terça-feira, 26 de agosto de 2008

Second Life não corre na Marquês de Abrantes (II)

Comentário de Miguel Albano no do fundo da Comunicação a propósito deste post:

Viva João, antes de mais, permite que te corriga. O post é do Filipe Marques e não meu.

Contudo, aproveito para apresentar a minha opinião sobre o artigo e o SecondLife (SL).

Devo ser dos poucos que vê no SL um projecto de sucesso. Depois de todo o hype e de toda a cobertura mediática sobre o mesmo, facto é que é o líder incontestado dos mundos virtuais (em termos de utilizadores e horas gastas pelos mesmos).

Houve quem soubesse «cavalgar a onda mediática» do SecondLife para benefício próprio. Outros nem por isso e investiram em projectos sem retorno.

Mas em todos os projectos (com ou sem sucesso) se retiraram lições pertinentes e relevantes, quer na forma de relacionamento com as micro-audiências quer na forma como a tecnologia está a evoluir.

Uma organização/marca que tenha experimentado o SL está mais bem preparada para o microPR, a comunicação individualizada com cada uma das suas audiências. Uma organização/marca que tenha experimentado o SL está, sem qualquer dúvida, preparada para os desafios tecnológicos e de comunicação que se avizinham.

Há inúmeras outras razões para considerar o SL como um projecto de sucesso, mas compreendo que a maior parte das pessoas não veja grande potencial na plataforma.

Sempre afirmei dentro de portas que o SL é um projecto de conceito. Veio revolucionar a forma como abordamos os mundos virtuais.

Facto é que hoje em dia temos dezenas de concorrentes, cada um a querer garantir o seu próprio sucesso dentro de um nicho. E aquilo que me é mais relevante é que se abriu uma enorme apetência por parte dos utilizadores para estas plataformas.

Se se eles estão lá, se eles verdadeiramente aceitam e interagem com estas plataformas, pois eu, enquanto organização/marca, tenho de compreender a plataforma (tal como tive que compreender a rádio, o telemóvel, a televisão e a www) e saber interagir com as minhas audiências através da plataforma.

Em 1998 (ainda sem YouTube) já tinhamos a felicidade de ter uma linha dedicada (256 kbps) da Telepac no Marquês de Abrantes. Não tinhamos o PSG na televisão, mas já exportávamos o Afonto Santos e o João Goulão para o CNL (essa grande experiência da televisão em Portugal).

Bons tempos, bons tempos...

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