sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

A velha Itália

Na península da bota vive um dos mais belos e atraentes países do mundo. Mas que parece parado há muitos anos.
Esta semana a “Newsweek” fazia capa com o lixo que invade, sobretudo, Nápoles e altera a face desse país sexy que é Itália.
Tem a taxa de natalidade mais baixa da Europa e continua a ser governada por uma geração de gerontes. Os mesmos que se sucedem há anos no poder sem conseguir formar um Governo estável e duradouro.
Se já passaram à história Craxi e Andreotti, a vaga de Berlusconi ainda está viva. E ele é bem o símbolo dessa Itália. Com solário, implantes de cabelo e branqueamento dos dentes, o facto é que ele tem 71 anos de idade. Não parece, mas tem. Tem apenas menos um ano que John Mc Cain, que dizem que é muito velhinho para governar um Estado.
Logo, a esquerda que fez um “re-brand” e se modernizou, e agora está aglutinada no Partido Democrático, sob a égide do super-popular Walter Veltroni, apanhou a boleia de Obama e lançou o “Si, puo fare”, a tradução do “yes, we can”.
Mas Veltroni que só fala em “mudança” nos seus comícios, foi mais longe. O sistema eleitoral é diferente do nosso, e, lá, Veltroni candidatou-se em três círculos eleitorais com um sinal positivo. Ele vai nos três em número 2, porque a encabeçar a lista vão jovens com menos de trinta anos.
É a renovação em marcha, uma nova geração que se quer agarrar, uma mudança de estilo num país anquilosado que só vibra com a “squadra azurra”, o “cavalinho rampante” e algumas marcas de roupa que os jogadores de futebol são pródigos em exibir.
A revolução cultural da esquerda está em marcha. Obama deu pontapé-de-saída e vamos ter muitos Obamazinhos à solta por aí.
Até já Sócrates diz: “sim, nós podemos”…

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