quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Desinforma Pacheco

Na terça escrevi que tinham ficado dois temas para comentar enquanto estive fora. O primeiro retratei no post Quem tramou Rogério Alves?. O outro segue agora.

Escreveu Pacheco Pereira, na Sábado da passada semana, que a partir de agora uma agência de comunicação instalou-se na Comissão Política do PSD, para influenciar e desinformar.

Não sou nada corporativo, pelo que não vou aqui assumir as dores dessa agência, tampouco as do sector. Existe (?) uma associação que poderia fazê-lo. Também não vou perder tempo a explicar que para influenciar, informar ou desinformar não é preciso nenhuma agência. Alô? As direcções de comunicação, os gabinetes de Imprensa, os assessores, e muitos outros, menos óbvios, também o podem fazer. Aliás, os líderes de opinião como Pacheco Pereira fazem-no. Todas as semanas.

Em nome de uma sociedade menos diabolizada, proponho que na revisão constitucional de Menezes se acabem com consultores de comunicação, advogados, conselheiros, marketeers, financeiros, médicos e outras profissões nesta linha, como comentadores por exemplo. Todos prescrevem, aconselham, influenciam.

Em nome de um cidadão cristalino. E de uma sociedade mais genuína.

2 comentários:

NC disse...

Muito bem analisado.

São os líderes de opinião a quererem manter a liderança. Ninguém gosta de concorrência.

Mas existe uma diferença fundamental que para eles conta muito. A sua influência é pública e transparente. O que lhes faz muita confusão é que possa haver influência à porta fechada, dissimulada. É esse o argumento que irão usar.

Anónimo disse...

Caro Tarzan, olha que muitas vezes não é tão pública e transparente. Cito dois exemplo inócuos para não beliscar ninguém:

1. Quem faz chegar os livros que o Marcelo cita na televisão?

2. Os comentadores desportivos levam ou não recados das direcções dos clubes para dizer na televisão?

Nenhum dos exemplos tem qualquer problema, e provavelmente nem fura qualquer regra ética, mas não é vísivel aos olhos do comum espectador.