sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

O anão em bicos de pés

“Não há nada mais ridículo que um anão colocar-se em bicos de pés”. Este comentário foi colocado no blog do fundo da Comunicação a propósito deste meu post. Optei por não o publicar (é o segundo comentário que não publicamos no espaço de seis meses) porque mereceu honras da minha reflexão. Para ter a informação completa só aqui falta dizer que o post não tinha identificação do autor.

O comentário inclui três das características que fazem de uma crítica injusta e revela também uma verdade.

Três factores para esta crítica ser injusta:

1. A crítica é anónima. Este comentário vem de alguém que prefere manter o manto protector que a Web dá. Mas o lúgubre da sombra desmerece sempre a própria crítica.

2. Utilizar advérbios superlativos relativos. Será que não há mesmo nada mais ridículo no mundo que um anão estar em bicos de pés?

3. Sou um anão? Tenho um metro e 70 e pouco, pelo que me posso sentir o verdadeiro português médio. A YoungNetwork é um anão? A interpretação da analogia João Duarte-director da YoungNetwork-chefe dos anões-YoungNetwork-agência anã já nos leva por caminhos diferentes. O conjunto de 40 anões que fazem parte do Grupo YoungNetwork trabalha com estes clientes. Oferecem-se alvíssaras para se encontrarem os gigantes.

Uma verdade no comentário:

Se calhar escrever isto é de alguma forma estar em bicos de pés. É alguma presunção do chefe dos anões falar publicamente assim.

Embora não tenha faltado à verdade quando o escrevi, estou a dar uma mensagem para os anões (leia-se novamente youngnetworkers) que não quero dar.

A YoungNetwork assume-se como o challenger do mercado. Para vencermos temos que fazer mais e melhor que os concorrentes. A pressão está toda do nosso lado. Não podemos tirar o pé do acelerador. Temos que continuar na luta, com exigência máxima connosco próprios. O objectivo é ambicioso: manter todos os nossos clientes satisfeitos.

Que o sucesso alcançado não ofusque nenhum dos anões. Cá estarei abrasivo como sempre e de cutelo afiado para que isso não aconteça.

Barcelona na vanguarda

Ainda há pouco tempo falava com o João da possibilidade das direcções dos clubes portugueses mandarem alguém lá fora, aos grandes clubes do mundo, para aprender e conhecer as “best practices”.
Ao ler o El Pais de quarta via-se o seguinte: Barça alugará o mítico Camp Nou por 40 mil euros aos que desejem jogar nele.
É uma medida do departamento de “mercadotecnia” do clube e é dirigida a empresas e organizações que «desejem oferecer uma experiência única aos seus trabalhadores ou associados».
Vamos ao “pack” básico:
.4º mil euros para um total de 35 jogadores, mas ainda se podem inscrever mais 15, a 600 euros por cabeça.
.Cada participante receberá um uniforme oficial do Barcelona, com o seu nome estampado na camisola.
.Incluída a contratação de um árbitro, serviço de “megafonia” para anunciar as equipas, foto de recordação e um diploma “eu joguei no Camp Nou”. Mas ainda se podem contratar extras:
.Podem assistir todos os que quiserem, por 60 euros por cabeça, que têm direito a visita guiada ao estádio, seguir o jogo e entrar no cocktail oferecido a todos os jogadores no final da partida.
.Pode-se contratar o autocarro oficial do clube (800 euros)
.Jogar em horário nocturno, por mais 2800 euros.
.Comprar DVD oficial do jogo a cargo dos profissionais do canal privado do clube, e que custa 6 mil euros.
Não esquecer que o Sporting quando fez o jantar do centenário, no relvado, esgotou. E como aqui temos leitores que gostam de desporto e, alguns, fortemente ligados a clubes aqui fica a minha contribuição.
Adaptando os preços a Portugal, seria um sucesso comercial para os clubes portugueses. Que bem precisam de dinheiro em caixa.