Underdog

Quando era mais novo tinha sempre a tendência de puxar pelo não favorito, fosse a ver futebol, festival eurovisão da canção ou jogos sem fronteiras (aqui muitas vezes sobrepunha-se o patriotismo, embora torcer pela equipa das quinas significasse na prática estar do lado dos mais fracos). E ainda hoje, em muitos casos, dá-me especial prazer registar a vitória bíblica de David contra Golias.

O nosso lugar no mundo tem muito de David, em diferentes vertentes da vida. Na profissional a mesma coisa. Assim, abrace o efeito do underdog, daquele que nunca tem nada a perder, e sempre tudo a provar. A energia de desafiar o mercado, de correr de trás para a frente, de ultrapassar barreiras e vencer e voltar a vencer os concorrentes. Tentar ser melhor e superar-se todos os dias tem muito a ver com esta mentalidade.

No seu trabalho ou na sua empresa a postura a seguir é a do não favorito, até quando se é o favorito. Se não está no topo siga este caminho. Se estiver no topo siga este caminho. Aqui, mais difícil ainda: sair do conforto do lugar, pôr-se à prova, deixar a pose magnânima.

Quando se é líder, há um pequeno truque para o obrigar a ser underdog: vá jogar para outro sítio, com concorrentes mais difíceis. Ponha-se à prova, suba de nível.