sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Ela ou ela, ou ele

Na recta final das primárias americanas o que podemos dizer que mudou desde o início, que expectativas ainda estão ao rubro, o que nos dizem as sondagens.
No campo Democrata, ou ela ou ela. Quer isto dizer que Hillary Clinton continua, como no início, imparável. Daí que o mago das vitórias de W. Bush, Karl Rove, tenha vindo nesta semana dizer o evidente. Que o seu principal adversário, Barack Obama, precisa de pelo menos uma vitória nos três primeiros escrutínios, em Iowa, New Hampshire (NH) e Carolina do Sul (CS), ou então “finito”.
Assim, surge no palco a outra ela, a 9ª pessoa mais poderosa do mundo, segundo a “Forbes”, Oprah Winfrey, a última cartada do senador negro que não tem o apoio maioritário dos “afro-americanos”, terreno esse da família Clinton.
Mas se no Iowa, Obama tem mais dois pontos que Hillary, no NH e CS, a mulher de Bill ganha em passeio. E nas sondagens em 28 estados, Hillary anda em média na casa dos 35% e Obama nos 20%. É um duelo em que, se houver inversão, Oprah terá sido a chave.
Nos republicanos, tudo ao molho. Giuliani aparece como o mais bem posicionado para derrotar o candidato Democrata; Mc Cain numa queda vertiginosa desde que o seu staff se apercebeu que ele era um perdedor e o abandonou; Fred Thompson nada e não disparou; Mitt Romney, como já o tinha escrito, apostou na estratégia correcta e gastou em televisão nos três primeiros estados para surgir como cavalo vencedor; e agora surge o furacão Huckabee, governador do Arkansas, em crescimento diário e a galgar posições. Giuliani só ganha na SC, Romney em Iowa e NH, mas com Huckabee a morder.
Se dos Democratas será uma ela o factor decisivo, a incógnita é saber quem é o ele republicano da equação para a corrida à Casa Branca.