Na terça escrevi que tinham ficado dois temas para comentar enquanto estive fora. O primeiro retratei no post Quem tramou Rogério Alves?. O outro segue agora.
Escreveu Pacheco Pereira, na Sábado da passada semana, que a partir de agora uma agência de comunicação instalou-se na Comissão Política do PSD, para influenciar e desinformar.
Não sou nada corporativo, pelo que não vou aqui assumir as dores dessa agência, tampouco as do sector. Existe (?) uma associação que poderia fazê-lo. Também não vou perder tempo a explicar que para influenciar, informar ou desinformar não é preciso nenhuma agência. Alô? As direcções de comunicação, os gabinetes de Imprensa, os assessores, e muitos outros, menos óbvios, também o podem fazer. Aliás, os líderes de opinião como Pacheco Pereira fazem-no. Todas as semanas.
Em nome de uma sociedade menos diabolizada, proponho que na revisão constitucional de Menezes se acabem com consultores de comunicação, advogados, conselheiros, marketeers, financeiros, médicos e outras profissões nesta linha, como comentadores por exemplo. Todos prescrevem, aconselham, influenciam.
Em nome de um cidadão cristalino. E de uma sociedade mais genuína.
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Desinforma Pacheco
Publicada por Anónimo à(s) 08:32:00
Etiquetas: agências de comunicação, do fundo da comunicação, joao duarte, Luis Filipe menezes, Pacheco Pereira, psd
2 comentários:
Muito bem analisado.
São os líderes de opinião a quererem manter a liderança. Ninguém gosta de concorrência.
Mas existe uma diferença fundamental que para eles conta muito. A sua influência é pública e transparente. O que lhes faz muita confusão é que possa haver influência à porta fechada, dissimulada. É esse o argumento que irão usar.
Caro Tarzan, olha que muitas vezes não é tão pública e transparente. Cito dois exemplo inócuos para não beliscar ninguém:
1. Quem faz chegar os livros que o Marcelo cita na televisão?
2. Os comentadores desportivos levam ou não recados das direcções dos clubes para dizer na televisão?
Nenhum dos exemplos tem qualquer problema, e provavelmente nem fura qualquer regra ética, mas não é vísivel aos olhos do comum espectador.
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