domingo, 30 de novembro de 2008

Desinteressante

Consultores de comunicação experientes publicarem composições da quarta classe nos seus blogs.

Cumprir a promessa

Texto interessante no Food for Thought. Sobre o que afasta a publicidade das relações públicas. Publicidade é fazer uma promessa. Reputação é cumprir a promessa. Nós, consultoras de comunicação, trabalhamos aqui.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

E agora algo com qualidade

O delicioso blog do melhor post de chocolate do mundo. Chama-se heart shaped sunglasses e convida a leituras açucaradas, numa escrita quente que aconchega.

Alexandre Relvas em pista própria

Para lá da entrevista que deu ao “Expresso”, onde foi notória a vontade de se posicionar para o futuro e de se descolar de Manuela Ferreira Leite, o apoiante da actual líder está a trabalhar para o seu futuro.
Ontem foi a apresentação do IPSD, mas DoFundoDaComunicação sabe que, no próprio dia do evento, Alexandre Relvas almoçou na Logoplaste – entre as 13 e as 15.30 – com diversos bloggers conhecidos.
A ementa foi arroz de polvo, seguida de salada de frutas. Com água ou vinho tinto.
Para quem tem dúvidas de que Alexandre Relvas já não acredita muito em Manuela e quer saltar fora, aqui fica o registo.

A comunicação da Justiça *

A justiça portuguesa tem um défice de comunicação irreparável.
É que se alguém perguntar a qualquer português o que pensa dela, a resposta é simples: «é lenta».
Esta imagem provoca danos insuperáveis, sobretudo quando todos os dias somos brindados via media por novelas provocadas por casos judiciais.
Reparem como o jornal diário mais lido do país (o Correio da Manhã-CM), ao fazer bem o seu trabalho e seguindo as histórias que os seus leitores mais lêem, ajuda na compreensão deste fenómeno.
Há processos que nunca morrem, justiça que nunca é feita, protagonistas – que com ou sem razão – são dizimados na praça pública por uma lei que tarda em sem aplicada.
O povo gosta de lei e ordem, mas derrete-se de prazer também ao ver figuras mediáticas – nomeadamente ricos e poderosos - trucidadas pelas notícias.
Ontem, reparem na primeira página do CM: manchete dizia “clã Oliveira e Costa contra accionistas do BPN”. Há várias semanas que o folhetim se adensa e o povo já adivinha que a culpa vai morrer solteira.
Outra, “Procurador faz prova de dois crimes de Carlos Cruz”. Milhões de caracteres para descrever um eventual crime e afinal parece que só Carlos Silvino irá pagar.
A fechar, “irmã de Carolina Salgado mentiu ao DIAP”, mais um processo sem fim anunciado.
O que temos em comum? Um presidente de um banco, uma figura da televisão, duas “senhoras” ligadas a uma história de futebol.
E o que os une ainda mais? O tempo longo de espera da decisão dos juízes e as histórias de faca e alguidar intermináveis.
É por essas e por outras que a imagem da Justiça precisa de muito melhor decisão. E melhor comunicação também.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Por uma nesga

Não tenho ainda opinião formada sobre a questão de Alcântara, mas ver o Zé a tomar a causa dos contentores, o homem dos 40 processos contra a Câmara (valha que agora tudo corre bem, e ninguém precisa de abrir processos), e a conceder, benevolente, esta* mordomia, não ajuda.

*via Red Light District

Dúvidas que só o avô sabe

Estava na dúvida com o "está assentado" no texto abaixo e liguei ao meu avô.

Não é. O correcto é "está assente" - já corrigido.

Habitualmente é assim nos verbos com duplo particípio passado:

- Forma regular (...ado;...ido) com os auxiliares ter e haver;
- Forma irregular com os auxiliares ser e estar.

Quando o dever chama

Mui estimados leitores,

Tenho-vos tratado mal. Ligo-vos pouco.

Nunca fui homem de me desculpar pela falta de tempo, nem de prometer que agora é que é desta.

Escrever-vos está assente na minha descrição de funções. E tenho-o feito menos do que deveria.

Do alto da minha baixa patente, quero-vos diz que a razão é menos prosaica do que vós podereis pensar.

Pensa o leitor que peno pelo muito trabalho que grassa na agência, que a ausência confirma a presença num outro lugar, num outro objectivo.

(Sinto-me mais cansado, a dormir menos, consequência de noites mais longas)

O problema é mais oriental. Quis o mundo que eu vivesse na mesma altura que os criadores da série Call of Duty.

Comprei o último, seria o quinto da série se o tratassem dessa forma corriqueira, há dois fins-de-semana.

(Há um ano cheguei a casa com uma ps3 debaixo do braço - esta altura do ano é propícia a gastos como este e eu sou bastante influenciável pela comunicação das marcas - e perguntou a Ana: “Tu não tinhas dito que não ias comprar, porque não tinhas tempo?”…pois…mudei de ideias)

E a razão da excitação é que sou bom, e todos temos que ter alguma expertise na vida, para fazer disso vida ou para partilhar no Squidoo do Seth. Descobri que sou bom, muito bom no World at War como já era no Modern Warfare. Ter 290 mil soldados à minha frente no ranking online não me retira a confiança, até porque o meu rácio um soldado caído por cada queda minha é um número respeitável.

Há a métrica de não contratar gestores com handicap no golfe inferior a 15 porque para lá chegar não basta jogar sábado e domingo. Devia haver a métrica de só contratar consultores de comunicação cujo ranking no Call of Duty seja superior ao soldado 250 mil.

(Não sei por quanto mais tempo estarei disponível)

Tentarei ser breve e voltar à minha vida de blogger, sejam os tiros mais certeiros e as noites mais descansadas.

Subscrevo-me com consideração por todos.

Este vosso soldado,

João Duarte

PS: Para os outros mancebos, se quiserem adicionar-me, o meu nome na rede social ps3 é alsurus.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Lá vai Lisboa…

Não gosto muito de falar sobre a câmara de Lisboa porque podem dizer que sou parte interessada e não sou. Aliás, mantenho excelente relação com os dois principais opositores nas próximas autárquicas.
Mas vejo que um “novo” elevador, igual ao que gerou polémica em 2001, vai arrancar e será financiado pelo Casino de Lisboa.
E onde está Sá Fernandes? O homem que mais o contestou no tempo de João Soares, procurando o mediatismo fácil, algo em que é especialista.
Ao lado do elevador, reforçado com mais pelouros pelo PS. Agora o elevador já não é polémico…Tal como o terminal de contentores novo também já não é…Tal como se houvesse outro Túnel, igual ao Marquês, também, por certo, já não seria polémico.
Que azia a sua presença deve ter causado a Miguel Sousa Tavares e a Gonçalo Ribeiro Teles no “Prós e Contras”, depois de o terem apoiado loucamente. Ele é o Juca Pirama – do Salvador da Pátria, uma novela da Globo popularizada por Sássá Mutema – que não parava de ameaçar: “Meninos, eu vi!», até chegar ao poder.
Só uma nota: «o meu único interesse é Lisboa», dizia Sá Fernandes. Será que alguma alma caridosa ou algum pobre de espírito ainda acredita neste homem?
É que já nem Louçã…

André dos Açores

Na nova composição do Governo regional de Carlos César, tenho uma novidade que muito me agrada: André Bradford – meu vice-presidente da associação de estudantes de Comunicação Social na Universidade Católica – meu amigo e pessoa de grande talento é o novo secretário regional da Presidência.
Muitas felicidades e cumprimentos também para a Mariana, a mulher. De quem fui “padrinho televisivo”.
Um político a acompanhar.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

«Um problema…o povo»

No Polvo II, durante uma conversa num terraço em Trapani, o advogado Terrasini conversa com o banqueiro Nicola Antinari sobre uma festa popular que se está a ouvir na rua.
«São belas as festas populares, não?», pergunta o advogado. Responde o banqueiro: «sim, são muito belas, mas têm um problema…o povo».
O problema na política que vive muito de círculos fechados é que na maior parte das vezes esquece o povo. E o problema das empresas é que algumas vezes esquece o povo.

Kamu Suna Ballet Company

Neste sábado, optei por não ligar ao Sporting e forçado por amiga dirigi-me ao Teatro Camões para ver um ballet desta companhia no título.
Amar a Terra era a mensagem a ser transmitida ajudada por uma banda rock os Klepht, pelo contratenor Manuel Brás da Costa e por mais músicos.
A base da comunicação era de Dostoievski. «é preciso amar a Terra até ao fim, até aos extremos das suas margens – até ao Céu; é preciso amar o Céu até ao fim, até aos extremos limites do Céu, até à Terra». Foi um espectáculo agradável.
Olhei para o patrocinador exclusivo do Teatro, a Fundação EDP, e questiono-me onde andariam uma série de pessoas ligadas à arte se não houvesse mecenas.
Até porque, como dizia Ricardo Pais ao DN, «Sócrates tem esvaziado a cultura». Uma sociedade que não liga à cultura é uma sociedade fechada e de trogloditas.

Miguel Rodrigues dos Santos e José Sousa Tavares

Acaba de ser lançado o novo livro de José Rodrigues dos Santos, “A vida num sopro”. Contam-me que qualquer semelhança com o “Rio das Flores” de Miguel Sousa Tavares é mera coincidência.

Seiscentas e dezasseis páginas de romance de Rodrigues dos Santos a 23 euros pela Gradiva contra 640 de Sousa Tavares a 29 euros pela Oficina do Livro.

Portugal, nos anos 30, é onde se passa a trama de Rodrigues dos Santos. Já em “Rio das Flores”, segundo a sua sinopse, são “(…) trinta anos de história do século XX as que correm ao longo das páginas deste romance, com cenário no Alentejo, Espanha e Brasil”.

Consta que ambos são histórias de família, com amores e desamores onde se desafiam os valores tradicionais de época.

Li o “Rio das Flores”, não gostei.

Lerei pela primeira vez Rodrigues dos Santos e veremos, se, como afirmava o filósofo Heráclito, não é mesmo possível banhar-se duas vezes no mesmo Rio…

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Duas peças de estratégia

Fica cada vez mais percebido que o PS não quis chamar Dias Loureiro ao Parlamento para não incomodar Cavaco Silva.
Eram umas tréguas e paz institucional.
A segunda peça estratégica é que tenho a convicção que são próximos de Manuela Ferreira Leite – e que fortemente a apoiaram – que estão a lançar Marcelo. Objectivo: não querem Pedro Passos Coelho, que está a construir tudo com pés e cabeça e que teve um fim-de-semana – nomeadamente Expresso e Correio da Manhã sábado – fenomenal em comunicação. E, no DN de ontem, apenas constatou um facto de quem não tem nada a esconder.

Austeridade emocional *

A política portuguesa tem ciclos. Tem fases mais austeras e com maior autoridade - governos de Cavaco Silva, Durão Barroso, José Sócrates – seguidas de fase de maior emoção e afeição, António Guterres e Pedro Santana Lopes.
Parece que quando os portugueses ficam cansados de um pai, se voltam para a emotividade de uma mãe. São os ciclos e basta reparar como isso acontece por cá.
Na oposição a Sócrates, não há emoção nem afectividade, muito menos esperança. Manuel Ferreira Leite é ícone de uma austeridade com credibilidade (foi essa imagem que quis criar), mas muito pobrezinha de ideias e a rumar para o abismo do disparate, como o que aconteceu na semana passada.
Para quem viu alguns fóruns populares, os portugueses não reagiram tão mal como isso, pois o nosso país continua herdeiro de um conservadorismo salazarista que tem algum fascínio por ditadores.
Porém, o que é certo é que cada vez mais se sente que José Sócrates tem a vida facilitada à direita e só tem mesmo de se preocupar com a chantagem diária – com ameaças de saída do PS ou constituição de um novo partido – por parte de Manuel Alegre.
Além do mais, a política portuguesa vive uma austeridade emocional (expressão que retiro com a devida vénia a Ana Sá Lopes) que leva a que muitos eleitores ainda não saibam em quem votar.
Assim, a tendência será a abstenção, ou, como voto útil, votar em Sócrates, pois é preferível o certo ao incerto. A réstia de esperança ao mais frio dos infernos.

*Artigo publicado no OJE

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Hora Tchiga! *


Mais Guiné-Bissau.

No que aos clientes diz respeito escolhemos a discrição. Se o assunto é política ou public affairs redobramos a discrição. Foi esta a cartilha que escolhemos. Os clientes valorizam. Vêem-nos chegar, explicar que a estrela são eles, que estamos apenas comprometidos em ajudar, e se ao princípio estranham a novidade, os meses passam e habituam-se à ideia de não lerem notícias sobre a parceria na Imprensa. É uma nova forma de comunicar a área cá. Sem espalhafato. Em benefício dos clientes.

A falar, a posteriori, e como excepção, descrevemos genericamente o que fazemos. Sem qualquer problema de tornar público os nossos interesses em cada momento se a isso fossemos obrigados, mas sem o fazer, muito menos como primeira acção de comunicação.

Sem ferir este princípio, que gosto, e juntando-lhe um outro, que é o de comunicar trabalho realizado e não um conjunto de intenções, que tarde ou nunca se concretizam, revelo pela primeira vez que fizemos parte da equipa que levou Carlos Gomes Júnior à esmagadora vitória nas eleições para primeiro-ministro da Guiné-Bissau. Os resultados foram anunciados hoje e o número de deputados aponta a 67, já que 67% dos votantes colocaram a impressão digital à frente do nome do candidato do PAIGC no boletim.

Felicito o novo primeiro-ministro, que obtém um resultado histórico, numa eleição em que Carlos Gomes Júnior e o PAIGC reconquistam o poder.

* Está na hora, em crioulo.

PS: Além da relação na esfera profissional, foi com muito agrado pessoal que conheci Carlos Gomes Júnior e Óscar "Can Can" Barbosa, Secretário para os Assuntos Internacionais do PAIGC.

Doutrina americana

Quando Luís Paixão Martins decide ser doutrinário... sai-lhe muito bem.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Abram alas para o Noddy




Quem diria que seria Manuela Ferreira Leite e o seu fiel escudeiro a abrir mercado para as agências de comunicação regressarem em força à política. Autarcas, opositores internos, membros do aparelho, apoiantes e alguns conselheiros tentarão fazer o contrário da líder na comunicação.

Pacheco Pereira arrisca-se a ficar conhecido no meio como o Noddy, tal a maneira como está a abrir alas para os profissionais. Com as portas a escancararem-se assim nem me importo de ser o Sonso ou o Mafarrico.

Vamos brincar à democracia

Hoje temos. Amanhã não. Depois de amanhã sim. Na sexta não outra vez. Para não fartar.

Em queda livre.

Advérbios de modo não combinam com ritmo



Esta aprendi há muitos anos, logo na minha fase experimental na comunicação. Advérbios de modo cortam o ritmo e a eficácia da mensagem. A evitar.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Aperto-de-mão (iii)

E há regras universais de networking que não vale a pena atirar para o baú. Sei que é tentador ser um broadcaster, sentarmo-nos à frente do PC, comunicar com o mundo, “postar” no blog, actualizar o linkedin e o facebook, twittar para 500 seguidores, mas não chega. Construir relações pessoais é muito mais do que isso.

Desligue o laptop, levante-se, saia para a rua, é hora de dar uns apertos-de-mão. Vá a conferências, marque almoços, seja membro de uma Associação ou Câmara de Comércio, participe em eventos onde estejam parceiros e prospectos, e visite os seus clientes.

Networking. Play it for real!

Aperto-de-mão (ii)

A melhor comunicação é aquela que mistura várias disciplinas e várias ferramentas de comunicação. Devemos olhar para os desafios dos clientes e criar soluções que o ajudem a concretizar os objectivos dos seus negócios. O modelo análise - definição de objectivos - estratégia - plano de acção deve incorporar as soluções de comunicação que melhor servem os clientes, sejam elas relações públicas, Web, publicidade, marketing directo, ponto de venda ou outras.

Dentro das relações públicas, a mesma coisa. As redes sociais e a comunicação 2.0 não servem por si só os clientes, na esmagadora maioria dos casos. São mais uma “arma” a utilizar, nalgumas vezes a principal, e que será apoiada por outras.

Aposta certa

O projecto que o do fundo da Comunicação patrocinou, Até onde vais com 1000 euros, ganhou o prémio Grande Vencedor Super Bock Super Blog Awars 2007-2008.

O do fundo da Comunicação entrou com os mil euros vezes dois para as viagens. Sabe bem quando se acerta na aposta.

Aquele riso

Quando por vezes lemos sobre ganhos de contas que afinal são trabalhos pro-bono...

É mais honesto nesses casos dizer algo como isto.

Aquele sorriso

Destaque da Briefing de hoje, na newsletter:

"Nos Estados Unidos chamamos aos rankings [de agências de comunicação] os 'book of lies", Bill Carlson, presidente da Tucker/Hall e da Public Relations Organisation International.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Aperto-de-mão (i)

Quando temos um martelo nas mãos olhamos para tudo como se fossem pregos. Nos Media Sociais é fácil perceber isso. São vistos, às vezes, por quem os usa, como panaceia para toda a comunicação, no presente e no futuro.

Uma rápida análise à situação actual dos Media Sociais em Portugal:

1. Já são massivamente utilizados lá fora, cá ainda são de nicho;
2. Os meios tradicionais têm aos dias de hoje muito maior audiência e (não que a influência decorra apenas dos números da audiência) influenciam muito mais pessoas;
3. Há gerações inteiras (sobretudo acima dos 40 anos) que não estarão presentes em redes sociais nem agora nem no futuro. E essas também consomem e também votam;
4. A tendência de utilização é exponencial cá e no resto do Mundo;
5. O potencial de comunicação quer pelas audiências quer pelas inúmeras possibilidades é gigante;
6. Alguns utilizadores e prescritores (como nós, por exemplo) já utilizam, experimentam e aprendem, mas os clientes estão bastante mais atrasados neste processo.

Dito isto, as redes sociais na forma como envolvem o emissor e o receptor, nas ferramentas utilizadas, na mensagem escolhida, enfim, no processo de comunicação são disruptivas. Mas não são disruptivas na estratégia de comunicação, onde devem ser integradas com outras formas eficazes de falar com os públicos e envolvê-los.

Temos o exemplo claro: apesar da grande campanha que Barack Obama fez na Web e nos Media Sociais, não esquecer os milhões e milhões de dólares investidos em comícios, convenções e anúncios de TV.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

7 maravilhas de origem portuguesa no Mundo I

Luís Segadães, CEO das New 7 Wonders, que organiza o evento, e António Vitorino, comissário para as 7 maravilhas de origem portuguesa no Mundo. Ontem na Torre de Belém.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

7 maravilhas portuguesas no mundo "partem" da Torre de Belém


Dentro de menos de 11 horas terá início a conferência de apresentação das 7 maravilhas de origem portuguesa no mundo. A concurso estão 22 locais mágicos, classificados pela UNESCO como património da Humanidade, que marcam a diáspora portuguesa no mundo, e que são prova real que fomos pioneiros na globalização (na foto a Citadela de Fasil Ghebbi, na Etiópia).

A conferência será num local marcado por uma grande simbologia, a Torre de Belém.

A apresentar o projecto teremos o Comissário António Vitorino, e antes de ouvirmos as palavras do Ministro da Cultura que encerrarão a conferência, teremos contributos do Instituto Camões, do IGESPAR, do Ministério da Educação e do próprio promotor do projecto, Luís Segadães.

Tentarei twittar qualquer coisa em directo de lá. Como estarei a moderar a conferência, poderei fazê-lo antes e depois da apresentação. E ainda terei de ultrapassar o problema da rede que não atravessa bem as pedras que dão forma à Torre de Belém.

Um orgulho grande de sermos portugueses, de um lado, e de estarmos associados a este projecto, de outro.

domingo, 9 de novembro de 2008

Apecom mudou de imagem

A Apecom mudou de imagem e apresentou-a aos associados esta semana. Alterou para uma mais moderna.

Segundo a direcção, o trabalho foi oferecido por uma empresa associada. É informação quanto baste para mim.

Todos os associados que queiram e possam contribuir com ideias e com alguns serviços de apoio, contínuos ou pontuais, devem ser bem-vindos.

Promoção do sector nada insólita

Desta vez saiu bem. A peça do Expresso é uma boa promoção ao sector. Tem os habituais insólitos, e do que sei e experimento são isso mesmo, insólitos e improváveis. Mas começamos a viver bem com este traço de escrita. Se por um lado não há peça nos generalistas sem caricaturas insólitas da nossa actividade, por outro também nos destacam cada vez mais, o que revela a nossa importância. Um sector ainda pequeno, mas com um peso nada comparável ao seu tamanho.

Os visados que desta vez falaram com o Expresso deram um contributo válido a todos os que trabalham na área. Ao presidente da APECOM e aos outros, agradecemos.

PS: O título é excelente: um exagero, mas não nos importamos de ficar com o apelido.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Um lugar onde não quero estar

Uma má notícia. Acabo de receber o resultado de um concurso onde passámos à shortlist final, mas não ganhámos. Dito pela empresa que nos convidou: "gostámos do vosso trabalho, passaram à shortlist final, e ficaram em segundo".

Sobre este concurso, que se conhece agora o desfecho, deixo os seguintes comentários:

1. Agradecemos termos sido convidados para o concurso;
2. Não estamos contentes com o nosso resultado;
3. Fomos bons segundo palavras de quem nos avaliou, mas não suficientemente bons para ganhar (e desculpem o pragmantismo, mas era a única coisa que nos interessava);
4. Para ganhar era preciso ser melhor do que o que fomos, daremos tudo para o ser;
5. Desejamos a quem nos avaliou e à agência escolhida o maior dos sucessos.

Em termos estratégicos seria dos clientes mais importantes para ganhar neste segundo semestre. Um tiro no porta-aviões, no nosso porta-aviões.

Estamos a crescer, em Portugal, este ano 43% (dados de 30 de Setembro), mas isso não nos tira o foco do que é importante a médio e a longo prazo, e muito menos nos pode tirar a humildade de saber que temos muito que correr e conquistar.

Um murro no estômago como este nunca vem em boa altura, mas quero que não se esqueça esta derrota. É um lugar onde não queremos estar.

Perdemos por uma simples razão: houve alguém melhor do que nós. Como estive pessoalmente muito envolvido neste projecto, acrescento: houve alguém melhor do que eu. É um lugar onde não quero estar.


PS: Por confidencialidade não divulgarei em momento algum os nomes de cliente nem de outras agências envolvidas.

Eleições americanas

Gostava só de deixar uma palavra, na ressaca das eleições americanas – não é novidade – ao blog que mais consultei sobre o assunto.
O do Nuno Gouveia. Não o conhecia pessoalmente, fez um trabalho positivo e foi positivo no relacionamento com todos os que o comentaram.
E isso, desde que os comentários sejam sérios e identificados, é fundamental para quem escreve com seriedade.
Deixo o repto para me mandar o mail pessoal, para falarmos depois disto.
A sugestão que lhe dou para o futuro é que continue e que se especialize. Fazer uma ligação mais estreita com a vertente comunicação política, acompanhar os “spinnings” e as manobras da Casa Branca – e a sua base de trabalho na coluna à direita é muito forte.
Aliás, ainda me falta escrever sobre isso.
Depois, dar os parabéns aos maiores vencedores portugueses de Barack Obama. O MMS – Movimento Mérito e Sociedade - e os meus amigos do Buzzofias, de que muito gosto, mesmo quando se metem simpaticamente comigo, e que apoiaram de peito aberto o candidato ganhador.
Aliás, também deixo um repto para o futuro. Já está na hora, até por ter alguma qualidade, que as letras AF, JMH, JM, JC, ICS, LLM, FV, etc, ganhem um nome, ganhem vida. Cada um sabe da sua “agenda”, mas ganham credibilidade nos vossos posts. A única coisa que posso revelar é que é um blog de bons profissionais de agências de comunicação (várias) e de jornalistas. E que, pelo que sei, está sempre aberto a novas entradas, desde que com qualidade.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

A vitória da Marca América

Essa é a principal conclusão de ontem. O valor do “brand USA” revigorou-se e voltou a ser confiável. O mundo queria e suspirava por isso. Obama é esse sinal de confiança, até importante para a recuperação dos mercados e a criação de novos negócios.

Aqui ficam algumas das coisas que registei da longa noite da CNN.

.Obama um grande candidato: um “natural”, como se diz no desporto, referido por Bill Bennett.

.Uma das melhores campanhas de sempre, estratégia de David Axelrod e a mais gastadora de sempre 1600 milhões de dólares.

.Vitória (quatro anos depois) do “chairman” do Partido Democrata, Howard Dean, arrasado por Kerry em 2004. Uma vez que os seus métodos de arrecadação via Internet e de mobilização através das redes sociais esteve na vanguarda do que Obama ontem conseguiu.

.O primeiro holograma na televisão, na CNN, de um jornalista em directo, no caso, Chicago. Jessica Yellin sentia-se como a «princesa Leya».

.David Castellanos, consultor republicano, notava que «a maioria silenciosa de Nixon, mais tarde redescoberta por Reagan, foi ultrapassada pelas minorias silenciosas».

.«Republican Brand» está nas ruas de amargura com Bush, como nunca esteve, assinalava James Carville.

.Factor raça não contou nem o factor idade. Votou-se em Obama «porque sim», comentava Bill Schneider.

.Ohio mais uma vez decisivo. Foi a partir daqui que a vitória estava consumada, depois ainda caíram Florida, Virgínia, Carolina do Norte.

A tentação de Obama no futuro

Obama continua a ser um tiro no escuro, mas tem uma equipa com o melhor que a América tem.
É uma espécie de nova “Camelot” dos tempos de Kennedy. Tanto em política externa como nos gurus da economia que tem consigo,
Creio que Obama, face à crise que o mundo atravessa, terá a tentação de recuar a Franklin Delano Roosevelt. Pondo o Estado como força motriz da recuperação económica, um novo New Deal, com um vasto programa de obras públicas e de optimismo.
Tal como disse ontem que esta foi a «vossa vitória», ele vai dizer que este é o «vosso» país, uma espécie de recuperação do discurso de JFK em Berlim. O que podem vocês fazer pela América.
Obama, acredito, vai tentar ter traços de Roosevelt, pinceladas de carisma de JFK (já o conseguiu) e a surpresa é que será um duro como um grande Presidente chamado Harry Truman.
Eu aposto assim.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Lampedusa na Casa Branca

Simples o que se vai passar a partir de amanhã. Se ganhar McCain – muito difícil – tudo vai ficar na mesma.
Se ganhar Obama, temos o que escreveu Tomasi di Lampedusa no “Leopardo”: «vai mudar tudo, para ficar tudo na mesma».

Obama e «os heróis esquecidos da América»

Ontem, em directo na CNN, vi Barack Obama construir uma das mais belas peças de oratória que ouvi em muito anos.
Em directo da Carolina do Norte, o senador do Illinois homenageava a avó que não suportou o cancro e não viu o resultado que o neto terá hoje.
Relembre-se que a mãe de Obama também morreu de cancro e ele não pôde acompanhar os seus últimos dias. Desta vez, Obama interrompeu a campanha para visitar a sua avó.
Obama falou dos americanos que não são mediáticos e não aparecem nos jornais. Mães, pais, avós, que lutam para a sobrevivência e sucesso das suas famílias, «os heróis esquecidos da América».
Neste último dia, Obama cresceu dois pontos nas sondagens nacionais.

PS: há algum tempo que o Nuno Gouveia – que construiu um grande blog sobre as eleições americanas – aceitou o meu repto e escreveu sobre a relação dos media com os gigantescos “staffs” dos candidatos. Ainda estou para também teorizar sobre o mesmo, vai ficar para o pós 4 de Novembro.

Quem é quem

Eleições americanas: verifique os nomes dos braços direitos e esquerdos dos candidatos no Behind the Candidates.

Os ataques de Menezes

Sou amigo de Luís Filipe Menezes há alguns anos. Tenho muita simpatia, é um bom político e um grande autarca, um dos melhores do país.
Tenho pena da maneira como lhe correu a sua liderança, mas quem se rodeia em áreas estratégicas de alguns incompetentes e amadores já sabe que é mais difícil a vida. Numa área tenho a consciência tranquila, porque sei que foi devidamente avisado.
Agora, pelo menos uma vez por semana, Luís Filipe Menezes arrasa Manuela Ferreira Leite. Começou com uma genial entrevista a Mário Crespo onde mostrou ideias e de como se deve fazer oposição a sério.
Porém, o que é demais chateia. E agora está a ser um pouco insistente, por muito boa razão que possa ter.
Menezes devia ter em atenção um velho adágio de Confúcio: «antes de partir para uma viagem de vingança, cave duas sepulturas».

Portugal é gente! *

Uma das coisas mais intrigantes no nosso país é a falta de vergonha, a falta de preocupação com o futuro, o gosto pelo supérfluo.
Portugal é um país paupérrimo que continua a surfar na crista da onda. Vários sinais de endividamento, de pessoas que vendem casas, carros e hipotecam o seu futuro, mas um constante estado de espírito de alheamento.
É Carla Matadinho que pinta o cabelo e diz que está mais “sofisticada”, é Isabel Figueira que quer ter o peito maior ou Luciana Abreu que vai usar “calças e blusa” em vez de calções e decotes. É a novela roubada de Miguel Sousa Tavares e os estivadores que ameaçam Miguel Sousa Tavares.
É mais um punhado de histórias irrelevantes, o ópio de um povo que dá audiências a Tertúlias Cor-de-Rosa e a revistas “del córazon” com um jet-set que é apenas “jet 4”, falido, medíocre que sobrevive a pedinchar de festa em festa.
Portugal é um país frágil, sem soluções, adiado, sem perspectivas nem futuro.
Mas ainda mais enredado porque na oposição assistimos diariamente a um exercício de contabilidade. É tempo de dizer ao PSD que Portugal não são números, é gente.
Gente que precisa de uma palavra de alento, de esperança. Hoje, continua a parecer – e as sondagens assim o indicam – que o “vendedor de sonhos” continua a ser José Sócrates. Quando esses sonhos já não pegam.
Manuela Ferreira Leite – e os seus especialistas em comunicação – já descortinou que o silêncio foi um erro.
Está a tentar acertar, mas tem de fazer muito mais e melhor, porque o tempo passa e menos tempo há de voltar a acreditar numa alternativa.

* Publicado sexta-feira no OJE

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Enough of dirty talk

Excelente Patrícia. É mesmo isso. O ambiente externo é apenas uma das variáveis do negócio, aquele pretexto fora do nosso controlo para bloquear todas as decisões, a desculpa para justificar os resultados. Obrigado por este momento de lucidez.