Esta semana fomos bombardeados com “meninos de ouro”.
É a biografia autorizada de José Sócrates com este nome e foi Paulo Rangel assim também apelidado pelo Expresso. Qual deles, afinal, será?
O primeiro “bambino d`oro” de que ouvi falar foi uma lenda da “squadra azurra”, Gianni Rivera, um ícone do futebol italiano dos anos 70.
Mas os verdadeiros “meninos de ouro”, os que recomendo são os que se encontram nas páginas de um livro genial de uma das nossas maiores escritoras, Agustina. Sempre a revisitar na edição da Guimarães.
«As doenças não só são as viagens dos pobres, são também as escoriações belas dos ricos»; «quando se localiza o medo de alguém tudo é permitido»; «as pessoas são acometidas de um desejo desmesurado de se relacionarem com o seu próprio retrato, mas retrato infiel, só que implacável na sedução que exerce».
«Todos queremos ser o que não somos», escreve, nos seus “meninos de ouro”, Agustina.
É para isso que servem biografias autorizadas e panegíricos na imprensa.
segunda-feira, 30 de junho de 2008
“Os meninos de ouro”
Publicada por Rui Calafate à(s) 14:33:00
Etiquetas: Agustina Bessa Luis, do fundo da comunicação, José Sócrates, Paulo Rangel, Rui Calafate, youngnetwork
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