segunda-feira, 14 de julho de 2008

Limites?! Quais limites?

Os directores das revistas de sociedade portuguesas mostram-se surpreendidos e revoltados com a intenção do Parlamento solicitar uma análise à prática desta imprensa, em relação a direitos de imagem e privacidade.

Tema quente e polémico este da devassa de privacidade. Até onde se pode ir na divulgação das vidas privadas das figuras públicas? E qual a definição de figura pública? E os familiares (filhos, pais, primos e primas) da figura pública são-no também por arrasto? Onde está o equilíbrio entre o jornalismo social e o sensacionalismo de bolso? E que meios justificam os fins?

Há um sem número de questões que se levantam e de difícil resposta.

Mas do que não tenho quaisquer dúvidas é da falta de bom senso de se justificar o que se faz acusando 'o do lado' com afirmações colegiais do estilo: "Oh mãe eu espanco o Carlinhos mas só porque os meus amigos também lhe chegam a roupa ao pêlo!"

Haja seriedade quando se fala num tema tão sensível com o da vida privada.

Surreais algumas das declarações para ver na Briefing de hoje.

PS - E os gémeos da Angelina e Brad Pitt que já nasceram anh?! A ver se consigo ver as fotos ainda hoje que estou em pulgas!!!

«Cuidado com o que dizes»…

Gosto de ciclismo, apesar da crise que atravessa. No domingo espreitei pela primeira vez o Tour este ano. Vi um tipo explosivo, de quem já tinha ouvido falar pelo espectáculo que deu no “Giro” e pelas picardias constantes com Contador, a nova referência da modalidade.
Exactamente nesse momento em que comecei a ver no Eurosport a etapa, estava a ler no ” El Pais” uma entrevista com esse tipo explosivo.
Italiano, 24 anos, Ricardo Ricco. E até parece que o melhor jornal espanhol acertou no escolhido para a conversa. Ricco explodia na primeira etapa de montanha e ganhava a etapa.
Em palavras também não as mede. «Creio que falta um tipo como eu que anime o ambiente, um agitador. Senão, isto é um cemitério».
O seu ídolo é Marco Pantani dominador das montanhas durante anos, carismático e que fez muita falta ao pelotão internacional pelo seu estilo sempre ao ataque, como foi Vinoukorov, uns anos depois.
A Ricco, chamam-lhe o “Cobra”, porque antes de atacar olha nos olhos, cara-a-cara, os seus rivais. «Como uma cobra antes de distribuir o seu veneno».
A curiosidade é que já tem um consultor em comunicação, o que é fundamental para se acautelar e definir a imagem para o seu futuro, que pode ser auspicioso.
Essa perita em conselho de comunicação é…a sua mãe. Parece que lhe liga todos os dias e o aconselha sempre com a mesma frase: «cuidado com o que dizes».

Que QI na arbitragem?

Ontem, leio atónito esta afirmação de um árbitro de futebol, Artur Soares Dias: «Vejo filmes todos os domingos à noite, mas dez minutos depois de sair de uma das salas de um shopping de Gaia já não me lembro do filme que acabei de ver».
O ridículo mata e tem consequências na imagem pública de quem é escrutinado, semanalmente, pelos seus desempenhos.
Algumas pessoas sabem que a ignorância, a falta de cultura e a burrice irritam-me solenemente.
Um tipo que diz isto a um jornal não pode ser árbitro de nada. Ou será que o objectivo de quem de direito é ter mesmo um penedo a apitar?

Esquizofrenia sindical

Esta malta não merece sorte. Pena que os colegas que percebem o que está em causa também sofram com a esquizofrenia dos sindicatos.

Quem arrisca quer petiscar

Tenho curiosidade para saber os resultados desta acção. Tem muito risco, e será grande o petisco?

Tá bem!

Catorze agências a concurso na ERC e decisão em nove meses. Dá um rácio de avaliação de uma proposta e meia por mês. O número de convidados e os timings são exemplares, como convém quando vem de cima. Boa!