No nosso Grupo temos uma política sobre estágios: só entram estagiários se forem necessários e houver perspectiva futura de integração.
Quando os recém-formados entram na empresa há sempre trabalho, muito trabalho, que os espera. Pagamos-lhes, pouco, e investimos na sua formação. Sabemos à partida que nem todos vão vencer aqui. Quem passa o primeiro teste sabe que a boa nova traz outras responsabilidades e outros desafios.
Tentamos seleccionar candidatos com potencial, mas nem sempre acertamos. É difícil perceber por entrevistas se ele serve. Precisamos de o testar em ambiente de combate.
Queremos que estas pessoas evoluam e nada como o trabalho de campo para o fazer. Um consultor sénior supervisiona e acompanha o estagiário, entregando-lhe um conjunto alargado de tarefas.
Em troca queremos vontade, suor e talento.
Há 15 dias aconteceu um facto inédito na agência. Um recém-chegado para cumprir estágio, recusou-se a ir buscar algumas revistas porque, alegou então, "não tinha andado a estudar quatro anos para ir buscar revistas".
Sabemos que somos uma empresa jovem, informal, irreverente, mas não vivemos no caos. Há ordem e hierarquia.
Tive conhecimento da situação por esclarecedor email do director dessa unidade de negócio, que aproveitou para explicar este enquadramento a toda a equipa.
A imaturidade está cara. Soube que o jovem marujo teve cinco minutos para recolher os pertences e abandonar o navio.
Quando os recém-formados entram na empresa há sempre trabalho, muito trabalho, que os espera. Pagamos-lhes, pouco, e investimos na sua formação. Sabemos à partida que nem todos vão vencer aqui. Quem passa o primeiro teste sabe que a boa nova traz outras responsabilidades e outros desafios.
Tentamos seleccionar candidatos com potencial, mas nem sempre acertamos. É difícil perceber por entrevistas se ele serve. Precisamos de o testar em ambiente de combate.
Queremos que estas pessoas evoluam e nada como o trabalho de campo para o fazer. Um consultor sénior supervisiona e acompanha o estagiário, entregando-lhe um conjunto alargado de tarefas.
Em troca queremos vontade, suor e talento.
Há 15 dias aconteceu um facto inédito na agência. Um recém-chegado para cumprir estágio, recusou-se a ir buscar algumas revistas porque, alegou então, "não tinha andado a estudar quatro anos para ir buscar revistas".
Sabemos que somos uma empresa jovem, informal, irreverente, mas não vivemos no caos. Há ordem e hierarquia.
Tive conhecimento da situação por esclarecedor email do director dessa unidade de negócio, que aproveitou para explicar este enquadramento a toda a equipa.
A imaturidade está cara. Soube que o jovem marujo teve cinco minutos para recolher os pertences e abandonar o navio.
4 comentários:
A minha Jane, que trabalha na àrea da advocacia, também me tem dado conta da crescente falta de humildade por parte dos estagiários com quem se vai cruzando. Acho que é uma matéria sociológica que pode ser "deliciosa" de analisar. Tens alguma análise do evoluir da situação e das razões para tal?
Caro Tarzan, não tenho. E nunca pensei bem nisso. De qualquer forma, sei que existe a tendência para dizer que antes é que era bom, e que os estagiários, os miúdos, a vida, etc. agora são muito piores. Francamente não sei se está pior. O Grupo YoungNetwork tem sete anos e foi a primeira vez que aconteceu esta situação. Mas por outro lado, a primeira vez que tive que despedir alguém cá foi ao fim de um ano: um consultor que todos os dias tinha um problema que o impedia de chegar antes das 11 à agência. E também foi coisa que não voltou a acontecer.
No nosso caso específico, acho que com o crescimento da empresa (somos agora mais de 40) vão surgindo mais situações inéditas. E a informalidade da nossa empresa também pode propiciar. Mas não confundir informalidade com porreirismo. Eu e os colegas de direcção não somos gente porreira.
Sinceramente, a culpa nem é dos miúdos. Quando estagiei (numa das tvs privadas), sujeitei-me a muita coisa e cheguei a fazer 20h por dia. Valeu bem a pena! Disciplinado e cumpridor, com noção da posição última que ocupava na hierarquia, esforcei-me. Eram aqueles meses. Não andava a acartar caixotes, mas fazia-o se fosse preciso. E, paralelamente, consegui muitas vezes o que todos os estagiários desejam - ir para o ar (má política do referido OCS... mão de obra barata... precariedade... essa é outra conversa).
O problema é que o mito "vais para lá tirar fotocópias" continua bem vivo e cria preconceitos nos mais orgulhosos. "Eu não me vou sujeitar a isso", "eu não sou escravo", pensam. Pais e colegas não ajudam e, quando é preciso trabalhar, preconceito e orgulho falam mais alto.
Não sou muito adepto deste lugar comum, mas, de facto, hoje, tudo está mais fácil e os jovens pensam que tirar um curso lhes dá e/ou deve dar direito a uma profissão e a um bom salário. Acredito que, se fossem politizados, não pensariam assim. Mas não têm noção de nada. Pior que a geração rasca, só a geração Morangos com Açúcar...
RC
«tendência para dizer que antes é que era bom»
Pois, se calhar exagerei no exemplo. Sempre houve histórias de estagiários mais empinados. O crescimento da proporção destes "indesejáveis" é que preocupa a minha Jane. Mas tem óptimos estagiários a trabalhar este ano.
Enviar um comentário