sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Boa comunicação é...

...evitar amplificar mensagens negativas que outros escrevem.

Ainda o silêncio

Agora, que tudo aguarda a intervenção e o prazer de ouvir a voz de Manuela Ferreira Leite, confesso que me dei ao trabalho de ir ver alguns aforismos sobre o silêncio.

Os que não se aplicam a Manuela:
«Se nos mantivermos calados, pensarão que somos filósofos» Sydney Smith
«O silêncio é a virtude dos imbecis» Francis Bacon
«Cada gota de silêncio é a chance para que um fruto venha a amadurecer» Paul Valery

Os que se aplicam a Manuela
«O silêncio é um dos argumentos mais difíceis de refutar» Josh Billings
«Fique calado e em segurança, o silêncio nunca o trairá» O`Reilly
«Abençoados os que nada têm a dizer e não se deixam persuadir a dizer» James Russell Lowell

Hoje, numa forma sábia, o líder da JSD, Pedro Rodrigues, em entrevista ao Semanário, diz tudo numa síntese fenomenal, cito-o: «O silêncio é bom conselheiro, mas nem sempre é de ouro».

Antevejo, para segunda-feira, artigos a elogiar o discurso de Manuela de domingo no Público, Diário Económico e Correio da Manhã e depois colunistas como Vasco Graça Moura, Pacheco Pereira – os amigos do costume – e Vasco Pulido Valente que está com Manuela como também esteve com Marques Mendes.
Mas com a comunidade blogger a disparar. Vamos ver…

Boa comunicação é...

...ter um doce no bolso para oferecer em momento aziago.

Quem tem medo do jornalista mau?

Por Vera Toucinho*

No nosso dia-a-dia de consultores, os jornalistas são uma peça fundamental. Mas como todos, uns são mais afáveis, outros mais duros, uns são mais directos, outros mais astutos. Também têm dias bons e outros péssimos. Mas independentemente da postura de cada jornalista, o que muitos consultores (e clientes) ainda não perceberam – e têm que perceber rapidamente – é que o ponto de partida para esta relação bilateral começa com uma boa história, com uma informação relevante. É aqui que começamos a falar a sua língua e a ser, no sentido inverso, uma peça importante também para eles.

Um consultor tem que ser um facilitador. Tem de ser o caminho e não um fim ou um mero recurso. É isto que dita, ou não, uma cooperação duradoura. Abordar um jornalista com informação irrelevante é fazê-lo perder o seu tempo. Abordar o jornalista várias vezes com informação irrelevante é maçá-lo. Insistir é irritá-lo.

Antes de abordar um jornalista, o consultor deve fazer um exercício e ultrapassar dois problemas habituais:

1) Memória Curta (por não se lembrar das regras básicas que aprendeu nos primórdios da universidade)

2) Capacidade de argumentação (explicar ao cliente o que faz ou não sentido, o que interessa ao jornalista e aos leitores de um jornal/revista)

A informação que temos para passar a um jornalista tem que ter, pelo menos, uma destas características:

- Valor noticioso
- Pertinência e/ou Actualidade
- Abrangência / Relevância para o leitor / impacto para o país
- Abordagem certa para o tipo de meio
- (E o mais importante) Consciência de tudo isto

Portanto, da próxima vez que pegar no telefone, pense bem no que tem a dizer ou oiça-o do outro lado: “hoje não te posso atender”.

* Senior Consultant YoungNetwork

Colunista convidada