Também tenho dúvidas sobre o 5º canal. Cada vez mais sou dos que defendem a privatização da RTP e que a 2 fique com responsabilidades de serviço público e de modelo alternativo aos generalistas.
Não faz sentido, a não ser pelo tique de controlo governamental da informação, que ano após ano se injecte milhões numa televisão que, ainda por cima, também é financiada pelo mercado publicitário.
O investimento publicitário em televisão vai ser muito menor este ano e ainda vai aparecer a TVI 24. O mercado vai fluir, naturalmente, mas a oferta de qualidade vai baixar e irá crescer o telelixo por minuto quadrado. De manhã, à tarde e à noite a oferta dos três canais é praticamente similar. E mais um não vai trazer nada de novo.
No cabo, a SIC-Notícias poderá ser beliscada neste arranque pela TVI, enquanto a RTP-N não descola apesar do investimento feito. Vai ser uma luta interessante, mas sabemos como os hábitos demoram algum tempo a ser alterados.
Deixo uma nota para uma das manobras de marketing mais bem feitas dos últimos tempos: a substituição, por motivos de gravidez, de Fátima Lopes. Só no último momento se descobriu que a estrela era Merche Romero, que é uma das mulheres com melhor energia e simpatia em televisão, apesar de todas as notícias das revistas sociais que causam ruído na sua reputação. Também será uma luta interessante agora que a TVI estava a ganhar neste horário.
*Publicado hoje no OJE
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Manobras na televisão *
Publicada por Rui Calafate à(s) 10:14:00
Etiquetas: do fundo da comunicação, Merche Romero, RTP, Rui Calafate, SIC, TVI, youngnetwork
2 comentários:
«Não faz sentido, a não ser pelo tique de controlo governamental da informação, que ano após ano se injecte milhões numa televisão que, ainda por cima, também é financiada pelo mercado publicitário.»
Não podia estar mais de acordo. O actual modelo não é carne nem é peixe.
É a primeira vez que leio artigos do Rui Calafate desde que cheguei à Young e vou manter-me atento com bastante interesse.
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