sábado, 28 de fevereiro de 2009

Vai haver vida depois da crise

Por Bruno Cardoso*

Ainda na passada semana em reunião com a CGD me apercebi que pelo menos este banco está a aproveitar as oportunidades da crise.

Tal como vem em qualquer livro de boa gestão, é em época de crise que é mais importante levantar bem a cabeça e aproveitar todas as oportunidades que o mercado nos dá.

Numa altura em que outros bancos estão a aumentar spread’s por decreto, ou a recusar os pedidos de financiamento que não tenham garantia real, aval e outros “colaterais”, a CGD está a apostar em ganhar quota de mercado, apostando nas mesmas PME que os outros bancos não querem por não serem “filhos de pais ricos”.

É bem verdade que a CGD está a “herdar” dos filhos de pais ricos, que não tiveram o mínimo problema em usar e abusar de influências para enriquecer rapidamente à custa do erário público, diria por falta de berço.

Mas a boa notícia é saber que é este mesmo banco que tem atitudes de gestão adequadas à situação em que vivemos, não metendo a cabeça na areia e apostando nas PME que neste momento mais precisam e que no futuro serão os clientes mais cobiçados.

Apesar do estigma de ser “banco do Estado”, é neste momento dos poucos bancos com atitude positiva, e que está a fazer a aposta naquilo que todos os indicadores dizem ser a solução para esta crise, aproveitando a inércia dos restantes.

A verdade é que vai existir vida depois da crise, o mundo não vai acabar com esta crise, por isso acreditem, só vai ganhar no futuro, quem trabalhar no presente.

*CFO, Grupo YoungNetwork
Colunista Convidado

O que queremos da vida?

Por Raquel Fortes*

Kate Winslet sempre soube o que queria, um Óscar. E recebeu-o este ano como melhor actriz pelo seu desempenho em “The Reader”. Ainda mais merecido pela sua excelente actuação em “Revolutionary Road”.
O seu desempenho é inquestionável ao nível da expressão de tão diferentes emoções: raiva, paixão, sofrimento contido, tristeza, ilusão, amargura… loucura. Só uma grande actriz consegue transformar-se de uma forma tão natural e segura num só filme.
Kate interpreta uma dona de casa, aspirante a actriz, profundamente infeliz com o rumo que a sua vida leva. Os seus dois filhos, a casa com jardim nos subúrbios e o marido (papel interpretado por Leonardo DiCaprio) com o emprego seguro não são suficientes para a preencher.
É na ilusão de um futuro em Paris que a personagem se agarra, num acto desesperado de encontrar um objectivo para a sua vida.
Ninguém sai indiferente de um filme que questiona a felicidade. Felicidade é uma vida segura, rodeada de crianças felizes, uma casinha, tudo ao sabor de uma harmoniosa rotina? Ou felicidade é ter-se objectivos e sonhos que se buscam todos os dias?

* Directora-Geral, NewsSearch
Colunista Convidada

Preço

O preço a pagar para ter a TVI24 na grelha.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O principal perigo das redes sociais

As redes sociais trazem múltiplas oportunidades, muitas ainda não potenciadas.
Fazem novos contactos, retomam-se velhas amizades, cria-se “networking”.
Mas para os fanáticos da comunicação “online” fica muitas vezes esquecida, com isso, a comunicação “offline. Isto é, o contacto directo entre as pessoas, o principal cartão de visita de cada um, a criação de empatias, o factor humano.
Cesare Pavese, um dos maiores escritores do século XX, dizia que «todo o problema da vida encontra-se em como romper a própria solidão e como comunicamos com os demais».
Assim, esta reflexão mantém-se actual (e será sempre) com o reforço das redes sociais.
Deixo também esta reflexão do Fresh Networks.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

A ciência-chave para um consultor de comunicação

The Wire é uma das melhores séries americanas dos últimos anos, com carimbo HBO. Sobre a luta constante entre polícias e traficantes de droga em Baltimore, estado de Maryland.
Na terceira temporada, que acho ainda não passou em Portugal, e que acabei de ver há dias, para lá de uma divagação psicológica de «como se pode proteger um homem de si próprio», aparece um consultor de comunicação a fazer um media-training (apenas uma ferramenta na actividade do conselho em comunicação) a um proto-candidato a “mayor”. Conselhos:

.Fale mais calmamente
.Tente fixar o olhar nos interlocutores
.Faça-os pensar que eles são importantes
.Use expressões quentes e abertas
.Nada acutilante que morda

Sempre defendi que os momentos de lazer são fundamentais para se ter boas ideias e aprender sempre algo mais. Recomendo “The Wire” por ser uma série genial e por se aprender muito sobre a natureza humana. A ciência-chave para um consultor de comunicação.

PS: Há duas semanas, o Carlos Martinho – um bom jornalista da “Briefing” – fez uma nota chamando a atenção de que os blogues de comunicação estavam a escrever pouco sobre comunicação. Referia-se, naturalmente, aos profissionais e com currículo no sector. Concordo com ele, faço também um “mea culpa” e prometo que, dentro da disponibilidade possível, entrarei mais por um campo em que posso dar algum contributo teórico e prático.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A lei do cardeal Richelieu

Considero Armand-Jean du Plessis uma das figuras mais fascinantes da história política. O cardeal Richelieu ficou muito mais conhecido como uma figura mesquinha e intriguista desenhada por Dumas nos “Três Mosqueteiros”, mas ele foi um genial homem de Estado e da Razão de Estado.
Este fim-de-semana li o seu “Testamento Político”, com um magnífico prefácio de Diogo Pires Aurélio (um grande analista político há muitos anos no “Expresso”, no tempo da mítica “Revista”) e editado pela Temas & Debates, e partilho com os leitores algumas ideias que não são só de política, mas que se aplicam a outras ciências.

«Em política, o ser é intrinsecamente um modo de aparecer».

«A guerra é justa para aqueles a quem é necessária».

«O homem mais hábil do mundo deve escutar frequentemente a opinião até daqueles que considera menos hábeis do que ele».

«De todo o tipo de conselhos se tiram benefícios; os bons são úteis por si mesmos e os maus conselhos confirmam os bons»

«É a cabeça, e não os braços, que governa e conduz os Estados»

Conhecer o povo

Já escrevi que o marketing e a comunicação têm preceitos universais, mas depois a sua aplicação varia consoante a cultura e a tradição dos povos.
O caso mais visível do ano passado foi o que se passou em Itália. Walter Veltroni copiou integralmente a campanha de Obama, apoiado no slogan “Si, puó fare”. Foi dizimado e a esquerda ainda perdeu o seu reduto seguro que era Roma.
Ali, em Itália, como relatava o “El Mundo” deste sábado com um grande perfil – macho latino – de Sílvio Berlusconi, a sociedade é diferente e convive bem com este tipo de declarações: «durmo três horas por noite e dedico outras três horas a fazer amor», Berlusconi dixit.
No Brasil, numa atitude que motivou grandes protestos, durante o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro, Lula atirou para a multidão preservativos.
Em qualquer parte do mundo não faltariam os críticos de tais aforismos e de tais gestos, mas o que é certo é que estes líderes compreendem o povo e alma dos respectivos países. Resultado: Berlusconi é PM e Lula tem 86% de popularidade quase no fim do segundo mandato. O melhor score de sempre.
É sempre importante estar sintonizado com o que o povo gosta, compreendê-lo, aprender a conhecê-lo.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Homenagem

Este post serve para homenagear autor e texto. Ler agora, já. Imperdível, por Pedro Santos Guerreiro.

PS: Já repararam há quanto tempo não aparece um novo grande empresário em Portugal?

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Direcções

Aí está o Direcções, o blog que agrupa alguns actuais e ex-directores, e ex-adjuntos, do Jornal de Negócios. Para já o Pedro (Santos Guerreiro) lidera a palavra em toda a linha.

ps: não gosto da opção "(ver mais)". Os textos são suficientemente curtos para estarem todos na home.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Vento de popa

A mentalidade vigente entristece e leva-nos para o fundo. A crise, a crise, a crise. Tudo como consequência da crise, internacional ou estrutural doméstica. Vai daí, gestores e empresários acobardam-se e escondem a incompetência, a falta de rasgo e a estreiteza de vistas. Puxam do manto do pai protector Estado e esperam que a boa guarida pública aligeire os seus resultados.

Nah. A hora só pode ser dos hereges, dos que aguardam há anos por este momento, por tempos mais fáceis proporcionados pelos carneiros que seguem outros carneiros, pelos que são invertebrados nas convicções, os que gastam tudo e mais um par de botas na bonança para logo virarem do avesso e nada investirem na tempestade. Para não mais sairem da teia.

Este é o conselho:

Quem acredita, quem se empenha, quem está apaixonado pelo que faz não precisa que o vento esteja de popa para navegar rumo ao destino. Para vencer. O momento convida ao risco, à postura do herege, para aproveitar a alma pequena dos instalados. "Quando todos forem gananciosos, tenha medo. Quando todos tiverem medo, seja ganancioso", manda Warren Buffet.

Dissonância cognitiva

Gosto muito deste blog. Aprende-se bastante sobre comunicação.

Por exemplo, este texto sobre como dar más notícias. Na comunicação de crise é isto que se deve fazer: contar tudo de mau de uma só vez, e se for necessário exagerar os conteúdos negativos.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Soundbyte do Twitter

Soundbyte de hoje, a discutir o Prós e Contra no Twitter, onde estive ocasionalmente activo. Vem de Nuno Santos e a frase para o vosso top of mind é......




...."Proibir os gays de se casarem é uma mariquice."

José Sócrates rules!

Que nem uns patinhos. Nunca o PM pensou que se calaria a esquerda foclórica com tão pouco. Divertido que está José Sócrates, ao olhar para o televisor e ver a esquerda, de dentes cerrados, ocupada na defesa do casamento entre iguais.

Logo ele que meteu o casório na agenda para namorar a esquerda das pequenas causas. Logo ao primeiro assalto, meteu-a no bolso, vergada com este doce.

José Sócrates rules!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Clientes egoístas...

...aqueles que querem os conselhos segredados ao ouvido, evitando as gabarolices públicas dos seus consultores.

Clientes com peso...

...aqueles que mandam calar os bloggers.

António Costa com Savora

O actual presidente da câmara de Lisboa detectou o seu ponto fraco: a ausência de obra.
Vai daí, tanto pelas ruas de Lisboa como na televisão – vi ontem a seguir ao Porto – espalhou: “Obra a Obra Lisboa melhora”. É para isso que serve o marketing político.
Lembram-se do anúncio histórico da mostarda Savora?
«Com Savora, toda a comida melhora».
O problema é que a Lisboa não lhe basta mostarda.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Regras para bloggers relations

Bom artigo do Carlos José Teixeira no Fractura.

Os conselhos para os consultores de comunicação são:

1. Conheçam o blog (sigam a regra: antes de falar com um blogger, leiam no mínimo os seus últimos 20 posts)
2. Façam parte da comunidade para serem aceites
3. Personalizem a informação
4. Iniciem a conversa, a comunicação é um diálogo
5. Continuem a conversa, a comunicação é um diálogo de longo prazo
6. Cumpram o que prometem, isso é reputação (prometer é apenas branding)

Obrigado Carlos.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

JSD plagia Pinócrates

do fundo da Comunicação sabe que a JSD plagiou este cartaz e a figura do Pinócrates. Certifique-se aqui.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Ranking redes sociais (Janeiro 09)

Fonte: Compete.com

Amor proibido

Mulher apanha marido no Second Life. Ler aqui.

Red Bull in F1 2009, by Vettel



Que grande vídeo de apresentação da Red Bull para a temporada 2009. A fazer crescer água na boca.

O caminho dos NOSSOS: Objectivos 2009 (iv)

Apesar de formado em Economia não vou ao ponto de confundir objectivos com valores. Acontece que o nosso objectivo para 2009 é cumprir os 7 pecados: Paixão, Fé, Empenho, Iniciativa, Mudança, Coragem e Felicidade.

O resto... "comes with the job".

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Manobra de Cristo

Marcelo ensaiou uma manobra genial. Atacou Manuela, deixando envolto em nevoeiro a possibilidade de Cristo descer de novo à Terra, e no dia seguinte conseguiu que todas as distritais, com excepção do Porto, manifestassem em uníssono solidariedade com a líder do partido.
Eu, que falei ontem com alguns, sei que foi manifesta hipocrisia numa altura em que a S. Caetano negoceia lugares em todas as listas para as próximas eleições.
Mas, neste momento há duas coisas que são certas:

.O PSD não merece neste momento ser Governo. E falta pouco tempo para recuperar.

.Nenhum português, neste momento, acredita que Manuela vá ganhar o que quer que seja.

O caminho dos NOSSOS: Objectivos 2009 (iii)



O vídeo do making of.

O caminho dos NOSSOS: Objectivos 2009 (ii)


Montagem de ontem à noite para surpreender os nossos hoje de manhã. O mural tem mais de seis metros de comprimento por dois de altura.

O caminho dos NOSSOS: Objectivos 2009 (i)


Foram definidos os objectivos para este ano, revelámos no kick-off no início de Janeiro e agora por ideia da Ana e execução da Alexandra foram escritos no mural de entrada da YoungNetwork. Os sete pecados de 2009 serão estes.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

YoungNetwork entrevistada pela TSF

Entrevista à TSF, Negócios sem Fronteiras, foi para o ar este sábado. Aqui, em nome do Grupo, falo na entrada na Croácia, no crescimento de 70% lá, na perspectiva de nova aquisição este ano, no objectivo dos 30% e na mentalidade que temos.

Red Bull voa em Las Vegas

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Manobras na televisão *

Também tenho dúvidas sobre o 5º canal. Cada vez mais sou dos que defendem a privatização da RTP e que a 2 fique com responsabilidades de serviço público e de modelo alternativo aos generalistas.
Não faz sentido, a não ser pelo tique de controlo governamental da informação, que ano após ano se injecte milhões numa televisão que, ainda por cima, também é financiada pelo mercado publicitário.
O investimento publicitário em televisão vai ser muito menor este ano e ainda vai aparecer a TVI 24. O mercado vai fluir, naturalmente, mas a oferta de qualidade vai baixar e irá crescer o telelixo por minuto quadrado. De manhã, à tarde e à noite a oferta dos três canais é praticamente similar. E mais um não vai trazer nada de novo.
No cabo, a SIC-Notícias poderá ser beliscada neste arranque pela TVI, enquanto a RTP-N não descola apesar do investimento feito. Vai ser uma luta interessante, mas sabemos como os hábitos demoram algum tempo a ser alterados.
Deixo uma nota para uma das manobras de marketing mais bem feitas dos últimos tempos: a substituição, por motivos de gravidez, de Fátima Lopes. Só no último momento se descobriu que a estrela era Merche Romero, que é uma das mulheres com melhor energia e simpatia em televisão, apesar de todas as notícias das revistas sociais que causam ruído na sua reputação. Também será uma luta interessante agora que a TVI estava a ganhar neste horário.

*Publicado hoje no OJE

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Sá Fernandes, o Poeta

A modéstia não é um predicado de José Sá Fernandes.
Na Sábado diz: «O BE atrelou-se a mim».
Eu prefiro dizer que este senhor calado é um poeta.

Sondagem Expresso/SIC má para Manuela

Há muita expectativa para a próxima sondagem a ser publicada esta semana pelo Expresso/SIC. É que vai ser a primeira após o caso Freeport e poder-se-ão aquilatar os efeitos sobre o PS e um possível crescimento do PSD.
Confio em algumas conversas de bastidores, e pelo que me dizem o PS só cairá um ponto ficando na casa dos 40 por cento.
O problema é que o PSD e Manuela também vão cair pelo que me dizem. Ficará com 29%, o que continua a ser trágico.
BE será a 3ª força, subindo, com mais de 10% e a CDU e o CDS também vão subir.
Desta vez o que dirá Manuela? Que esta sondagem não é credível?

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

A cadeira do poder

A nova série da SIC sobre Salazar vai passar a ideia de que ele morreu por ter caído na banheira.
A tese histórica é a famosa queda da cadeira, que até o Expresso recriou há pouco tempo.
Se foi na banheira, é algo de humano, muito afastado da imagem quase transcendental e mística do ditador que vivia e decidia sozinho. Pela Pátria, dizia ele.
A queda da cadeira tem muito mais a ver com a construção da austera aura de poder imanente a Salazar. Os seus saudosistas preferirão a cadeira.

Freeport

Confesso que andei duas semanas fora da blogosfera, por isso não sei muito o que se escreveu por aí (aliás, se me mandarem algo semelhante ao que vou dizer, de imediato farei referência).
Mas nos meios tradicionais não ouvi ninguém comentar e reflectir sobre uma coisa, que não deve ser esquecida em termos de pedagogia democrática.
Se o envolvido (se alguém está envolvido…) neste caso fosse um qualquer ministro do Governo, ainda alguém acredita que ele estaria em funções?

Génios

“Revolutionary Road” é um filme genial.
Sam Mendes é um realizador genial (fez antes “American Beauty” e o muito subvalorizado “Road to Perdition”).
Kate Winslet é genial.
Di Caprio é genial.
Thomas Newman, autor da banda sonora, é um génio. (Antes tinha feito “American Beauty”, “Road to Perdition”, “Erin Brockovich” e “Sete Palmos de Terra”, entre outros).
Um dos filmes do ano.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Exacto

Acrescento ao Rodrigo. Quem pede impõe condições. Quem dá impõe condições. Se ambas forem mutuamente exclusivas não há entrevista. Se houver consenso temos artigo. Ponto final. Parágrafo. Próximo assunto.

Um destes dias... (actualização)

O oitavo cliente também é tecnológico. Obrigado, João.

Alô presidente: até ao fim

Hugo Chávez baralha e dá de novo. Ler aqui.

Queríamos 100%

Nem só de New Business se faz o nosso crescimento de 60%. A outra arma responde pelo nome de fidelização. O nosso objectivo é reter os 100% de clientes, embora saibamos por A+B que seja quase impossível isso acontecer, porque:

1. O cliente deixa de ter dinheiro;
2. O cliente internaliza a função de RP;
3. O cliente sai do país (ou funde-se com outra empresa);
4. O cliente não acredita que as RP o possam ajudar;
5. O nosso interlocutor dentro do cliente troca (e por vezes o novo interlocutor está fidelizado a uma outra agência; acontece muito connosco ao contrário - o último cliente que ganhámos já trabalhou connosco em três diferentes empresas);
6. O cliente não gosta do trabalho da agência.

Ou seja, o saco está roto.

A agência deve preocupar-se sobretudo se a causa da perda for a qualidade do seu serviço, embora possa ter também responsabilidades na decisão do cliente internalizar ou abandonar as RP.

No caso do Grupo YoungNetwork, acresce que quando se tem mais de 80 clientes com contrato anual, maior a probabilidade de alguma das seis causas ocorrer num cliente.

Queríamos os 100%, mas não vale chorar quando se consegue renovar contrato com mais de 90% dos clientes.

Um destes dias...

...comunicamos um dos oito clientes de fee mensal que já ganhámos em 2009. Até lá vamos escolher qual é que nos apetece anunciar primeiro.

Por grandes grupos, os clientes foram:

- Uma câmara da Grande Lisboa
- Dois da área desportiva
- Um de logística
- Um tecnológico
- Um financeiro
- Um da distribuição
- E um outro em que preciso de falar com o responsável de New Business porque não sei classificá-lo

Melhor cognome

O cognome que todos queremos ter. O melhor, segundo Seth Godin, é o artigo definido, que define toda uma categoria. Ler aqui.

Remarkable

Aí está! Ideia que gera buzz, word-of-mouth e vendas. Se é remarkable vale a pena falar dela. É da Hyundai e vem dos Estados Unidos. Ver aqui.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

A soldo das audiências

Para reforçar o que aqui é dito pelo Salvador: em 2008 foram publicadas mais de 11.800 notícias relativas a clientes que trabalham com a YoungNetwork; nem uma foi publicada por algum jornalista estar a soldo.

Mais. Onde está o poder das agências do Governo e da "máquina socrática" sobre os jornalistas, quando o PM está a ser trucidado nos Media? Ah, agora estão a soldo do PSD? E quando trucidaram Santana Lopes estavam a soldo de quem? Do PS e de José Sócrates?

Os Media estão a soldo sim, mas não das agências nem de um partido. Estão a soldo das audiências. São as audiências, que preferem entretenimento a informação, que desviam os Media e os jornalistas da sua missão. Nem sempre. Mas mais vezes do que deviam.