quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Mano-a-mano

Rouba o livro à mulher. Lê à socapa, nao passa da 45. Mas já percebe que gosta. Talvez uma escrita cuidada em demasia, muito adjectivada, virada para a crítica intelectual. Sevilha, Maestranza, 1915, dia de mano-a-mano: Joselito enfrenta Belmonte*. Tradição contra irreverência. Faena de doutrina contra devoção temerária. Claques organizadas por matador. Na arena, verónicas e pases de pecho na capa, bandarilhas no intermédio e derechazos e naturais na muleta para completar “o tércio da morte”. O estoque direito ao touro para coroar a faena. A arena aos pés do leitor. Olé Miguel!

*Blogografia: Marca de morte.

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