Quando o JD me falou do seu projecto para os jovens universitários achei muito positivo.
Como é óbvio, também assim é a acção da Lift, reproduzida pelo Salvador, e a da GCI, contada pelo Rodrigo. Como outras que possam existir.
E, como lhe disse, vou dizer aquilo que acho mesmo.
O problema das nossas universidades com cursos de comunicação social – pelo menos era no meu tempo e acho que ainda é – é que estão “vocacionadas” (entre aspas, reforço) para criar jornalistas.
Isso, para mim, neste momento, está completamente errado. É brincar com as expectativas dos estudantes e entrar nas carteiras de quem paga os cursos. Claro que depois há mestrados e pós-graduações.
Mas a verdade é que o mercado do jornalismo será cada vez mais exíguo, enquanto as agências e as assessorias especializadas em comunicação terão de ser mais profissionais e esse é o mercado do futuro.
Muitos professores nem sabem o que é uma agência de comunicação e alguns julgam saber o que é uma redacção.
Todo o esforço para colocar no «top of mind» dos alunos as Relações Públicas e as Agências de Comunicação será agradecido no futuro por eles e por quem lhes paga os cursos.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Formação (2)
Publicada por Rui Calafate à(s) 16:19:00
Etiquetas: agÊncias de comunicação, do fundo da comunicação, Relações Públicas, Rui Calafate, youngnetwork
3 comentários:
Eu hoje não vos largo... ;)
Não podia estar mais de acordo.
E é por isso que faço o elogio à única licenciatura do país com uma especialização em assesoria de comunicação.
(http://www.icicom.up.pt/)
Com um plano curricular insuficiente face ao que são as exigências de uma agência mas ainda assim a única que tenta uma aproximação entre o mundo académico (através, por exemplo, de professores que trabalham em gabinetes de comunicação) e a prática profissional da consultoria de comunicação.
Espero, sinceramente, que daqui a 5 anos - e com a ajuda de iniciativas como esta - não tenha que explicar a 90% das pessoas que me perguntam o que faço o que é um consultor de comunicação!
que dizer das escolas (universidades e politécnicos) e dos seus cursos de licenciatura em comunicação empresarial ou relações públicas... deprimente.
estas acções só pecam por raras.
para além disso, como creio ter dito já por aqui, só creio ser pouco tempo de formação.
depois... há a questão de alguns alunos terem que pagar. mas isso é outra coisa.
Com alguma timidez tenho que admitir que tive professores de disciplinas específicas que ainda hoje tentam perceber o mistério das agências de comunicação. Esse bichinho que move públicos e que parece que tenta esconder a fórmula mágica de como conseguir visibilidade. Mas o que continua a ser importante é preencher os cursos mesmo que não se perceba muito bem qual a sua finalidade (pergunto-me se já se deram conta que existem instituições superiores a mais em Portugal).
Entretanto, nós os persistentes, caímos de pára-quedas em agências de comunicação frenéticas onde o trabalho que nem sabemos qual é tem que estar feito ontem. Se não temos a sorte de nos calhar o Erasmus na rifa, entramos na selva de conceitos e acções sem prevenção.
E quanto lamento ter que redefinir o meu discurso cada vez que me perguntam 'Mas afinal o que fazes concretamente na agência? É publicidade?' De tantas vezes simplificar a definição acabo por não fazer jus à minha profissão.
Continuo na esperança das universidades unirem as Relações Públicas e o Marketing numa só ciência - a Comunicação - que aguarda pela Gestão para caminhar a seu lado.
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