domingo, 31 de agosto de 2008

Crise Organizacional?! Obrigado pela oportunidade

Por Guadalupe Monfreitas*

A criatividade (quase) ilimitada que as novas tecnologias de informação permitem, pode ser a aliada perfeita ou tornar-se, simplesmente, a principal inimiga de uma marca ou personalidade. O grande desafio de comunicação passa actualmente por ter a capacidade de transformar eventuais situações de crise, que podem surgir pela disponibilização massiva de informação na internet, em oportunidades. De realçar o recente caso da Electronic Arts que aproveitou a divulgação de um erro no jogo ‘Tiger Wodds PGA Tour’08’ como eixo para o lançamento de uma nova versão do jogo.
O Youtube, com cerca de 71 milhões de utilizadores únicos, é apenas umas das crescentes plataformas que tornam as marcas mais vulneráveis mas, ao mesmo tempo, se bem aproveitadas, permitem uma rápida partilha de informação, nomeadamente em momentos de crise. Já se questionaram sobre as vantagens deste tipo de plataformas se utilizadas para difundir vídeos de resposta de forma imediata quando é despoletada uma crise? Controlo total das mensagens a transmitir, realização de pausas estratégicas para que seja possível a eventual utilização de excertos em televisão, timing e imagem, são alguns dos benefícios desta estrutura. Os padrões de comunicação tradicionais já estão alterados, pelo que agarrem a vossa oportunidade!

*Media Relations Coordinator YoungNetwork

Colunista convidada

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Desafio 1.0: On going

Sobre o desafio que aqui coloquei, vamos levantar um pouco a ponta do véu:

1. O cliente da YoungNetwork já foi escolhido;
2. O projecto é de comunicação de produto;
3. Terá de envolver Media Sociais;
4. O projecto é de budget pequeno, para facilitar a sua aceitação pelo cliente (queremos que as probabilidades de o virmos a executar sejam altas);
5. O blogger/consultor externo apresenta o projecto à YoungNetwork;
6. A YoungNetwork apresenta ao seu cliente;
7. A margem do projecto será 50% YoungNetwork / 50% blogger-consultor externo, ajustada pelos recursos envolvidos de ambas as partes;
8. Além da ideia, o blogger/consultor externo terá de apresentar plano para a sua execução e justificar as suas opções, do ponto de vista da comunicação do cliente.

Estamos entusiasmados. Já falámos com alguns (poucos) interessados e estamos abertos a prolongar por mais uma semana a recepção de candidaturas, para estarmos a apresentar o projecto ao cliente ainda em Setembro.

Sábado é à quinta

A Sábado continua em crescendo, superando até o bom desempenho dos vários meios semanais.

DN de Marcelino segue recuperação

Já se tinha percebido o salto nos dados anteriores, mas agora confirma-se que João Marcelino e a sua equipa estão a levantar mesmo o DN. Ler dados aqui, no Meios & Publicidade.

Reputação: num minuto estás in, no outro estás out

A opinião de Camilo Lourenço no Jornal de Negócios sobre o Portugal pacífico e de brandos costumes.

Queixem-se da TVI, queixem-se

E queixamo-nos nós da informação da TVI. Vejam esta pérola da CNN.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Lisboa fora do Monopólio

Por Sílvia Morgado*


Foi ontem lançada pela Hasbro a primeira edição mundial do conhecido jogo Monopólio.

Para dar vida ao Monopólio mundial foram escolhidas 22 cidades globais, fruto da votação de fanáticos de todo o mundo, que tiveram a oportunidade de escolher entre 68 cidades de 27 países. Na nova edição, Portugal ficou de fora!

Mais uma vez, ficamos fora de jogo! Não chegavam já os parcos resultados alcançados nos Jogos Olímpicos.

Será uma simples jogada banal ou mais um indicador de que a nossa fragilidade económico-social não nos deixa ser vistos como uma cidade global?

O importante neste jogo e no nosso dia-a-dia é saber gerir bem o nosso dinheiro, comprar e vender ao melhor preço.

Bons negócios! Ou melhor bom jogo!

Nota: Para os aficionados da electrónica, em breve, este jogo estará disponível para consola.


* Media Relations Coordinator YoungNetwork

Colunista convidada

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O Mundo das marcas na palma da mão


Por Joana Mil-Homens*

Quando foi lançado o iPhone, o Diário Económico fez uma sondagem junto de grandes empresários sobre a utilidade do novo telemóvel da Apple. Muitos gabaram o seu design, embora, para trabalho, preferissem o Blackberry. Quem se fica pelo design ou acessibilidade do iPhone está a deixar escapar a nova e inovadora plataforma que a Apple criou. A App Store não é uma plataforma a que as marcas possam estar indiferentes.

O que é que a App Store nos dá de novo? O Mundo na palma da mão. Não se trata apenas do acesso à Internet. Isso, per se, é tão last season. O que a App Store tem é um software ilimitado que se apresenta como um novo mundo para as marcas. E que marca pode dizer que não a estar no bolso dos seus consumidores? Nenhuma.

Comecemos pelo básico. Que tal as marcas patrocinarem as funcionalidades do iPhone. Se um iPhone conta calorias, porque não linkar o contador de calorias a uma empresa como a Danone. Os custos disto? Baixos. Esta é uma plataforma tão recente que os custos da associação das marcas ainda não chegaram aos píncaros que hão-de atingir quando todos quiserem fazer parte desta nova plataforma.

E reparem: nesta plataforma, tudo é possível. Que tal associar um banco a um software de gestão de gastos, ou associar uma marca farmacêutica a um medidor de batidas cardíacas? A imaginação é o limite das marcas.

Aqui, como em todas as plataformas interactivas, o truque é ir ouvindo os consumidores e ser o primeiro a dar-lhes o que pedem, o que precisam. E, se forem os primeiros, o sucesso está garantido.

* Senior Consultante YoungNetwork

Colunista convidada

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Falta de estratégia é o Buraco Negro

Concordo com o Luis Paixão Martins (LPM), aqui.
Hoje em dia, por esse país fora, por onde existe a alma PSD, que argumentos utilizarão os mais ferrenhos laranjas nas discussões de cafés?
É que é nestas pequenas centelhas de vida que se alimentam os grandes partidos. Como diz, «a comunicação política é o cimento de uma determinada comunidade».
É do argumentário da direcção, e dos seus rostos mais fortes, que se consolidam as ideias e se vencem as pequenas discussões de bairro. Hoje, não existe argumentário. Adivinho que se fala de “credibilidade”, de “seriedade”da “senhora”, mas, do resto, os sociais-democratas devem estar a optar por falar da nova época de futebol do que do seu partido. Por um motivo: é que neste momento não o compreendem.
Da S. Caetano só vem silêncio…
Também sou dos que não sabem tudo e, por isso, como objectivo pessoal tenho o de todos os dias aprender mais alguma coisa.
Sigo este vácuo no PSD com curiosidade e com os meus “feelings”.
Mas aqui, ao contrário/ou acrescentando ao LPM acho que vivemos algo mais grave.
E se o silêncio é apenas a face visível da ausência de estratégia?
É que «se a falta de comunicação gera o caos», a ausência de estratégia é o Buraco Negro.

Nota sobre comentários na frontpage

Optei por colocar os comentários do Miguel e o meu como posts, além de estarem na caixa do costume para lhes dar mais visibilidade, já que dão um conjunto de contributos extra e importantes ao primeiro texto.

Second Life não corre na Marquês de Abrantes (IV)

Novo comentário do Miguel Albano como resposta a este:

Viva,

assim que chegar a Lisboa irei corrigir o nosso «tema» do blog de forma a melhor identificar o autor dos artigos. Estou neste momento a passar o km 167 da A2 e editar temas é coisa que não consigo fazer decentemente numa viatura em movimento.

1. No caso do SL, a base não é pequena. Ter 38 mil utilizadores em média todos os dias na plataforma é relevante. Pode, e aí concordarei contigo, não ser relevante ao mercado português. Mais, o SL é relevante pela inovação que trouxe e continua a trazer todos os dias.

2. O problema dos nossos dias é que aparece uma novidade nos EUA e nós vamos todos a correr igualar os nossos congéneres norte-americanos. Como tu bem saberás, o nosso mercado funciona a cerca de 10 anos de distância, com muita pena minha. Se o BES no SL não tem sucesso, a responsabilidade é de quem? Do SL ? do BES ?Curiosamente, nunca soube da presença do BES no SL. Também não sou cliente, não sou parte interessada. Mas se fosse utilizador regular do SL (assumo que não sou) poderia ser um potencial lead da marca.

3. O SL está fora de moda sim senhor. Porque se gerou muito hype. Porque se investiu muito, mas mesmo muito dinheiro e sem retorno. Porque se investiu sem saber qual seria o retorno a obter.O SL não é nem nunca quis ser uma alternativa. É uma plataforma, fruto de uma visão individual. Mas aquilo que possibilitou e possibilita pode constituir retorno, em termos de know how, em termos de processos, em termos de relações, em termos de interacção.O problema é que os marketeers chegaram com uma visão de vini, vidi, vici e colocaram-se ao serviço das marcas.As marcas (e em particular as portuguesas) ainda tem algumas dificuldades em entender os novos paradigmas da comunicação digital, quanto mais do SL.

4. Sem dúvida. Mas quantas organizações conheces tu cujos departamentos de marketing/comunicação estabelecem orçamentos para investigação & desenvolvimento (vulgo, experimentação). Se não o fazem, estão a limitar a sua base de conhecimento. Quem experimentou no SL (vide a IBM, a Cisco, a Dell, a Coca Cola) pode não ter obtido o devido retorno em termos financeiros. Mas qual foi o retorno em termos de a) visibilidade mediática b) know how?

Contudo, há que abordar todos estes projectos com a devida objectividade. Esbanjar dinheiro não é benéfico para ninguém.

5. Com todo o prazer te revelo que não implementámos nenhum projecto no SL. Porque não houve nem há interesse por parte dos clientes.

Mas mais importante que isso, eu não lhe dou um papel fundamental numa estratégia integrada de comunicação digital.O BES, já que abordaste esta organização, possui alguma estratégia de comunicação digital?

De que forma é que a organização aborda os seus stakeholders online? Como é que pretende que eles abordem a organização? É feita a monitorização? É gerida a interacção? A organização comunica sequer através dos meios online?

E, vamos lá saber, que técnicas de avaliação de retorno colocou em prática?(Se me permites, se a organização não souber responder a estas perguntas, pode vir falar comigo :)

Para terminar, não vejo potencial no SL a curto prazo, não no mercado nacional. Mas tu sabes tão bem como eu que hoje em dia nós não podemos ver as coisas com limitação geográfica.

6. Tens razão relativamente a 1999, mas não a Setembro. O João já estava a fazer CNL antes de eu sair em Junho, ou eu estou com as memórias trocadas.O RDIS era uma coisa louca, sem dúvida. Mas foi ultrapassado em Setembro/Outubro de 2008 com a instalação da linha dedicada. Lembro-me perfeitamente porque na altura a PT estava com 3 meses de atraso na implementação de linhas dedicadas, fruto de re-organização de stocks.

Second Life não corre na Marquês de Abrantes (III)

Meu comentário ao comentário do Miguel sobre este post:

Olá Miguel,

Li os posts, procurei onde estava a assinatura e não encontrei, depois deduzi que seriam teus.

Algumas notas que gostava de deixar ao teu comentário:

1. Ser líder incontestado não é necessariamente relevante, quando a base é pequena, e no SL é; na minha rua sou líder incontestado no know how de comunicação, só que não é relevante porque somos meia dúzia e sou o único que trabalho nesta área;

2. Sabes quantas pessoas visitam a loja do BES no SL (se é que ainda está aberta)? Quando lá aparece um avatar por dia é casa cheia;

3. Depois o SL está completamente out na Imprensa, e mesmo na Net, tal como para os markeeters (especialmente os que gastaram lá euros reais), o que limita as possibilidades de gerar mais utilizadores (se bem que é a má experiência que não fideliza os utilizadores);

4. Concordo que se deva perceber os novos meios, mas depois disso é preciso meter o crivo do custo/benefício; estar lá a gastar rios de cash para experimentar...;

5. Quantos projectos já implementaste no SL? E quantos é que pensas implementar nos próximos dois anos? (não quero com isto por em causa se tens ou não competência para os implementar, mas sim perceber onde vês potencial a curto e médio prazo);

6. Desculpa o preciosismo, mas sou um chato com preciosismos: O CNL só começou as edições em Setembro de 1999 (ver wikipedia, e não vá a enciclopédia da Net estar errada confirmei agora ao telefone com o João Goulão). Em 1997 e 1998 ainda era preciso desligar as linhas RDIS de uns para outros terem Net.

Abr.

jd

Second Life não corre na Marquês de Abrantes (II)

Comentário de Miguel Albano no do fundo da Comunicação a propósito deste post:

Viva João, antes de mais, permite que te corriga. O post é do Filipe Marques e não meu.

Contudo, aproveito para apresentar a minha opinião sobre o artigo e o SecondLife (SL).

Devo ser dos poucos que vê no SL um projecto de sucesso. Depois de todo o hype e de toda a cobertura mediática sobre o mesmo, facto é que é o líder incontestado dos mundos virtuais (em termos de utilizadores e horas gastas pelos mesmos).

Houve quem soubesse «cavalgar a onda mediática» do SecondLife para benefício próprio. Outros nem por isso e investiram em projectos sem retorno.

Mas em todos os projectos (com ou sem sucesso) se retiraram lições pertinentes e relevantes, quer na forma de relacionamento com as micro-audiências quer na forma como a tecnologia está a evoluir.

Uma organização/marca que tenha experimentado o SL está mais bem preparada para o microPR, a comunicação individualizada com cada uma das suas audiências. Uma organização/marca que tenha experimentado o SL está, sem qualquer dúvida, preparada para os desafios tecnológicos e de comunicação que se avizinham.

Há inúmeras outras razões para considerar o SL como um projecto de sucesso, mas compreendo que a maior parte das pessoas não veja grande potencial na plataforma.

Sempre afirmei dentro de portas que o SL é um projecto de conceito. Veio revolucionar a forma como abordamos os mundos virtuais.

Facto é que hoje em dia temos dezenas de concorrentes, cada um a querer garantir o seu próprio sucesso dentro de um nicho. E aquilo que me é mais relevante é que se abriu uma enorme apetência por parte dos utilizadores para estas plataformas.

Se se eles estão lá, se eles verdadeiramente aceitam e interagem com estas plataformas, pois eu, enquanto organização/marca, tenho de compreender a plataforma (tal como tive que compreender a rádio, o telemóvel, a televisão e a www) e saber interagir com as minhas audiências através da plataforma.

Em 1998 (ainda sem YouTube) já tinhamos a felicidade de ter uma linha dedicada (256 kbps) da Telepac no Marquês de Abrantes. Não tinhamos o PSG na televisão, mas já exportávamos o Afonto Santos e o João Goulão para o CNL (essa grande experiência da televisão em Portugal).

Bons tempos, bons tempos...

Second Life não corre na Marquês de Abrantes

Depois de ler este post do Miguel Albano no it's not about you, gostava de acrescentar o seguinte.

O Second Life não teve sucesso porque é uma má experiência para o utilizador/consumidor, e como é uma má experiência é uma má plataforma de comunicação.

No início houve um hype muito grande à volta daquele que seria o jogo dos Sims, mas com gente real por detrás, com dólares, alías Linden Dollars, cuja taxa de câmbio é um linden dollar = a um american dollar, e também por curiosidade, se não me falha a memória Linden é uma homenagem à rua - Linden Street - onde se situava a sede, ao melhor estilo China Town, onde a empresa arrancou, sendo hoje uma loja de fancaria ou um restaurante chinês, o que também não me recordo e já deitei fora a Fast Company, onde a história foi publicada vai para dois anos...

Mas falávamos de dólares, de lojas virtuais, de ilhas, de transacções e de voos que nos tomam pela personagem principal do Matrix, só que se fazem aos repelões, o que passe a redundância e a piada reles, repele os utilizadores. Tanto é assim que os poucos milhões de utilizadores registados e os ainda menos activos fazem de muitos meios sociais, que ainda nem chegaram aos ouvidos portugueses, autênticos Golias.

O hype inicial e que ainda durou algum tempo, chegando cá um pouco mais tarde - mas as coisas são mesmo assim - deu para fazer alguns fogachos na Imprensa. Tal como há dez anos era notícia lançar um site, também durante um tempo abrir loja no Second Life gastou tinta dos melhores jornais e revistas.

Tirando isso, fica a experiência, que é má porque as comunicações - largura de banda - estão um passo atrás do software. Tal como o melhor computador do mundo é o hardware de hoje que corre com o software de ontem, servirmo-nos do Second Life em 2008 é como tentar correr o youtube na Net de 1998. Nessa altura, estavámos eu e o Miguel Albano nos primórdios do negocios.pt e não conseguíriamos pôr o Pedro Santos Guerreiro a falar assim, sobre a potente linha RDIS da Marquês de Abrantes.

Desafio 1.0: Não acreditam em vós

Para quem já marcou reunião comigo, ou para outros que ainda pensam fazê-lo, há uma pressão extra: Há quem não acredite na vossa capacidade. Na caixa de comentários deste post foi deixado este comentário:

Rui Cruz disse...

Uau. Isto parecem versões do Windows. Web 2.0, Comunicação 1.0.Mas caro amigo, fique a saber que variante "comunicação digital e Media Sociais" não existe.O que lhe vai sair é um bartolo/guru que gosta de falar de SEO sem saber do que fala só porque escreve bem (não se leia: escreve acertado). Fico para ver no que vai dar...Rui

Gostava também de deixar explícito que o desafio é aberto a outros interessados, embora os bloggers que escrevem sobre marketing e comunicação na Web 2.0 partam à frente pela constatação de que pelo menos seguem o tema.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Workmedia compra Computerworld

A Workmedia fechou o acordo para a compra da Computerworld, até aqui propriedade da Imediatic, de Timóteo Figueiró e Paulo Fernandes. A operação será anunciada dentro de pouco tempo. Há já alguns meses que decorriam as negociações, agora finalizadas.

A Workmedia detém os títulos Meios & Publicidade, Construir e Hipersuper, entre outros.

Gestão de crise

Provavelmente a Spanair é neste momento uma das marcas que mais necessitava de gestão de crise.
Acidente em Barajas que todos conhecem, outros dois sustos sucessivos com os seus voos e notícias de que tem uma dívida acumulada de 300 milhões de euros.
E ainda para abrilhantar o ramalhete, um título letal do El Pais de ontem: «Una compañia com una mala salud de hierro». O que se pode fazer num momento destes?
Aí está mais uma boa simulação…

O vice de Obama

Fica provado que a escolha de um vice-presidente é uma ferramenta de marketing político. Apenas. Pelo menos para Obama.
Obama nunca podia escolher minorias nem uma mulher. Era de mais para os americanos.
Ele precisava de um branco, mais velho, de cabelos brancos, experiente, que percebesse de política internacional.
Quando o Nuno Gouveia me informou –através do seu blog eleições americanas e dos seus comentários - que o Sam Nunn (que era a minha opção mais sólida e a melhor para Obama) estava fora este fim-de-semana, então comecei a perceber que daria Biden.
Mas Biden, e basta saber quais foram os primeiros comerciais de McCain nestes dias - e foram de metralhar Biden pelos seus disparates e puxando pela admiração e amizade que tem pelo candidato republicano, como revelei aqui – para se saber que não acrescenta nada e não dá vitórias em nenhum estado.
O vice é um mero complemento de lacunas de Obama, o que é pouco. Não é novo, não é mudança. É do mais conservador e retrógado que podia acontecer. Mais uma prova de que Obama pode ser apenas um fenómeno pouco consistente.

domingo, 24 de agosto de 2008

Blogging: desafio 1.0

Escondida atrás da falta de reputação (não confundir com má reputação) está muitas vezes a inexperiência. Por falta de ensejo, muitos bloggers ainda não provaram em lado algum as suas teorias, ideias ou opiniões. Não que eu seja contra quem queira ser apenas opinion maker, mas julgo ser aspiração de vários serem também consultores.

Partindo daqui, tenho um desafio para lançar aos jovens bloggers que escrevem sobre Web 2.0, variantes comunicação digital e Media Sociais. Os que quiserem vão ter a oportunidade de preparar projectos para clientes for real. E implementá-los. Clientes não faltam por aqui. Como já cheguei de férias, recebo-vos a partir desta segunda. Basta enviarem-me um email para acertarmos dia e hora. Queremos dar-vos a oportunidade de atalharem caminho e porem-se à prova.

Condição sine qua non para colaborar: Quem tem pretensão de opinar sobre Web 2.0 tem de saber o que é Comunicação 1.0.

Blogging: a reputação conta

Como disse, a Net dá a oportunidade a todos de se mostrarem. A igualdade de oportunidades é válida, só que tem um mas. Não partimos todos do mesmo lugar, há vozes mais ouvidas do que outras porque são mais reputadas.

Imaginem que Belmiro de Azevedo assinava textos num blog a partir de amanhã e que no url ao lado temos dez blogs sobre gestão, da autoria de quadros da Sonae. Dúvidas sobre qual o blog mais influente?

Façamos um back to basics à comunicação tradicional. O que interessa num texto de opinião? O conteúdo, quem escreve e onde é publicado. Raciocínio idêntico se aplica aos blogs, daí que quem não tinha reputação fora da Net, não a ganha por se tornar um blogger. A via terá de ser pela qualidade de conteúdos, e isso, além de ser fundamental tê-la, demora o seu tempo a demonstrar.

Blogging: leitores para que te quero

A democracia da Net dá voz a todos, criando a oportunidade para nos mostrarmos especialistas nalguma coisa. Qualquer um pode ser emissor e receptor. A igualdade de oportunidades que o mundo lá fora não traz.

Uma das ferramentas disponíveis para nos apresentarmos são os blogs, que podem versar sobre o que nós quisermos - é um erro pensar que quem escreve num blog, mesmo que seja uma agência de comunicação, tem necessária e exclusivamente de escrever sobre Media Sociais.

Um blog serve para informar a audiência, e se quem ler perceber o que o emissor está a tentar passar, então a isso chama-se comunicar. Portanto, sem confusões:

1. Um blog é uma ferramenta de comunicação

2. Um blog é uma ferramenta de reputação

3. Um blog só serve se tiver leitores

O blog apresenta os autores como opinion makers, como consultores, como informadores, como jornalistas, como escritores, como cronistas,... enfim a lista é longa, mas fundamentalmente apresenta-os como especialistas de alguma coisa. Uma mãe que relata as aventuras da sua criançada no seu blog espera comunicar com outras mães (ou futuras mães ou com outra qualquer audiência), partilhando experiências, obtendo feedback, entretendo, publicando o que quiser.

Escrever um blog e não ter leitores pode até servir de terapia para o autor, mas seguramente que não é comunicação.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Novidades (II)

Ainda não há data marcada, mas por iniciativa e contactos do seu presidente, Manuel Ramalho, o Lisbon International Club vai trazer pela primeira vez a Portugal – se não houver nenhuma contrariedade - o novo “mayor” de Londres, Boris Johnson.
Relembro, uma vez que tem vindo a despropósito a questão do casamentos dos homossexuais, este post e como se pode ser politicamente incorrecto e ganhar eleições.

Novidades (I)

Aqui, no nosso blog, já demos muitas “cachas”, a maior parte delas na área da comunicação e política.
Antes de ir de férias, deixei esta, económica, por ter grande interesse e impacto no mercado.
Uns dias depois confirmou-se em diversos meios, como, por exemplo, se pode ver aqui.

Silêncio que marca

E quando quase não se comunica, o que fazer quando se liga o megafone?

Ser marcante. Dizer o que outros não dizem. Marcar a agenda. Controlar a memória da audiência.

Silêncio não é uma opção

O que acontece quando não se comunica ou, comunicando, se opta repetidamente pela estratégia do silêncio?

Outros ocupam o nosso espaço mediático.

Vão sem mim que eu vou lá ter…

Os Deolinda, a revelação na música portuguesa deste Verão, provocam-nos com a sugestão de substituição da nossa “A Portuguesa” por este novo hino, tão mais em consonância connosco!

Letras extraordinárias e performance ao vivo a condizer. Quem diz que a língua portuguesa não serve para fazer boas letras? Ouvir (mesmo que vale a pena) em http://www.deolinda.com.pt/.

Movimento Perpétuo Associativo
Deolinda

Agora sim, damos a volta a isto!
Agora sim, há pernas para andar!
Agora sim, eu sinto o optimismo!
Vamos em frente, ninguém nos vai parar!

Agora não, que é hora do almoço...
Agora não, que é hora do jantar...
Agora não, que eu acho que não posso...
Amanhã vou trabalhar...

Agora sim, temos a força toda!
Agora sim, há fé neste querer!
Agora sim, só vejo gente boa!
Vamos em frente e havemos vencer!

Agora não, que me dói a barriga...
Agora não, dizem que vai chover...
Agora não, que joga o Benfica...
e eu tenho mais que fazer...

Agora sim, cantamos com vontade!
Agora sim, eu sinto a união!
Agora sim, já ouço a liberdade!
Vamos em frente, é esta a direcção!

Agora não, que falta um impresso...
Agora não, que o meu pai não quer...
Agora não, que há engarrafamentos...
Vão sem mim, que eu vou lá ter...

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Flop leonino

O desporto vive de emoção. E para perceber de comunicação no desporto ter noções mínimas do tribalismo que afecta as vendas ajuda.

A campanha de novos associados lançada pelo Sporting no início do ano não teve "pés nem cabeça". Porque a campanha era má? Estava mal executada? O mercado potencial não permite ser melhor explorado? Nada disso. Em causa, o timing. Não lembra a ninguém colocar no "ar" uma campanha de angariação mais recuperação de associados numa altura que a equipa se arrastava na Primeira Liga.

A SAD do Sporting lembrou-se e conseguiu o magro pecúlio de conquistar 2.000 novos associados e recuperar apenas 3.000 ex-sócios através de uma agressiva proposta de perdão de dívidas. Só podia dar nisto. Nos clubes de futebol, galvanizar novos associados só em duas ocasiões: no início de época, onde as expectativas são altas, ou com a equipa a ganhar.

Os leões tentam agora reactivar a campanha no começo da Liga 08/09, numa época em que apostam tudo no título nacional. Mas vão tarde. A campanha inicial devia ter sido atrasada para agora. Estes remakes não costumam resultar.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

O PSD ataca pelo silêncio?

José Pedro Aguiar Branco veio hoje atacar o SILÊNCIO do Governo sobre a onda de assaltos que semeou insegurança.
Mas pelo SILÊNCIO?
Então não tem sido esse o exercício em que se especializou Manuela?
O que alguém devia ter perguntado é como o Governo explica mais dois mil hectares ardidos de floresta do que o ano passado.
O problema tem passado despercebido porque o prime-time agora não se sente atraído pelas chamas…Porque será?

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Vanessa envia-me postal


Por falar em Vanessa Fernandes, recebi da nossa medalhada olímpica este simpático postal, com selo da China.

Excelente acção de charme do nosso parceiro NewsSearch. Podem acompanhar no seu site o diário da Vanessa. Último texto, já depois da medalha, aqui.

…e o Vice de Obama

Em poucos anos a população hispânica, asiática e afro-americana será mais de 55 por centos dos EUA. Porém, não me parece que Obama arrisque mais minorias (ou mulheres) na sua chapa.
Assim, o muito promovido hispânico Bill Richardson, governador do Novo México, fica de fora. Kathleen Sebelius, governadora do Kansas e filha do ex-governador do Ohio, John Gilligan também não é opção, pelo atrás referido.
A escolha para Vice será um branco. A dúvida existencial de Obama é se vai escolher alguém próximo dos eleitores que optaram por Hillary ou um homem experiente em Defesa e Política Internacional – o seu maior calcanhar de Aquiles.
Obama vai dar espaço na Convenção Democrata para Hillary falar e conta com isso agregar o seu eleitorado.
John Edwards é um novo proscrito da política americana, tal como foi Gary Hart, depois de reconhecer que tinha uma amante.
Joe Biden é perito em questões externas, mas a memória tem de nos ajudar a recordar que não aceitou ser escolhido por John Kerry para seu vice em 2004. E porquê?
Porque aconselhou a Kerry a escolha de….John McCain para derrotar W. Bush. Logo, agora não é a melhor altura, parece-me…
Evan Bayh é ex-governador do Indiana e Tim Kane é o governador da Virgínia, um estado tradicionalmente “vermelho” (republicano). Na sua divisa está “Leading the law” e seria um candidato mais duro à esquerda (este seria a minha segunda hipótese).
Logo, a minha primeira aposta vai para a área internacional, um homem já próximo de Obama, respeitável e credível e com idade mais madura: Sam Nunn.

O Vice de McCain…

Acho que a primeira tentação do senador do Arizona foi Charlie Crist, o governador da Florida, juntamente com o Ohio um dos estados que se tem de ganhar.
Mc Cain vai anunciar a sua escolha ali, onde ganhou a Mike Huckabee que deixou a corrida livre para a sua nomeação fácil.
Crist é um grande e popular governador, mas ainda não casou aos 50 anos…Não sei se McCain arrisca o seu nome, mas ao mesmo tempo conta com o seu apoio que foi providencial para a sua vitória nas primárias, no estado em que Giuliani jogou tudo.
Huckabee foi um fenómeno oriundo do Arkansas, quase um furacão. Representa a América mais conservadora e religiosa, mas tê-lo como Vice é igual a ter de conviver diariamente com um Russ Limbaugh, o porta-aviões dos comunicadores tele-evangelistas republicanos, uma chatice diária.
A minha aposta, e baseio-me explicitamente na opinião de Karl Rove, na SIC Notícias, que sabe muito mais disto do que os milhões de escribas que escrevem sobre eleições americanas em todo o mundo é Mitt Romney.
Unir o partido, trazer a sua capacidade de gestão, a força na arrecadação de fundos, as muitas vitórias que teve nas primárias e a experiência de governador do Massachusets um estado democrata e berço da família Kennedy.
Tem um senão: é mórmon, mas até os mórmons têm tido boa imprensa com a notável prestação de Bill Paxton na série genial “Big Love”, onde vive com três mulheres.

Obrigado

Por Bernardo Alegra*

Pensava que já não fazia destas coisas, mas fiz.
Se há algo que as marcas anseiam é criar um laço emocional com o consumidor. Um não sei quê com muito de irracional que no momento da verdade o faz escolher a marca A em detrimento da B, sem nenhuma razão verdadeiramente lógica a não ser a fidelidade à marca.
De entre os consumidores mais vulneráveis a este tipo de ligação emocional estão os que são influenciados por factores como o status, muito comum entre os mais novos mas transversal a todas as idades, e os que sentem que as marcas lhes dão uma sensação de segurança e certeza, sentimentos tão caros entre os onsumidores mais velhos.
No entanto hoje em dia o consumidor é cada vez mais infiel e volátil. Ou porque influenciado pelo preço, ou porque as marcas próprias e brancas tomaram conta do mercado e afirmaram padrões de qualidade seguros com um melhor preço, ou ainda porque hoje a informação está à distância de um telemóvel ou computador. A fidelidade a uma marca já não é o que era.
No entanto há excepções das quais destaco os países, os clubes e as pessoas. Se nos primeiros dois a fidelidade é quase sempre garantida para toda a vida, no caso das pessoas tem de haver uma grande identificação com o que esta representa, seja pela sua competência, simpatia, ambição, humildade ou qualquer outra qualidade percebida.
Voltando ao início eu sou dos consumidores pouco fiéis a marcas, mas muito a país, clube e por vezes também a pessoas. Eu pensava que já não era capaz de acordar a meio da noite para ver uma prova dos Jogos Olímpicos, mas fui. Fui pelo país, mas essencialmente pela pessoa (clube aqui não me é relevante, é um extra). A Vanessa é um exemplo de dedicação, humildade, ambição e entrega. Uma verdadeira campeã!
Por isso, como já tinha feito com a Rosa e com a Fernanda, lá fiz o sacrifício e acordei. Valeu a pena!
Obrigado Vanessa!

P.S. - Quinta-feira vou voltar a acordar de madrugada.

* Director, YoungAd

Colunista convidado

Imprensa continua mais credível

A Imprensa escrita é a fonte de informação mais credível para os espanhóis, num estudo realizado pela Sigma Dos, para o El Mundo. Li a nota no Jornal de Negócios, versão impressa, e fui à procura da notícia no jornal madrileno.

Dados importantes:

- 30,9% dos inquiridos consideram a Imprensa escrita o meio mais credível
- 24,5% consideram a rádio
- 20,4% consideram a televisão
- 14,5% consideram a Internet
- 76,3% são da opinião que deve haver tv pública
- Seis em cada dez espanhóis querem publicidade na tv pública
- 43,4% acham que Zapatero conseguiu a independência da informação na tv pública

Notícia completa aqui.

…e mão de Karl Rove com McCain

Para se estar a entrar na campanha dura a que os republicanos já nos habituaram, alguém tinha de estar por trás dela.
Pois bem, o novo reforço de McCain para a sua equipa é um dos mais antigos colaboradores de Karl Rove, Steve Schmidt.
As parecenças de Obama com Britney Spears e Paris Hilton e a ida ao restaurante alemão em solo americano do senador do Arizona - enquanto Obama “ganhava votos” em Berlim – onde disse que estava preocupado com os problemas da América e que os queria resolver já têm “orquestrador”.

Clooney ensina Obama…

George Clooney é o novo assessor de imagem do político de que todos falam.
O actor e activista próximo dos Democratas vai ajudar Obama quanto ao guarda-roupa e a ter uma boa linguagem corporal.
Muitos apoiantes não estão a gostar desta exposição de intenções. Porque já é excessivo o cuidado com a imagem de Obama, de quem os americanos dizem estar a ouvir falar «demasiado».
Muitos comentadores começam a referir que da obamania se está a passar para uma obamafadiga.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Nação a ficar para trás - Apontamentos olímpicos (II)

Cruel, muito cruel.
Para quem acompanhou a maratona feminina, foi brutal a realização chinesa sobre Reiko Tosa.
A atleta japonesa, em esforço, a viver um suplício, a ser ultrapassada por todas as outras concorrentes, a ficar para trás…
Subliminarmente, um país rival (Japão) que está a ficar para trás (face ao poderio chinês) e a sofrer.
Mensagem subliminar fenomenal.

O leite holandês - Apontamentos olímpicos (I)

Temos tido momentos lamentáveis. Desde o cavalo que não se deu bem com o quadro electrónico ou o lançador Marco Fortes que diz que de manhã «só na caminha».
Agora reparem nas declarações de Paulo Frischknet (PF), presidente da Federação Portuguesa de Natação, na “Bola” de sábado, e que não fizeram manchete.
Em primeiro lugar diz que temos de «aproveitar os jovens vindos de Leste», o que é perfeitamente compreensível.
Depois, diz que Portugal só se pode «comparar a países como a Suiça, Bélgica, Irlanda e Grécia», também concordo.
Agora vem o descalabro.
Em termos de dimensão só a Holanda foge do grupo em que se insere Portugal. PF esclarece «que a qualidade do leite holandês explica, em certa medida, o êxito desportivo daquele país» (????).
Duas perguntas:
Como terão ficado os produtores de leite nacional?
Nos próximos quatro anos, na preparação das Olimpíadas de 2012, não se poderá importar e obrigar os nadadores portugueses a consumir fortes doses de leite holandês para ver se podemos atingir – pelo menos – uma final B, coisa que não conseguimos em Pequim?

Amorim com Tom Ford

Américo Amorim acaba de comprar 25 por cento da Tom Ford, a marca do ex-director criativo da Gucci que se tornou referência de luxo na roupa para homem nos Estados Unidos.
Tom Ford só tinha três lojas em Nova Iorque, Zurique e Milão. Com esta aquisição as próximas cidades a terem este privilégio serão Moscovo, Dubai e Pequim, o que diz muito sobre onde param as grandes fortunas.
Deixo a recordação da última entrevista que li do Tom Ford, nas páginas amarelas da Veja, há uns meses atrás.
Perguntaram-lhe: Poucos conseguem usar um terno sem gravata e manter a classe, principalmente com a camisa desabotoada a ponto de mostrar o peito. Qual é o seu segredo?
Resposta: «Confiança. Você pode usar qualquer coisa e ficar glamouroso, se for seguro de si. Vestir-se é uma forma de expressar a personalidade».
Esta é uma regra que é geral. Ter sempre confiança.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Acção de rua (III)

Esqueci-me de dizer. A autoria dos cartazes foi da YoungAd.

Acção de rua (II)

A pedido de um leitor aqui ficam algumas fotos. Esta acção Até onde vais com 1000 euros / do fundo da Comunicação decorreu no dia 17 de Julho. As polaroids em formato grande foram colocadas nas ruas do Bairro Alto. As fotografias nas polaroids são da autoria dos dois aventureiros que chegaram a Dakar.


Cerimónia Perfeita?

Por Bernardo Alegra*

Na passada sexta-feira o mundo assistiu boquiaberto a uma das mais fantásticas cerimónias de abertura de Jogos Olímpicos, que resultou num espectáculo televisivo de inegável beleza.
Os chineses, carentes da aprovação mundial e da afirmação em directo do seu actual poderio, apresentaram um espectáculo de cor, fantasia e tecnologia, genialmente dirigido por um mestre do cinema, o ex-proscrito Zhang Yimou, autor de filmes de uma beleza única como Hero.

Foi igualmente uma oportunidade bem aproveitada de reconciliar o povo chinês com a sua história milenar depois do ostracismo a que foi vetada pelo regime chinês.

O mundo dificilmente esquecerá a sequência inicial com os 2008 tambores de bronze (tambores Fu), o fogo de artificio sobre o estádio, os bailarinos no globo a representar o planeta terra ou a original corrida na cobertura do Ninho de Pássaro para acender a tocha olímpica.

Mais uma vez fica provado que com imaginação e criatividade tudo é possível. E que nada disto seria possível sem anos de planeamento, ensaios, disciplina e claro talento.
Mas não há bela sem senão. Esta semana já saem notícias, curiosamente veiculadas pelos próprios, que o fogo de artifício em Pequim afinal era uma imagem em computador que demorou 13 meses a criar e que a jovem cantora cantou em playback porque a cantora original tinha os dentes tortos e a organização queria passar uma imagem de perfeição.

Pensam com certeza os organizadores que a perfeição das partes faz a perfeição do todo. Mas os espectadores preferem um espectáculo real e há pormenores sem importância que se perdem na beleza do todo. Sem a encenação computorizada do fogo e o truque à Milli Vanilli o espectáculo não perdia nada. Agora perdeu.

* Director, YoungAd

Colunista convidado

Fugir do controlo remoto

Por Joana Mil-Homens*

A invenção do controlo remoto criou o problema. O TiVo agravou-o. A Era em que a publicidade chegava a todos e da qual ninguém conseguia fugir acabou. O espectador (o possível consumidor) tem agora (literalmente) na mão a possibilidade de fugir aos blocos publicitários. Que espaço então para as marcas?

Product placement parece ser a solução. O product placement mais não é que o integrar produtos em quotidianos ficcionais, nas séries, nas novelas, nos filmes. Se pensarmos bem há quanto tempo vemos o Boticário ser o presente “preferido” em todas as novelas brasileiras?

A ABC (canal americano que transmite, entre outras, a popular série “Grey’s Anatomy”) já percebeu que o futuro das marcas passa por esta ferramenta. Os custos de product placement nas séries de prime time deste canal, chegam a ser mais caros que a publicidade nos intervalos. Mas claro, porquê arriscar num espaço em que o espectador muda de canal (ou, caso tenha TiVo, simplesmente anda para frente) quando pode investir num momento em que os olhos do hipotético consumidor estão colados ao ecrã?

Por cá, começamos a ver o poder dos programas de ficção para vender produtos. Quantos pais conseguiram fugir aos produtos da Floribella? Mais do que o merchandising – em que são postos à venda produtos com o carimbo de um programa – a Floribella permitiu que os jovens fãs se pudessem vestir como a sua heroína, importando para a vida real um estilo de vida ficcional. Que criança consegue fugir à tentação de viver da mesma forma que os seus heróis? Que mais-valia não tem para uma marca entrar no estilo de vida de uma personagem de uma novela que mobiliza 30% do share? Veja-se a forma como os adolescentes correm para as marcas que têm espaço nos “Morangos com Açúcar”.

Acredito que em breve as produções nacionais vão seguir a tendência. Quem fica a perder são os apaixonados pela boa publicidade.

* Senior Consultant, YoungNetwork

Colunista convidada

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Infografia de um recorde olímpico

Reparem neste fantástico trabalho do New York Times para relatar o segundo ouro de Phelps.



Agora imaginem uma peça escrita ou uma reportagem televisiva a editar o mesmo. Não tem nada a ver pois não?

Percam, mas parem com isso


Já estamos a começar mal. Nos Jogos Olímpicos, depois das suas eliminações no Judo, Telma Monteiro, Pedro Dias e João Pina queixaram-se. Telma criticou o árbitro e a táctica das adversárias, que só treinaram para lhe ganhar, a Pedro faltam-lhe os apoios olímpicos ($$$), que só dão a Telma, e João teve de lutar contra as instruções da Federação Internacional, que premeiam os passivos. Não dá para aguentar. Percam, sejam sovados, mas tento na língua. O orgulho luso confessar-se-á mais grato.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Como chegar à informação certa, à hora certa?

Por Raquel Fortes*

O Business Intelligence é uma “buzzword” muito em voga, empregue em muitos artigos de opinião, notícias, livros e afins. Anglicanismos ou modernidades à parte, o processo de recolha, organização, tratamento e disponibilização da informação existe há séculos, evoluindo naturalmente através das tecnologias e plataformas utilizadas.

Certo é que hoje a informação é a matéria-prima das organizações, e a forma como a mesma é gerida constitui um factor de diferenciação. Quem aceda de forma rápida, eficiente e objectiva tem vantagens competitivas face aos concorrentes. Quem despreze o valor da informação está claramente condenado ao silêncio.

Mas afinal o que é Business Intelligence?

A inteligência do negócio adquire-se quando se assume que informação bem gerida pode ser um factor diferenciador. Informação sobre o mercado onde a empresa está inserida, sobre a concorrência, sobre a conjuntura nacional e internacional, utilizada de forma rápida e objectiva constitui uma ferramenta crítica de apoio à gestão.

Da comunicação à gestão é necessária informação!

Hoje, um departamento de comunicação não pode ser encarado como um mero produtor de comunicados de imprensa para o exterior. A área da comunicação é um difusor de informação privilegiado para a empresa. O assessor de imprensa assume um papel mais abrangente, pois não basta saber escrever e comunicar, também é fundamental saber gerir com eficiência a informação, acrescentando valor à gestão.

Para comunicar eficazmente é fundamental estar-se bem informado. E, como nos dias que correm não há tempo para ler todos os jornais ou revistas que mesmo assim caímos no erro de comprar cheios de boas intenções, o cansaço apodera-se ao fim 5 minutos à frente da televisão, os CD’s de música ocupam o espaço em tempos dedicado à rádio, e os livros amontoam-se na mesa de cabeceira, já com prioridades bem definidas, podemos concluir que o tempo é cada vez mais um recurso escasso, que deve ser optimizado!

O clipping pode assim funcionar como um meio potenciador da fluidez e qualidade da informação. Uma empresa pode parametrizar a informação que quer receber, poupando tempo e tornando-se mais eficiente. Também tem condições de avaliar a forma como comunica, de quantificar o retorno que essa comunicação gera nos meios. O clipping é uma ferramenta crítica para um bom sistema de business intelligence.

Se pensa vir a utilizar esta buzzword em jantares de negócios ou encontros informais, lembre-se da informação que lhe passámos neste blog, que só podia ser de comunicação!

* General Director, NewsSearch

Colunista convidada

Paródia

O novo líder da JS em destaque no Expresso. Artigo que inclui um comboio de aptidões pessoais e profissionais, a que não falta a qualidade disfarçada de defeito, já que é a bondade de confiar nas pessoas que "a vida vai ajudar a corrigir". O bom humor patente na entrevista leva-o a escorregar duas vezes. Duarte Cordeiro não acredita na próxima maioria absoluta que o PS vai pedir e garante que vai haver paródia, porque o seu "desporto favorito é irritar a doutora Ferreira Leite".

Parabéns já, obrigado mais logo

Li no DN de ontem que a LPM vai trabalhar com o Governo de José Eduardo dos Santos. É uma excelente notícia para nós. O mercado angolano tem um grande potencial e esta entrada por cima abre caminho. O bom trabalho dos primeiros é a charneira de outros. Parabéns por agora e, talvez, obrigado mais tarde.

sábado, 9 de agosto de 2008

Tropa de Elite (V)

Na morte em directo não há regras exactas. A opinião de Eduardo Cintra Torres, no Público.

Entrevistas Presspectives

Nas 11 edições da Presspectives entrevistámos:

- Armando Esteves Pereira, Director Adjunto, Correio da Manhã
- Henrique Monteiro, Director, Expresso
- Carlos Manuel de Oliveira, Director Editorial, Marketeer
- Carla Borges Ferreira, Directora, Meios & Publicidade
- Luís Pimenta, Director, Metro
- Isabel Canha, Directora, Exame
- Rui Camarinha, Director, Briefing
- Miguel Pinheiro, Director, Sábado
- Álvaro Mendonça, Director, Oje
- Luís Ferreira Lopes, Editor Economia, SIC
- Sérgio Figueiredo, Director (em 2006), Jornal de Negócios

Presspectives: China compete pela imagem, CM em exame e opinião de Hasse Ferreira

Leia na Presspectives de Verão a entrevista a Armando Esteves Pereira, director adjunto do Correio da Manhã, a opinião de Joel Hasse Ferreira e saiba mais sobre o que a China está a fazer para melhorar a sua reputação. Edição completa aqui.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Tropa de Elite (IV)

Tropa de Elite sem bolinha? A opinião de Mezcal no Mezcalinadas.

Salvem o Miguel

Grande acção de comunicação 2.0. Muito, muito bem feita. Com o carimbo do Grupo Amorim e desenhada pela TBWA australiana. Save Miguel aqui.

Tropa de Elite (III)

As televisões a levarem dez a zero na captura de imagem.

Atletas censurados

Chega-me agora por email que "o comité olímpico internacional proibiu a publicação de crónicas de atletas em jornais e órgãos de informação a partir do momento em que se encontram em Pequim. Podendo os mesmos ser penalizados por isso".

Tropa de Elite (II)

Depois do fiasco Maddie, o resgate dos reféns de há pouco cai como mel na abalada reputação das forças policiais.

Beijing 2008 em números

Por Bernardo Alegra*

Começam hoje as olimpíadas de Beijing (Pequim), sob o signo do 8. Para quem gosta de números aqui ficam alguns:

. 25 mil milhões de euros de custo estimado
. 4 mil milhões de espectadores de TV previstos
. Mil milhões de espectadores de TV Chineses durante a cerimónia de apresentação
. 7 milhões de bilhetes vendidos
. 400 mil voluntários chineses
. 100 mil o número de efectivos policiais e de exército afectos ao evento
. Perto de 10.500 atletas envolvidos, dos quais 45% são mulheres
. 10 mil são os participantes na cerimónia de abertura
. Cerca de 21.500 são os media acreditados
. 1.800 postos de lançamento de fogo de artifício
. 38 modalidades desportivas
. 205 representações olímpicas em competição
. A aldeia olímpica ocupa 80 hectares
. 302 medalhas de ouro por atribuir
. O estádio olímpico tem 91 mil lugares sentados

Certamente que não é só por isto mas não há dúvida que os jogos olímpicos são o evento!

Fontes:
en.beijing2008.cn
www.telegraph.co.uk
www.reuters.com

* Director YoungAd

Colunista convidado

Acção de rua

Acção de rua do nosso blog fotografada por outro blogger. Ver aqui e aqui. O site que nos cita define-se assim: Wabbid! Webspots found on streets, in bars & toilets caught on camera to keep them in mind.

Tropa de Elite

Acabamos de ver na tv um filme de José Padilha em directo.

Coroada de sucesso a operação, chovem elogios à actuação da polícia.

TVI passava a "cacha" dos sequestradores abatidos enquanto a SIC/SIC Notícias ainda "enchia chouriços".

The Media Revolution

Grande vídeo. Visionário. Experience is the new reality.



Cortesia do Francisco Véstia

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Má retórica, boa comunicação

Concordo com os dois erros apontados por Camilo Lourenço (Jornal de Negócios) a Cavaco Silva na comunicação da semana passada: falou-se do acessório e desvalorizou-se futuras intervenções. Acrescento um terceiro: a mensagem não passou. Ou, se passou para um público-alvo específico, haveria outras formas de lá chegar sem "queimar cartuchos" ou pelo menos este tipo de míssel. O português comum percebeu que era qualquer coisa sobre os Açores.

Já não concordo com a opinião de Cavaco ser um mau comunicador. Se é certo que o dom oratório nunca o acompanhou, existem variáveis que podem suavizar a sua importância, tais como estratégia de comunicação. E aí, na escolha dos momentos, da sua forma e dos conteúdos das intervenções - o monstro de Guterres, a boa e má moeda para Santana Lopes, o anúncio da candidatura presidencial, etc. - conseguiu ofuscar a falta de retórica.

Desta vez, falhou em duas das três. O momento podia ser este, mas a vinda de urgência à tv desaconselhava-se e o conteúdo pedia outro formato.

Evento: ferramenta de comunicação

Durante o mês de Agosto teremos alguns colunistas convidados no do fundo da Comunicação.

Por Bernardo Alegra*

Nos últimos anos temos assistido a uma profunda alteração do paradigma de comunicação das empresas e marcas. A chamada publicidade above the line tem perdido progressivamente importância para a bellow the line.

Já todos sabemos que os consumidores estão mais informados e exigentes e como tal as empresas têm de ser mais criativas e sobretudo mais enfocadas no indivíduo em contraposição com as massas e as comunidades. Mas mesmo sabendo isto muitas empresas definem mal o seu marketing mix e continuam a apostar em formas de comunicar mais generalistas, pouco eficazes e dificilmente mensuráveis.
Porquê? Comodismo, cultura e desconfiança.

Mas basta olhar para o mercado para perceber que as empresas que perceberam e se anteciparam a esta alteração paradigmática são as “rising stars” do momento..

Uma das formas de comunicar que tem vindo a ganhar relevância na comunicação da reputação de uma empresa ou produto/serviço é o evento.
Em primeiro lugar porque o conceito de evento em si é extremamente flexível e adaptável aos objectivos que definimos. Depois porque oferece um conjunto de vantagens difícil de igualar por outras formas de comunicação:
. Selecciona o target da comunicação, seja este externo à empresa, interno ou ambos
. Garante enfoque e atenção do público-alvo, controlando a percepção deste ao comunicado
. Permite o contacto face a face e facilita o conhecimento profundo do público-alvo
. Pode ser inovador e único
. Permite desenvolver network
. É facilmente integrável com outras formas de comunicar
. Permite ter feedback imediato
. Facilita o follow-up e a medição dos resultados
. É memorável e distintivo

Em poucas palavras: comunicação eficaz e eficiente com excelente retorno do investimento. Não é isso que se procura na comunicação? Então experimente guardar uma fatia maior do seu próximo orçamento de marketing para eventos. Vai ver que vale a pena!

* Director YoungAd

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Laboratório de Ideias

Durante o mês de Agosto teremos alguns colunistas convidados no do fundo da Comunicação.

Por Joana Mil-Homens*

E se, todos os anos, se reunissem os mais brilhantes profissionais de todas as áreas e nos dissessem o que esperam do futuro, quais as ideias que vêm para ficar?

Isso já acontece.

Desde 1984 que se realizam as conferências TED (Tecnologia, Entretenimento e Design). A primeira contou com demonstrações do recém lançado novo modelo da Macintosh e de um leitor de CD da Sony enquanto o matemático Benoit Mandelbrot explicava a importância dos seus fractais para a construção de mapas costeiros e Marvin Minski apresentava o seu novo modelo da mente. Desde então, pelo palco das TED já passaram nomes como o de Al Gore, Bill Gates, Bono ou Frank Gehry. Cientistas, filósofos, músicos, líderes religiosos, filantropos – todos os que tenham uma ideia que queiram partilhar.

O princípio por detrás desta iniciativa é simples: a organização acredita no poder das ideias para mudar atitudes, vidas e até o Mundo. Todos os anos, desde 1984, em Monterey na Califórnia reúnem-se os melhores de entre os melhores durante quatro dias e assistem a 50 discursos de 18 minutos cada. Não há subdivisões, todos ouvem as ideias de todos.

Desde 2007, e tendo em conta a grande afluência ao evento (os lugares esgotam-se meses antes da conferência), a organização decidiu colocar on-line os melhores discursos. Nasce assim a plataforma TED Talks.

Para que as ideias de alguns cheguem a todos.

* Senior Consultant YoungNetwork

terça-feira, 5 de agosto de 2008

YoungNetwork lançará kitt para cotadas



Ainda está no segredo dos deuses, mas a YoungNetwork prepara um kitt para as empresas cotadas, a ser lançado ainda durante o segundo semestre.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Magalhães em inglês

Envia-me um amigo esta nota humorística por sms: "Como é se diz Magalhães em inglês?... Classmate PC."

A Business Week é tramada

Que raios! Esse pasquim escreve isto sobre o Magalhães. Então de criadores passamos a assembladores? De inovadores a revendedores?

Diário da Vanessa

O nosso parceiro de clipping - NewsSearch - garantiu o concurso de Vanessa Fernandes. A partir de hoje a campeã portuguesa, grande esperança para Pequim, escreve o seu diário aqui.

Sentados à espera (II)

Da YoungNetwork revelo eu. O nosso Grupo não está a estudar qualquer processo de consolidação entre iguais. Não que em teoria não seja um processo interessante, mas tem a ver com “fit”. A YoungNetwork é demasiado diferente de outros concorrentes, para que se possa fazer uma integração de sucesso. É cultural e geracional.

Fica a faltar uma agência, mas como uma aquisição/fusão faz-se sempre com duas ou mais empresas, não deverá haver qualquer consolidação entre as dez maiores empresas do mercado.

Podemos ainda incluir a JLM no bolo, o que aumenta as probabilidades de termos mais uma operação. Ainda assim o que se deu há poucos meses foi a saída de um dos sócios.

Junte-se mais um ingrediente: exclusividade. Juntar bases de clientes entre grandes pode gerar conflitos de interesses que façam sair clientes, excepto em casos de complementaridade entre agências.

Historicamente, a única fusão de relevo é a que está para acontecer. Apesar de não me lembrar de todas as operações, o mercado cresceu tanto que as que aconteceram há dez ou 20 anos não têm qualquer expressão contabilística.

Agora, saindo das maiores poderão haver desenvolvimentos mas nunca serão operações de dimensão, nem fusões entre iguais. Aquisições destas já acredito, até porque há aflitos e por consequência preços convidativos.

Temo ser o desmancha-prazeres do cortejo, mas a análise para além da poeira deixa-me mais uma vez a pregar sozinho.

Sentados à espera (I)

Surgem nem se sabe de onde, ou fazem-nos pensar que não sabemos de onde. Há teorias que são vendidas, assimiladas e turvam as percepções. A última grande invenção do mercado da comunicação foi a consolidação do sector. Sem interesse.

Ora querem consolidação? Seguem os meus inputs. Lamento se os desiludo.

Nas últimas semanas geraram-se algumas conversas sobre consolidação no sector. Players, jornalistas e bloggers alimentaram o tema, trocaram impressões e confidências, concluindo que teremos fusões à vista. Olharam para a árvore, esqueceram-se da floresta. A operação Lift/Imago e algum spinning induziu-os em erro. O actual tabuleiro do sector não dá para grandes fusões nem grandes aquisições, e é por aí que cai este novo mito sectorial.

Peguemos nas dez maiores agências de comunicação. Começamos pela única fusão em vista. Enquanto a Lift digere a Imago, não é provável que se meta noutra. Menos duas. Depois temos as internacionais. Hill & Knowlton, Weber e Porter Novelli têm estrutura de capital sólida e seria preciso o negócio estar a correr muito mal para se fundirem ou venderem a sua participação. Já quanto a aquisições, no actual momento, não vejo que estas empresas, já com presença no mercado que lhes garante a capilaridade da rede internacional, olhem para o nosso mercado. Menos três. Um raciocínio parecido temos face à Parceiros de Comunicação, integrada numa agência de publicidade. Menos uma. Restam-nos quatro.

Das quatro, a Cunha Vaz & Associados teve cisões e desinvestimentos (BAN e Midland) recentemente, pelo que não são prováveis associações para já. O Grupo GCI tem um posicionamento muito diferente, pelo que o futuro passará eventualmente mais pelo aprofundamento das suas ligações internacionais, do que por operações com empresas de cá. Sobra a YoungNetwork e a LPM.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Bom gosto e errados

Tivémos uma informação há dois meses sobre o Presidente da Républica. Não a publicámos por bom gosto. Provavelmente também não estava certa. E ainda bem.

Já sobre a comunicação de ontem, um despropósito a forma como foi gerida, tanto no tabu de 24 horas que se gerou, como na importância do conteúdo. O povão, agarrado à telinha da tv, religiosamente às oito, não percebeu patavina.

Causas nobres

O homem das causas nobres...desde que escolhidas por si. Opinião de Fernanda Câncio no DN de hoje.