sexta-feira, 26 de junho de 2009

A questão dos embargos

Ao longo da semana foram sendo anunciados os vencedores das 11 categorias do festival de Cannes. O processo repete-se. De manhã os jornalistas são os primeiros a conhecer os vencedores, numa conferência de imprensa onde estão presentes os jurados que avaliaram a categoria. À entrada para a sala, um espaço de acesso controlado, é entregue a lista, em que a primeira página é ocupada com um enorme ‘embargo’ a relembrar que só a partir da cerimónia de entrega desses prémios, à noite, é que se pode veicular os vencedores. Os meios de comunicação aqui presentes (e são às centenas) respeitam o embargo. Os jornalistas de línguas portuguesa e espanhola não. Na origem de tudo isto estão os brasileiros e os argentinos. A organização fecha os olhos já que correspondem a dois dos países que inscrevem mais trabalhos e delegados em Cannes. Aos portugueses, e este ano éramos poucos, não resta outra alternativa a não ser ignorar as regras. É que os brasileiros divulgam nos seus sites o máximo de informação que podem, incluindo a relativa ao mercado português.

Rui Oliveira Marques (Meios & Publicidade)

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