Frank Sinatra costumava dizer «eu não tenho voz, tenho estilo».
No que toca às redes sociais os nossos partidos não têm voz nem estilo.
Houve tempos em que anunciar algo no “you tube” dava “soundbyte”, logo todos os partidos e protagonistas políticos começaram a jogar por aí, para ter umas linhas na imprensa.
Com a vitória de Obama, com o disparo da blogosfera e com o primado do Twitter não há campanha que se preze que não tenha redes sociais. Basta espreitar os primeiros sítios de candidatos e respectivos blogs de campanha para se perceber isso.
Todos querem redes sociais porque têm medo de serem chamados de Flinstones, aqueles que viviam na Pré-História.
PS e PSD também querem andar lá. Mas não por uma questão de aposta clara, apenas para no marketing político darem um toque de proximidade.
Portugal, não só Lisboa, ainda não atingiu um grau de desenvolvimento e de relacionamento com as redes sociais que nos permita assistir a uma campanha à Obama. Por isso, aguardo os resultados da equipa do actual inquilino da Casa Branca que o PS acabou de contratar.
Mas por se falar tanto no actual Presidente dos EUA, prefiro falar de dois casos da campanha on-line de John McCain. Uma, decidiram apresentar no sítio oficial do GOP um relógio, com a cara de Joe Biden, e que marcava o tempo até ao próximo disparate de um homem habituado a “gaffes”. Outra, todos conhecem para os americanos a importância do “SuperBowl”, pois sempre que no google se clicava o mesmo, aparecia a página de John McCain em primeiro lugar. Isto é saber jogar com todas as potencialidades da net.
Deixo a nota que, nas redes sociais, o melhor ainda está do lado da sociedade civil. Mas não é assim também na política?
*a publicar amanhã no OJE
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Nem voz, nem estilo *
Publicada por Rui Calafate à(s) 12:14:00
Etiquetas: Campanhas políticas, do fundo da comunicação, ranking redes sociais, Rui Calafate, youngnetwork
1 comentário:
É assim em política porque é assim em democracia. Até o paradoxal pragmatismo filosófico de Habermas e Hegel confirmam-no.Há muito, portanto.
BR
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