terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Cabine pública


Na redacção de um jornal português discutia-se na última semana o problema do recurso excessivo às agências como fonte primeira de notícias. Num dos suplementos calcula-se, adiantou um dos editores, que 90% das notícias estejam a ser induzidas por fonte organizada, neste caso, de agências de comunicação. No resto do jornal, essa percentagem cai para os 75%.

Os jornalistas levaram então uma reprimenda pela sua "inércia", conquanto o número de telefones foi reduzido ao mínimo em cada piso, a largura de banda estreitada e transportes públicos para toda a gente de agora em diante, que as notícias não têm pressa.

Proactividade sim, gastos não. O EBITDA agradece.

O ano do rato


Texto que escrevi para a Meios e Publicidade, integrado no artigo 10 ideias para 2008 e publicado na passada sexta-feira.

O ano do rato

Nestes textos de tendências de final de ano sobrevaloriza-se os próximos doze meses. É característico do Homem. O período de tempo que mais nos interessa é sempre o futuro próximo – a próxima hora, o dia seguinte, a agenda da semana que aí vem.

Contudo, as tendências não se esgotam num ano, fazendo mais sentido balizá-las em triénios, quadriénios e, até, décadas. Donde o que escrevo aplica-se nuns casos a 2008, noutros a anos sucessivos.

Dois acontecimentos que marcarão 2008 são, indiscutivelmente, os Jogos Olímpicos em Pequim e as eleições americanas. Tratam-se de pontos de partida. Nos Estados Unidos, espera-se a vitória dos democratas para permitir a reviravolta diplomática nas relações com o resto do Mundo. Enquanto no Oriente, pede-se que a montra olímpica seja mais um passo para nos aproximar da China, naquele que será segundo o seu calendário o ano do rato.

Um pouco por todo o lado, espera-se que a Internet continue a galgar terreno, com o investimento da publicidade a passar pela primeira vez a rádio: oito contra 7,9%, de acordo com a ZenithOptimedia. O investimento na Net aumentará a uma taxa seis vezes maior que nos outros Media.

Por sua vez, o crescimento das comunidades online será uma evidência e obrigará a comunicação a adaptar-se. A dispersão do público causada pela transferência da audiência de meios tradicionais para os social Media – blogs, youtube, myspace, facebook, hi5, linkedin, etc. – obrigará a novas estratégias e ferramentas para acertar nos alvos.

Em Portugal, o advento da Televisão Digital Terrestre (TDT) traduzir-se-á em mais canais – fechados e abertos –, a par da proliferação de canais na Internet, mais regionais e mais direccionados.

Algumas ameaças, muitas oportunidades.

Venture Media compra Elite e Hotéis&Viagens

A Venture Media comprou a revista Elite, Negócios & Lifestyle e a Hotéis&Viagens.

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