Não posso deixar de questionar a total falta de questionamento acerca da nova lei do tabaco que entra em vigor dia 1 de Janeiro.
“Cadê” as manifs na rua? A ode à liberdade dos fumadores nos Media? O debate na TV? A discussão pública e privada?
O que justifica o avançar desta lei fundamentalista (e digo fundamentalista sem qualquer tom depreciativo) de forma tão pacífica?
A sua comunicação. Ou neste caso, a falta dela.
Têm sido recorrentes as medidas governamentais tomadas nesta e noutras áreas, que se fazem de mansinho, sem levantar grandes ondas e comunicando o mínimo dos mínimos, a ver se passa despercebido…
Como profissional de comunicação e colocando-me do lado do Governo, percebo esta estratégia. É mais simples, mais rápido, mais eficaz. Mas também somente possível porque o país está numa espécie de entorpecimento mental que há-de ser diagnosticado e tratado. No entanto a médio prazo, e esperando que acordemos todos deste estado (quase) vegetativo, não comunicar, de forma recorrente, em democracia, nunca foi opção. Ou será que é?
Entretanto e para queimar literalmente os últimos cartuchos, vai um cigarrinho?
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Vai um cigarrinho?
Publicada por Rita Branco à(s) 09:41:00
Etiquetas: Governo, lei, Rita Branco, tabaco, youngnetwork
2 comentários:
Muito bem. Você escreve pouco, mas sempre acertado ;-)
Acertou na mouche. A malta só vai perceber as leis estúpidas em vigor quando uma autoridade qualquer (tipo ASAE) as começar a chatear. Até lá, parece que "no pasa nada"
Isso...
E obrigado :-)
Boa semana
Rita Branco
Enviar um comentário