quarta-feira, 12 de março de 2008

Recompensa-se quem achar o sentido de humor (perdido)…

Mais uma notícia, hoje na Briefing, sobre a nova campanha de publicidade do BES e as queixas que estes anúncios têm levantado.

Confesso que não sou particularmente fã das campanhas BES. Não adoro o estilo e não me identifico com o tom das campanhas na maioria das vezes. Todos temos as nossas embirrações…

Mas neste caso – campanha “Vendedores” - em que se promove o crédito automóvel do Banco através de imitações engraçadíssimas de vendedores de automóveis… está muito bom!!

Parabéns à BBDO por mais uma ideia fora de série.

PS – e se a moda pega é ver as donas de casa, os senhores alentejanos, os miúdos, os animais, os velhotes, tudo em grandes manifs contra os anúncios! Olha aquele em que a dona de casa aparece impecável, giríssima e cheia de estilo após um dia de limpezas… ou o outro em que o senhor velho está sempre pronto para a acção… ou ainda aquele em que o senhor feito de chocolate vai sendo comido pelas miúdas todas giraças. Eu se fosse a Nestlé já teria processado a Axe por atentado a whatever... Vamo-nos transformar nos EUA mas só nisto dos processos engraçados, pleaseeee!!!!!!!!!!!

Ganhar o centro

É tradição: quando o PSD se sente mais apertado, joga tudo no laranja forte. É a maneira mais segura de amarrar os mais fanáticos.
Isto sobre a nova imagem do PSD.
O laranja continua forte, ao contrário do que alvitrava Capucho, que tem reduzida importância na sociedade portuguesa, ao contrário do que diz Manuela Ferreira Leite.
O azul é que aligeira o peso institucional, entra em mares de outros eleitorados e pode criar um conflito visual com o CDS. Mas modera a imagem do partido, acalma-a, num tempo em que o líder quase que não tem tempo para respirar.
Em 2005, num momento particularmente difícil, o PSD apostou no laranja. O PS foi pelo amarelo e o verde (nomeadamente o brilho falso nos olhos “verdes” do candidato a PM).
Era natural que Sócrates, em 2009, mudasse as tonalidades, o PSD antecipa-se, roubando-lhe o azul.
Não é brilhante, dizem. Concordo.
O lado positivo é que tem as cores da YoungNetwork. Enquanto consultores de comunicação agradecemos a homenagem.

A marca Sarkozy

Desde que Nicolas Sarkozy se decidiu deleitar com uma ex-top model, hoje primeira dama de França, que a sua popularidade caiu. Isto são factos.
Mais factos: a possível derrapagem da UMP e perda de alguns bastiões da direita, nas municipais que só têm fim com a segunda volta da próxima semana.
Outro facto: ninguém daria nada, há poucos meses atrás, por uma vitória da esquerda nestas municipais, sobretudo quando ela própria estava toda partida, tendo mesmo como ícone dessa situação a separação do próprio casal/poder Ségoléne Royal-François Hollande.
Mais factos: desde que Sarko chegou ao Eliseu todos os semanários cresceram e o “L`Express” bateu o seu record de vendas com a entrevista a Carla Bruni, mais de 600 mil exemplares.
Popularidade em baixa, mas influência global que levou o próprio Obama a dizer que gostava de o conhecer. E uma marca que vende. O carisma está lá, o controlo da agenda e da situação vai voltar em breve.