Por algum motivo passou despercebido um resultado importante na sociedade portuguesa.
Na mais discreta e menos representativa luta para bastonário da Ordem dos Advogados – talvez porque os protagonistas não sejam muito mediáticos – é de salientar que o vencedor António Marinho Pinto, ex-jornalista, não tinha agência de comunicação.
E que os dois candidatos que as tiveram foram derrotados e sem ter tirado grande proveito – de conquista de notoriedade, algo que motiva sempre nestas lutas – do investimento que fizeram.
Se hoje eu perguntar na rua se já ouviram falar em Menezes Falcão – e no seu apregoado atributo de cinturão negro de «taekwondo», para disfarçar a “imagem pesada”,que não interessou a ninguém nem deu credibilidade nenhuma - e em Magalhães e Silva, discreto, cinzento, e que até eu próprio teria dificuldade em reconhecer na rua, a resposta é não.
Se o objectivo fosse, em vez de massificar, uma campanha apenas localizada e cirúrgica para uma classe, os resultados tinham sido ainda mais medíocres, porque entre os advogados se registou o maior númerode votos brancos de sempre
Ilações a tirar: não há agências invictas nem invencíveis, quem julga isso está errado. Como em tudo na vida, ganha-se e perde-se. Devem é aproveitar-se as marés.
E cada área necessita de profissionalismo. Não se pode fazer uma campanha para a Ordem dos Advogados com a mesma linguagem com que se trata uma campanha farmacêutica ou uma campanha política. Há especificidades de cada sector e cada agente de comunicação deve antes de aplicar receitas milagrosas – aplicadas noutras áreas- conhecer a cabeça de cliente e a realidade de um sector profissional. Se não, nunca ganha. E, sobretudo, devem-se evitar os amadores que acham que sabem umas coisas…
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Aviso para amadores
Publicada por Rui Calafate à(s) 10:20:00
Etiquetas: António Marinho Pinto, do fundo da comunicação, Magalhães e Silva, Menezes Falcão, Ordem dos advogados, Rui Calafate, youngnetwork
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