Fui ontem ouvir de viva voz Tony Blair à Culturgest, na sede da Caixa Geral de Depósitos. O ex-primeiro-ministro britânico começou por posicionar o Tratado de Lisboa como enquadramento para o que vem a seguir. E o que vem a seguir? Necessariamente uma agenda para concretizar o Tratado, diz Blair.
Segundo o ex-inquilino do número dez de Downing Street, onde permaneceu dez anos, temos quatro desafios que são ao mesmo tempo ameaças e oportunidades.
Segundo o ex-inquilino do número dez de Downing Street, onde permaneceu dez anos, temos quatro desafios que são ao mesmo tempo ameaças e oportunidades.
1. Globalização. As pessoas têm de se adaptar constantemente a novas conjunturas. A ascensão da China e da Índia agora o obrigam. Estes países estão neste momento a passar pela revolução industrial, que os fará passar de uma estrutura eminentemente agrária para outra secundária e terciária. E a ascensão não está confinada às suas fronteiras, sendo já economicamente extensível a todo o mundo, e politicamente a África.
2. Energia. Duas faces da mesma moeda: por um lado, a instabilidade energética que se vive, com a Europa a necessitar de ser menos dependente das fontes de energia de Rússia, Médio Oriente e outros países instáveis; por outro lado, a questão ambiental associada, onde teremos que fazer um acordo global para combater as mudanças no clima.
3. Terrorismo. Tony Blair tem razão quando diz que esta ameaça não consegue ser vencida pelos meios convencionais.
4. Migração. Os fluxos de movimentos de pessoas em todo o mundo, dentro de cada país e de uns países para outros, está alterar as comunidades, que pela volatilidade se tornam mais instáveis socialmente.
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