Parabéns! O jornal Sol completou ontem o primeiro ano de actividade.
O jornal de José António Saraiva não chegou "a líder de vendas no prazo máximo de um ano", não ultrapassou as receitas publiciátias previstas e os custos foram superiores aos inscritos no plano de negócio inicial, tendo inclusive obrigado a uma pequena reorganização antes do Verão. Também não lidera a opinião, nem é o melhor produto editorial que temos semanalmente. Será, porventura, o quarto melhor, o que combina com as suas vendas, atrás de Expresso, Visão e Sábado.
Mas o Sol trouxe concorrência ao monopolista Expresso, que logo respondeu com uma alteração gráfica muito bem executada, além de DVD a rodos para todos, o que é sempre de louvar para o consumidor. E o semanário tem pontos positivos. Desde logo o número de vendas, que estabilizou acima dos 50 mil, sem dúvida um bom número; depois a equipa de jornalistas conta com alguns consagrados de qualidade e outras surpresas (destaco o trabalho de José Fialho Gouveia, a revelar-se um grande crítico de televisão); e os opinion leaders são bons (gosto do Saraiva e do Lima; a destoar Marcelo Rebelo de Sousa, pelo formato escolhido).
Quanto a cadernos, o principal não deslumbra, o de Economia precisa de notícias, a Tabu é o mais feliz e o Essencial cumpre.
Com mudança de estrutura accionista marcada para breve, a entrada de um grupo editorial forte trará mais do que apenas capital. Pujança financeira é sempre bem vinda, mas José António Saraiva e a sua equipa de fundadores precisam de gestão e sinergias editoriais para vender mais. Se conseguir esse parceiro, talvez um dia Saraiva deixe de precisar de invocar a concorrência para posicionar o seu jornal.
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
Eu concorro com o Expresso
Publicada por Anónimo à(s) 10:44:00
Etiquetas: do fundo da comunicação, expresso, João Duarte, media, sábado, sol, visão, youngnetwork
5 comentários:
estou de acordo contigo em alguns pontos,mas o semanario expresso ex libris da nossa comunicaçao social escrita peca por oferecer cd s, parecem brindes e logo a sua venda aumenta 30 a 35 por cento,o expresso deveria evitar em entrar no mundo cão em que os semanarios "jornais e revistas" geralmente entram oferecem brindes, foi um dos motivos que o sol ainda nao se chegou á carruagem da frente, porque a estratégia foi clara logo do inicio.! basta ler o que vem escrito ao lado do Logo do sol " este jaornal nao oferece cd nem brindes......!!!!"
mas indiscutivelmente o expresso é a "Biblia" da nossa comunicaçao escrita.
gosto muito da visao,sabado,e por vezes da focus.
Fortunato almeida jr
Olá Eduardo, só uma nota: o Sol já deixou cair a expressão "este jornal não oferece brindes". Creio que foi esta semana ou na anterior. É que há muito que o jornal oferece desconto de dois euros para os cinemas Lusomundo ;)
E as memórias de José Hermano Saraiva...
Caro Filipe, mas a grande oferta deste sábado é um bilhete para os The Police na compra de outro (pág. 34 do Sol), o que me leva a crer que quando me disseram, em Julho, para ir a correr ao Barclays porque já quase não havia...não foi lá muito fidedigno.
O "Expresso" continua a ser O jornal de referência em Portugal. A queda vertiginosa da coerência mais ou menos conservadora do "Diário de Notícias" com a nova direcção (se considerarmos a filosofia presente no geral noticioso do jornal) serviu para acentuar essa realidade. Quanto ao "Sol" fica-lhe bem um lugar comum, o de encontrar identidade apenas na permanência como concorrente do "Expresso".
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