade não prestam”

Director do Jornal de Negócios crítico face às agências de comunicação. Pedro Santos Guerreiro aponta o dedo a práticas do sector, à imagem negativa que as agências passam dos jornalistas, aos argumentos fabulados sobre influências que não existem e à falta de qualidade dos profissionais. Mas conclui que “os jornais não podem arranjar bodes expiatórios nas agências. Porque, no final, tudo o que sai publicado é responsabilidade dos editores, é responsabilidade dos jornalistas. Nada sai porque uma agência quis”. Oiça o podcast com a opinião completa de Pedro Santos Guerreiro aqui.

Estratégia não é tudo, é a única coisa

Por Rui Calafate

A maior parte dos livros define estratégia como a arte do general.
Excluindo um qualquer kamikaze ou um líder tresloucado, não há acção sem planeamento.
Um general só decide na plena posse da informação e prevendo todas as variáveis. O general de George W. Bush nas duas campanhas vencedoras, Karl Rove, tinha na sua “war room” uma máxima: «Prever muito, improvisar pouco».
Nenhum estratega decide sem informação. Sem visão global do campo de batalha e sem recorrer, por vezes à espionagem e à
contra-espionagem.
Para se conceber uma estratégia em comunicação, depois, necessita-se de definir um objectivo a alcançar.
E, por último, encontrar um conceito. É o conceito que nos faz ganhar. É a nossa arma principal. Com um conceito forte, bem definido e bem esquematizado – só por razões “desconhecidas” – não se atinge a vitória.
Sem esquecer que um general, depois, necessita de tropas motivadas e competentes que executam, tacticamente, a sua estratégia.
Mas, sem estratégia, pode haver um fogacho. Que é ocasional. Porém, a longo prazo a ausência de estratégia será desastrosa.

Como captar a geração Google


Por Joana Mil-Homens

Nos últimos anos, trabalhar no marketing é como aprender uma língua em constante mutação. Quase diariamente surgem novas ferramentas, novas linguagens. O resultado é que hoje somos inundados com tantas mensagens que são muito poucas aquelas que conseguimos reter.

Como captar então a atenção dos mais novos, que têm o tempo e a atenção dispersa por diversos canais? Antes de mais, tentar entendê-los.

Os mais jovens fecham-se em torno de pequenos nichos que definem aquilo que é cool. O rock foi cool e aspiracional até aparecer o electro. O mainstream está longe de ser cool. Os jovens são atraídos para o indivíduo, para a diferença. E querem algo que os torne únicos.

O MySpace leva esta tendência ao extremo. Não fala para um nicho, fala para o indivíduo. Cada um dos jovens de hoje ganhou um muro onde graffitar a sua identidade. Não foi por acaso que Robert Murdoch comprou o MySpace. O rei dos Media sabe que o futuro passa por uma espécie de comunicação individualizada e não de massas.

Mas a questão é: como usar as novas ferramentas para que a nossa marca entre na mente dos mais novos? Antes de mais, relembremos o básico: mensagem, linguagem, meio e destinatário. Os novos meios não devem ser usados gratuitamente e sem critérios.

Os novos meios só fazem sentido se forem adequados à mensagem que queremos passar e só são eficazes se usarem a linguagem apropriada ao meio e ao target. O que resulta em televisão, onde o consumidor é um espectador passivo, pode falhar redondamente num formato onde o consumidor é agente activo – Hi5, Facebook, MySpace, blogues, fóruns, etc.

A Internet tem a grande vantagem de ser um meio de comunicação directo com o consumidor. Aqui não há nem jornalistas nem intermediários. Se vai falar para jovens, aprenda a língua deles. A linguagem é fundamental para fazer passar a mensagem e não comunicará com a geração Google se usar vocabulário que não encontramos em SMS.

Se há coisa que as novas gerações ensinam é que a vida é para viver depressa. O que é aspiracional num dia, é obsoleto no dia a seguir. A fórmula para alcançar as mentes voláteis dos mais jovens é fugir dos formatos fechados. Os fóruns, as comunidades, fazem com que os visitantes voltem, contribuam e vistam a camisola por uma marca.

Sobreviver aos novos meios é simples. Lembre-se do B-Á-BÁ da comunicação. Mensagem, meio, linguagem, destinatário. Se muda um, adapte os outros. Fácil, certo?

5 Passos para escolher uma agência (II)

Por João Duarte

3. Apresentação

Mesmo que se conheça a agência não se deve saltar este passo. A apresentação – presencial, excepto em casos que não seja possível – serve para o cliente passar o briefing e para a agência mostrar credenciais. Também é propícia a esclarecer dúvidas de ambas as partes. Nesta fase, para o cliente é importante perceber a estrutura e os recursos da empresa, conhecer os serviços, tomar nota de alguns case studies que se assemelhem ao tipo de projecto (empresa/marca/pessoa) que querem comunicar e mais do que verificar o portfolio dos actuais clientes, é importante saber a fidelidade dos clientes à consultora. Este é um dos dados mais relevantes, porque há correlação directa entre satisfação do cliente e o seu tempo de permanência na agência.

4. Proposta

A proposta conta. E deve ser apresentada presencialmente. A proposta tem necessariamente de incluir os objectivos de comunicação (os passados pelo cliente no briefing, mas também os que a consultora considera adequados ao projecto), uma estratégia, um plano de acção, metodologia, medição de resultados e as condições financeiras. O documento precisa ainda de definir o número de recursos afectos e a forma como se relacionam com o cliente.

Muito importante é esclarecer o que está ou não incluído na proposta, nos casos em que é sugerido um fee contínuo de comunicação.

Anterior à proposta, podem existir contactos entre cliente e consultora para dúvidas e esclarecimentos.

5. Escolha

A presidir a escolha estarão um conjunto de critérios. A saber: qualidade percepcionada da agência, CV da agência, experiência em projectos similares, qualidade da proposta (adequação da estratégia, criatividade, robustez e eficácia do plano de acção, recursos afectos) e orçamento. A ponderação que deve ser dada a cada critério depende de muitos factores. Mas é seguramente da intercepção de vários que se chega a uma escolha correcta.

5 Passos para escolher uma agência (I)


Por João Duarte

Quando se trata de escolher uma agência de comunicação, uma consultora de comunicação, uma empresa de relações públicas ou qualquer outra que encaixe no que estamos a falar, mas que prefira outra semântica, o cliente deve seguir um conjunto de passos.

1. Briefing

A primeira missão do cliente é preparar o briefing. Para o preparar deve fazer um levantamento das suas necessidades de comunicação, traçar os objectivos, definir âmbito de actuação da agência, inscrever expectativas, timings e orçamento, sempre que possível. A acompanhar o briefing incuir uma breve apresentação e os principais milestones da empresa.

2. Convite

Redigido o briefing, que consultoras convidar para o concurso? Comece por recolher informação sobre as agências, tanto para as que já conhece como para as que ainda não ouviu falar: páginas de Internet, notícias nos Media, opiniões de clientes e de outros profissionais (as de amigos também contam), anuários de Comunicação (os da Briefing e da Meios & Publicidade), etc..

Para uma visão helicóptero consulte os milestones das consultoras, a lista de clientes e os serviços. Se recolher alguns exemplos de projectos de comunicação executados, melhor (mas será mais importante na fase seguinte).

Esta informação que recolheu, associada à ideia construída que já tem de algumas marcas de relações públicas, deverá servir para excluir umas e seleccionar outras.

Se o Cliente tem total certeza da agência que quer escolher, deve convidar apenas uma. Depois é reunir, pedir proposta e acertar condições. O Cliente que não perca o seu tempo, nem o de outras agências. E em casos onde não exista a obrigatoriedade de abrir concurso – ao contrário de algumas multinacionais, alguma Administração Pública e empresas portuguesas, que se obrigam por regulamento interno -, também a legitimidade moral é total para levar por diante uma adjudicação directa.

Se essa certeza não existir, o que acontece na maioria dos casos, o Cliente deverá convidar entre três a cinco agências. Se forem bem escolhidas, utilizando um cruzar de critérios atrás referidos, as três são mais do que suficientes para tomar uma decisão acertada.

Quando fizer o convite, apresente como se processará a selecção – apresentação, proposta, escolha – assim como os timings do concurso. E explique sucintamente o que se pretende para a reunião de apresentação.

Aprenda a fazer Networking

Por Rui Calafate

O networking é uma disciplina pessoal. Depende dos relacionamentos e contactos de uma pessoa.
Precisa de comunicação eficiente para se promover a si e à sua marca. Segundo alguns estudos de mercado, 50 a 70% das pessoas obtiveram o seu último emprego através do networking.
Não é preciso nenhum media-training específico, mas a linguagem corporal, a simpatia, atenção e a informação – sempre a informação – ajudam a estabelecer a conexão com os outros.
O poder de uma empresa aumenta, também, consoante a força do networking dos seus elementos.
Há quem confunda “lobby” com networking. O que não é correcto. No primeiro caso, as relações são motivadas por interesses específicos e objectivos temporais e de agenda que podem ser limitados. O networking é mais uma cadeia de contactos que está sempre disponível a qualquer momento. Vive mais da empatia do que interesse específico.
O lobby tem um limite, o networking – quando bem feito – é muito mais duradouro e decisivo num maior número de momentos.

10 Regras da assessoria de imprensa

Por Rui Calafate

1. Falar SEMPRE verdade

2. Conhecer a cabeça dos jornalistas e de com quem se trabalha

3. Ser acessível, mas duro q.b. no momento certo

4. Marcar posição no campo de acção. Isto é, o assessor é fundamental no canal de comunicação

5. O assessor nunca é a estrela, apenas um “filtrador” da estrela

6. Estar um passo à frente da notícia. Para isso, tem de ter muito mais informação. Ler muito, conversar muito. Informação é poder

7. Ter atenção constante aos pequenos pormenores. Os grandes problemas nascem de pequenos pormenores não analisados

8. Um bom assessor de imprensa não dorme e nunca está incomunicável

9. Ser astuto nos timings de comunicação e conhecer bem o espaço e o mercado mediático

10. E tem, sobretudo, de obter resultados. Sem resultados (um bom retorno de investimento do cliente ou boa comunicação – dentro dos objectivos estabelecidos - de quem se trabalha) não é possível a afirmação do papel do assessor

RP's: Fazer o bem e ter crédito por isso

Harold Burson define relações públicas.

YoungNetwork responde a questões do Briefing no do fundo da Comunicação


A YoungNetwork respondeu diferente ao dossier de comunicação do jornal Briefing, desta vez. E respondeu diferente porque optou por não responder. Um pouco de spinning inocente na entrega das respostas, concretizado num atraso que, por sua vez, deu origem à ausência de informação da nossa parte, e estava a primeira parte da estratégia executada.

Depois, criámos um anúncio para publicar no dia da saída do dossier – 25 de Julho – que cruza a temática do jornal com os conteúdos do blog do fundo da Comunicação.

Entretanto, escrevemos um conjunto de textos durante a última semana para publicar hoje no blog. Ou seja, queremos que o do fundo da Comunicação funcione como um extra ou um complemento, com opinião, ranking das agências, podcasts, etc., do dossier do jornal Briefing. Há aqui um aproveitar de uma ideia editorial à má fila, mas penso que é mais potenciadora de leitores para ambos os Media – jornal e blog – do que nefasta. Segue-se o nosso dossier de Comunicação. Todos os textos, vídeos e podcasts estão agregados aqui. Espero que vos seja útil.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

do fundo da comunicação estreia pub tradicional



Sai amanhã na revista Briefing, a propósito do dossier de Comunicação que a revista edita.

Na comunicação só há uma divisão, entre passado e modernidade

Cadê o ranking?

Foi previsto no do fundo da Comunicação, mas vamos, em parte, contrariar o que dissémos, porque amanhã publicaremos aqui um ensaio sobre o ranking das agências de comunicação.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Mercado de transferências

Para quem julgava, pelo título, que ia falar do agitado mercado do futebol, nomeadamente da eventual ida de Simão ou Miccoli para o Porto engana-se.
As transferências mais excitantes estão na televisão. Hoje, Patrícia Tavares troca SIC pela TVI por modestos 16 mil euros mensais. Ela que é muito melhor actriz do que as duas bombas juntas que Nuno Santos foi buscar: Cláudia Vieira (20 mil) e Diana Chaves, que será confirmada depois de terminar a novela onde participa no canal de Moniz.
Tal como os homens devoram os desportivos para saber dos últimos craques, agora as mulheres já têm um mercado com que se entreter (apesar de muitos homens também gostarem de saber para onde vão as ex-Morangos com Açúcar).
Os salários é que devem chocar um bocadinho os portugueses que estão com a corda na garganta com as dívidas acumuladas. Acho eu…

terça-feira, 22 de julho de 2008

Agente Gordon deixa provas por Lisboa


Ontem no meio do escuro do cinema sentei-me em cima da prova que o agente Gordon deixou na minha cadeira (imagem da prova fotografada, ao lado). Um sinal que o arqui-inimigo do cavaleiro das trevas está a chegar a Lisboa. É já na quinta que estreia em Portugal o aclamado, pela crítica e pelos espectadores, filme. A ideia das cartas dentro do saco de provas está muito bem conseguida. Ir vê-lo está no meu top-of-mind, mesmo depois de uma enxurrada de duas horas de emoções fortes no Tropa de Elite, de José Padilha.

Estatueta para Joker

Mais de 155 milhões de dólares no primeiro fim-de-semana tornam-no a maior estreia de sempre de um super-herói. O facto de bater por três vezes a média dos primeiros fim-de-semanas dos cinco Batmans anteriores prende-se sobretudo com o buzz e a especulação acerca da performance de Heath Ledger como Joker. A sua morte em Janeiro último, por overdose, mistifica o papel e explica o resto. Já são às centenas os críticos que exigem a nomeação póstuma para o Óscar, e quase todos, de cruz, apostam na entrega da Estatueta à sua família em Fevereiro de 2009.

O nosso Oceanário na Baía

O governador da Baía, Jaques Wagner veio a Lisboa conhecer o Oceanário.
O político do PT que, surpreendentemente, derrotou o PFL (hoje DEM) controlado por António Carlos Magalhães e família, naquele Estado, decidiu construir também um Oceanário para alavancar receitas de turismo.
Segundo a “Veja” ele está a estudar a contratação de técnicos portugueses para comandar a obra. Uma notícia que passou despercebida por cá, para já.

As 8 lições de liderança de Nelson Mandela

1 Courage is not the absence of fear it`s inspiring others to move beyond it

2 Lead from the front – but don`t leave your base behind

3 Lead from the back – and let others believe they are in front

4 Know your enemy and learn about his favourite sport

5 Keep your friends close – and your rivals even closer

6 Appearances matter – and remember to smile

7 Nothing is black or white

8 Quitting is leading too

Fonte: Time

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Operação Croácia: a única emoção

No mundo profissional sou pouco dado a emoções. Simplesmente porque sou pago para tomar as melhores decisões para o Grupo YoungNetwork. E sei que tenho maior probabilidade em acertar nas decisões com análises frias sobre as realidades.

Na aquisição da Croácia houve um momento de emoção, felizmente longe do processo orgásmico que é comprar uma empresa (a este propósito tenho de usar o cliché de citar o livro Winning de Jack Welch, que a páginas tantas descreve a distorção que a emoção pode trazer na hora de comprar). Esse momento ocorreu no cocktail, quando entre alguns pratos tradicionais portugueses que foram servidos - confesso, eu desconhecia aquelas especialidades portuguesas - surgiu a voz calorosa de Amália a aquecer a sala.

Foram segundos eternos a digerir a emoção e o orgulho de ser português.

Operação Croácia: o mais exótico que já me disseram

Quando divulgámos a aquisição da Meritor Media pelo Grupo YoungNetwork, o comentário mais engraçado que ouvi foi este: "Croácia!? Escolheram um país muito exótico".

Bom, tinha ser algum país. E como disse na altura tenho uma definição diferente de mercados naturais.

Mas o mais curioso da expressão é que lá os exóticos somos nós. Foi isso que tive de explicar na Croácia, tanto na conferência de Imprensa como no cocktail que promovemos com clientes, potenciais e opinion makers (fiquei surpreendido por termos lá um secretário de Estado, um ex-secretário de Estado, presidente da Microsoft, e outras personalidades influentes, o que só dá mérito a quem dirige a Meritor Media). Nós, investidores portugueses, somos os exóticos, quando lá todos esperam que sejam ingleses, alemães ou austríacos a entrarem nestes mercados.

Operação Croácia: seis meses depois

Faz dia 1 de Agosto seis meses que iniciámos a nossa operação na Croácia. Primeiros meses de estudo, muito trabalho de casa, implementação de novos processos, fecho de plano estratégico e orçamento para 2008, algumas quick wins, muitas viagens de pessoas de cá para lá e vinda da Raseljka a Portugal (curioso ela dizer que o meu filho de cinco anos pronuncia melhor o nome dela do que eu, isto já depois de eu ter trocado a pronúncia do "s" de "zzz" por "che"; ainda assim, dei-me por contente por ser batido pelo miúdo de cinco anos - na altura quatro - e não pelo de dois e meio).

O que temos:

- Equipa muito motivada
- Facturação de consultoria per capita abaixo do que pretendemos
- Percentagem do custo de pessoal elevada face à facturação (e vai piorar porque este ano vamos sacrificar a margem pelo crescimento, nomeadamente com a entrada de mais pessoas - entraram na empresa duas novas pessoas a 1 de Julho: consultor júnior e responsável de new business)
- Poucos contratos anuais de consultoria
- Bons fees de acções pontuais
- Clientes fidelizados
- Pagamentos a fornecedores e recebimentos de clientes a horas

O que já se vê:

- Notam-se os primeiros resultados do esforço de New Business. Apesar do responsável de new business só agora ter entrado, a directora passou a estar mais enfocada nesse objectivo
- Até agora, entrada de três novos clientes de contrato anual (a nossa estratégia passa por aqui)
- Dois dos três novos clientes (Ministério da Educação, Telegra, Allianz) provêm de novos sectores (queremos estar transversalmente nos vários sectores, e não apenas nas tecnologias de informação, como até Fevereiro deste ano)
- Sistema de controlo e avaliação de resultados a funcionar

Resultados:

- Facturação (provisória) a 30 de Junho: 5 a 12% abaixo do objectivo (neste momento está nos 12%, mas falta incluir uma ou outra factura no mapa)
- Resultado Operacional (provisório) a 31 de Maio (o de Junho ainda não temos, porque a norma é ter a facturação fechada quase no próprio mês, e os custos fechados passados dois meses): 10% acima do objectivo
- Estamos satisfeitos para já, embora qualquer análise que se faça seja prematura. Acresce que o nosso segundo semestre é mais agressivo em termos de objectivos, embora tenhamos mais meios também para os alcançar
- Estamos a trabalhar em resultados positivos desde a primeira hora: a Meritor Media apresentava resultados positivos quando fizémos a aquisição

Recordo que o nosso objectivo é multiplicar o resultado por três até 2010. E como disse na altura: o mais fácil foi comprar.

Há taxistas e taxistas!

Escreve Luís Paixão Martins uma nota sobre a perda do seu telemóvel, que foi perdido, viajou minutos de táxi, e foi devolvido no aeroporto.

Curioso. Aconteceu-me exactamente o mesmo há uns anos, numa madrugada. Estava no aeroporto, dei conta da perda, liguei para o meu número, atende o motorista de táxi, já estava de novo na paragem onde o apanhei, voltou ao aeroporto e devolveu-me o telefone.

Duas diferenças na história: o modelo era um Nokia Communicator, daqueles que servem também de arma de arremesso*, quando somos ameaçados numa viela do Bairro Alto, e eu estava noutro país. Portugal, no caso.

Moral da história: temos de escolher muito bem o motorista de táxi onde deixar o Nokia perdido no táxi.


* Não vale gozar, porque hoje tenho o mesmo modelo Communicator, só que a nova versão. Continua formato tijolo, mas com upgrade de design.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Apostar na Cooperação *

Espanha já há muito que percebeu que, para se ser uma potência, a implantação da língua é fundamental. E, por isso, nunca deixou escapar a sua influência no seu espaço natural que é a América Latina.
A UCCI (União das Cidades Capitais Ibero-Americanas) funciona muito bem, sob o comando de Madrid, tem uma máquina a funcionar em pleno, é um forte pilar de cooperação, de desenvolvimento económico e ajuda a fortalecer o peso do país vizinho. A nossa UCCLA não funciona e nem se ouve falar, é uma estrutura medíocre e sem dinamismo há muitos anos.
Logo, a CPLP, que hoje conta com nove países – os de língua portuguesa e mais as Maurícias e a Guiné Equatorial com estatuto de associados – tem de explodir para que a nossa língua e influência não estejam em quarto minguante.
Leio que a Venezuela, Ucrânia e Croácia querem ser membros. É natural porque na CPLP estão dois dos três maiores produtores de petróleo de África (Angola e Guiné Equatorial – o maior é a Nigéria) e, sobretudo, porque está o Brasil. Mas Portugal também tem de aproveitar as oportunidades nos novos mercados, não só no velho mundo português.
Há pouco tempo Josep Pique dizia no “El País” aos empresários espanhóis «que há muitos negócios a fazer em África e no Brasil», um sinal de cobiça para uma esfera de influência em que deveríamos ser líderes.
Mas Portugal corteja África desde a descolonização, mas as intenções nunca são concretizadas.
É por isso que temos muito a aprender com Espanha. É como na tauromaquia: somos um país de cavaleiros, mas não temos “matadores”.

* Artigo publicado hoje no OJE

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Papa por sms

Já se disse que o primeiro “marqueteiro” de Deus foi Moisés. Jesus Cristo foi um mago do marketing e S. Paulo o seu mais fiel acólito na disciplina.
Agora, Bento XVI rendeu-se às novas tecnologias e às possibilidades virais. O actual Papa, um conservador dos mais rígidos, acedeu a enviar sms`s a milhares de peregrinos, reunidos em Sidney, a pedir para todos renovarem a sua fé.
«Jovem amigo, Deus e o seu povo esperam muito de ti, porque tu tens entre ti o supremo dom do Pai: o Espírito de Jesus – Bento XVI», foi a mensagem, que será renovada diariamente durante a Jornada Mundial de juventude.
Agora quando alguns ficam muito zangados por políticos, clubes de futebol, de vídeo, Zon e ginásios lhes mandarem sms`s, ficam a saber que isso poderá ter um toque de místico, pois até o Papa já se rendeu aos sms.

Mas o problema é de quem?

Já estava à espera disto. Alguns dos principais nomes da estação RCP incompatibilizados com o seu director, diz hoje o Correio da Manhã.
Anunciando também a saída de João Adelino Faria (para a nova TVI-N ou para a RTP-N e Antena 1?) e Ana Cristina Gaspar, menos mediática mas uma grande profissional de rádio, que se juntam a Ana Sousa Dias que diz o que diz do director como muitos sabem.
Foi uma mega aposta com os resultados que são hoje evidentes.
O director é o mesmo que pegou num jornal “A Capital”, que pôs na primeira página que votava John Kerry, que foi ungido por certa comunicação social como uma luminária, que teve os meios que quis disponibilizados pelo grupo espanhol que também detinha o “Comércio do Porto”, que passava meio tempo na SIC-Notícias a comentar tudo e todos sem qualquer base de sustentação e que dizia que passava o outro tempo (e ainda diz, actualmente, a administradores da Prisa) ao telefone com ministros.
A minha memória não é curta. Este director quando pegou na “Capital” vendia 5400 exemplares e com os meios todos e a projecção mediática do mesmo acabou por sair do jornal diário com 3600 exemplares vendidos.
O director chama-se Luís Osório.
Uma dúvida: no RCP o problema é de quem?

terça-feira, 15 de julho de 2008

“No passa nada” (II)

Só para esclarecer porque é que me estou marimbando para a opinião da cavalheira atrás mencionada, deixo nota do que foi dito por ela e reproduzido pelo “Expresso”.
A jovem actriz diz que Lisboa «está cheia de cocó». E propõe para Lisboa que a autarquia devia apoiar as «feiras das rifas e dos trapinhos». E que a cidade «precisa de mais árvores de fruto, como laranjeiras».
Descobri um blogger socialista, meu conhecido, a quem telefonei para saber o que tinha acontecido na reunião.
Dizem que as pessoas se riram destas propostas-maravilha e que fizeram lembrar as das «amêijoas e mexilhões do Tejo» e do «vinho e do azeite da Tapada da Ajuda» elaboradas pelo rendido ao poder José Sá Fernandes.
António Costa estava «pálido», um pouco ao estilo dos «outdoors da campanha do ano passado», dizia-me a brincar.
Deixo a nota que o meu conhecido nunca foi adepto da solução Costa em Lisboa, preferia Seguro. Não por nada contra Costa, mas porque não queria que a saída dele enfraquecesse o Governo, como tem vindo a acontecer.

“No passa nada” (I)

Era assim que o “Expresso” dava título à intervenção da mandatária para a juventude de António Costa, numa reunião com militantes.
Confesso que me estou marimbando para a opinião de Margarida Vila-Nova, mas até concordo com esta frase dela sobre a situação actual de Lisboa. É que «no passa nada», mesmo.
Há poucos dias, em contacto com uma pessoa próxima de Costa, dizia-me que a comunicação não era uma prioridade.
Pois bem, acho exactamente o contrário. Ou será que é o reconhecimento de que não há nada para comunicar?
Não quero acreditar. O papel do conselho em comunicação é potenciar e agarrar ângulos de actuação que dêem um novo impulso, a um ano de eleições neste caso.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Limites?! Quais limites?

Os directores das revistas de sociedade portuguesas mostram-se surpreendidos e revoltados com a intenção do Parlamento solicitar uma análise à prática desta imprensa, em relação a direitos de imagem e privacidade.

Tema quente e polémico este da devassa de privacidade. Até onde se pode ir na divulgação das vidas privadas das figuras públicas? E qual a definição de figura pública? E os familiares (filhos, pais, primos e primas) da figura pública são-no também por arrasto? Onde está o equilíbrio entre o jornalismo social e o sensacionalismo de bolso? E que meios justificam os fins?

Há um sem número de questões que se levantam e de difícil resposta.

Mas do que não tenho quaisquer dúvidas é da falta de bom senso de se justificar o que se faz acusando 'o do lado' com afirmações colegiais do estilo: "Oh mãe eu espanco o Carlinhos mas só porque os meus amigos também lhe chegam a roupa ao pêlo!"

Haja seriedade quando se fala num tema tão sensível com o da vida privada.

Surreais algumas das declarações para ver na Briefing de hoje.

PS - E os gémeos da Angelina e Brad Pitt que já nasceram anh?! A ver se consigo ver as fotos ainda hoje que estou em pulgas!!!

«Cuidado com o que dizes»…

Gosto de ciclismo, apesar da crise que atravessa. No domingo espreitei pela primeira vez o Tour este ano. Vi um tipo explosivo, de quem já tinha ouvido falar pelo espectáculo que deu no “Giro” e pelas picardias constantes com Contador, a nova referência da modalidade.
Exactamente nesse momento em que comecei a ver no Eurosport a etapa, estava a ler no ” El Pais” uma entrevista com esse tipo explosivo.
Italiano, 24 anos, Ricardo Ricco. E até parece que o melhor jornal espanhol acertou no escolhido para a conversa. Ricco explodia na primeira etapa de montanha e ganhava a etapa.
Em palavras também não as mede. «Creio que falta um tipo como eu que anime o ambiente, um agitador. Senão, isto é um cemitério».
O seu ídolo é Marco Pantani dominador das montanhas durante anos, carismático e que fez muita falta ao pelotão internacional pelo seu estilo sempre ao ataque, como foi Vinoukorov, uns anos depois.
A Ricco, chamam-lhe o “Cobra”, porque antes de atacar olha nos olhos, cara-a-cara, os seus rivais. «Como uma cobra antes de distribuir o seu veneno».
A curiosidade é que já tem um consultor em comunicação, o que é fundamental para se acautelar e definir a imagem para o seu futuro, que pode ser auspicioso.
Essa perita em conselho de comunicação é…a sua mãe. Parece que lhe liga todos os dias e o aconselha sempre com a mesma frase: «cuidado com o que dizes».

Que QI na arbitragem?

Ontem, leio atónito esta afirmação de um árbitro de futebol, Artur Soares Dias: «Vejo filmes todos os domingos à noite, mas dez minutos depois de sair de uma das salas de um shopping de Gaia já não me lembro do filme que acabei de ver».
O ridículo mata e tem consequências na imagem pública de quem é escrutinado, semanalmente, pelos seus desempenhos.
Algumas pessoas sabem que a ignorância, a falta de cultura e a burrice irritam-me solenemente.
Um tipo que diz isto a um jornal não pode ser árbitro de nada. Ou será que o objectivo de quem de direito é ter mesmo um penedo a apitar?

Esquizofrenia sindical

Esta malta não merece sorte. Pena que os colegas que percebem o que está em causa também sofram com a esquizofrenia dos sindicatos.

Quem arrisca quer petiscar

Tenho curiosidade para saber os resultados desta acção. Tem muito risco, e será grande o petisco?

Tá bem!

Catorze agências a concurso na ERC e decisão em nove meses. Dá um rácio de avaliação de uma proposta e meia por mês. O número de convidados e os timings são exemplares, como convém quando vem de cima. Boa!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

O beijo da Young

Segundo a minha previsão, no post anterior, vamos ter reforma do Carlos e da Madalena dentro de poucos anos e reforma antecipada, e dourada, do Salvador. No final da compra, a Burson vai obrigar o Salvador a estar lá um ano a gerir a agência, e depois vai-lhe pagar mais um ano para ele estar fora do mercado.

Eu, em representação da YoungNetwork, tenho tempo e vou esperar pelo Salvador. Quero convidá-lo já, com alguns anos de antecedência, a juntar-se a nós, findo o seu período de nojo do mercado.

Convidamos o Salvador para membro da administração do Grupo YoungNetwork. O âmbito e os detalhes do contrato serão tratados em devido tempo. Mas queremo-lo cá.

O primeiro beijo

Se há coisa que não reconheço aos nossos concorrentes é visão de negócio. Temos os que percebem de comunicação, os vendedores natos, os campeões das relações públicas, mas invariavelmente ler o mercado não é característica que abunde.

Daí que, neste cenário que traço, ainda mais surpreso fico com os últimos movimentos do Salvador da Cunha, da Bairro Alto, que, a meu ver, acerta nas duas jogadas consecutivas – uma ainda não terminada – que faz.

Primeiro tiro certeiro, a fusão com a Imago. A outrora referência no mercado está em queda, e os dois fundadores precisavam de uma estratégia que impedisse a implosão. A solução é boa para os responsáveis da Imago que encontram uma solução para a agência viver depois deles, e também para a Bairro Alto, que ganha maior dimensão e acrescenta bons clientes ao seu portfolio. O sucesso do negócio está mais nos ombros do Salvador, que é o driver da operação e é dos três o único capaz de comandar o leme.

Segundo tiro certeiro, o acordo com a Burson-Marsteller. O acordo garante mais clientes e acesso a know-how de uma das boas networks internacionais. Tenho dúvidas quanto à exclusividade. Por norma, a quantidade e qualidade de clientes que chegam por essa via não fundamentam os “economics” da monogamia. Para eu assinar esse acordo, era preciso a rede multinacional chegar à Portela com um saco cheio de clientes. Ou então, conseguir ver mais à frente…

E acho que o Salvador está a ver mais à frente. Está a namoriscar a Burson, enquanto digere a Imago. Se se portar bem, e se a Burson se portar bem com ele, pode ser que dê em casamento. Dentro de alguns anos o novo Grupo Imago/Bairro Alto dará origem à Burson Portugal. É esta a minha aposta. E prevejo que seja a do Salvador, a do Carlos e a da Madalena.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Relvas Seguro

Como a “Sábado”, hoje, na secção indiscretos publica três “insides” saídos aqui do nosso blog, e como nos faz a gentileza de nos citar, num deles, penso que irei contribuir para mais um indiscreto.
Ontem, ali pela Bica do Sapato, ao jantar, estavam juntos dois amigos de longa data. O Miguel Relvas que, possivelmente por ser um bom estratega, esteve a dar algum contributo a António José Seguro que, por opção, tem estado discreto só marcando terreno com o seu blog e a coluna mensal no Expresso.
Duas personalidades a acompanhar num futuro próximo. Com a certeza de que Seguro precisaria de muito nervo de Relvas.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

A mudança do dia

Na semana passada, por ocasião do almoço do Lisbon International Club, em que o convidado do clube presidido por Manuel Ramalho foi o ministro Mário Lino, tive a ocasião de saber algumas novidades da Lusa.
Eu, antes do almoço, estive junto do João Marcelino, director do Diário de Notícias, a ouvir alguns projectos e ideias da nova equipa da Lusa, liderada pelo meu bom amigo Luís Miguel Viana que, de facto, está a construir uma grande equipa e com resultados muito positivos.
Entusiasmado, estava o António Costa que nos contava a sua experiência. Hoje, vejo na Briefing, em peça assinada pelo Rui Camarinha e Carlos Martinho, logo reputo de credível a notícia, que o António vai deixar a sub-direcção de informação da agência do Estado e aceitar a liderança do Diário Económico.
É um bom jornalista, credível, a quem desejo felicidades nesta nova tarefa, agora que a Económica foi comprada por Nuno Vasconcelos.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Tim Maia e a comunicação

Acabei de ler há pouco tempo a biografia de Tim Maia, escrita na prosa escorreita, ágil e sempre divertida de Nelson Motta, seu amigo de muitos anos.
Foi mão amiga governamental que me trouxe o livro, a meu pedido, porque ainda não está publicado por cá. Tim Maia é um dos cantores e criadores mais marcantes da música brasileira e a sua vida é um misto de loucura, deboche, muita alegria e genialidade à flor da pele.
Grande comunicador, mas mau exemplo para o conselho em comunicação. Numa das suas mais famosas entrevistas disse: «não bebo, não fumo, não cheiro, mas minto um pouquinho».
Se há regra letal em comunicação é mentir. Quem mente aos media, perde credibilidade. Quem não tem credibilidade não gera confiança. Se não há confiança na fonte (profissional ou amadora), não há notícia.

Shakespeare e o poder

Se há escritor que compreendeu a cabeça dos homens, esse, é William Shakespeare.
Para quem gosta das problemáticas do poder, as suas obras são tratados de como montar uma estratégia e conquistar ou manter o poder.
Rei Lear, Ricardo III, Macbeth, Hamlet, Júlio César e em menor escala A Tempestade (que é o meu favorito por sinal) são indispensáveis para a compreensão da motivação e percepção dos conflitos psicológicos interiores de quem ama o poder.
Vi anunciada uma nova versão do Rei Lear em cinema, com Anthony Hopkins, sendo as três filhas Gwineth Paltrow, Naomi Watts e Keira Knigthley. Não sei quem irá fazer de Cordelia.
Mas recomendo, em cinema, a melhor versão de Rei Lear: “Ran”, de Akira Kurosawa. Que também fez a melhor versão de sempre de Macbeth, um filme genial com o título “Trono de Sangue”.
Já agora, este fim-de-semana estive a ver a edição especial do “Kagemusha”, do Kurosawa também. Se o filme já tinha visto pelo menos duas vezes, recomendo o documentário sobre o financiamento do filme – por parte de Coppola e especialmente Geoge Lucas – e o tempo em que o realizador japonês aguardou, fazendo aguarelas – que depois ofereceu aos seus mecenas – com a totalidade do “story board” do filme que realizou. Deve ter sido o melhor “story board” que já vi.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

As gravatas

Há duas semanas foi o PP espanhol, agora o PSOE, a reunirem-se em Congresso. Um, mais turbulento e com fortes divisões que foram aparadas para a foto final, no outro, a tranquilidade de quem tem poder.
Em comum: a ausência de gravatas. Rajoy, não usando a sua clássica gravata vermelha da sorte, prefere não usar nenhuma. Zapatero, tal como Manuel Chaves e José Blanco (na primeira linha do congresso como demonstraram diversas fotos em jornais espanhóis) estavam desportivos e sem pano à frente do peito.
Por cá, primam esses elementos decorativos nas “toilettes” masculinas, sobretudo na política, como se isso fosse garantia de credibilidade, rigor e seriedade.
A nossa sociedade ainda vive destas misérias, Espanha, há muito uma potência, segue em frente, a trabalhar. E a comunicação política espanhola aconselha a aproximar e dessacralizar a actividade política.
Ao fim e ao cabo, os políticos são homens normais, como os que votam neles. Espanha já percebeu. Portugal “obriga” os seus políticos a morrer de calor.

Eleições a acompanhar são em França e S. Paulo

O PSF vai proporcionar mais um belo espectáculo.
Três concorrentes para o lugar que François Hollande vai deixar. A sua ex-companheira e mãe dos seus filhos, Ségoléne Royal, Martine Aubry, “maire” de Lyon e ex-ministra de Lionel Jospin e Bertrand Delanoe, “maire” de Paris.
Já tinha escrito que é das cidades que pode vir o futuro de algumas lideranças europeias. Aqui há apenas 30% de hipóteses de isso não acontecer.
No Brasil, Lula tem o maior dilema da sua vida política. A quem vai passar os mais altos índices de popularidade que um inquilino do Planalto já teve. Depois dos seus “compagnons de route” terem sido cilindrados em processos judiciais (José Dirceu, António Pallocci), ele só tem três hipóteses: uma fora do PT (Ciro Gomes, que não é de fiar), outra no Governo (Dilma Roussef, mas com pouca notoriedade), ou Marta Suplicy que se vai candidatar à gestão da maior cidade da América do Sul.
Para isso, conta com a divisão de egos no PSDB dividido entre Aécio Neves (que apoia Geraldo Alckmin) e José Serra (que aposta em Gilberto Kassab do DEM – ex PFL, mas agora já diz que também está com Alckmin) que estão a usar S. Paulo para se estudarem e anularem no caminho para Brasília.
Dois combates a acompanhar de perto.

O melhor do Brasil

Se alguém quer ver algumas das melhores reportagens, debates, imagens sensação e ver o arquivo de novelas e “seriados” brasileiros fica com uma informação: www.memoriaglobo.com.br
Espreitem o duelo de morte, de 1989, entre Fernando Collor de Mello (fortemente apoiado por Roberto Marinho e a Globo nessa altura, mas já ninguém se lembra) e Lula.
Espreitem a campanha pelas “directas já” que pediu o fim da ditadura dos generais e abriu o Brasil à democracia.
Qualquer pessoa pode ter acesso aos conteúdos da Globo desde a sua fundação, em 1965. E com mais extras sobre a programação.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

O jogo de Cavaco

Quem anda na política sabe que Cavaco Silva tem uma agenda própria.
Mantém-se amigo dos seus amigos, mas na hora das decisões segue o seu caminho como político frio que sempre foi.
Continuo a achar que o Presidente da República preferia ter outro líder do PSD no lugar de Manuela Ferreira Leite.
Não porque lhe deseje mal, mas enquanto referencial de estabilidade do centro-direita e de cada vez mais portugueses, preferia ter outro papel enquanto “player”.
De resto, é público e notório que, para muitos, Manuela é vista como um Cavaco de saias. O que na acção política é perigoso, porque qualquer posição que tenha pode vir a ser confundida, pela generalidade dos eleitores. E Cavaco não quer essa dedução.
Por isso, foi interessante de ver como um dos principais cavaquistas não se pronunciou abertamente, tendo ao que me dizem só patrocinado na sombra um candidato.
Esse cavaquista a que me refiro chama-se Manuel Dias Loureiro, seu ex-secretário-geral e que continua a ser um homem muito ouvido lá para os lados de Belém.
Curiosamente, se sobre as directas no PSD não se pronunciou e nem foi a Guimarães ao Congresso, não teve qualquer hesitação em patrocinar a biografia autorizada (ao contrário do que diz a autora) de José Sócrates.
«Sócrates faz bem a Portugal», disse nessa cerimónia onde não esteve presente qualquer ministro.
Não tenho dúvidas que Cavaco subscreve – apesar de não o poder dizer – o que diz o seu fiel escudeiro. Cavaco tem um segundo mandato para conquistar. Precisa da direita e de muito PS.
Sócrates prefere-o a Manuel Alegre, tal como um dia Cavaco preferiu Mário Soares.

Cidadão do Rio de Janeiro

Contaram-me que Miguel Relvas, braço-direito de Pedro Passos Coelho, será, em Setembro, condecorado pelo “prefeito”, César Maia, como cidadão honorário do Rio de Janeiro.

O, mas O soundbyte

«É inadmissível que se transfira para o “mercado” deveres morais que são dos governantes»

Federico Mayor Zaragoza

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Henrique Monteiro e o futuro do jornalismo

O director do “Expresso” nesta edição da e-zine do Grupo YoungNetwork, a Presspectives, diz duas doisas fundamentais para o futuro do jornalismo em Portugal.
«As pessoas querem ter informação: informação rigorosa e concreta, antevisões e explicações. Ninguém toma decisões sobre a sua vida com base num espectáculo de variedades. A informação séria, o bom jornalismo continuarão com uma importância ímpar, por muito entretenimento que exista».
Eu acrescento: quando se fala em renovações gráficas de jornais, quando ouço que se tenta proporcionar uma leitura mais rápida confesso que acho ridículo. Os bons jornais têm bons textos e boa informação, não apenas fotos e dez linhas. Têm, acima de tudo, profundidade.
E Henrique Monteiro disse mais: «Acredito que haverá gratuitos para ler em dez minutos. Mas os gratuitos nunca terão possibilidades de ter jornalismo topo de gama».
Concordo. Os gratuitos conquistaram o mercado em Portugal das audiências que não compravam jornais. As pessoas que andam no metro com quatro gratuitos na mão nunca compraram o Público na vida.
E mais: os gratuitos nunca terão «jornalismo topo de gama» também por um motivo: é que quem lê os gratuitos não está interessado em jornalismo topo de gama e não quer perder o seu tempo com complicações.

Manuela e o casamento dos homossexuais

Como já é hábito o “Público” dá grande destaque à ILGA pelos ataques proferidos a Manuela Ferreira Leite sobre o casamento dos homossexuais e os seus direitos legais.
Confesso que estou-me marimbando e há outros problemas que verdadeiramente interessam os portugueses.
Convidava a nova líder do PSD a citar Boris Johnson, o novo Presidente de Câmara de Londres.
Perguntaram-lhe qual era a posição dele sobre o mesmo assunto. Politicamente incorrecto, como sempre, respondeu no seu estilo “casual”: sou tão favorável a isso como ao casamento de um homem e três mulheres ou ao casamento de dois homens e um cão.
Ganhou Londres e também se estava marimbando para quem não tem nada que discutir.

Subtileza-mor

"Eu não me resigno", in RTP, 02/07/2008, José Sócrates.

Subtileza (II)

José Sócrates evitou falar de Manuela Ferreira Leite.

Subtileza

Na entrevista de ontem, José Sócrates referiu-se sempre ao último Governo como o Governo de Durão Barroso.

Eleições à vista e o cuspo que serve de cola

Se ontem um ser verde, com três olhos e duas antenas tivesse desaguado no Planeta Azul, concretamente em Portugal, mais concretamente em frente à televisão, à hora da entrevista do primeiro-ministro, teria percebido que temos eleições à vista.

José Sócrates, um grande comunicador, teve altos e baixos na conversa com Judite Sousa e José Alberto Carvalho. Muito abaixo do seu registo na revelação dos paliativos avulsos para os pobres – deduções fiscais com habitação, subida do IMI abaixo do máximo possível. Quando questionado sobre quanto vai baixar o IMI ou qual o aumento na dedução fiscal balbuciou “não tenho os pormenores concretos” e “não me queria comprometer com números”, numa transcrição livre das suas palavras. Impacto nas contas públicas destas “medidas” também ninguém ficou a saber, mas aposto que são baixos – felizmente, comento eu. Novidades, novidades só a 10 de Julho. Até lá, o cuspo que segure as notas soltas que o staff preparou em cima do joelho.

No plano positivo, a explicação das obras que estão para arrancar. Não tanto pelo esclarecimento se são ou não necessárias, mas pelo entalanço que deu no PSD, que ratificou muitas destas obras no seu último curto reinado. Vamos ter auto-estradas, vamos ter aeroporto, vamos ter TGV e vamos ter barragens. Naquelas em que o Estado não mete fichas podemos estar descansados, porque segundo o primeiro-ministro, os privados fazem muito bem as suas análises custo-benefício. Bom para eles, porque mesmo que as fizessem mal não nos afectaria. E nas contas dos Governos, também podemos confiar?

Enquanto não abre em Portugal...

...Starbucks fecha 600 lojas no Estados Unidos. Ver notícia da Meios & Publicidade aqui.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Cortesia nos negócios

Uma coisa que não nos prejudicou nada, mas que vejo com dificuldade.

Não é que houve um concurso no primeiro semestre (por volta de Fevereiro) em que são convidadas três agências, e vence uma quarta.

A quarta que vence tem os mesmos interlocutores que haviam estado na apresentação de uma das primeiras três, mas que entretanto abandonaram essa agência.

Calculo que tenham apagado da memória a primeira apresentação, e tenham ido, fresquinhos, só com ideias novas. Assim como também estou certo que salvaguardaram o príncipio de não concorrência ou da não utilização de informação confidencial face ao seu ex-empregador.

Por mais razões que se tenha detesto falta de cortesia nos negócios.

Quem quer comprar uma sede de campanha?

Duas “notas de reportagem”: a sede de Manuela Ferreira Leite está à venda. Trata a PT Imobiliária, na Defensores de Chaves. Diz-me uma fonte interna da administração que está a ser tudo preparado para uma clínica.
A de Pedro Passos também. Com uma nuance: entre o anúncio da área disponível deixaram a fotografia dele. Pode ser que traga compradoras, agora que ele está entre os 5 primeiros nos mais sexys do Verão, do Correio da Manhã.

Rio e Costa no Grupo de Bilderberg

Passou praticamente despercebido a toda a gente que os dois autarcas de Lisboa e Porto foram escolhidos para ir à Virgínia, no dia 6 de Junho, a convite de Balsemão, ao Grupo de Bilderberg.
Daí para cá, Rio veio ao Sto. António de Lisboa e António Costa ao S. João do Porto anuindo a convites mútuos.
Em 2004, Pedro Santana Lopes e José Sócrates estiveram também nesse Grupo que se reuniu na Europa nesse ano.
Para o ano aconselho a Balsemão, se ele me permite, Pedro Passos Coelho e António José Seguro.
Um bom Grupo para quem acredita em teorias da conspiração. Por sinal há por aí uma novela, estilo thriller, sobre Bilderberg, fraca e com demasiada imaginação para o meu gosto

O, mas O soundbyte

«A história de Roma mostra que nenhum império é eterno»

Robert Harris

terça-feira, 1 de julho de 2008

APECOM chega às 28

A APECOM foi reforçada com a entrada de três novas agências, atingindo o seu número recorde de associados - 28. Sempre disse que um dos objectivos - mais táctico - da direcção é captar novos associados. A entrada de quatro ou cinco novos associados desde que Salvador da Cunha assumiu a direcção, prova que esta também é uma meta da nova direcção. Bom trabalho.

Nuno Vasconcellos compra Económica

A Ongoing Strategy, liderada por Nuno Vasconcellos, comprou a Económica (DE e Smec) por 27,5 milhões de euros. Venceu nesta contenda a Cofina, Grupo Lena, Sonaecom, Horácio Piriquito e Miguel Albarroado. O valor da transacção representa um múltiplo de 17,2 face ao EBITDA e mais de duas vezes a facturação. É difícil dizer à cabeça se um negócio está caro ou barato. Depende do que se fizer com ele e dos resultados futuros. Mas um múltiplo de EBITDA como este, para um negocio de Imprensa, barato não parece ser.