No marketing político há preceitos, teorias e truques gerais, mas tudo varia consoante a cultura dos povos.
Não há soluções e sugestões aplicadas num local que tenham garantidamente aplicação de sucesso noutro lugar do planeta.
Senão, vejamos, como seria a reacção em Portugal, nos EUA, em Inglaterra a estas declarações:
«Itália é um grande país para os investidores…hoje temos menos comunistas e os que ficam negam tê-lo sido. Outra razão de peso para investir em Itália é que temos belas secretárias…raparigas soberbas».
«Desta vez não vou mandar mulheres bonitas para deputadas…temos outras coisas boas para fazer com elas».
Em qualquer parte do mundo, um líder político seria trucidado por estas declarações machistas.
Mas estamos em Itália e estas palavras são de Sílvio Berlusconi.
E isto, para quem conhece Itália, está muito mais próximo da sua cultura do que fórmulas copiadas a Obama.
Por isso ganha. E ainda por cima porque tem o Milão (futebol), a Mediaset (televisão e os canais que mais despem as bailarinas e assistentes de programas) e é milionário.
Itália é a pátria de “La Piovra”, não nos podemos esquecer disso.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
A bela Itália (II) e o marketing político
Publicada por Rui Calafate à(s) 16:08:00
Etiquetas: comunicação política, do fundo da comunicação, Itália, marketing político, politica, Rui Calafate, youngnetwork
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