Voltando ao tema dos soundbytes...
O soundbyte perdura mais tempo na cabeça dos receptores, daí a sua importância vital na comunicação. Muitas vezes, o soundbyte descodifica conceitos para o receptor. A grandeza dos números é disso exemplo. A partir do milhão, ou melhor, dos milhões a cabeça do cidadão comum não está preparada para processar e reter de forma clara, por falta de hábito, a informação. São valores que não fazem parte do nosso quotidiano.
Uma das formas de os clarificar é partindo por parcelas, por métricas mais pequenas, que tragam a ordem de grandeza para valores próximos dos preços de todos os dias. Por outro lado, a técnica do comparativo com valores quotidianos também melhora a percepção e faz perdurar a mensagem na cabeça dos públicos.
Reparem no seguinte exemplo:
- Em média, cada CEO das 500 empresas do índice da Standard & Poor’s (da bolsa de Nova Iorque), recebeu 14,6 milhões de dólares de salário e de prémios em 2007.
Ok, ficamos a saber que é muito dinheiro, mas quanto são 14,6 milhões de dólares?
- Outra coisa é ler que cada um destes CEO’s ganhou 4.000 dólares por hora trabalhada no ano passado.
Este valor já dá para fazer a tal aproximação aos valores do dia-a-dia.
- Outra coisa ainda é tomar nota que 3 horas é o tempo que estes CEO’s têm de trabalhar para ganhar o mesmo que um trabalhador de salário mínimo no ano inteiro
Façamos os três títulos:
- CEO do S&P500 recebe 14,6 milhões em 2007
- CEO do S&P500 faz 4.000 por hora
- Três horas de CEO valem um ano de salário mínimo
(para não alongar o título, situaria no lead que se tratavam de CEO’s do S&P500)
Qual vos ficaria no ouvido?
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Números que ficam no ouvido
Publicada por Anónimo à(s) 14:33:00
Etiquetas: do fundo da comunicação, joao duarte, soundbytes, SP500, youngnetwork
Sem comentários:
Enviar um comentário