domingo, 24 de maio de 2009

Envergonhado

"Estado deve entrar no capital das PME", Armindo Monteiro, presidente cessante da Associação Nacional dos Jovens Empresários (ANJE), em entrevista ao Expresso.

O QUÊ?

Sou muito crítico em relação aos sindicatos, que não ajudam quem tem emprego a mantê-lo nem facilitam o acesso a quem não o tem, mas o associativismo do empresariado não é mais lúcido.

As duas grandes mensagens dos jovens empresários, pela voz do líder da associação:

- Estado entrar no capital das empresas entre três a cinco anos, para manter os postos de trabalho.
- Acabar com o pagamento especial por conta.

Como jovem empresário, envergonha-me:

- O Estado entrar no capital do nosso Grupo é um absurdo seja em que circunstância for. Serve para quê? O que mantém os postos de trabalho e faz crescer as empresas é a inovação, a produtividade e a competitividade de cada uma. Se não formos capazes de o fazer, devemos fechar a porta e tentar outra actividade, libertando recursos que possam ser mais úteis noutros lados.
- Acabar com o pagamento especial por conta é a nossa enésima prioridade, porque tem peso insignificante na tesouraria. Se é de impostos que falamos, o que massacra o cash-flow é as empresas serem obrigadas a entregar IVA ao Estado sem terem recebido dos clientes.

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