quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Porque uma agência de comunicação – e o seu líder – nunca terão boa imprensa


1 O obscuro, a imagem de Darth Vader vende mais.

Se perguntarem à maior parte dos fãs de Star Wars quem é a personagem chave, a resposta é simples: Darth Vader.

2 A imprensa não quer volatilizar e fragilizar o seu papel de gatekeeper.
Quanto maior a força de uma agência maior é o temor nas redacções, que permanecem anquilosadas, na influência das mesmas.

3 Os media portugueses acham que o lobista é sinónimo de putrefacção e corrupção, logo têm má reputação.
Enquanto os media não perceberem que o lobi regulado é um sinal de transparência, os media continuarão a contribuir para a opacidade do sistema político e de poderes variados.

4 Jornalistas continuam a achar que as agências são seus inimigos.
Como já expliquei internamente, o lado pedagógico dos consultores de comunicação é tentar promover a cooperação. As agências são parceiras e ajudam o trabalho dos jornalistas. Têm uma relação de confiança com a fonte (pela relação com os clientes) que muitos jornalistas não conseguem. Logo, estão para ajudar e não para dificultar.

5 O poder traz a solidão e cada vez mais inimigos
Quanto maior for a força de uma estrutura maior é a probabilidade de se criar invejas. Então em Portugal!

Assim, tanto ao Luís Paixão Martins como ao António Cunha Vaz, não era difícil de prever que as peças sobre eles não fossem brilhantes.
São dois dos mais importantes players do sector, portanto, o seu peso – e de todas as outras agências de comunicação sérias – e a sua acção ainda são encarados de forma muito duvidosa.
É um trabalho que os profissionais de comunicação deste sector têm de ter em conta mesmo no dia-a-dia do seu trabalho.
Também tenho a certeza que se recorressem a outros “especialistas” a aconselhar consultores – uma nova fórmula que desconhecia, mas pretendo acompanhar – não teriam melhores resultados.
A imprensa (ainda) não gosta das agências de comunicação.

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