terça-feira, 26 de agosto de 2008

Second Life não corre na Marquês de Abrantes (IV)

Novo comentário do Miguel Albano como resposta a este:

Viva,

assim que chegar a Lisboa irei corrigir o nosso «tema» do blog de forma a melhor identificar o autor dos artigos. Estou neste momento a passar o km 167 da A2 e editar temas é coisa que não consigo fazer decentemente numa viatura em movimento.

1. No caso do SL, a base não é pequena. Ter 38 mil utilizadores em média todos os dias na plataforma é relevante. Pode, e aí concordarei contigo, não ser relevante ao mercado português. Mais, o SL é relevante pela inovação que trouxe e continua a trazer todos os dias.

2. O problema dos nossos dias é que aparece uma novidade nos EUA e nós vamos todos a correr igualar os nossos congéneres norte-americanos. Como tu bem saberás, o nosso mercado funciona a cerca de 10 anos de distância, com muita pena minha. Se o BES no SL não tem sucesso, a responsabilidade é de quem? Do SL ? do BES ?Curiosamente, nunca soube da presença do BES no SL. Também não sou cliente, não sou parte interessada. Mas se fosse utilizador regular do SL (assumo que não sou) poderia ser um potencial lead da marca.

3. O SL está fora de moda sim senhor. Porque se gerou muito hype. Porque se investiu muito, mas mesmo muito dinheiro e sem retorno. Porque se investiu sem saber qual seria o retorno a obter.O SL não é nem nunca quis ser uma alternativa. É uma plataforma, fruto de uma visão individual. Mas aquilo que possibilitou e possibilita pode constituir retorno, em termos de know how, em termos de processos, em termos de relações, em termos de interacção.O problema é que os marketeers chegaram com uma visão de vini, vidi, vici e colocaram-se ao serviço das marcas.As marcas (e em particular as portuguesas) ainda tem algumas dificuldades em entender os novos paradigmas da comunicação digital, quanto mais do SL.

4. Sem dúvida. Mas quantas organizações conheces tu cujos departamentos de marketing/comunicação estabelecem orçamentos para investigação & desenvolvimento (vulgo, experimentação). Se não o fazem, estão a limitar a sua base de conhecimento. Quem experimentou no SL (vide a IBM, a Cisco, a Dell, a Coca Cola) pode não ter obtido o devido retorno em termos financeiros. Mas qual foi o retorno em termos de a) visibilidade mediática b) know how?

Contudo, há que abordar todos estes projectos com a devida objectividade. Esbanjar dinheiro não é benéfico para ninguém.

5. Com todo o prazer te revelo que não implementámos nenhum projecto no SL. Porque não houve nem há interesse por parte dos clientes.

Mas mais importante que isso, eu não lhe dou um papel fundamental numa estratégia integrada de comunicação digital.O BES, já que abordaste esta organização, possui alguma estratégia de comunicação digital?

De que forma é que a organização aborda os seus stakeholders online? Como é que pretende que eles abordem a organização? É feita a monitorização? É gerida a interacção? A organização comunica sequer através dos meios online?

E, vamos lá saber, que técnicas de avaliação de retorno colocou em prática?(Se me permites, se a organização não souber responder a estas perguntas, pode vir falar comigo :)

Para terminar, não vejo potencial no SL a curto prazo, não no mercado nacional. Mas tu sabes tão bem como eu que hoje em dia nós não podemos ver as coisas com limitação geográfica.

6. Tens razão relativamente a 1999, mas não a Setembro. O João já estava a fazer CNL antes de eu sair em Junho, ou eu estou com as memórias trocadas.O RDIS era uma coisa louca, sem dúvida. Mas foi ultrapassado em Setembro/Outubro de 2008 com a instalação da linha dedicada. Lembro-me perfeitamente porque na altura a PT estava com 3 meses de atraso na implementação de linhas dedicadas, fruto de re-organização de stocks.

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